quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Porque eu sou Charlie

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Tudo bem, eu aceito as críticas.

Até porque entendo que entramos num terreno extremamente perigoso.

Não sei até que ponto é um fenômeno brasileiro ou mundial, mas é impressionante a facilidade com que casos polêmicos se transformam, nas redes sociais, em processos de linchamento.

Alguém opina que o jornal Charlie Hebdo era racista, xenófobo, islamófobo, e todos começam a emitir a mesma opinião.

Alckmin e a água. Crime eleitoral?

Tucanos detonaram MG. Cadê as CPIs?

Por Altamiro Borges

Nas duas primeiras semanas no Palácio Tiradentes, a equipe do governador Fernando Pimentel (PT) chegou a uma triste conclusão: os tucanos que comandaram Minas Gerais por 12 anos detonaram o Estado. Apesar da propaganda sobre o “choque de gestão”, sempre amplificada pela mídia chapa-branca, o balanço parcial das contas públicas aponta uma diferença de R$ 1,5 bilhão entre receita e despesas. Os dados mostram que o governo arrecadou, em 2014, cerca de R$ 70 bilhões, enquanto os gastos somaram R$ 71,5 bilhões. O saldo negativo – “maior do que o previsto”, segundo membros do antigo secretariado – desmascara as bravatas do cambaleante Aécio Neves nas eleições de 2014.

Mantega merecia respeito na sua saída

Por Renato Rovai, em seu blog:

Guido Mantega deixou o governo de forma melancólica após 12 anos ininterruptos atuando na área econômica. Primeiro, como ministro do Planejamento; depois, como presidente do BNDES, e desde 27 de março de 2006 como ministro da Fazenda, o mais longevo da história democrática brasileira.

Nos últimos tempos, se tornou alvo de empresários e banqueiros e passou a ser tratado como responsável por todas os problemas da economia do país, que de fato existem, mas são muito menores do que os de outras bandas.

Europa à beira do estado de sítio

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

O crime hediondo que foi cometido contra os jornalistas e cartunistas do Charlie Hebdotorna muito difícil uma análise serena do que está envolvido neste ato bárbaro, do seu contexto e seus precedentes e do seu impacto e repercussões futuras. No entanto, esta análise é urgente, sob pena de continuarmos a atear um fogo que amanhã pode atingir as escolas dos nossos filhos, as nossas casas, as nossas instituições e as nossas consciências. Eis algumas das pistas para tal análise.

Caso Folha X Falha chega ao STJ

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do blog Desculpe a nossa Falha:

A disputa jurídica entre o jornal Folha de S. Paulo e os irmãos Mário e Lino Bocchini, autores do blog satírico Falha de S. Paulo, chegou ao Superior Tribunal de Justiça. O caso, julgado em primeira e segunda instância pela justiça paulista, agora está nas mãos do ministro Marco Buzzi.

“O agravo que interpusemos está no STJ, mas não tem data marcada para ser julgado”, explica Luís Borrelli Neto, advogado responsável pela defesa dos irmãos criadores da Falha ao lado de Leopoldo Eduardo Loureiro.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Porra Alckmin, cadê a água e a luz?

Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo está ficando insuportável. Recorde de roubos, panes diárias nos trens do Metrô e da CPTM, falta de água e queda de luz. A sorte do governador Geraldo Alckmin, reeleito em primeiro turno, é que a mídia lhe dá total proteção. O tucano não aparece em manchetes negativas nos jornalões ou nos comentários hidrófobos nos telejornais. O tal jornalismo investigativo é dócil diante do mandatário em seu quarto mandato. As entrevistas lembram conversas de compadres, tamanho o servilismo. No ápice do caos, o “picolé de chuchu” some do noticiário. Esta vida mansa, porém, pode acabar. Muitos paulistas, inclusive os que votaram no tucano, já esbravejam: “Porra Alckmin, cadê a água e a luz?”.

Atentado à liberdade de opinião nos blogs

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não vou discutir sentença judicial através do Blog. Digo isso a propósito da condenação que me foi imposta pela justiça do Rio de Janeiro em ação movida pelo jornalista Ali Kamel, das Organizações Globo.

Mas é evidente que a série de ações de grupos de mídia contra jornalistas blogueiros são não apenas um atentado à liberdade de expressão, como um profundo fator de desequilíbrio em um dos pilares da democracia brasileira: o mercado de opinião.

