quarta-feira, 27 de julho de 2016

Marta e Matarazzo, "a chapa dos traíras"

Por Altamiro Borges

O anúncio da aliança entre Marta Suplicy (PMDB) e Andrea Matarazzo (PSD) na disputa para a prefeitura de São Paulo gerou uma onda hilária de comentários nas redes sociais. A chapa foi apelidada de “Ma-Mata”, de “Coalizão do Morumbi”, de “Indústrias Reunidas Matarazzo”, entre outros nomes jocosos. Talvez o melhor rótulo, porém, seja o de “a chapa dos traíras”. Afinal, ambos traíram seu passado e seus partidos com objetivos meramente eleitoreiros. A dúvida é se a exótica aliança, que juntou dois ex-adversários raivosos, irá ludibriar os paulistanos. A ex-prefeita pode perder os votos que ainda possuía na periferia da cidade e o “vereador das abotoaduras de ouro” pode ser rejeitado pela elite paulistana.

Michelzinho e o papel ridículo da mídia

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, talvez na caça de um bilionário ‘jabaculê’ – termo usado nos meios jornalísticos referente à corrupção, suborno, propina –, perdeu totalmente o senso de ridículo. Nos telejornais desta terça-feira (26), a cena patética de repórteres e cinegrafistas disputando espaços para transmitir imagens do usurpador Michel Temer indo buscar seu filho, o ricaço prodígio Michelzinho, em uma escola particular em Brasília. O teatrinho medíocre foi montado previamente pela equipe de aspones do golpista, que ligou para as redações avisando da “agenda familiar”. As recentes pesquisas de opinião, que confirmam o acelerado desgaste do “golpe dos corruptos”, ajudam a explicar o marketing rastaquera.

Estadão odeia a democracia e o voto popular

Por Altamiro Borges

Quem já leu o livro “Nascidos para perder”, do jornalista Mylton Severiano, sabe que o oligárquico jornal Estadão sempre detestou a democracia. A famiglia Mesquita chegou a estocar armas no forro da redação do diário para derrubar Getúlio Vargas; ela foi uma das protagonistas do golpe de 1964, escrevendo o primeiro esboço das medidas de exceção da ditadura militar; ela nunca tolerou qualquer avanço social, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), ou a construção de uma nação soberana, devido ao seu complexo de vira-lata diante dos EUA. Neste sentido, para quem conhece a sua história, não causou surpresa o editorial publicado nesta terça-feira (26), intitulado “A maioria também se equivoca”.

Política externa e as relações Sul-Sul

Por Celso Amorim, na revista CartaCapital:

Política externa, como toda política, implica conversa. Conceitos e ideias se expressam por palavras. Diferentemente do que pensam alguns, palavras têm consequências. Boas ou más. Podem apontar na direção de um mundo melhor ou semear destruição. Paz e Desenvolvimento dão sentido à Diplomacia, diferenciando-a do governo sem propósito ético, que Santo Agostinho comparava a um bando de salteadores.

Até neologismos têm força. Brexit só foi entendida, até pelos que a propuseram, em toda sua extensão ex-post. “Flexibilização”, um neologismo dicionarizado, aparentemente de sentido positivo, pode vir a se revelar nefasto, quando aplicado ao Mercosul e à integração, levando-nos de volta à era em que Brasil e Argentina rivalizavam para saber quem era o “melhor amigo” da grande potência.

Universidade pública e as mentiras da Globo

Por Jean Wyllys, na revista Caros Amigos:

Toda mentira bem elaborada, para ser convincente, precisa começar apontando alguns fatos verdadeiros. É a arte da falácia, na qual os editorialistas do jornal O Globo são mestres e doutores.

É fato: o sistema universitário brasileiro ainda é profundamente injusto. O acesso dos mais pobres à universidade pública ainda é minoritário, mesmo tendo melhorado na última década, graças a algumas políticas públicas de inclusão dos governos petistas que, contudo, apesar de terem ajudado, foram insuficientes.

