quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Doria demite tucano e nomeia aliado do MBL

Da revista Fórum:

Conforme informa a coluna de Cristiana Lôbo, Bruno Covas vai deixar a secretaria de Subprefeituras, a mais forte da administração municipal, e irá para a articulação política da Prefeitura junto à Câmara de Vereadores.

A troca deste e de outros secretários deve ser anunciada até esta quarta-feira (1º).

A mudança revela mais do que o desgaste na relação do prefeito com seu vice, mas também um aceno político importante: sai o político Bruno Covas (PSDB) e entra Cláudio Carvalho, que assumirá o papel de gestor de ações importantes da prefeitura.

A grave censura a Caetano Veloso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Uma característica destes tempos estranhos que estamos vivendo é a “naturalização” do que não é natural, não é normal e foge ao Estado Democrático de Direito. Neste “novo normal”, vamos engolindo pedras em lugar de pão sem nos espantar. Pela manhã, esperei mais espanto, pelo menos, diante da proibição do show que Caetano Velloso faria ontem no acampamento “Povo Sem Medo”, do MTST, em São Bernardo do Campo.

O que fizeram o Ministério Público, através de uma promotora, e o Judiciário, através de uma juíza, foi censura e interdição da liberdade de expressão, alegando supostas questões de segurança. Mas há algum tempo nos acostumamos com o poder maior que vem sendo exercido por estas duas instituições, mais potentes que os outros poderes. Mas Caetano, mesmo impedido de cantar “pela primeira vez depois da redemocratização”, como disse, furou a bolha de esquecimento com que a mídia trata a ocupação (que já dura dois meses) de São Bernardo.

O jornalismo de guerra na América Latina

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A radicalização política na América Latina, a relação do continente com o imperialismo e os desafios colocados ao processo de integração regional foram os temas de curso realizado entre 23 e 26 de outubro, no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. As aulas, ministradas por Breno Altman, Paola Estrada, José Reinaldo de Carvalho e Laurindo Leal Filho tiveram como pauta transversal o papel jogado pelos meios de comunicação em cada um desses eixos temáticos.

Por um referendo revogatório no Brasil!

Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

O ritmo alucinante de escândalos envolvendo Michel Temer e a marca de um ano para as eleições presidenciais de 2018 são alguns dos elementos que contribuem para que o debate a respeito de alternativas de projeto de país comece a ganhar espaço nos meios de comunicação.

A popularidade próxima de zero atribuída ao atual ocupante do Palácio do Planalto se soma às incontáveis manobras com recursos públicos para evitar que as duas denúncias contra ele fossem autorizadas pela Câmara dos Deputados a seguir para tramitação no interior do Supremo Tribunal Federal.

Lula cresce graças a Moro, PSDB e Bolsonaro

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Mais uma pesquisa sobre a sucessão presidencial de 2018 revela que Lula não para de se fortalecer eleitoralmente apesar de ter uma condenação criminal nas costas e de sofrer uma das campanhas difamatórias mais inclementes que alguém já sofreu.

Que fenômeno é esse? De onde vem esse apoio CRESCENTE da sociedade a alguém com inimigos tão poderosos quanto o Poder Judiciário, que elegeu Lula seu inimigo e, contra ele, move todos os seus recursos, tendo tornado impossível ao ex-presidente obter qualquer vitória contra si?

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Cinco famílias controlam 50% da mídia

Por José Antonio Lima, na revista CartaCapital:

Cinco famílias controlam metade dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil. A conclusão é da pesquisa Monitoramento da Propriedade da Mídia (Media Ownership Monitor ou MOM), financiada pelo governo da Alemanha e realizada em conjunto pela ONG brasileira Intervozes e a Repórteres Sem Fronteiras(RSF), baseada na França.

A pesquisa MOM sobre o Brasil é a 11ª versão do levantamento, realizado anteriormente em dez outros países em desenvolvimento: Camboja, Colômbia, Filipinas, Mongólia, Gana, Peru, Sérvia, Tunísia, Turquia e Ucrânia. Trata-se de um projeto global do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha que tem como objetivo promover transparência e pluralidade na mídia ao redor do mundo.

