segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Campos: uma análise política da mídia

Por João Feres Junior, no site Carta Maior:

Uma capa de jornal pode conter muita coisa. A capa de O Globo do dia 15 de agosto de 2014 contém um resumo da postura da grande mídia perante a cobertura das eleições e, ao mesmo tempo, a encruzilhada onde se encontra.

Jornal Nacional: Dilma demite Bonner!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O Bonner achou que a Dilma era o Aécio ou o Eduardo e ia empurrar a Dilma contra a parede no debate de 15′ no jn.

Deu-se mal.

Numa televisão séria, Bonner teria voltado para o Rio sem emprego.

Dilma não se deixou emparedar e assumiu o controle de todas as respostas.

Marina é problema de Aécio, não de Dilma

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pesquisa Datafolha sobre a sucessão presidencial recém-divulgada traz más notícias, sim, mas não para Dilma. Quem se deu mal com a reviravolta no quadro eleitoral foi Aécio Neves e até os “nanicos”, que já chegaram a somar 9 pontos percentuais e agora somam 5.

Para este Blog, nenhuma surpresa. No começo da tarde de sábado, este que escreve já avisava, via Twitter, o que o Datafolha mostraria.

Marina entre a Bíblia e a Constituição

Por Marcelo Hailer, na revista Fórum:

O PSB (Partido Socialista Brasileiro) deve oficializar o nome de Marina Silva como candidata à presidência da República nesta quarta-feira (20). Porém, seu nome já é fato e os setores mais conservadores da sociedade brasileira, que pregam o discurso do voto anti-PT, vitaminam a candidatura da ex-verde pois, como mostra o Datafolha de hoje, é a única com força de levar o embate eleitoral para o segundo turno. Porém, Silva é mais incógnita do que certezas.

Marina passa Aécio e se diz o "novo"

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Nunca dantes na história desse país, um candidato lançou-se à presidência debruçado sobre um caixão. Deu-se no Recife, com ampla cobertura da Globo, aquilo que Alexandre Cesar Costa Teixeira (blog Megacidadania) chamou de “palancório”: mistura de palanque com velório. Marina apareceu sorrindo nas fotos ao lado do caixão.

Marina e o mito da terceira via


Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Enquanto Marina Silva caminha para sua segunda candidatura presidencial, a ser oficializada pelo PSB nos próximos dias, seus aliados fazem o possível para apresentá-la como concorrente da chamada terceira via.

Imaginar que Marina Silva pode ser enfeitada com características que envolvem uma concepção peculiar de luta política, um método de alcançar seus objetivos - e não apenas traços de personalidade - pode até ajudar o esforço de quem procura transformar a ex-ministra do Meio Ambiente em herdeira natural de Eduardo Campos, político conhecido pela capacidade de agregar e somar.

Quando a política supera o decoro

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais fizeram no fim de semana uma intensa cobertura dos funerais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e ofereceram abundantes opiniões sobre como sua morte poderá alterar a disputa pela Presidência da República.

No domingo (17/8), concentraram-se as apostas no potencial de votos da ex-senadora Marina Silva, provável sucessora de Campos na cabeça da chapa do Partido Socialista Brasileiro. Na segunda-feira (18), a manchete do Estado de S.Paulo sintetiza o que representou o cortejo que levou o esquife do candidato falecido ao cemitério: “Campos é enterrado em clima eleitoral”.

O que resta à direita latino-americana

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

A direita latino-americana já teve várias fisionomias: economias primário-exportadoras e regimes políticos oligárquicos, ditaduras e governos neoliberais. Nenhuma parece suficientemente atraente para fazê-la voltar ao governo onde deixou de sê-lo. O modelo primário exportador sofreu golpe mortal com a crise de 1929. As ditaduras serviram para brecar avanços políticos das esquerdas surgidas ou fortalecidas na reação àquela crise.

Como Marina muda a disputa

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Aos poucos vai ficando mais claro o impacto de Marina nas eleições.

É uma mudança enorme por uma razão básica: sai um candidato fraco e entra um candidato forte.

Perde Dilma e perde Aécio.

A questão é: qual o tamanho da perda de cada um?

O desconforto com o atual governo

Por Marcio Pochmann, no site Brasil Debate:

Neste ano em que o Brasil realiza a sua sétima eleição presidencial desde o fim da ditadura militar (1964-1984), podem ser identificados alguns sinais de desconforto com o governo da presidenta Dilma.

Em geral, localiza-se no segmento detentor do maior nível de renda a parcela significativa de reclamações, o que possivelmente aponta para as dores do parto da nova sociedade fluida em construção no País.

domingo, 17 de agosto de 2014

A máquina abandonou Aécio?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Há um surdo desespero na campanha do PSDB.