Barão de Itararé e o golpe na Telebras

Por Theo Rodrigues, no site do FNDC:

O novo presidente da Telebras mal tomou posse e já está causando polêmica. Antonio Loss, executivo que passou pela Net Sul, Net Serviços, Oi e que se encontrava no comando da Via Sat do Brasil será o novo presidente da empresa pública de telecomunicações.

Loss foi nomeado pelo ministro das Comunicações Gilberto Kassab por ter essa experiência em seu currículo. Contudo, é justamente essa ligação com as principais empresas do setor que vem gerando polêmica.

Escola tem que ter partido

Por Bruno Vieira, no site Brasil Debate:

É de conhecimento de boa parte das pessoas que se encontram conectadas na internet a discussão sobre um projeto de lei, em trâmite no Congresso Nacional, que discorre sobre uma proposta dita educacional que visa a “desideologizar” os professores e a sala de aula. Com o nome inusitado de “Escola Sem Partido” (ESP), a ideia, em tese, é criar um ambiente no qual os estudantes não sofram “doutrinação” por parte dos mestres. Entretanto, por mais que essa proposta empunhe o desejo por neutralidade no ensino, é um engodo dizer que somos neutros e que existe a possibilidade de um “ensino neutro”.

O expurgo no Minc e as bruxas de setembro

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois da polícia, as demissões. A degola de 81 funcionários e gestores do Ministério da Cultura não tem outro nome. É um expurgo de natureza político-ideológica que só realça a feição obscurantista do governo. É uma vingança de Temer contra o segmento do funcionalismo público que protagonizou a mais forte insurgência contra o desmonte da administração anterior, a extinção do Minc. Os manifestantes que ocuparam as sedes dos órgãos da pasta mantiveram-se ativos mesmo depois do arremedo de sua recriação sob o lema Fora Temer. Na segunda-feira, o dia começou com a polícia removendo os últimos manifestantes que ainda ocupavam a Funarte no Rio. A investida contra os dirigentes de uma pasta com tão pouco peso orçamentário, mas de tão grande significado social, é prenúncio do que virá depois de agosto: com Temer efetivado, as bruxas serão caçadas para valer.

Bancos privados querem abocanhar o FGTS

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Na capa de O Globo, o que não se julgava possível nem mesmo durante a privataria do Governo Fernando Henrique, quando se ensaiou retirar uma parcela – apenas uma parcela – dos recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, para dar vitalidade à Bolsa de Valores, permitindo que fosse usada para comprar ações da Vale e da Petrobras.

Em letras bem grandes e claras: a entrega do FGTS aos bancos privados.

'Nem a Coca-Cola subestima a comunicação'

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O prefeito Fernando Haddad cortou em 50% os gastos com a divulgação do seu governo nos quatro anos em que dirigiu a prefeitura da maior cidade do país.

Foi repreendido por Lula na convenção que homologou seu nome à reeleição de São Paulo, no último domingo.

'O povo brasileiro não tem obrigação de saber', disse Lula e sapecou: ‘O prefeito cometeu um pecado ao não investir em divulgar a gestão; achando que é obrigação do povo saber; achando que já é conhecido; ledo engano; fosse assim’, concluiu, ' a Coca-Cola, que todo mundo já conhece, não faria propaganda. E ela faz’.

Mídia omite 'caprichos' da mulher de Temer

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:



“Um dos maiores vexames internacionais a que o país poderá ser submetido nos próximos anos é o conhecido uso desmesurado de dinheiro público pela família de Michel Temer”, diz interlocutora profundamente versada em intimidades dos centros de poder. “Marcela é o ponto fraco de Temer”, diz a fonte. “Os caprichos dela ainda vão custar caro…”.

Temer chegou ao fim da linha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As pesquisas dos últimos dias mostram que mesmo incluindo o esforço para levar o filho de 8 anos na escola, o baú de truques banais para tentar elevar a popularidade de Michel Temer a qualquer preço está chegando ao fim. Com números arrasadores, o Ipsos e o Paraná Pesquisas mostram uma verdade inegável. Quanto mais a população conhece o governo Temer, mais o rejeita.

