quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Petardo: Ataque misógino repercute no mundo

Por Altamiro Borges

O ataque misógino do "capetão" contra a jornalista Patrícia Campos Mello segue repercutindo na mídia internacional. O "chefe de bando", como foi rotulado em duro editorial da Folha, foi alvo de críticas do jornal espanhol El País: “Nunca um presidente foi tão vulgar com uma mulher”.

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Já a Associated Press, que tem seus textos reproduzidos em 2.830 veículos noticiosos no mundo, afirma que Bolsonaro repetiu “acusação desmascarada contra uma das jornalistas mais importantes do país”, gerando “críticas de defensores da liberdade de imprensa e até de aliados”.

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No duro editorial intitulado “Sob ataque aos 99”, a Folha golpista finalmente descobre que Bolsonaro é um fascista perigoso. “O chefe de Estado comporta-se como chefe de bando”, acusa o jornal. “Seus jagunços avançam contra a reputação de quem se anteponha à aventura autoritária".

O cara da TV Record e o mundo do espetáculo

Por Lenio Luiz Streck, no site Consultor Jurídico:

1. O fracasso da civilização


Li e vi o “espetáculo” que o jovem rapaz apresentador da TV Record (ver aqui) fez ao vivo. Quem tiver estômago, veja. A notícia é autoexplicativa. Em nome do “ibope” e da espetacularização, informou ao vivo, com fones no ouvido e tudo, que a filha da senhora havia sido assassinada. Sim, ele fez isso.

Acabou. Vamos devolver a chave. A luz se apaga. E o que dizer do lamentável episódio envolvendo a premiada jornalista Patrícia Campos Mello, execrada, injuriada e difamada — primeiro, por um anônimo, e depois, pelo presidente da República — à luz dos holofotes e sob os aplausos de claques que compõem esse simulacro todo? Disse-se o que se disse — foi absolutamente cruel a insinuação sexual — e, no parlamento, alguns deputados apoiaram a difamação. Fracassamos ou não? Até Sardenberg, da GloboNews e CBN, sempre defensor do establishment, diz que houve quebra de decoro. Até tu, Sardenberg?


Cai falso manto da moralidade de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

O arquivamento pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República da denúncia sobre possível conflito de interesses envolvendo o chefe da Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), Fabio Wajngarten, sem instaurar investigação, se inscreve como mais um absurdo na galeria de absurdos desse governo. É mais um caso que despe Bolsonaro do falso manto da moralidade.

Ao não apurar as fortes evidências de ilicitudes, a tal Comissão deixa no ar a certeza de que nesse governo vale a velha máxima de que aos amigos tudo, aos inimigos o que seria o rigor da lei. A condicionalidade se aplica porque, num Estado Democrático de Direito, a lei é uma virtude, coisa distante de ser regra no governo Bolsonaro.

Militares, milicianos e o governo Bolsonaro

Por William Nozaki

Na última semana observamos alguns acontecimentos conjunturais de grande relevância que foram pouco ou mal-interpretados pela maior parte dos conjunturalistas:

(i) a divulgação dos cenários para a política nacional de defesa até 2040,

(ii) a nomeação do general Mourão para o Conselho da Amazônia,

(iii) a morte do miliciano carioca que chefiava o Escritório do Crime,

Pibinho menor que o de Temer: culpa de quem?

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

No primeiro ano do governo de Bolsonaro a economia cresceu menos que no último ano de Temer. A prévia do Banco Central (Índice de Atividade Econômica-IBC-BR) divulgada hoje previu um “pibinho” de apenas 0,89% em 2019, contra 1,34% de 2018, derrubando as previsões do governo e do mercado, de algo em torno de 1,12%.

Agora acabou a conversa de colocar a culpa no PT, fora do governo desde 2016.

É de Guedes, mas também de Bolsonaro, a fatura do encolhimento da economia em relação ao último resultado de Temer.

Tivemos uma recessão em novembro em relação a outubro. Uma queda de 0,11% contra a previsão de alta de 0,18%. No começo do culpou-se o rompimento da barragem de Brumadinho, que reduziu as exportações de minérios, pela contração econômica.

O que significa um militar na Casa Civil?

