terça-feira, 20 de julho de 2021

A "mão dos EUA" na ascensão de Bolsonaro

Noam Chomsky. Foto: EFE
Por Mauro Calove, na Rede Brasil Atual:


O filósofo e linguista Noam Chomsky, em entrevista ao site Truthout, publicada nesta sexta-feira (16), fala do cenário brasileiro, em especial do governo de Jair Bolsonaro.

Chomsky compara o presidente brasileiro ao ex-mandatário estadunidense Donald Trump, embora ressalte que, em muitos aspectos, a imitação é pior do que o original.

Ao abordar as condições que ajudaram a levar Bolsonaro ao poder no Brasil, Chomsky destaca que, com a queda dos preços das commodities alguns anos após a saída de Lula da presidência, “a direita brasileira – com incentivo, senão apoio direto dos EUA – viu a oportunidade de retomar o país em suas mãos e reverter os programas de bem-estar e inclusão que eles desprezaram”.

Lições de uma vitória espetacular no Peru

Pedro Castillo. Foto: Getty Images
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Um mês e 12 dias depois de ganhar as eleições presidenciais nas urnas, o candidato Pedro Castillo teve a vitória reconhecida e caminha para tomar posse como novo presidente do Peru.

A decisão deve ser comemorada, mas é preciso reconhecer um fato grave.

Ainda que magra, por uma diferença na casa dos 40.000 votos, ou 50,2% dos sufrágios, a absurda espera pelo reconhecimento oficial do resultado é uma advertência sobre a sobrevivência de forças golpistas no Peru, em particular, e na América do Sul, em geral.

País que em 1962 deu início a um ciclo de golpes militares da América do Sul, que dois anos depois incluiria o 31 de março de 64 que derrubou João Goulart no Brasil, nas últimas semanas o Peru assistiu a cenas preocupantes do ponto de vista da democracia.

A mamata veste farda?

Por Vinícius Segalla, no jornal Brasil de Fato:

Pelo menos sete filhos, filhas, pai, irmãos e parentes em geral de militares com cargos no primeiro escalão do governo federal foram nomeados a cargos públicos de confiança da administração federal desde o início do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), em janeiro de 2019.

No último dia 9, o Brasil de Fato publicou reportagem que mostra dez casos de suspeita de corrupção e crimes envolvendo militares ligados aos Bolsonaro que foram denunciados desde 2019, quando o ex-capitão do Exército assumiu a Presidência da República:

Publica-se, agora, a lista de contratações do governo Bolsonaro que beneficiam ou beneficiaram parentes de militares.

O declínio neoliberal e a reação estatal

Por Marcio Pochmann, no site Carta Maior:

Após a Guerra dos Trinta anos (1618-1648), quando as tensões religiosas (católicos e protestantes) contaminavam intensamente o território europeu, a Paz de Westfália lançou as bases do sistema soberano dos Estados Nacionais (Interestatal) que perdura até os dias de hoje.

Organizados de forma centralizada e detentores de moeda e sistemas nacionais próprios como as forças armadas, os Estados passaram atuar gradualmente sem mais contar com o suporte da Igreja Católica, até então responsável pelo sistema mundial de equilíbrio dos poderes em curso desde o ano de 380, quando o Império Romano assumiu o cristianismo como a religião oficial.

Como evitar a morte dos sindicatos

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:


Recentemente o Escritório Regional do DIEESE em Santa Catarina realizou uma pesquisa, muito simples, com o objetivo de obter insumos para um seminário sobre sindicalização que realizou em fevereiro/20. Indagados sobre “quais as principais dificuldades para desenvolver o trabalho de sindicalização”, os dirigentes e assessores sindicais deram as seguintes respostas:

1. Prevalece na sociedade a hegemonia de ideias como: valorização do individualismo, competição, culto à meritocracia, ambição sem limites;

2. Por outro lado, há uma desqualificação de ideias como: solidariedade, cooperação, união, luta coletiva e inclusão;

Semipresidencialismo e DNA golpista da elite

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Parece piada, mas não é: no forno golpista das oligarquias dominantes está sendo cozinhada a proposta de semipresidencialismo. Com a ausência de opções competitivas para bater eleitoralmente Lula em 2022, as oligarquias se mobilizam em torno deste propósito.