Temer sempre foi um político ruim de votos e é claro que isso quer dizer muita coisa numa democracia. Coisas ruins, em geral. Fez a carreira política beneficiado pela presença em aparelhos que lhe garantiam a eleição em pleitos parlamentares, invisível e opaco num máquina de cabos eleitorais profissionais, prefeitos, governadores e empresários amigos que garantiam votos anônimos, inexpressivos e difíceis que são assegurados hoje para serem esquecidos amanhã. Tudo aquilo que a maioria da população rejeita e condena.

terça-feira, 26 de julho de 2016

MBL cancela ato pró-golpe dos corruptos

Por Altamiro Borges

As últimas pesquisas de opinião - com exceção do Datafolha, que "erra e persiste no erro", segundo a crítica da própria ombudsman da Folha - apontam acelerado desgaste do "golpe dos corruptos" que afastou a presidenta Dilma. O índice de rejeição do Judas Michel Temer já bate recordes históricos, conforme comprova a sondagem divulgada nesta terça-feira (26) pelo instituto Ipsos. O usurpador é apoiado por apenas 6% dos brasileiros. Estas pesquisas - mais o grito de "Fora Temer" que contagia as ruas do país - explicam porque o grupelho fascista Movimento Brasil Livre (MBL) cancelou a sua participação nos atos em defesa do "golpe dos corruptos" agendados para o próximo domingo (31).

A educação como privilégio dos ricos

Editorial do site Vermelho:

Num artigo publicado em 1956 – faz 60 anos – o grande educador brasileiro Anísio Teixeira defendeu ideias e uma interpretação da sociedade que se mantém nestes tempos turbulentos vividos por nosso país.

O artigo resultou de palestra proferida por ele no Congresso Estadual de Educação do Estado de São Paulo, e a atualidade de suas teses é inacreditável.

O editorial que o jornalão conservador O Globo publicou neste domingo (24), sob o título “Crise força o fim do injusto ensino superior gratuito” remete diretamente àquelas teses. E revelam a força que ideias tão conservadoras e retrógradas mantém na classe dominante brasileira, acentuadas desde que o golpe de estado em curso interrompeu a democratização do Brasil e da educação brasileira, acentuadas desde 2003.

Temer bate o recorde histórico de rejeição

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Michel. Michel Temer. Mas pode chamá-lo de Michel 6% Temer.

O resultado da pesquisa Ipsos divulgada hoje é categórico: Temer é um fiasco. Um monumental fiasco.

Apenas 6% dos brasileiros aprovam o interino. Isto é metade do que Dilma tinha em sua etapa final na presidência, sob bombardeio ininterrupto da mídia e da Lava Jato.

Quer dizer: não é metade. É menos que metade. Dilma tinha quase 14% de aprovação.

Aposta da mídia em Temer pode fazer água

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

“A grande mídia apostou tudo no processo de viabilizar Temer, e como isso começa a fazer água, uma pesquisa como essa pode ser útil”, ironizou o diretor do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), Cândido Grzybowski, ao ler os resultados da pesquisa de opinião sobre o governo, do Instituto Ipsos, divulgada hoje (26). O percentual dos brasileiros que apoiam o impeachment de Dilma Rousseff vem caindo desde março, quando era de 61%, e continua em queda, revela a pesquisa. Segundo o estudo, o percentual dos que defendem o afastamento da presidenta era 54% em junho e recuou mais seis pontos percentuais, para 48%, em julho.

Artilharia da Lava-Jato e mídia contra o PT

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A votação final do impeachment está próxima e a temperatura política não pode cair. Assim, os portais amanhecem com mais uma rodada de manchetes envolvendo delações contra o PT. A dobradinha Lava Jato e mídia continua funcionando a todo vapor.

As novas informações prestadas por Ricardo Pessoa, da UTC, e por três executivos da Andrade Gutierrez não são exatamente novas. As doações oficiais das empreiteiras ao PT seriam ou fruto de pressão de integrantes do governo ou disfarce para valores de propina exigidos pelo partido nos contratos das empreiteiras com o governo federal.

O machista Serra ataca no México

Da revista Fórum:

Envolvido em mais um caso de machismo, o ministro das Relações Exteriores José Serra fez uma piada sem graça durante sua visita ao México, na noite desta segunda-feira (25). Segundo ele, o país da América do Norte “é um perigo” porque metade das senadores são mulheres.

