segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Bruno Júlio é o espelho do governo Temer

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Para quem se indignou com a criminosa declaração do então secretário nacional da Juventude de Temer, Bruno Júlio, defendendo um massacre de presos por semana, um alerta: o secretário só foi afastado porque falou em público o que não devia, pois, com toda a certeza, a eliminação física de detentos não incomoda parte significativa dos integrantes do governo Temer.

Exemplo: pelo seu histórico de violações de direitos humanos, quando comandava a segurança pública de São Paulo, alguém, em sã consciência, pode achar que faz parte do rol de preocupações do ministro da Justiça do governo golpista, Alexandre Moraes, os depósitos de "lixo humano" que são os presídios brasileiros ?

Temer e o triunfo da razão criminosa

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

A degradação da democracia brasileira e a existência do governo Temer não são fruto acidental da conjuntura política, dos muitos erros do PT e do governo Dilma, da mera vontade moralizadora da Lava Jato, da parcialidade manipuladora de setores da grande mídia, da permanente disposição do assalto ao botim por parte do PMDB e dos partidos do centrão, do inconformismo golpista de Aécio Neves e do PSDB em face da derrota eleitoral. Sim, todos esses fatores contribuíram para degradar a democracia e viabilizar o governo Temer.

Sangue, vergonha e trevas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Ninguém chegou ao dia 31 de dezembro acreditando no “Feliz Ano Novo” dito sem convicção. Sabíamos todos que começaria um ano tenebroso, de decrepitude política e infarto econômico, mas ninguém esperava o banho de sangue e a vergonha que explodiu no Norte, mas é produto da vida nacional. Já a pequenez, o despreparo e a velhacaria do governo Temer diante de fatos tão graves só surpreendeu os que acreditaram na feitiçaria do golpe parlamentar. Algo porém vem sendo tão chocante quanto as decapitações e esquartejamentos: a desenvoltura com que representantes da direita no poder pregam a “higienização social” e a divisão dos brasileiros entre os que têm direitos e os que devem ser tratados como animais. Para a regressão absoluta, faltou apenas a defesa de fornos crematórios nas prisões.

Imperatriz Leopoldinense revolta ruralistas

Da revista Fórum:

O samba enredo da escola “Imperatriz Leopoldinense”, que neste Carnaval tem como tema “Xingu – O clamor que vem da Floresta”, gerou revolta no setor do agronegócio mato-grossense e brasileiro. A música faz uma crítica contundente aos donos de terra: “O belo monstro rouba as terras dos seus filhos, devora as matas e seca os rios, tanta riqueza que a cobiça destruiu, Sou o filho esquecido do mundo, minha cor é vermelha de dor, o meu canto é bravo e forte, mas é hino de paz e amor”.

Temer é recebido com protesto no RS

Do site Vermelho:

Recebido com protestos no Rio Grande do Sul, o presidente Michel Temer cometeu uma gafe cheia de simbolismo, ao trocar a moeda corrente do Brasil. Com um governo pautado pelo retrocesso, em discurso durante a cerimônia de entrega de ambulâncias a prefeitos, ele confundiu o Real com o Cruzeiro, numa volta a 1993.

Na sua primeira visita ao estado como presidente, Temer se deparou com um grupo de cerca de 150 manifestantes, que protestavam contra a política de ajuste fiscal dos governos federal e estadual do lado de fora do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre.

Mídia Ninja é alvo da PM no Amapá

Foto: Mídia Ninja
Do site da Mídia Ninja:

A Casa Fora do Eixo Amapá, centro de ativismo e cultura em Macapá e sede da Mídia Ninja no estado, foi brutalmente atacada durante a noite de ontem (08/01) na realização do projeto Domingo na Casa, conhecido evento cultural da cidade.

O público do evento e os moradores da Casa passaram por momentos de terror, com a invasão do espaço por diversos policiais fora do horário de serviço e também soldados fardados que apontaram armas, gritaram, agrediram com socos e chutes, ofenderam verbalmente, num verdadeiro linchamento moral contra as pessoas e o espaço, sem qualquer medida legal, sem mandado de busca ou qualquer prerrogativa jurídica para a ação.

domingo, 8 de janeiro de 2017

O que está em jogo na eleição do Equador?

