sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Guedes mira no salário mínimo e aposentadoria

Charge: Nani
Por Altamiro Borges


Caiu como uma bomba no comando da campanha de Jair Bolsonaro a revelação da Folha de que “Plano de Guedes prevê salário mínimo e aposentadoria sem correção pela inflação passada”. Após a reportagem, os ministros do covil fascista saíram desesperados para abafá-la, mas não conseguiram conter o estrago. Fica evidente o estelionato eleitoral praticado pelo governo com seu “pacote de bondades”, que será enterrado logo após o segundo turno com duras medidas de arrocho contra os aposentados e os trabalhadores.

Lula criou 923.732 empregos metalúrgicos

Juiz de Fora (MG), 21/10/22. Foto: Ricardo Stuckert
Da Agência Sindical:


Em oito anos de mandato, e mesmo acossado pela crise do subprime, que explodiu nos Estados Unidos em 2008, o governo Lula fez o País crescer e gerar empregos. Só no setor metalúrgico foram 923.732 postos com Carteira assinada. Média de novos 115.467 empregos metalúrgicos por ano.

Os números são oficiais, informa o economista do Dieese e professor universitário Rodolfo Viana. Ele acrescenta: “No setor metalúrgico, principalmente nas montadoras, cada emprego gerado pode ser multiplicado por três outras vagas abertas”.

A geração de vagas beneficiou também quem já estava empregado. Rodolfo explica: “Pra manter seus quadros, as empresas tiveram que fazer equiparações salariais ou implantar planos de carreira. Isso melhorou as condições salariais e de trabalho dos já empregados”.

Uma razão a mais para o empenho

Charge: Edu
Por João Guilherme Vargas Netto

Há várias razões para que os dirigentes sindicais intensifiquem o seu empenho em eleger Lula e derrotar Bolsonaro no segundo turno da eleição presidencial.

A todas elas eu agrego uma que decorre da análise realista da correlação de forças político-partidárias que resultou do primeiro turno, com exceção da vitória de Lula. Refiro-me à composição da Câmara Federal e às mudanças no Senado.

Grande número de brasileiros ofuscados pela desorientação e demagogia bolsonaristas e atraídos pelas campanhas ao Legislativo adubadas pelo orçamento secreto, por emendas parlamentares, por arranjos locais e muito dinheiro elegeram deputados e senadores inimigos do movimento sindical, alterando, para pior, a correlação de forças no Congresso. Isso tem sido alardeado pela campanha de Bolsonaro.

Tem cheiro de 2018-II no ar

Charge: Chico Salgado
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Na eleição deste ano, assim como aconteceu na eleição fraudada de 2018, dois processos simultâneos e paralelos de disputa de votos estão em curso. É possível até se sentir o cheiro de 2018 II no ar.

De um lado, um processo eleitoral convencional, dentro do qual a candidatura Lula desenvolve uma campanha nos termos das regras e das leis para esclarecer, apresentar seu programa, sensibilizar a população, convencer o povo e angariar votos.

De outro lado, há uma guerra multiforme – ou híbrida, se se preferir – desenvolvida pela candidatura do Bolsonaro a partir de diretrizes e princípios fascista-militares.

A eleição de 2022 está sendo brutalmente roubada, fraudada e corrompida pelos fascistas. A reportagem da Patrícia Campos Mello na Folha [20/10] serve como um inventário dramático da falência e da impotência da institucionalidade democrática em enfrentar o arsenal poderoso e sofisticado que está sendo empregado.

A disputa voto a voto na América Latina

Charge: Pxeira
Por Marcelo Hailer, na revista Fórum:

A história recente mostra que nenhum candidato de esquerda à Presidência da República em países da América Latina venceu ou perdeu o pleito com ampla margem de votos.

Dessa maneira, a disputa acirrada entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL), que devem pleitear voto a voto até a apuração da última urna no próximo dia 30, faz parte de um padrão político que se impôs na América Latina nos últimos três anos.

Além da margem mínima de votos, outro padrão que se repete nas disputas recentes é o uso massivo do método de espalhamento de fake news por parte das candidaturas de direita e a adoção de discurso antiestatal e de pânico moral, geralmente em torno da chamada “ideologia de gênero” e aborto.

Guedes prepara arrocho após estelionato

Charge: Fraga
Por Fernando Brito, em seu blog:

O filme não é novo, é assustador mas há gente que acha que vale a pena ver de novo.