“Devo dizer, cara ministra, que o México, para os políticos homens no Brasil, é um perigo porque descobri que aqui quase a metade dos senadores são mulheres”, disse Serra à secretária de Relações Exteriores do México, Claudia Ruiz Massieu.

Farsa da Globo contra a universidade pública

Por Gustavo Castañon, no blog Viomundo:

No último domingo, 24 de julho, menos de uma semana após a presidenta do Chile, Michelle Bachelet, ter instituído a gratuidade do ensino universitário em instituições públicas (antiga luta da juventude lá), o jornal O Globo, sempre na vanguarda do atraso brasileiro, publicou editorial no sentido oposto.

Sofismas e mentiras. Uma farsa do início ao fim, que vamos desmontar aqui, parágrafo por parágrafo. Começando pelo título:


O cadáver que o Grupo Folha escondeu

Por Jeferson Miola

Os resultados das pesquisas dos institutos Ipsos e Datafolha sobre a situação do país são tão disparatados que se fica com a sensação de terem pesquisado realidades totalmente diferentes.

Quando, contudo, se analisa os dados, fica evidente que a discrepância entre as pesquisas não decorre da observação de realidades ou períodos diferentes, mas sim do viés de análise empregado pelos proprietários do instituto Datafolha.

Petrobras prepara onda de demissões

Por Altamiro Borges

O jornal Estadão informa nesta terça-feira (26) que a Petrobras, agora sob o comando do golpista Pedro Parente, prepara uma nova onda de cortes na estatal. “A Petrobrás planeja um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para a BR Distribuidora, que será estendido aos funcionários de todas as subsidiárias colocadas à venda. O plano já foi aprovado pela diretoria executiva, mas ainda depende do aval do conselho de administração. A medida reforça a estratégia da companhia de reduzir seu tamanho. Será o segundo PDV realizado pela petroleira só este ano. Com o primeiro, a companhia espera desligar até 12 mil funcionários e economizar R$ 33 bilhões em quatro anos”, revela o jornalista Antônio Pita.

Globo perde 20% das TVs ligadas

Por Altamiro Borges

Uma informação postada pelo jornalista Ricardo Feltrin nesta segunda-feira (25) talvez ajude a explicar o protagonismo da TV Globo no “golpe dos corruptos” que levou o Judas Michel Temer ao Palácio do Planalto. Em apenas cinco anos, a poderosa emissora perdeu 20% dos seus telespectadores no país. O número impressionante tem como base o Painel Nacional de Televisão, do Ibope, que acompanha a evolução do chamado “share” – o número de aparelhos ligados. “A Globo perdeu pouco mais de 20% de participação; passou de 46,6% das TVs ligadas em 2010 para 36,9% no ano passado”, revela o colunista do UOL.

O tormento de Temer

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Brasília, em recesso parlamentar, reduziu as possibilidades de circulação das banais intrigas políticas. A capital do País, no entanto, aguarda ansiosa a chegada de agosto, que, no calendário da República, é considerado o mais cruel dos meses. Justificam essa referência, entre outras coisas, o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e a renúncia de Jânio Quadros à Presidência, em 1961.

Agosto rapidamente aproxima-se com dois problemaços na pauta.

Temer e as maldades sob encomenda

Por Paulo Kliass, na revista Caros Amigos:

A cada novo movimento na cena política fica mais clara a presença do DNA tucano nas decisões estratégicas do governo interino. Michel Temer nomeou pessoas ligadas ao PSDB para ocupar postos-chave de sua equipe na Esplanada. Dessa forma, o interino incorpora um elemento de tensão entre os doutrinários do ajuste ortodoxo na área econômica e a voracidade por gastos dos adeptos do fisiologismo da multiplicidade de partidos da base de apoio no Congresso Nacional.

Refugos da Veja vão parar na IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

Não são poucos os bons jornalistas que ainda trabalham na imprensa tradicional. Alguns, aliás, muito bons. Mas o fato é que o jornalismo brasileiro produzido nesses veículos há tempos já virou um fim de feira total.