Esqueçam as panelas. Elas seguirão mudas

Por Guilherme Coutinho, no blog Socialista Morena:

A esquerda precisa parar de exigir da turma do Fora Dilma as mesmas alegorias que eles fizeram durante o processo do impeachment. Já está mais do que claro que a revolta da classe média era contra o resultado das eleições de 2014 e não contra a corrupção. Ademais foi o peculiar canto de suas Le Creusets que promoveram o Sr. Mesóclise de vice decorativo a presidente inimputável. Não dá para reclamar muito de um subproduto das próprias reivindicações.

Lula aponta para a esperança

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O crescimento do apoio popular a candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva constitui o elemento decisivo da atual conjuntura política. Mostra que, apesar da profunda derrota representada pelo golpe de Michel Temer, que abriu espaço para a destruição de um amplo conjunto de conquistas e direitos, o país começa a vencer a perplexidade e pessimismo dos primeiros meses para construir uma saída política capaz de vencer, nas urnas, uma das mais graves crises de nossa história republicana.

Concentração de mídia e propriedade cruzada

Da Rede Brasil Atual:

Principal meio de comunicação de massa no Brasil, a televisão brasileira tem mais de 70% de sua audiência concentrada em apenas quatro grandes redes, sendo que uma delas, a Rede Globo, detém mais da metade da audiência entre esses quatro maiores – o equivalente a 36,9% do total. O SBT ocupa o segundo lugar, com 14,9% da audiência total, seguido pela Record, com 14,7%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (31) pelo Intervozes, após quatro meses de análise dos 50 veículos de comunicação com maior audiência no Brasil e os 26 grupos econômicos que os controlam.

A grande corrupção está no entreguismo

Por Marcelo Zero

Na análise dos últimos e criminosos leilões do pré-sal, a nossa mídia ignorante e golpista manifestou desapontamento com o fato de que o ágio referente ao bônus de assinatura dos contratos foi baixo, apenas R$ 6,15 bilhões, quando se esperava pelo menos R$ 7,7 bilhões.

Essa é uma análise privatizante e obtusa dos resultados do leilão, que insinua que, se o bônus fosse maior, estaria tudo bem. Ora, o bônus de assinatura é algo absolutamente irrelevante, perto da perda de trilhões de dólares que o país terá com a nova política referente à cadeia de petróleo.

Agonizando em berço esplêndido

Por Jandira Feghali

O país da trincheira do golpe encerra outubro demasiadamente envergonhado. O jogo da segunda denúncia da PGR contra Michel Temer foi disputado, mas se mostrou sujo, bolorento e mal cheiroso. Vimos o submundo da política se movendo a todo custo para blindar o presidente, mas que não conseguiu ficar oculto em todos os seus asquerosos lances. Repulsivas e agressivas, estas forças se apoiaram na pouca confiança que ainda existe na boa política. Estes deputados se posicionaram ao lado de Temer e viraram as costas para o país.

Tucanos à beira de um ataque de nervos

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Da coluna Painel, da Folha, agora à noite:

Deputados e senadores do PSDB quase saíram no braço durante reunião, na tarde desta terça-feira (31), na liderança do partido na Câmara. No encontro, os parlamentares deveriam conhecer e debater os detalhes de pesquisa encomendada pelo presidente interino da sigla, Tasso Jereissati (PSDB-CE), mas houve forte discussão, troca de ofensas e ameaças de agressão física.

A nova arma da Globo contra Lula

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Após quatro anos de Lava Jato e pancadaria diária em Lula, a Globo inventou um novo monstro que, aos poucos, vai sendo adotado pelo resto da mídia: o LulaNaro ou BolsoLula.

Trata-se da desgraça, da tragédia, da calamidade de uma disputa presidencial entre Lula e Bolsonaro.

O noticiário nas publicações do grupo já vinha levantando essa “preocupação”.

No domingo, dia da divulgação do Ibope, havia duas prioridades nítidas: esconder a pesquisa e interpretá-la sob a ótica da ameaça desse monstrengo.

Por que Paulo Freire ainda incomoda?