A turma que manda, desmanda e desmancha o país não tem o mínimo pudor e tampouco compromisso honesto com a democracia. Está decidida a novamente virar a mesa para impedir a eleição do ex-presidente Lula. Caso não consigam, planejam convertê-lo num “semi-presidente”.

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Os militares que vestiram a carapuça

Por Jorge Gregory, no site Vermelho:


Não fosse trágico, o caso Davati serviria como um excelente roteiro para uma comédia pastelão. Um bando de pilantras bolsonaristas, daquele tipo de malandro especialista em aplicar o conto do vigário em rodoviária de cidade do interior, envolve do mais baixo escalão até o Secretário Executivo do Ministério da Saúde em um golpe revestido de um primarismo absolutamente inacreditável. No centro desta piada de mau gosto estão Cristiano Carvalho, o tipo de malandro que não acerta uma, um cabo da Polícia Militar e um pastor evangélico.

A ‘rachadinha” logística na Saúde

Por Fernando Brito, em seu blog:


A CPI da Covid entrou em recesso até o dia 3 de agosto, mas os escândalos não estão de férias.

Reportagem do UOL publicada esta madrugada dá conta de que está sendo investigado um suposto esquema de corrupção nos contratos entre o Ministério da Saúde e a VTCLog, uma empresa de logística que assumiu a distribuição de medicamentos e outros insumos médico-hospitalares públicos.

No centro da trama estariam Roberto Ferreira Dias e seu padrinho político, Ricardo Barros, líder do governo e dois outros políticos, de nome não revelados, que receberiam, somados, 10% de um contrato que custou, em cinco anos, R$ 592.733.096,15 aos cofres públicos.

Seriam, assim, R$ 988 mil mensais de “comissão” dos quais caberiam R$ 98 mil a Dias e R$ 296 mil a cada um dos três políticos.

CPI do Genocídio e o propinoduto na Saúde

Os militares e a guerra híbrida no Brasil

Vídeo mostra que Pazuello mentiu na CPI

Os rumores sobre a internação de Bolsonaro

CPI atinge núcleo duro da corrupção na Saúde

A China ajuda Cuba?

Em defesa da Fundação Palmares

André Mendonça é a cara do Bolsonaro

A CPI da Covid e seus desafios

Google remove canal bolsonarista Terça Livre

Por Altamiro Borges


Na quinta-feira passada (15), o Google removeu o canal bolsonarista “Terça Livre” do YouTube após decisão favorável da Justiça brasileira. A página havia sido suspensa em fevereiro, mas o seu criador, o difusor de fake news e propagador de ódio Allan dos Santos, conseguiu mantê-la por meio de liminar. Agora, ela volta a ser censurada.

A juíza Ana Carolina de Almeida, da 8ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, julgou improcedente a volta do canal, o que garantiu o direito à multinacional para a sua remoção. "Com a perda dos efeitos da decisão liminar que estava em vigor, os canais serão removidos novamente, de acordo com os termos de serviço e as diretrizes de comunidade do YouTube", afirma nota do Google.

domingo, 18 de julho de 2021

Apóstolo Valdemiro esconde conta bancária

Por Altamiro Borges

O site Metrópoles postou na sexta-feira (16) que "o pastor Valdemiro Santiago, fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus, pediu ao Tribunal de Justiça de São Paulo a decretação de segredo judicial sobre a apuração que será feita em suas contas bancárias. O pedido tramita na 4ª Vara Cível de Carapicuíba", região metropolitana de São Paulo. Uma correção: o site rebaixou o líder neopentecostal – que se autointitula “apóstolo” e não um mero pastor!

A guerra psicológica contra Cuba

Por Altamiro Borges e Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:

“Neste exato momento, em Cuba, há uma situação de calma e tranquilidade. O último dia no qual vimos manifestações foi segunda-feira (12). Já é sexta-feira, quase sábado, e ainda que haja alguma tensão, as manifestações desapareceram”, relata Iroel Sánchez.

Desde Cuba, o jornalista e editor do La Pupila Insomne contou ao Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé algumas das impressões sobre o episódio. Os motivos das manifestações, avalia, são resultado de uma conjunção de fatores: “Há, sim, um deterioramento objetivo da situação econômica, especialmente ligado à escassez e desabastecimento de mantimentos, além de ‘apagões’ causados por cortes na energia elétrica”, conta.