Entre os motivos que produziram a ruína destaca-se a ocupação de espaços importantes por gente desqualificada. Entre esses, destacam-se Rodrigo Constantino e Marco Antônio Villa.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Cunha ameaça “derrubar” Temer. Fedeu!

Por Altamiro Borges

Os tiques nervosos do Judas Michel Temer devem ter piorado nos últimos dias. Uma nota publicada neste final de semana na coluna Radar, da revista Veja, é perturbadora. "Um interlocutor de Eduardo Cunha saiu apavorado de uma conversa recente com o político. Bem ao seu estilo, em que recobre a megalomania com tonitruâncias, o ex-presidente da Câmara soltou uma ameaça retumbante: 'Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil'", relata o jornalista Maurício Lima. Após chefiar a "assembleia dos bandidos" que detonou a queda de Dilma, o correntista suíço agora ameaça derrubar o aliado que ajudou a tomar de assalto o Palácio do Planalto. O covil golpista está em pânico!

Entregar o pré-sal: a grande traição


Por Cláudio da Costa Oliveira, no site Brasil Debate:

Ninguém escolhe pai e mãe. Mas sejam eles ricos ou pobres, feios ou bonitos, cultos ou incultos, a maioria de nós sente a necessidade de honrá-los.

Honrar pai e mãe não é somente respeitá-los, mas também protegê-los e assisti-los nas suas necessidades, como eles fizeram por nós na infância.

Da mesma forma, ninguém escolhe um país para nascer, mas em maioria entendemos que devemos honrar e defender nossa pátria, tenha ela os problemas que tiver.

Repressão na Funarte foi aperitivo

Foto: Mídia Ninja
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nesta segunda-feira, às seis horas da manhã, a polícia invadiu o Palácio Campanema e expulsou os funcionários e ativistas que ocupavam as instalações da Funarte desde maio, quando o governo interino extinguiu o Minc. Recriada a pasta como arremedo do que era, eles continuaram a ocupação com a bandeira Fora Temer. Foi um aviso: se o golpe for confirmado pelo Senado e Temer efetivado, o recurso à repressão vai se tornar rotineiro no país.

Mendoncinha vai criar o Bolsa-Disneylândia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Lê-se no blog de Fernando Rodrigues que Mendonça Filho – segundo Renan Calheiros, nas gravações de Sérgio Machado, o mais corrupto, junto do Pauderney Avelino – vai acabar com o Ciência Sem Fronteiras para estudantes de graduação.

Se é – e não deveria ser – indispensável cortar, de fato, é preferível fazê-lo na graduação do que na pós (mestrado, doutorado e pós-doutorado).

Preferível, mas não desejável.

Brasil: o segundo golpe

Por Rosa Maria Marques, no site Carta Maior:

Faz 74 dias que o Senado brasileiro aprovou a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff e que Michel Temer assumiu interinamente a presidência da república. Espera-se que, no início de agosto, o Senado decida se o impeachment terá prosseguimento, isto é, se Dilma irá a julgamento final. Para a maioria da esquerda brasileira, todo o processo não passou de um simples golpe capitaneado pela direita vinculada ao grande capital e alimentada pelos principais meios de comunicação do país, posto que Dilma não cometeu crime de responsabilidade durante sua gestão. Daí a luta pelo “Fora Temer!”, que se completa com o chamamento de eleições gerais, embora esse complemento não receba unanimidade entre os setores da esquerda.

Fraude da Folha e a queda do apoio ao golpe

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Paula Cesarino Costa está no cargo de ombudsman da Folha de São Paulo há apenas algumas semanas. É preciso destacar esse fato antes de reproduzir trecho de sua coluna deste domingo, 24 de julho de 2016, que tratou de acusações de fraude contra o jornal e o instituto de pesquisas por ele controlado, o Datafolha.

Disse Paula, em coluna sob o sugestivo título “Folha errou e persistiu no erro”:

Editora Abril: a um passo da morte

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Pouco antes de morrer, o presidente da Editora Abril, Roberto Civita, aproximou-se de banqueiros paulistas. Conseguiu do Itaú-Unibanco uma sobrevida para a empresa.