A relação de Bolsonaro com Adriano

As elites e o racismo de Paulo Guedes

Tramoias da Lava-Jato serão investigadas?

Reality shows: por que têm tanta audiência?

Gente que luta - e que samba!

O bolsonarista Nutella

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

Ao atacar jornalista, Bolsonaro muda o foco

O FMI e a greve dos petroleiros

'Veja', PF e a rede para fake news

Guedes, o 'prestigiado', pedirá demissão?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Quem ouviu Jair Bolsonaro dizer que, apesar de “problemas pontuais”, Paulo Guedes permaneceria à frente da economia até o final deste governo. estranhou a declaração, vinda do nada, de que o ministro estava “prestigiado”, como se diz no futebol.

Mais tarde, surgiu a história – segundo o Congresso em Foco – de que o “Posto Ipiranga” teria entregue o cargo e sido convencido a ficar por Bolsonaro e pelo general Augusto Heleno, sob o argumento de que sua saída “liquidaria” o governo.

Embora isso seja uma verdade – pela política selvagem de Guedes nossas elites aceitam tudo – , a cada dia mais isso vai se degradando, por razões políticas e econômicas.

Quando a mídia imporá limites a Bolsonaro?

Por Leandro Fortes

Até quando os jornalistas vão continuar na frente do Palácio da Alvorada, à espera de declarações de um demente que se acha engraçado?

Que tipo de jornalismo eles acham que se faz ali, estocados em um cercadinho, expostos ao ridículo diário para uma claque de idiotas montada pelo governo?

Como não se reconhecem como categoria sindical, porque se acham intelectuais isentos e suprapartidários, os jornalistas brasileiros estão sujeitos a esse vexame, sem saída à vista.

Ficam, assim, na lida desse antijornalismo inútil e coletivo, colhendo insultos e brutalidades para garantir a lacração dos imbecis bolsonaristas, no Twitter.

ABI processa caluniador. E os Bolsonaro?

Por Marcelo Auler, em seu blog:

A cada novo ataque à imprensa e a jornalistas pipocam pelas redes sociais as notas em repúdio e em solidariedade aos atingidos. São tantas, visto que neste desgoverno de Jair Bolsonaro o desrespeito à Liberdade de Imprensa e ao jornalismo livre é total, que estas notas não têm o menor efeito prático. Provavelmente sequer chegam ao conhecimento dos autores de tais despautérios. É preciso mais.

Neste sentido, em boa hora, a direção da Associação Brasileira de Imprensa – ABI, entidade que foi retomada no ano passado para o campo democrático depois de longo período relegada ao ostracismo, tomou medidas mais efetivas. Na terça-feira, dia 18, seu presidente, Paulo Jerônimo de Sousa, representou junto à Coordenadoria Criminal da Procuradoria da República do Distrito Federal contra o caluniador da jornalista Patrícia Campos Mello, Hans River do Rio Nascimento.

Governo estrangula educação superior no país

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Na esteira de ataques realizados à educação superior, com o corte de bolsas, em especial no Nordeste, recursos e ataques a instituições, o governo Bolsonaro agora determinou que universidades e institutos federais não paguem a servidores ativos e inativos horas extras, adicional noturno e até aumento de salário por progressão na carreira.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, foi enviado ofício às instituições federais solicitando “abster-se de promover atos que aumentem as despesas com pessoal”, o que inclui não pagar os direitos mencionados anteriormente dos trabalhadores das Instituições Federais de Educação Superior.

Curso de marketing digital para campanhas

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Durante dois sábados de março, no dias 14 e 21, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé e o De Olho na Rede promovem curso sobre marketing digital para campanhas. O curso foi desenvolvido para oferecer aos participantes uma visão mais direcionada do uso do marketing digital em campanhas aos mais variados cargos. E tendo em vista um ano de eleições aos cargos de prefeito e vereadores, torna-se ainda mais relevante uma formação nessa perspectiva. As aulas são dinâmicas, com apresentação de cases e discussões.

As atividades do curso ocorrem das 9h às 16h (com uma hora para almoço), na sede do Barão de Itararé, situada na Rua Rego Freitas, 454, em São Paulo, próximo ao metrô República.