quinta-feira, 3 de novembro de 2016

E segue a manipulação midiática

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Parte da imprensa festeja, como se fosse grande coisa, a tal arrecadação, via repatriação, pelo governo federal, de 50 bilhões de reais.

Vamos por os pingos nos is.

Para um PIB de 5.9 trilhões de reais, em 2015, trata-se de um número irrisório, que não chega a 0,01% do Produto Interno Bruto.

As ocupações e a luta contra Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Na tarde de ontem, quando Eleonora Menicucci, ministra-chefe da Secretaria de Políticas para Mulheres no governo Dilma Rousseff, sentou-se para dar uma a entrevista ao 247, o mapa das mobilizações de estudantes contra a Reforma do Ensino Médio e contra a PEC 241, agora PEC 55, mostrava as dimensões de uma luta gigantesca. Eram 1149 instituições de ensino ocupadas no país: 1016 escolas, 51 universidades e 82 institutos federais, numa mobilização que tende a crescer, mesmo enfrentando medidas de repressão cada vez mais violentas.

PEC 241 cria o paraíso da agiotagem

Por Jeferson Miola

Com a Proposta de Emenda Constitucional [PEC] 241, o Brasil deverá ser a primeira nação do mundo a gravar no Orçamento um teto máximo dos gastos sociais e, em contrapartida, garantir um patamar mínimo [e trilionário] de renda pública para a especulação financeira.

O Brasil está sendo convertido no principal paraíso da agiotagem na Terra.

O argumento para a criação do “Novo Regime Fiscal” – nome dado pelo governo golpista a esta engenharia anti-povo programada para durar 20 anos – é que os gastos públicos na saúde, educação, ciência & tecnologia, cultura, agricultura familiar, previdência, habitação, bolsa-família etc, competem com a meta do “superávit primário”, conceito contábil que corresponde ao valor poupado pelo governo para pagar o sistema da dívida.

Mídia criminaliza as escolas ocupadas

Foto: OCUPA UFTM 2016
Por Marina Pita, na revista CartaCapital:

O silêncio pode dizer mais do que mil palavras. A frase – dessas compartilhadas em grupos de WhatsApp pela manhã – significa muito na atual conjuntura do país.

Num contexto de mais de mil escolas ocupadas em todo o Brasil contra a PEC 241 e a Medida Provisória que reforma o Ensino Médio, o silêncio da imprensa sobre a mobilização dos estudantes é mais um capítulo sombrio do processo pelo qual passa o país, exemplar quando falamos de ausência de diversidade e garantia do acesso à informação no Brasil.

Procurador exibicionista quer o fim do ENEM

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Consolidada pela Constituição de 1988, a autonomia funcional do procurador exige dois pressupostos: atuação sóbria e não abusiva do procurador e fiscalização não-corporativa do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), inclusive porque comportamento individual indevido afeta a imagem de toda a corporação.

Hoje em dia há dois núcleos ostensivos de desmoralização exibicionista do MPF: o da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de Goiás, Ailton Benedito de Souza (http://migre.me/vpt8y), e o procurador regional do Ceará, Oscar Costa Filho.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Preço do gás de cozinha sobe. Cadê a mídia?

Por Altamiro Borges

Na semana retrasada, o exterminador da Petrobras, Pedro Parente, anunciou a redução do preço da gasolina e a mídia venal fez o maior escarcéu. A queda prevista - de apenas um centavo - virou capa dos jornalões e motivo de comentários eufóricos nas emissoras de rádio e tevê. Os ex-urubólogos da imprensa - que no governo Dilma só difundiam notícias pessimistas sobre o país - viraram otimistas de plantão e juraram que a medida do covil golpista reduziria a inflação e impulsionaria a retomada da economia. Na sequência, ao invés de baixar, o preço da gasolina subiu nos postos e a mídia chapa-branca caiu no ridículo. Já nesta terça-feira (1), o governo anunciou o aumento do preço do gás de cozinha. A cruel decisão, que afeta as milhões de famílias, não virou manchete ou destaque na TV. 

Bispo Crivella vai peitar a Rede Globo?

Por Altamiro Borges

Na onda conservadora que corrói o Brasil, o bispo Marcelo Crivella, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), venceu o pleito para a prefeitura do Rio de Janeiro com 59,3% dos votos válidos. Um dia depois da vitória, o fundamentalista afirmou à imprensa que sua eleição significa que o carioca deseja o respeito "aos valores da família e da vida. O que o povo determinou nas urnas é que as pessoas são contra liberação das drogas, legalização do aborto e a discussão de ideologia de gênero nas escolas". Nas redes sociais, Silas Malafaia, de outra vertente neopentecostal, soltou os rojões: "Chora, capeta! Chora Freixo", referindo-se à derrota das esquerdas. "Cambada de esquerdopatas se ferraram, tomaram uma lavada histórica. Calados!", completou o endemoniado.


Crise e concorrência. Pavor dos jornalões!

Por Altamiro Borges

A mídia privada adora bravatear sobre as maravilhas da livre iniciativa, mas morre de medo da concorrência. Na semana passada, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) para que o Supremo Tribunal Federal (STF) confirme que sites e portais noticiosos estão sujeitos à lei que limita a participação de capital estrangeiro no setor jornalístico. Na era da internet, o temor dos barões da mídia é com o crescimento do acesso aos veículos internacionais – talvez em função de perda de credibilidade e de qualidade dos jornalões nativos. Na ação, a ANJ deixa explícito que deseja impor alguma forma de censura aos sites estrangeiros:

Zara explora crianças refugiadas da Síria

BBC
Por Altamiro Borges

Na semana passada, a emissora pública do Reino Unido, a conceituada BBC de Londres, exibiu uma reportagem sobre a exploração das crianças refugiadas da Síria por famosas marcas de roupas de grife em empresas terceirizadas da Turquia. A espanhola Zara, que já havia sido denunciada no Brasil por explorar imigrantes bolivianos em trabalho análogo à escravidão, apareceu novamente na lista sinistra. Na Europa, a matéria causou uma nova onda de revolta contra a Zara e outros companhias apreciadas pelas elites, como a Mango e a Asos. Já em nosso país, os consumidores nem ficaram sabendo das denúncias. As emissoras privadas de tevê preferem blindar os seus anunciantes em detrimento da informação.