Um dos banqueiros, mais ideológicos, fez uma última tentativa para manter vivos a Abril e o Estadão. Lançou a ideia de criação de uma fundação que assumisse as duas empresas. Chegou-se, inclusive, ao nome de André Lara Rezende para presidente.

A ideia morreu quando foram abertas as contas de ambas as empresas: eram economicamente inviáveis.

Meirelles ameaça aumentar impostos

Do site Vermelho:

Em tom de ameaça, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou à Folha de S. Paulo nesta segunda (25) que, caso o Congresso não aprove a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 – que limita o crescimento dos gastos públicos –, o Brasil terá feito uma “opção errada” e “pagará um preço por isso nos próximos anos”. Esse custo, ele afirma, será a manutenção dos juros altos e o aumento de impostos, tão condenado pelos apoiadores do impeachment, em especial, os empresários da Fiesp.

Temer acabou com a festa das Olimpíadas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta é mais uma das Cartas aos Golpistas. No futuro, elas poderão ser reunidas num livro que recapitule o golpe de 16.

Caro Temer: você conseguiu destruir até a alegria que deveria preceder um acontecimento como as Olimpíadas.

Você não é apenas um golpista. É um destruidor.

Golpistas planejam repressão nas Olimpíadas

Por Bepe Damasco, em seu blog:                  

O verdadeiro circo montado pelo ministro fascista da Justiça, Alexandre Moraes, para prender supostos autores de planos de atentado durante as Olimpíadas é só mais um movimento para intimidar as centenas de milhares de brasileiros que, certamente, protestarão contra o golpe parlamentar-judicial-midiático nos dias do megaevento.

A prisão dos hipotéticos terroristas, cujo crime cometido foi ter expressado simpatia pelo islamismo, além da troca de uma ou outra mensagem sobre atentados, nitidamente na base da galhofa, virou piada nas redes sociais. Quem dera Alexandre de Moraes demonstrasse o mesmo rigor para coibir os ativistas digitais que babam ódio na internet, fazendo apologia de crimes como tortura e assassinato de adversários políticos.

Ombudsman confirma crime da Folha. Só isto?

Por Altamiro Borges

A famiglia Frias, dona do Datafolha e da Folha, visitou o inferno neste final de semana. A grosseira manipulação de uma pesquisa, com o nítido intento de beneficiar o Judas Michel Temer na véspera da votação do impeachment de Dilma, foi alvo de ácidas críticas dos internautas no Brasil e no mundo. O site “The Intercept”, do premiado jornalista estadunidense Glenn Greenwald, desnudou a “fraude jornalística”. A blogosfera nativa, que tanto incomoda os barões da mídia e os censores do covil golpista, não poupou o partidarismo do império midiático. Talvez preocupada com a perda de credibilidade do jornal – que resulta na queda de tiragem e na fuga de anunciantes –, a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa, postou uma crítica ao próprio jornal neste domingo (24).

O tucano Aloysio Nunes some no Caixa-2

Por Altamiro Borges

É impressionante a capacidade da imprensa venal de abafar as denúncias que envolvem os falsos moralistas do PSDB, DEM e de outras siglas golpistas. Elas até aparecem em pequenas notinhas e logo somem da cobertura. Não são manchete e nem merecem acompanhamento nos dias seguintes. Em meados de julho, a mídia chapa-branca relatou que o tucano Aloysio Nunes, líder do covil de Michel Temer no Senado, foi denunciado pela segunda vez seguida por receber recursos do Caixa-2. Já no final de junho, o noticiário informou que o líder do DEM, o “ético” Agripino Maia, teria que devolver R$ 1 milhão aos cofres públicos. O cambaleante Aécio Neves e José Serra também foram citados em episódios recentes, mas logo sumiram das páginas dos jornalões e das telinhas da TV. A manipulação midiática, que consiste em realçar o que interessa e omitir o que não interessa, como já ensinou o mestre Perseu Abramo, só engana mesmo os “midiotas”.

domingo, 24 de julho de 2016

Serra apunhala João Doria. Bicadas no ninho!