Além dos preços, que já ensaiam para disparar após as eleições, a Folha de hoje revela a fórmula do veneno preparada nos laboratórios de Paulo Guedes como forma de tirar dos trabalhadores mais humildes e dos aposentados o dinheiro necessário para reequilibrar as contas do governo, depois que se encerrar a fase do “Bolsonaro bonzinho”.

Idiana Tomazelli e Julianna Sofia, na Folha, revelam que se prepara “uma Proposta de Emenda à Constituição [que] seria apresentada no dia seguinte à eleição” para desvincular o salário mínimo e os benefícios previdenciários da correção pela inflação.

Bolsonaro tenta comprar voto dos mais pobres

Bolsonaro quer congelar as aposentadorias

Bolsonaro deixou escapar o 'rolou um clima'

As violações à liberdade de expressão

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Brasil das trevas tem 33 milhões de famintos

Charge: Kleber
Por Altamiro Borges

Em 16 de outubro, data da fundação, em 1945, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), é comemorado o Dia Mundial da Alimentação. Mas o Brasil não teve nada o que festejar, já que o país voltou ao Mapa da Fome da ONU e hoje contabiliza 33 milhões de famintos.

Com o fim da ditadura militar e o avanço das lutas sociais, o Brasil passou a ser referência no combate à fome. Várias políticas de transferência de renda e de promoção da segurança alimentar foram adotadas, principalmente a partir do governo Lula. Entre outras, vale citar o Bolsa Família, criado em 2003, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).

Alerta aos conservadores

Charge: ArteVillar
Por Luiz Eduardo Soares

Meu nome é Luiz Eduardo Soares, tenho 68 anos e dediquei minha vida à segurança pública.

Acho que é meu dever alertar os conservadores de boa vontade para o fato de que nosso país corre o risco de ser entregue, definitivamente, ao crime organizado.

Hoje, o país flerta com o crime, mas em um eventual segundo mandato de Bolsonaro, o que foi ensaiado será colocado em prática sem restrições.

As polícias serão liberadas para matar, por meio do “excludente de ilicitude” e de outras medidas semelhantes.

Além de aumentar o número de mortes provocadas por ações policiais (suponho que esse efeito não os comova), dois fenômenos serão estimulados: em primeiro lugar, a negociação com criminosos (porque quem está livre para matar pode negociar a sobrevivência do suspeito), ou seja, haverá mais corrupção e mais promiscuidade entre polícia e crime, o que tornará a polícia cada vez mais fraca e incapaz; em segundo lugar, dois princípios essenciais às polícias, sobretudo às instituições militares, serão afetados: a disciplina e a hierarquia.

Dez dias que abalarão o mundo

São Gonçalo (RJ), 20/10/22. Foto: Ricardo Stuckert 
Por Gilberto Maringoni

1. Há uma aproximação das curvas de intenções de votos entre Lula e seu oponente, mostram os levantamentos divulgados nos últimos dias. É preciso examinar com calma os números e o cenário político para buscar entender o que está acontecendo. Há mudanças, mas nada que tire a preferência do ex-presidente.

2. Faltando uma semana e meia para o segundo turno (30.10), o Datafolha divulga mais uma pesquisa, com dados recolhidos entre 17-19 de outubro. Lula alcançou 49% dos votos totais, ante 45% do oponente. O mesmo placar, na semana anterior, estava 49% a 44%. Lula está onde estava e o rival oscilou um ponto para cima.

3. Na sondagem Ipespe, publicada em 18 de outubro, o ex-presidente chegou a 49% dos votos totais contra 43% do adversário. Na semana anterior, o mesmo instituto apontava Lula com 50% e o candidato a reeleição exibia os mesmos 43%. O Ipec divulgou seu levantamento no dia anterior (17). O resultado: Lula teria 54% dos votos válidos, e o outro, 46%.

Bolsonaro, o MST acabou ou não?

Foto: Brenda Baleiro/MST
Por João Paulo Rodrigues e Kelli Mafort, no site do MST:

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se regozija quando estufa o peito e anuncia que, com suas políticas de repressão e liberação das armas, acabou com o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). Com a sua mentalidade autoritária e falas mentirosas, considera um feito acabar com uma luta histórica dos trabalhadores rurais Sem Terra.

Agora, no processo eleitoral, Bolsonaro e os candidatos da extrema-direita retomam os ataques ao MST, recorrendo insistentemente ao uso de mentiras.

O MST acabou ou não, Bolsonaro? Se acabou, por que retomar a campanha de difamação? Se não acabou, o fim do movimento é só mais um caso de estelionato eleitoral. O mesmo estelionato mentiroso que promove ao dizer que não há corrupção em seu governo.

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