quarta-feira, 16 de maio de 2018

Disputa eleitoral: Algo se move

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A pesquisa CNT/MDA foi realizada sob um quadro eleitoral mais depurado, com a variável Joaquim Barbosa já descartada e mais de um mês após a prisão do ex-presidente Lula. Ainda assim, e com metade dos eleitores considerando que ele não será candidato, Lula é o único que bate Jair Bolsonaro em todos os cenários e o derrotaria em todas as hipóteses de segundo turno. Sem Lula, Bolsonaro ganharia de todos os competidores no segundo turno, exceto de Marina Silva (empate exato de 27,2%) e de Ciro Gomes, que com boa vontade pode ser colocado em empate técnico com ele (28,2% a 24,2%). Partidos indefinidos, como o PSB, podem acelerar a composição com um destes candidatos agora mais nitidamente colocados como os que têm mais chances de derrotar o candidato ultradireitista.

O povo não abre mão de Lula

Vigília Lula Livre, Curitiba, 16/5/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Realizada quando Lula completa um mês e cinco dias de prisão, a pesquisa CNT/MDA serve como primeiro balanço da mais cruel emboscada praticada pela elite brasileira contra uma liderança popular em mais de 60 anos.

Não é mais possível negar que apenas a República do Galeão armada contra Getúlio Vargas em 1954 a partir de um incidente jamais esclarecido - o atentado contra Carlos Lacerda na rua Toneleiros - pode ser comparada à Lava Jato e seus desdobramentos.

Com o dobro das intenções de voto sobre o segundo colocado, a pesquisa mostra que Lula tinha razão na opção política fundamental - preservar a relação com o povo acima de tudo e cultivar uma energia que também lhe serve de combustível permanente em quase cinco décadas de vida pública.

O Brasil em depressão

Por João Sicsú, no site Carta Maior:

Em 2008-2009, as maiores economias do Ocidente enfrentaram recessões acentuadas. Elas decorreram da crise americana que ficou conhecida como a crise do subprime. Inicialmente, houve fortes reações de governos para impedir quedas mais profundas das suas economias. Posteriormente, não foram aplicadas políticas eficazes de recuperação.

Os Estados Unidos, a Zona do Euro e o Japão ficaram mergulhados na escuridão de algo muito semelhante ao ocorrido nos anos 1930, durante a Grande Depressão. Na Europa, a crise foi realimentada, no início desta década, pela desconfiança de calote devido às elevadas dívidas de governos.

As contradições de Aloysio Nunes

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Após seis ex-chefes de Estado e de governo europeus publicarem um manifesto em apoio ao ex-presidente Lula e defenderem sua participação como candidato na eleição de 2018, o ministro das Relações Exteriores de Temer, Aloysio Nunes, subiu nas tamancas e contra-atacou com uma nota que contradiz seu comportamento em relação à Venezuela. Aloysio critica as “personalidades” por “dar lições sobre o funcionamento do sistema judiciário brasileiro”.

Seis líderes europeus declaram apoio a Lula

Do site Lula:

A prisão apressada do presidente Lula, incansável arquiteto da redução das desigualdades no Brasil, defensor dos pobres de seu país, só pode despertar nossa emoção.

O impeachment de Dilma Rousseff, eleita democraticamente por seu povo e cuja integridade nunca foi questionada, já era uma preocupação séria. A luta legítima e necessária contra a corrupção não pode justificar uma operação que questiona os princípios da democracia e o direito dos povos de eleger os seus governantes.

A foto com Moro e Doria em Nova York

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Com as atenções focadas em Moro pelo conjunto da obra tucana, esqueceu-se do co-protagonista da foto no evento “Pessoa do Ano”, no Museu de História Natural, em Nova York.

João Doria postou o retrato em suas redes com uma alusão a uma “noite especial aqui em NY”.

Doria está em campanha. E não é para governador, mas para presidente.

Nunca largou o osso e conta com a agonia lenta e patética de seu mentor, Geraldo Alckmin - que sabe muito bem que tem JD nos calcanhares e tenta não facilitar.

terça-feira, 15 de maio de 2018

O legado de Temer, oposto ao de JK

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Em mais um ataque de megalomania e total falta de noção da realidade, Michel Temer resolveu se comparar a Juscelino Kubitschek para “comemorar” os dois anos do golpe que derrubou Dilma Rousseff.

“O Brasil voltou, 20 anos em 2”, dizia o convite para a festa no Palácio do Planalto, um plágio canhestro e mentiroso do bordão de JK que prometeu fazer o Brasil progredir “50 anos em 5”.

Como bastava tirar a vírgula para resumir esse período de regressão que devolveu o país às trevas, rapidamente trocaram o slogan para “Maio/2016 – Maio/2018: O Brasil voltou”.

Voltou para onde? cabe perguntar.

Dois meses sem Marielle e Anderson

Por Eduardo Miranda, no jornal Brasil de Fato:

Manifestantes lotaram nesta segunda-feira (14) as escadarias da Câmara do Rio e a praça da Cinelândia para lembrar os dois meses do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes. Durante o ato, parlamentares e representantes de movimentos sociais cobraram das autoridades a solução para o crime.

