sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Mídia internacional exalta Lula na COP-27

Por Altamiro Borges

Enquanto a mídia monopolista nativa – famosa por seu falso moralismo e seu atávico ódio de classe – prioriza as críticas ao uso de um jatinho privado na viagem de Lula ao Egito, a imprensa internacional prefere destacar o sucesso do presidente eleito na COP-27. Todas as agências de notícias e os maiores veículos de comunicação do mundo têm exaltado a postura de estadista do líder brasileiro.

O jornal ianque The New York Times, por exemplo, postou que “o presidente eleito do Brasil chegou e eletrizou a reunião. O entusiasmo era palpável aqui para Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido simplesmente como Lula. Mr. Lula se dirigiu aos participantes da cúpula em meio a exuberantes apoiadores que cantaram para ele uma versão do comemorativo ‘Ole, ole, ole!’ [sic]”.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Cássia Kis surtou e é acionada na Justiça

Lula conversa com o mundo sobre Amazônia

Comunidade internacional já deu posse a Lula

O que esperar da relação entre Brasil e China?

Villas Bôas, o general golpista, volta a atacar

Sob Musk, discurso de ódio dispara no Twitter

Bolsonaro dá abraço de afogado nos generais

Charge: Aroeira
Por Leandro Fortes, no Diário do Centro do Mundo:


Recluso no Palácio da Alvorada, onde se consome em ressentimentos e perebas, Jair Bolsonaro se entregou àquela que imagina ser sua última cartada de poder: impedir as Forças Armadas de participar do processo de transição em curso.

Pretende, assim, levar a credibilidade da caserna ao colapso total, com o auxílio luxuoso de meia dúzia de generais irresponsáveis.

Ao negar a essa transição, Bolsonaro pretende dar uma derradeira demonstração de poder no único espaço do serviço público onde a hierarquia está acima do bom senso.

Assim, em pleno uso da prerrogativa de comandante-supremo, arrastar os militares para as profundezas do desespero em que se encontra e se desloca, definitivamente, da realidade política do País.

A oposição fascista que vem por aí

Charge: Gilmar
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Depois do golpe de estado que apeou do governo a presidenta Dilma, era praticamente consenso entre os petistas, tanto da base como da direção, que o partido cometera um erro grave ao deixar de lado o investimento em organização e mobilização popular.

Se essa autocrítica já foi importante há seis anos, ainda mais agora quando o governo Lula terá de lidar como uma oposição de extrema-direita sem qualquer traço de compromisso democrático, mas com capacidade de ocupar as ruas.

Fica a torcida para que não se repita o equívoco estratégico de se jogar peso apenas na institucionalidade. Não resta dúvida de que é essencial zelar pela governabilidade e pelo apoio congressual ao terceiro mandato presidencial de Lula. Também é de suma importância a convocação de quadros do PT e do conjunto de esquerda para compor o governo.

A eterna chantagem do financismo

Charge: Edu
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Essa é uma criatura mal-assombrada que não se cansa de jogar suas energias negativas e suas forças destruidoras sobre a maioria da população brasileira. Um dos problemas para quem deseja enfrentá-la é que ela possui tentáculos muito longos e perigosos, capazes de lançar para bem longe seus petardos e provocar danos generalizados sobre todos aqueles seres que ousem apresentar alguma discordância com relação às suas ondas avassaladoras.

É preciso reconhecer que, no passado, já foi bem mais difícil a situação daqueles que insistíamos em pensar fora da caixinha e dizíamos que um outro mundo era possível. As décadas de hegemonia absoluta do receituário do Consenso de Washington reservava realmente pouco espaço institucional para a crítica aos fundamentos equivocados do neoliberalismo e da exposição dos estragos causados pela sua implementação mundo afora. Mas a partir da crise econômico-financeira de 2008/9 a situação começou a mudar. Os próprios centros de decisão da política econômica nos países desenvolvidos foram obrigados a ensaiar uma autocrítica a quente, trocando o pneu com o carro ainda em movimento.

É preciso desmilitarizar a República

Charge: Céllus
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Por ora, a cor do Governo é puramente militar, e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada." - Aristides Lobo (Diário Popular, 18/11/1889)

Implantada por um golpe militar, a República brasileira sucede um Império anacrônico, sem pretender romper com sua ordem econômico-social, fundada no escravismo e na lavoura. Com ela sobrevive a sociedade patrimonialista, excludente, profundamente desigual e conservadora que hoje nos espanta. Despida de republicanismo (doutrina que jamais chegou ao povo e era desconhecida pelas tropas que desfilaram pelas ruas do Rio de Janeiro em 1889), a república nascente conservaria as duas características básicas da monarquia, a cuja natureza reacionária seus líderes não se opunham de fato: a ausência de povo e de representação, fragilidade que a perseguirá por quase um sesquicentenário, o tempo de sua vida até aqui. A reforma, na realidade, jamais foi objetivo dos oficiais golpistas; pretendendo derrubar um gabinete malquisto por eles, terminaram destronando o imperador longevo – pelo qual, aliás, o país nutria reconhecida empatia.

Moraes vai no bolso dos bolsonaristas

Charge: Nando Motta
Por Fernando Brito, em seu blog:

A decisão de Alexandre de Moraes de mandar bloquear as contas bancárias de 43 pessoas e empresas que levaram 234 caminhões pesados para se postarem, como um regimento de tanques, à frente do QG do Exército, em Brasília, acerta o “bolsonazismo” onde lhe dói mais: o bolso.

Eu e você temos muito mais direito a ver nosso voto ser respeitado do que eles a terem o poder de movimentar seus milhões (ou até bilhões) para invalidá-los.

Está na lei – e numa lei sancionada por Jair Bolsonaro, no ano passado – que inclui no Código Penal o artigo 359-L:

Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.

O discurso de Lula na COP-27 no Egito