domingo, 27 de junho de 2021

Generais num mar de corrupção e de mortes

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Depois da sessão realizada numa 6ª feira [25/6] que avançou no tempo e terminou somente às 22:52 horas, a CPI da Covid pode dar por encerrados seus trabalhos, pois os propósitos de instalação da Comissão podem ser considerados plenamente concretizados.

Além de já ter conseguido demonstrar a responsabilidade do governo no crime de morticínio de centenas de milhares de brasileiros, com o depoimento dos irmãos Miranda – o deputado Luis Cláudio e o servidor público Luis Roberto – a CPI desnudou o esquema bilionário de corrupção na negociata para aquisição da vacina Covaxin.

Coerente com sua índole homicida, o governo não estava efetivamente interessado na aquisição de vacinas para imunizar a população brasileira, mas sim em aproveitar a oportunidade para um negócio corrupto envolvendo pelo menos R$ 1,6 bilhão de reais.

Bolsonaro prevaricou: denúncia deve ir ao STF

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Um servidor público, acompanhado de um deputado federal, seu irmão, foi ao presidente da República denunciar um caso de corrupção.

O presidente demonstra saber da história e até diz: "É coisa do Ricardo Barros".

Ou seja, acobertou um crime, deixando de tomar providências. Prevaricou, e isso é crime.

O senador Randolfe Rodrigues antecipa que a CPI da Covid poderá, antes mesmo da conclusão de seus trabalhos, denunciar Bolsonaro ao STF por crime de prevaricação com base no artigo 86 da Constituição.

Neste caso, a Câmara teria que autorizar o STF a processar o presidente pela maioria de 2/3 dos votos, ou 342, ocorrendo imediatamente o afastamento. Michel Temer barrou processos semelhantes, em duas oportunidades, com apoio do Centrão, a um preço elevado, em todos os sentidos.

Barros e Bolsonaro são os protagonistas

Por Conrado Ubner, no Diário do Centro do Mundo:


1- Ricardo Barros nomeou a servidora que autorizou o contrato irregular, quando ainda era Ministro da Saúde.

2- O Governo Bolsonaro recusou sistematicamente a compra de vacinas com eficácias mundialmente reconhecidas e ainda acrescentou que “não iria atrás de nenhuma empresa para adquirir vacina; elas, as empresas, que viessem atrás”.

3- Ricardo Barros, líder do governo, incluiu emenda para permitir a compra da vacina indiana, que sequer havia sido aprovada pela Anvisa, em detrimento de vacinas já disponíveis.

4- Governo assina contrato de compra com a empresa indiana, por valor muito superior às demais e com eficácia bastante duvidosa até mesmo na Índia e recusada nos países mais desenvolvidos, mesmo alertado formalmente de tal fato pelo embaixador do Brasil na Índia.

5- A compra da vacina é intermediada por uma empresa nacional: a Precisa.

O preço de Arthur Lira subiu

Por Fernando Brito, em seu blog:


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tornou-se a peça chave no destino do país.

E sabe que tem quatro ou cinco meses para usufruir desta importância, porque ela desaparecerá assim que o calendário tornar impossível o que ele, adia neste momento: a abertura de um processo de crime de responsabilidade – o que a gente conhece como impeachment – contra Jair Bolsonaro.

Por que, claro, não dá para pensar em impeachment durante uma campanha eleitoral, quando o voto da população se substitui ao dos parlamentares para decidir pela continuidade ou pelo fim de governo.

Isso, certamente, não escapa a um matreiro representante das oligarquias políticas nordestinas.

Que sabe, também, que Bolsonaro precisa do parlamento para isso e para os “pacotes de bondades” com que pretende recuperar a situação eleitoral desastrosa em que se encontra.

sábado, 26 de junho de 2021

Bolsonaro está acuado por crises e corrupção

A censura na Fundação Palmares

Baixaria na CPI não salva Bolsonaro!

Indícios de corrupção na compra da Covaxin

O bloqueio dos EUA e a vacina cubana

X9 da vacina superfaturada na CPI da Covid

Irmãos Miranda: confusão e medo na CPI

Bolsonaro silenciou sobre a corrupção?

Escândalo Covaxin: CPI esbarra em Bolsonaro

Os últimos dias do bolsonarismo?

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Onde estão os resultados do teto de gastos?

Por Róber Iturriet Avila e João Santos Conceição, no site Brasil Debate:

O conhecimento científico avança a partir da teorização e da busca de evidências empíricas. Um cientista não tem problemas em mudar de opinião frente a novas evidências que refutam ou não corroboram ideias pretéritas. Já as crenças dogmáticas são perenes, tidas como verdades indiscutíveis a quem as professa.

A crise de 2008, o crescimento chinês do século 21 e o Corona Crash têm abalado as concepções de política fiscal. Frente a novas evidências, diversos autores e organismos multilaterais têm mudado de posição. No Brasil, entretanto, o debate é “lento”. Temos atualmente quatro regras fiscais. A E.C. 109 estabelece queda de salários reais aos servidores públicos e suspensão de concursos caso a relação Despesas Correntes / Receitas Correntes ultrapasse 95%.