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

"Evidentemente, eu fui preso e exilado por causa da ditadura. A ditadura militar de 1964 não só considerou, mas disse por escrito e publicou que eu era um perigoso, subversivo internacional, um inimigo do povo brasileiro e um inimigo de Deus", diz Paulo Freire em entrevista dada à TV Cultura em 1989, quando relembra a perseguição sofrida durante o regime militar.

O educador e filósofo foi preso e ficou exilado durante 16 anos por causa de seus métodos inovadores de educação, com foco na transformação social.

EUA querem um Brasil de segunda classe

domingo, 29 de outubro de 2017

Barroso e o impeachment de Gilmar Mendes

Por Jeferson Miola

- “Vossa Excelência vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu. Isso não é Estado de Direito, é Estado de Compadrio. Juiz não pode ter correligionário”, disse Luis Roberto Barroso ao colega tucano Gilmar Mendes na sessão do STF de 26/10/2017.

- “Não transfira para mim esta parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação à criminalidade do colarinho branco”, respondeu Barroso ao tucano que usa a toga para proteger Aécio Neves, Michel Temer, Jacob Barata Filho, Eike Batista, Daniel Dantas, Demóstenes Torres, Roger Abdelmassih e muitos outros criminosos comuns ou de colarinho branco.

O obscuro controle sobre a mídia no Brasil

Por Patrícia Cornils, no site Outras Palavras:

Quem são os donos das tevês, das rádios, dos jornais e dos sites pelos quais nos informamos? Quem, em última instância, controla uma fatia importante das notícias que chegam até os brasileiros e brasileiras? Para responder a esta pergunta, a Repórteres Sem Fronteiras realiza, desde 2015, um projeto chamado Media Ownership Monitor (MOM), ou Monitoramento da Propriedade da Mídia. A partir de dados de audiência, a pesquisa mapeia quais são os principais veículos impressos, online, rádios e tevês do país. Busca as empresas que os controlam. E quem são os donos dessas empresas, que outros negócios possuem, que relações políticas têm. No Brasil, a pesquisa foi feita pelo Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

Os novos mártires do trabalho no Japão

Yukimi Takahashi sentada ao lado da foto de sua filha, Matsuri Takahashi
Por Gonzalo Robledo, no site da Fundação Maurício Grabois:

A agência de publicidade japonesa Dentsu, quinta do mundo em receita, foi sancionada na sexta-feira com uma multa de 13.700 reais pelo suicídio de Matsuri Takahashi, uma jovem funcionária que entrou em depressão como resultado do karoshi, excesso de trabalho, um fenômeno originado a meados do século passado naquele país.

Nos tuites deixados depois de seu suicídio, Takahashi, de 24 anos, mostra a pesada carga de trabalho do mês anterior à sua morte, ocorrida quando saltou do quarto de sua empresa em 25 de dezembro de 2015.

O medo do juiz Marcelo Bretas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

“A raiva é filha do medo e mãe da covardia”, Chico Buarque, citado por Luís Roberto Barroso

A cultura popular brasileira consagrou alguns termos para descrever a maldade, entendida como o ato de praticar maldades.

Categoria 1 - Há os fundamentalistas, para quem o castigo é uma forma de purgação dos pecados.

Categoria 2 - Há os justiceiros, que se escondem atrás de um álibi legal para perpetrar as piores maldades.

Refis do golpe: Temer alivia para os ricaços

Por Cládio Puty, no site da Fundação Perseu Abramo:

Foi publicada em 25 de outubro, a sanção presidencial da Medida Provisória (MP) 783/17, aprovada pelo Senado Federal no último dia 5 de outubro, que institui o Programa Especial de Regularização Tributária. Na prática um novo Refis, mais um programa de parcelamento de dívidas, abatimento de juros e multas para pessoas físicas e jurídicas inadimplentes com os fisco federal. A medida foi aprovada após duas prorrogações (a partir da edição das MPs 798 e 804) e a inclusão pelo relator – deputado Newton Cardoso (PMDB/MG) - de um festival de benesses absurdas a grandes devedores, apenas parcialmente corrigidas no texto final aprovado.