Por Altamiro Borges

A disputa para a prefeitura paulistana neste ano será divertida. O midiático Celso Russomanno, que comanda um programa de defesa do consumidor na TV e lidera as pesquisas, pode ser cassado pelo STF por crime de peculato. Já a "ética" Marta Suplicy não sabe se contará com a ajuda de Eduardo Cunha, seu padrinho no PMDB, que pode ser preso nos próximos dias. O prefeito Fernando Haddad, que fez uma gestão inovadora na cidade, precisará gastar muita sola de sapato para conquistar votos na periferia. Mas o cenário mais risível até agora ocorre no ninho tucano, onde as bicadas são cada dia mais sangrentas. Uma notinha na Época revela que o PSDB terá fortes emoções em 2016:    

Temer lança “Minha Mansão, Minha Vida”

Por Altamiro Borges

Logo após o governo golpista anunciar na semana passada a sua nova política de financiamento habitacional, que privilegia os imóveis com valores de até R$ 3 milhões, o escritor Marcelo Rubens Paiva ironizou nas redes sociais: “Minha Mansão, Minha Vida. Questão de classe”. De fato, a corja que assaltou o Palácio do Planalto não esconde a sua opção classista. O “golpe dos corruptos” foi bancado pelos ricaços para beneficiar os ricaços. Ao sabotar a democracia, ele visou abortar o “reformismo brando” dos últimos anos para inverter as prioridades dos gastos públicos. A decisão serve ao menos como mais um alerta aos trabalhadores: Acorda peão. O golpe foi dado contra você!

O terror midiático do ministro da Justiça

Por Altamiro Borges

Alexandre de Moraes, o ex-secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin que ganhou fama ao comandar a brutal repressão aos estudantes que ocuparam as escolas paulistas, adora os holofotes da mídia. Ele faz de tudo para aparecer e até chegou a sonhar em ser candidato à prefeitura de São Paulo. Agora, como ministro interino do covil golpista de Michel Temer, ele voltou a “brilhar” ao chefiar a “Operação Hashtag”, que prendeu dez pessoas acusadas de planejarem ações terroristas durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro. O seu show, porém, parece que não agradou os próprios usurpadores que assaltaram o Palácio do Planalto, conforme revelou uma notinha de Mônica Bergamo na Folha desta sexta-feira (22):

Negócios em família do governador tucano

Por Altamiro Borges

Como sempre ironizam muitos internautas, basta pertencer ao PSDB para nunca ser investigado, condenado e, muito menos, preso! A jornalista Catia Seabra publicou na Folha desta quarta-feira (20) mais uma denúncia escabrosa envolvendo um exótico grão-tucano, o governador Simão Jatene, do Pará. A denúncia não mereceu maior destaque no jornal e, logo em seguida, sumiu de suas páginas. Em outros veículos da mídia falsamente moralista, o escândalo nem sequer foi pautado. Vale conferir e arquivar a reportagem, que reproduzo abaixo em alguns dos seus trechos:

O pato da Fiesp e o liberalismo tupiniquim

Por Mauricio Moraes, na revista CartaCapital:

E eis que o empresário Laodse de Abreu Duarte, diretor da Fiesp, deve para a União R$ 6,9 bilhões. A dívida é maior que a de 18 estados brasileiros, como Bahia e Pernambuco, segundo revelou a imprensa.

O calote de Abreu Duarte diz muito sobre as relações econômicas do Brasil, um país onde os empresários adoram pregar o Estado mínimo, conquanto que seja mínimo para os outros, porque para os donos do poder a regra é sempre mamar nas tetas bem graúdas desse mesmo Estado.

Racha do PSTU lança nova organização

Por Lu Sudré, na revista Caros Amigos:

Com o manifesto “É preciso arrancar alegria ao futuro!”, 739 militantes que integravam o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), anunciaram no iníco deste julho a saída da organização e a formação de nova organização, que agora será oficialmente lançada neste sábado (23), no Club Homs, na Avenida Paulista, em São Paulo, quando também terá seu nome divulgado.

Em entrevista à Caros Amigos, Valério Arcary, historiador e militante da nova organização, explica que a separação aconteceu após longo períodos de discussões internas em que surgiram divergências sobre as posições diante das conjunturas em nível internacional e nacional.