À beira de um ataque de nervos

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Bolsonaro nunca foi equilibrado, mas está perdendo a noção. O chilique recente durante uma entrevista a uma jornalista não chega a espantar: o presidente foi autoritário, machista e grosseiro, como sempre. Mas o que parece ter ficado claro é que, desta vez, o comportamento era defensivo, covarde, amedrontado. Jair acusou o golpe. Anda com medo. E tem motivo para isso.

A presença da corrupção de seu governo está escancarada: na saúde e no meio ambiente, para ficar apenas nos exemplos mais recentes.

Ao demitir Ricardo Salles, depois de elogiá-lo na véspera, o presidente assina embaixo das acusações contra o ex-ministro, que vão do favorecimento de madeireiras e garimpeiros a enriquecimento ilícito, colocando até mesmo a mãe no meio.

"Reforma" administrativa alimenta corrupção

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O primeiro impacto fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 será o aumento da corrupção na administração pública, aponta nota técnica assinada por Vinícius Amaral, consultor legislativo no Senado. “Esse é um efeito extremamente preocupante, pois a corrupção é um fenômeno persistente e de graves dimensões no Brasil”, afirma. A PEC da “reforma” administrativa está sendo discutida por uma comissão especial na Câmara.

A conspiração para tirar Bolsonaro da eleição

Por Helio Doyle, no site Congresso em Foco:


A centro-direita e a direita não bolsonarista descobriram como conquistar o governo em 2022 e já começaram a trabalhar, nos bastidores, para viabilizar seu plano: o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. As articulações, ainda iniciais, envolvem empresários, militares e alguns poucos políticos com mandato. Estão, como é natural, sendo mantidas em sigilo, mas têm sido emitidos alguns sinais de que afastar Bolsonaro da presidência é o objetivo.

O que move os articuladores do impeachment é, sobretudo — mas não exclusivamente — impedir que o ex-presidente Lula vença as eleições em 2022 e o PT e a esquerda retomem o governo. A avaliação que fazem é de que haverá uma indesejável polarização entre Bolsonaro e Lula, com poucas chances para um candidato da centro-direita que sequer existe.

Sete potências e um destino

Reprodução do Facebook
Por José Luís Fiori, no site Outras Palavras:


A China permanece sendo uma “civilização”
que finge ser um Estado-nação […]
e que nunca produziu temática religiosa
de espécie alguma, no sentido ocidental.
Os chineses jamais geraram um mito da criação cósmica
e seu universo foi criado pelos próprios chineses.

Henry Kissinger,. Sobre a China

O espetáculo foi montado de forma meticulosa, em cenários magníficos, e com uma coreografia tecnicamente perfeita. Primeiro foi o encontro bilateral entre Joe Biden e Boris Johnson, os líderes das duas grandes potências que estiveram no centro do poder mundial nos últimos 300 anos. A assinatura de uma nova Carta Atlântica foi a forma simbólica de reafirmar a prioridade da aliança anglo-americana frente aos demais membros do G7 e seus quatro convidados, que se reuniram nos dias 11 e 12 de junho numa praia da Cornuália, sul da Inglaterra, como um ritual de retorno dos Estados Unidos à liderança da “comunidade ocidental”, depois dos anos isolacionistas de Donald Trump. Em seguida, os sete governantes voltaram a se encontrar em Bruxelas, na reunião de cúpula da OTAN encarregada de redefinir a estratégia da organização militar euro-americana para as próximas décadas do século XXI. E ali mesmo, na capital da Bélgica, o presidente americano reuniu-se com os 27 membros da União Europeia pela primeira vez desde o Brexit e, portanto, sem a presença da Grã-Bretanha. Por fim, para coroar esse verdadeiro tour de force de Joe Biden em território europeu, o novo presidente dos Estados Unidos teve um encontro cinematográfico com Vladimir Putin num palácio do século XVIII, no meio de um bosque de pinheiros, às margens do Lago Leman, em Genebra, Suíça.

A ocupação das terras da usina Cambahyba

“Ocupamos as terras da Cambahyba para exigir justiça
para Cícero Guedes”.
 FotoPablo Vergara
Do site do MST:


Há 25 anos o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marca sua trajetória no Rio de Janeiro com a ocupação de terras das fazendas da falida usina Capelinha, em Conceição de Macabu. A ocupação se deu em resposta ao latifúndio improdutivo e ao massacre do Eldorado dos Carajás, onde 21 Sem Terras foram assassinados pelo governo do estado (PSDB) no Pará em abril de 1996. No ano seguinte o MST - RJ se consolidou com a ocupação da usina São João em Campos dos Goytacazes (RJ) dando origem ao assentamento Zumbi dos Palmares, onde mais de 500 famílias conquistaram sua terra para viver e produzir alimentos.