Assistem, sem outra reação que não a do sinceríssimo Reinaldo Azevedo, o movimento da imensa máquina de propaganda da mídia em favor de Marina Silva, tranformada em mater dolorosa de Eduardo Campos, com quem – todos sabem – mantinha uma relação de convivência eleitoral, ao ponto de, mês e meio atrás, ter mandando divulgar nota dizendo que a aliança PSB-Rede tinha data para acabar.

GloboNews esconde emoção de Lula

Por Luiz Carlos Azenha, do Recife, no blog Viomundo:

Observando um resumo da cobertura da GloboNews do velório de Eduardo Campos, em Recife, por volta das 14:30.

Nas imagens, destaque para José Serra, candidato ao Senado em São Paulo, que enfrenta o petista Eduardo Suplicy - que, aliás, conta com o apoio de Marina Silva. Foi mostrado três vezes. Também de forma simpática apareceram Aécio Neves e, ao longe, o governador Geraldo Alckmin.

O adeus a Campos e o sorriso de Marina

Por Renato Rovai, em seu blog:

Poucas vezes na história política brasileira o velório de um homem público causou tamanha comoção popular e teve uma cobertura midiática tão intensa quanto o de Eduardo Campos. Há várias explicações para isso, entre elas o fato de a morte ter se dado de forma trágica e ter interrompido subitamente uma carreira política em ascensão. Eduardo tinha menos de 10% nas pesquisas para presidente da República, mas em 2010 foi reeleito com 82% dos votos em Pernambuco. Ou seja, em seu estado era uma liderança popular inconteste e todas as homenagens que recebeu hoje são, além de merecidas, compreensíveis.

Marina, Aécio e o destino

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Após a morte de Eduardo Campos, só depende de Marina Silva a decisão de participar diretamente da disputa para a Presidência da República. A investidura dela como presidenciável, difícil de ser sabotada pelos adversários internos da coligação, altera o cenário da eleição.

Enterro dá início à campanha de Marina


Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Com milhares de bandeiras, camisetas, faixas, adesivos e balões, palavras de ordem e punhos erguidos, a missa campal celebrada pela morte de Eduardo Campos, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, na praça da República, no Recife, na manhã deste domingo, deu início para valer à campanha eleitoral de 2014.

Mídia encobre atrocidades de Israel

Por Patrick Cockburn, no site da Adital:

Os porta-vozes israelenses já têm muito trabalho tentando explicar como os israelenses assassinaram mais de 1.000 palestinos em Gaza, a maioria dos quais civis, em comparação com apenas 3 civis mortos em Israel por foguetes e fogo de morteiro do Hamas. Mas pela televisão e pelo rádio e pelos jornais, porta-vozes do governo israelense hoje, como Mark Regev, parecem menos enroladores e menos agressivos que predecessores, que eram muito mais visivelmente indiferentes ao número de palestinos mortos.

A crise da indústria no Brasil

Por Wladimir Pomar, no site Correio da Cidadania:

Das questões colocadas para o desenvolvimento brasileiro, a industrial não tem tido o destaque que merece. Embora inúmeros economistas considerem que o processo industrial seja aquele que melhor pode deslindar os principais aspectos do desenvolvimento econômico, isso não tem se transformado em propostas ou políticas efetivas para solucionar a atual inércia desindustrializante do país.

O fim da "dolce vita" de Marina

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Em 2010, como candidata franco atiradora, sem nada a perder, ela foi incensada pela mídia para provocar o segundo turno. Até mesmo seus apelos obscurantistas, como a utilização eleitoral da questão do aborto, passaram incólumes pelos "formadores de opinião". De lá para cá, segue sendo tratada pelo establishment como um bibelô. Afinal, sobre ela sempre repousou a esperança conservadora de a disputa presidencial ser levada para o segundo turno. Mas agora chegou a hora da onça beber água. Marina precisará subir ao ringue e enfrentar o fogo cruzado da política, a luta encarniçada pelo poder, o jogo bruto da disputa. Nesse embate, são grandes as chances de que suas inconsistências, fraquezas e contradições as levem ao nocaute.

Campos e a Teoria da Conspiração

ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Isto não é uma piada.

Dilma e Aécio teriam a perder sem Campos na eleição. Quem ganharia, no entanto, seriam alguns setores da economia que sabem que um segundo turno estava ficando distante. Então, esses setores armaram um plano para trocar Campos por Marina na cabeça da chapa causando o acidente. Prova disso é que, nesta sexta, as ações preferencias da Petrobras saltaram 8%, fruto da expectativa da próxima pesquisa eleitoral que deve apontar Marina embolada com os outros dois.

Os lucros das montadoras de automóveis

Por Marcelino Rocha, no site da CTB:

Os metalúrgicos e as metalúrgicas do Brasil vivem um cenário delicado neste momento. É preciso colocarmos o dedo em uma ferida importante, que a cada semana se agrava mais: resolver a situação de milhares de trabalhadores e trabalhadoras que vêm sendo demitidos por montadoras de veículos e pela cadeia produtiva envolvida nesse processo, em todo o país.