domingo, 8 de maio de 2022

Guerra na Ucrânia: A Paz está órfã

Charge: Liu Rui/GT
Por Marcelo Zero

A guerra da Ucrânia não começou neste ano.

Começou em 2014, logo após o golpe de 2013, o qual inaugurou um regime pró-Ocidente e antirrusso, bastante influenciado por grupos neonazistas, que se consideram herdeiros de Stepan Bandera, líder político ucraniano aliado dos nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A população russófona da Ucrânia, espalhada por todo o território, porém mais concentrada na península da Crimeia e na região do Donbass, reagiu.

Na Crimeia, foi realizado, com a ajuda de Moscou, um plebiscito para se separar da Ucrânia e se integrar, de novo, à Federação Russa.

No Donbass, surgiu um movimento separatista com o mesmo objetivo.

Esse conflito armado no Donbass, que inclui bombardeios ucranianos contra cidades e vilarejos russófonos, se arrastra desde 2014 e, até o início deste ano, já havia causado a morte de cerca de 14 mil pessoas.

'Escândalo' da Veja tem cara de armadilha

Por Fernando Brito, em seu blog:

Não ponho um tostão furado na história que é capa da Veja, sobre a suposta chantagem do ex-caseiro da ex-mulher de Jair Bolsonaro.

Sim, ele pode ter fotos, papéis e histórias sobre a vida de Ana Cristina Valle, mas a história envolve chantagem e ameaças e isso é o bastante para causar repugnância.

Marcelo Nogueira dos Santos, o funcionário que, contratado na Assembleia Legislativa por Flávio Bolsonaro e que foi ser trabalhador doméstico para a ex do atual presidente, com as ameaças de morte, já virou, a esta altura, um procurado.

Mídia empresarial e a subserviência aos EUA

Charge: Sergei Anashkin
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Uma antiga e amarga tirada diz que o universo pode ser finito mas a estupidez humana não. Talvez também se possa comparar o universo – igualmente de modo desfavorável para o cosmos – com o tamanho da disposição dos miquinhos amestrados da mídia empresarial de bailar ao som da melodia emanada de Washington. Qualquer dissonância merece o patíbulo. Lula é a vítima mais recente.

Seu crime foi proclamar o óbvio sobre a invasão da Ucrânia. Condenou Putin mas apontou a responsabilidade do Zelensky, marionete de Joe Biden, Anthony Blinken e da Otan, que o enfiaram numa tacanha e demencial guerra por procuração. Aquela em que os Estados Unidos lutarão “até o último ucraniano”...

Time revela tragédia da imprensa brasileira

Charge: Cau Gomez
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Envolvida até a medula na operação que tentou excluir Lula da vida pública, a grande mídia brasileira até hoje se mostra incapaz de reconhecer seu renascimento político.

Modelo formal de boa parte das revistas semanais surgidas nos anos dourados da mídia impressa do século XX, em abril de 2022 a Time retrata o retorno de Lula ao centro da cena política brasileira com o distanciamento possível que marca o jornalismo profissional de um dos grandes grupos de comunicação do planeta.

Abriu espaço para uma entrevista detalhada e foi atrás de informações relevantes, numa reportagem que mantém o tom adequado do ponto de vista informativo e politico, cumprindo uma função importante - deixa claro que, nas atuais condições de temperatura e pressão da política brasileira, Lula é parte do jogo democrático.

Bolsonaro pode ser empurrado para fogueira

Charge: Geuvar
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Muita coisa não fecha no roteiro do golpe tramado por Bolsonaro e que estaria agora em ritmo mais acelerado com a amplificação das ameaças ao Supremo e ao TSE.

Há incoerências, mesmo que um golpe seja um bicho disforme muitas vezes sem pé nem cabeça. O plano parece frágil, até porque teria muito coturno e pouco sapato em cromo alemão.

Bolsonaro não conseguiu criar para a família um partido que qualquer um cria ou aluga. É rejeitado por mais de 60% dos eleitores que não votariam nele de jeito nenhum.

Não tem o respeito das elites civis que o tratam como uma gambiarra precária anti-Lula. Fraturou uma vez os comandos das três armas e pôs a correr seus chefes e o ministro da Defesa.

sábado, 7 de maio de 2022

Robôs bolsonaristas avançam na internet

Tradição militar de conspirar contra o Brasil

Lula na capa da Time e CIA de olho no Brasil

O aumento da inflação e do desemprego

Nova iniciativa de oposição a Bolsonaro

Declarações de Lula e pesquisas eleitorais

Como foi o evento de pré-candidatura de Lula

A cobertura da mídia sobre Lula na Time

Violência da direita na eleição da Colômbia

Guerra cultural e as eleições de outubro

Diretor da CIA alertou Bolsonaro

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Bolsonaro é tratado como pária pelo G7

STF se tornou uma presa fácil dos generais

Charge: Brum/Tribuna do Norte
Por Jeferson Miola, em seu blog:

No envolvimento com as cúpulas partidarizadas que converteram as Forças Armadas em milícias fardadas, os ministros do STF caíram numa tremenda cilada. Legitimaram, equivocadamente, os militares como atores aceitáveis da disputa política.

Neste processo contraditório e de hiper-ativismo político do judiciário, os ministros do STF revelaram uma tendência suicida, para não dizer camicase; autodestrutiva.

Percorreram, de modo exímio, a trajetória descrita na Marcha da Insensatez, como a escritora norte-americana Barbara Tuchman define a tendência de vários governos, políticos, lideranças e autoridades produzirem políticas erráticas e contraproducentes e que, em última instância, acabam sendo contrárias aos seus próprios interesses.

Esperança de dias melhores

Por João Guilherme Vargas Netto


Se não me engano foi o poeta Capinan que criou a expressão “relativo naufrágio” usada por mim para o balanço sintético das manifestações sindicais do 1º de Maio. Tudo porque, a começar pelo maior dos atos, o da Praça Charles Miller, em São Paulo, predominou a intenção político-partidária e a pauta aprovada na Conclat foi menosprezada.

Vigorou a imagem bipolar de duas séries de manifestações, com as nossas e as dos aliados do presidente Bolsonaro disputando imagens e públicos escassos – em ambas, as preocupações imediatas do povo foram esquecidas.

E se as instituições estivessem funcionando?

Charge: Genin
Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) Se as instituições estivessem funcionando, os chefes dos poderes da República reagiriam à altura às investidas contra a ordem democrática, em vez de aparecerem com frequência em público proferindo frases vazias e protocolares de efeito. Faço a ressalva de que é perda de tempo cobrar alguma estatura da trinca Fux, Lira e Pacheco.

2) Se as instituições estivessem funcionando, os políticos corruptos do Centrão não as utilizariam como biombo para, através de uma aberração como o orçamento secreto, irrigar com dinheiro público seus redutos eleitorais sem precisar prestar contas a nenhum órgão de fiscalização e controle.

3) Se as instituições estivessem funcionando, o presidente da República não colecionaria, impunemente, crimes de responsabilidade, como acontece hoje no Brasil.