Por Juan Manuel Karg, no blog Resistência:

O Equador inaugurará o calendário eleitoral de 2017 na América Latina e Caribe: em 19 de fevereiro próximo haverá eleições presidenciais, decisivas para a região em seu conjunto pelo que ali está em jogo. O correísmo, por meio da dupla Lenin Moreno-Jorge Glas, joga a continuidade da Revolução Cidadã, que governa desde janeiro de 2007 em uma verdadeira “mudança de época” para o país, tal como gosta de chamar seu presidente, Rafael Correa, com base nas transformações operadas na vida de milhões de pessoas.

Regina Duarte, Doria e o pós-ridículo

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Eu vi a formulação na conta dos Fatos Nacionais no Twitter. A foto de João Doria e Regina Duarte fingindo que varriam ruas em São Paulo tinha a seguinte legenda: o “ano do pós ridículo”.

É uma definição feliz.

Doria, Regina e Janaína Paschoal são luminares da era do pós ridículo. Seguidos de perto por Crivella, Alexandre de Moraes, Michel Temer e a mulher Marcela.

O discurso de ódio está matando

A juventude e a chacina de Manaus

Por Haroldo Lima

O Secretário Nacional de Juventude do Governo Temer defendeu "uma chacina por semana". Disse, sobre a chacina em Manaus, onde morreram 56 pessoas, que "tinha era que matar mais". O Governo Temer disse que essas opiniões "não são as do Governo". Essas opiniões, definitivamente, não são é da juventude de parte alguma do mundo, muito menos da juventude brasileira, que é das mais avançadas do planeta. 

Um governo que nomeia para Secretário Nacional de Juventude uma pessoa que pensa assim agride toda a juventude do país, revela ser um governo contra os jovens, além de ser golpista e portanto ilegítimo, como de fato é esse governo de velhos, machos,brancos, ricos, corruptos e incompetentes.

Jornalista é agredida por fascista em SP

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

“Estava com uma amiga no bar, isso mesmo, duas mulheres sozinhas em um bar numa quinta-feira à noite. Estava tudo divino maravilhoso quando fomos abordadas por um senhor com cara de bonachão, alto, que questionou se éramos socialistas. Olhei com uma cara de ‘oi??’ e continuei a conversa com minha amiga”. A repórter do Portal Vermelho, Laís Gouveia, descreve assim a cena na qual sofreu agressão em um bar em São Paulo.

De acordo com a jornalista, não satisfeito o agressor começou a falar “vai pra Cuba”, quando ela começou a tentar explicar o quanto ele estava sendo inconveniente se metendo na conversa de duas pessoas estranhas.

Primeira semana de 2017: como será a última?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

A História poderá ser esquecida durante algum tempo, porém nunca será apagada. (Itamar Bopp, genealogista e historiador).
Se a primeira semana de 2017 foi assim, fico imaginando como chegaremos à última.

Conto com a ajuda dos leitores para encontrar respostas porque não faço a menor ideia do que nos espera até lá.

Tanto quanto as matanças de presos no Amazonas e em Roraima, o que me chocou foi a reação aparvalhada dos agentes públicos de todos os níveis, uns jogando a responsabilidade nos outros, e apresentando novos velhos planos de segurança para um futuro distante, quando já estaremos todos mortos, dentro ou fora das cadeias.

A "pejotização" lesa os jornalistas

Do site da CUT:

Um fenômeno nocivo às relações trabalhistas e muito conhecido pelos jornalistas, a chamada “pejotização”, a contratação de Pessoas Físicas, de modo subordinado, não eventual e oneroso, realizada por meio de Pessoa Jurídica, é uma fraude que lesa o trabalhador e a trabalhadora, garante o advogado e coordenador jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), Raphael da Silva Maia.

Civita: anti-Lula sempre foi pró-FHC

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A preferência política da 'Veja' por Fernando Henrique Cardoso é um desses fatos sabidos por todas as pessoas interessadas em estudar as conexões preferenciais entre a revista e as personalidades políticas que marcaram a história brasileira recente. É um traço tão marcante como a rejeição perpétua - acentuada nos últimos 20 anos - por Luiz Inácio Lula da Silva. Lembrando que Lula e FHC foram os líderes que estiveram a frente das principais famílias políticas do país há décadas, é sempre instrutivo registrar as diferenças de tratamento reservadas a ambos.