Amiga de Marielle e também defensora dos direitos humanos a vereadora de Niterói Talíria Petrone (PSOL) lembrou que a parlamentar do Complexo da Maré, que foi em 2016 a segunda mulher mais votada para o cargo de vereadora em todo o país, encampava a luta feminista, LGBT, negra e denunciava a desigualdade social do país.

Moro em NY: O bom filho a casa torna!

CIA, ditadura e tapa no bumbum de Bolsonaro

Marqueteiro de Temer e a “gafecomunicação”

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Começo a desconfiar da existência de uma estratégia ousada por trás das recorrentes gafes produzidas por Elsinho Mouco, o marqueteiro de Michel Temer, e sua equipe de comunicação. É preciso método para tantos disparates.

Eis a minha tese: diante da impossibilidade de conceber qualquer propaganda ou informação que empreste credibilidade ao governo e retire a popularidade de Temer do lamaçal (a última pesquisa CNT-MDA captou estrondosos 4% de apoio ao emedebista), Mouco recorre à chacota, ao escracho, em busca de alguma empatia com o público. Falem mal, mas falem de mim, prega o ditado.

A Casa Grande não tem candidato!

'Pacote do Veneno' pode piorar a sua vida

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

No mundo inteiro ninguém mais quer saber de agrotóxicos. Tanto que muitos países vêm restringindo o uso, proibindo diversos produtos e dando prazo para o banimento de muitos outros. A França vai banir o glifosato, o mais vendido no planeta, porque pesquisas confiáveis mostram que a substância é causadora de vários tipos de câncer. Fora outras doenças graves. Os brasileiros também não querem mais.

CIA revela ligação da Globo com a ditadura

De qual planeta é o economista do Alckmin?

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Um dos efeitos colaterais desta estranha campanha eleitoral de 2018 é que a centro-direita, na falta de candidaturas competitivas, está sendo obrigada a expor precocemente ao público suas intenções programáticas, as quais em outras ocasiões costumavam ficar em segundo plano, ofuscadas pela discurso do “medo” que esgrimavam contra a “esperança”.

Agora, por conta da confusão que arrumaram para o país, patrocinando o golpe e tornando Lula um preso político, vão se dando conta de que o “medo” já não serve como estratégia política e, de forma inédita, se veem desafiados a propor um projeto para o país que seja capaz de reanimar esse mar de gente desolada que habita o Brasil pós-golpe.

O estranho conservadorismo das multidões

Por Berenice Bento, no site Outras Palavras:

Entre os anos de 1965 e 1966, ruas de várias capitais brasileiras foram ocupadas por manifestações que estampavam em seus cartazes: “Em nome da tradição, família e propriedade” (TFP – Tradição, Família e Propriedade). Neste tripé, setores consideráveis da sociedade brasileira se organizaram e deram sustentação civil ao golpe militar. Atualmente, os discursos que defendem o direito exclusivo da família heterossexual existir e a defesa da propriedade privada como um valor superior à vida estão organizados em partidos políticos, no MBL e na Escola sem Partido.

A arrogância dos EUA contra a Palestina

Editorial do site Vermelho:

A soberba e a arrogância do imperialismo foram vistas em dose dupla em territórios palestinos.

Em Jerusalém, entre israelenses e norte-americanos houve festivos e glamorosos estouros de champanhe na inauguração da embaixada que a prepotência dos Estados Unidos decidiu instalar na Cidade Santa, território internacionalmente reconhecido como neutro entre palestinos (para os quais o leste da cidade será sua futura capital) e o estado de Israel.

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Pesquisa mostra condenação do Judiciário

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O resultado da pesquisa CNT/MDA (íntegra aqui) é avassalador para o Judiciário.

Só 8,8% o consideram ótimo e bom.

88,3% o consideram pouco ou nada confiável.

E um pouco mais, 90,3% dos entrevistados, acham que a Justiça não trata todos de maneira igual.

O relatório da CIA e as execuções sumárias

Por Haroldo Lima, no Blog do Renato:

O documento da Central de Inteligência Americana, CIA, revelado a 10 de maio passado, mostra que a matança havida no Brasil de opositores do regime militar, na época da ditadura, era autorizada e comandada.

O documento, de autoria do diretor da CIA, Willian Colby, é de 11 de abril de 1974. Foi dirigido a Henry Kissinger, secretário de Estado dos EUA. Ele conta que duas semanas após a posse do general Ernesto Geisel na Presidência da República, este se reuniu com os generais João Baptista Figueiredo, então chefe do Serviço Nacional de Informações, e que viria a ser o próximo presidente da República, com o general Milton Tavares de Souza, comandante do Centro de Informações do Exército e com o general Confúcio Avelino, do mesmo órgão.

Mais do velho mal com Meirelles e o MDB

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

Temer não vai concorrer à reeleição e o MDB vai fingir que disputa a Presidência com Henrique Meirelles. Embora uma ala do partido não queira candidato algum, para facilitar as alianças estaduais, este é o bom negócio do partido que mudou de nome mas não de tática. Como Meirelles vai financiar a própria campanha, o MDB empregará toda sua cota do fundo eleitoral, mais de R$ 200 milhões, na eleição de grandes bancadas de deputado e senador. Forte no Congresso, venderá caro seu apoio ao futuro presidente, que precisará de maioria para governar. Bom para o MDB, ruim para o Brasil.