O impeachment e o aprendiz de feiticeiro

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O senador Antonio Anastasia está perto de se tornar uma figura menor por aceitar o cumprimento de um papel que lhe subtrai a trajetória construída como servidor público e professor de direito. Está prestes a trocar a ética pela ambição; a convicção pela oportunidade; a biografia pelo opróbio. O julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, do qual é o relator, deixou a esfera jurídica para se afirmar como um julgamento político. Não há palavra mais manchada de ambiguidade que “política”. Quando deixa de ser substantiva para se tornar uma mera adjetivação, a política perde sua origem para se tornar um instrumento de manipulação. Julgamento político, no sentido estrito do termo, é um oxímoro, uma expressão composta de termos que se repelem.

Os golpistas e a precarização do trabalho

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Um dos objetivos fundamentais do golpe é elevar ainda mais a taxa de lucro dos grandes empresários, às custas dos salários dos trabalhadores. Nem bem instalado o golpe, passaram a circular versões sobre o que o neoliberalismo chama de “flexibilização” ou “informalização” das relações de trabalho.

Há uma torpe operação semântica nisso. Vocês preferem que sejamos formais ou informais? Informais. Flexíveis ou inflexíveis? Flexíveis. Assim se tenta passar uma brutal operação de expropriação dos direitos elementares dos trabalhadores por uma manobra do sentido das palavras.

Escândalo do metrô tucano sai do armário

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Os escândalos envolvendo governos tucanos funcionam no sistema "pisca-pisca" feito vagalume: acende uma luzinha aqui, outra ali, mas logo se apagam, somem de cena.

Só de vez em quando aparece com destaque e farol alto uma denúncia sobre superfaturamento de obras públicas, cartel de trens, acordos que causam prejuízos ao governo, vagões abandonados, processos esquecidos na gaveta, desvios de recursos públicos para bolsos privados no Rodoanel ou na merenda escolar, entre outros.

A hipótese do golpe dentro do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

“Ficarei conhecido por derrubar dois presidentes do Brasil”, teria dito Eduardo Cunha, segundo a coluna Radar, da revista Veja. O outro então é Temer mas não é novidade que , caso venha a tornar-se delator da Lava Jato, Eduardo Cunha explodirá meio mundo, podendo sobrar para o interino a quem recordou - naquela conversa numa recente noite de domingo que ele mesmo teria vazado - de “antigas parcerias” que tiveram. Uma pergunta importante sobre que pode fazer Eduardo Cunha é a seguinte: “E o segundo, para quando será?”. Pois a depender do momento, poderemos ter um golpe dentro do golpe.

Temer "raspa o tacho" até o impeachment

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha de hoje começa a acordar para a realidade e publica que “Temer queima reservas para evitar deficit maior do que a meta planejada para o ano” e, mesmo assim, vai ser difícil chegar ao final do ano sem - como dizem especialistas citados pelo jornal - um “tarifaço” que eleve os preços pelo acréscimo de impostos.

A previsão de que o governo tenha R$ 16, 5 bilhão de déficit além do previsto é de um “otimismo” que não tem base alguma nos fatos.

A globalização entrou em modo esgotamento

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O mudo ruge.

Como o vulcão prestes a explodir, sinais de alerta irrompem no noticiário de diferentes pontos do planeta

A violência e o espaçamento típicos das saturações não deixam muita margem a dúvidas.

Placas tectônicas aceleram a rota de colisão; rolos de fumaça e estremecimentos da crosta prenunciam a erupção do magma da história.

Por que defender a Eletrobras

Por Roberto Bitencourt da Silva, no site Outras Palavras:

“Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobras. Mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobras foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente” (Carta-Testamento do Presidente Getúlio Vargas).

Importância estratégica e um pouco de história

A Eletrobras é uma empresa estratégica para o Brasil. Ela é fundamental para o domínio e a formação técnico-científica nacional e para a tomada de decisões soberanas sobre o desenvolvimento. Igualmente decisiva para o controle e o uso nacional dos nossos excedentes econômicos.