A falácia da privatização dos presídios

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Na última coluna do ano passado, escrevi sobre a anacrônica visão do ministro da Justiça sobre as questões de segurança pública. Sua pretensão é aumentar o número de prisões por crimes relacionados às drogas e, ao mesmo tempo, deixar de usar os recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) nos presídios para realocá-los em outras áreas de segurança pública. Em setembro último, o STF frustrou o ministro e o obrigou a fazer óbvio: utilizar os recursos do fundo para o que ele foi criado, na construção, reforma, ampliação, modernização e aprimoramento de estabelecimentos penais. A quem interessa o sucateamento do já combalido sistema penitenciário? Ao que parece, apenas às empresas interessadas em lucrar administrando presídios e políticos financiados por elas.

Temer e o cerco aos bancos públicos

Por Mauro Santayana, na Revista do Brasil:

Nos últimos meses, o governo brasileiro não apenas está tomando medidas temerárias do ponto de vista estratégico como também o está fazendo na contramão do mundo, em um momento em que o nacionalismo e o Estado se fortalecem, como reação à globalização, até mesmo pelas mãos da extrema direita, nos países mais desenvolvidos. O que vem sendo apresentado, com a cumplicidade de uma mídia imediatista, irresponsável e descomprometida com os objetivos nacionais, não passa de uma sucessão de “negócios” apressados e empíricos que têm como único norte o acelerado desmonte, esquartejamento e inviabilização em poucos anos, do Estado, com deletérias, estratégicas, e talvez irreversíveis consequências para o futuro.

Os neoliberais e a ciência da crueldade

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Pouca gente vai perceber, mas há um escândalo, hoje, na Folha, que se assemelha a uma versão ascética dos massacres que nos chocaram na semana passada (na semana passada, por enquanto).

Trata-se da coluna do senhor Samuel Pessôa, que não se perca pelo sobrenome, um economista neoliberal de visão próxima aos que nos comandam, atualmente. Vejam a candura com que ele declina seus pensamentos sobre a vantagem de pagar salários menores ao trabalhador:

sábado, 7 de janeiro de 2017

A esperança e as suas consequências

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O que o golpe e o fatalismo conservador tentam nos explicar há oito meses é que a esperança que se alimenta de aspirações por mais justiça e democracia é um atentado ao equilíbrio das contas nacionais, como o perseguido agora pela PEC 55.

Enquanto a dissonância não retroceder, o ambiente político não desanuviará, os mercados não vão relaxar, a incerteza e a crise persistirão, advertem colunistas anexados a relatórios de bancos e vice-versa.

A esperança é disfuncional.

Lei das teles também tem agrados às TVs

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Em tempos de penúria fiscal, com o governo a negar 7 reais a mais ao salário mínimo, congelar por vinte anos gastos sociais e a propor que menos gente receba aposentadoria (e de valor menor), uma simples decisão governamental poderia render 5 bilhões de reais de uma vez aos cofres públicos e garantir um fluxo de 1 bilhão de reais por ano daqui em diante.

Esses números são estimativas do potencial arrecadatório com a cobrança de uma contribuição a ser paga por rádios e TVs com base em uma lei de 2000, a 9.998. Uma polêmica que volta à baila graças à lei que presenteia as empresas de telefonia fixa com bilhões de reais em bens públicos.

Presídio no Brasil: Abatedouro de pobre

Por Laura Capriglione, no site dos Jornalistas Livres:

Juízes, Desembargadores, Ministros do STF e STJ, o Ministério Público Federal e os Estaduais, as Polícias Militares e a Federal, o Exército, a Força Nacional, os protagonistas do Golpe de Estado contra a Democracia agora rangem os dentes contra a população preta e pobre - a maioria da população carcerária do país.

Michel Temer, o presidente do Golpe, já foi secretário de Segurança Pública de São Paulo, escolhido para o cargo logo depois do Massacre do Carandiru, em 1992, pelo seu amigo, Luiz Antônio Fleury Filho.