Lançamento do novo site do MST


Marta Suplicy e o elogio à traição

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O velho Leonel Brizola, entre as centenas de frases memoráveis que criou, usava muito a que dizia que “a política ama a traição, mas abomina o traidor”.

Não que eu ache que dissentir de um partido político e deixá-lo seja um ato de traição. Ao contrário, corresponde à liberdade de consciência do indivíduo e não há ideologia que possa se sobrepor a isso.

Esquerda nativa é soviética ou cubana?

Por Breno Altman, em seu blog:

Muita calma nessa hora.

A pergunta não diz respeito a modelos de sociedade e Estado, mas exclusivamente ao paradigma de comunicação.

Apesar de ambas experiências pertencerem ao mesmo campo ideológico, percorreram diferentes caminhos e obtiveram distintos resultados.

Muitos se indagam, aliás, o porquê de Cuba ter resistido ao colapso do socialismo, apesar de sua fragilidade econômica.

O golpe de Veja na eleição de 2014

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

O exemplar de Veja chegou às bancas na sexta, 24 de novembro, fora da rotina: sempre chega sábado. Não há dúvida de que a revista pretendia entregar munição ao candidato Aécio Neves e pautar o restante da mídia, cuja maior parte nunca regateou esforços para eleger o tucano. Era uma operação destinada a derrotar Dilma, pouco importando a veracidade da informação. E a publicação em si, como já demonstramos, era já um acréscimo, uma vez que a notícia estava devidamente divulgada, viralizada na internet, potencializando toda a carga de ódio e intolerância presente nas hostes aecistas. O Grupo Abril tinha absoluta consciência dos seus resultados.

Atentado na França e regulação da mídia

Foto: Jean-Pierre Muller/AFP

Por Mônica Mourão e Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Neste domingo (11), mais de um milhão e meio de pessoas foram às ruas em Paris em homenagem às doze vítimas do atentado à revista Charlie Hedbo, no último dia 7, e dos acontecimentos que o sucederam, quando outras quatro pessoas foram assassinadas dentro de um supermercado de produtos judaicos na cidade. Foi a maior manifestação da história da França. Mais de quarenta líderes e chefes de Estado se encontraram com o Presidente François Hollande e reafirmaram seu compromisso no combate ao terrorismo. Depois do Arco do Triunfo, foi a vez da estátua que simboliza a República Francesa e seus valores ser iluminada com a frase “Je suis Charlie”.

Mídia brasileira usa o sangue do Charlie

Foto: http://www.humanite.fr/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um jornalista britânico pergunta, no Independent, se haveria a mesma comoção se o atentado contra o Charlie Hebdo tivesse como alvo uma publicação de extrema direita.

Respondo com uma pergunta.

Alguém consegue imaginar uma marcha, no Brasil, que congregue pessoas emocionalmente arrasadas que segurem cartazes que digam: “Sou a Veja?” Ou mesmo: “Sou a Globo?” Ou ainda: “Sou a Folha?”

Fórum-21 define grupo executivo

Da Rede Brasil Atual:

Em reunião realizada hoje (13) em São Paulo, o Fórum 21 aprovou o grupo executivo encarregado de organizar textos, temas, seminários e livros para a produção e divulgação dos conteúdos que serão debatidos em seu âmbito.

Segundo a carta de princípios aprovada a partir de discussões por e-mail entre o final de dezembro do ano passado e o início deste mês, o Fórum 21 se propõe a ser um “espaço de convergência e debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”. Ele foi instalado em 15 de dezembro. Segundo Igor Felippe, jornalista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o fórum é um “grupo em construção”.

Carta Maior derrota ex-editor da 'Veja'

Do site Carta Maior:

O ministro Moura Ribeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou provimento ao recurso impetrado pelo jornalista Mário Sabino, ex-redator chefe da revista Veja, na ação que este movia contra o sociólogo Emir Sader e contra a Carta Maior. O ministro manteve, assim, decisão anterior do Tribunal de Justiça de São Paulo, contra Sabino, na ação de indenização por danos morais decorrentes de um texto publicado pelo sociólogo.

O showzinho de Marta Suplicy

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Em política, não existe vazio, já ensinavam os sábios mais antigos. Assim, nestas duas primeiras semanas de 2015, junto com as chuvas de verão, um calor dos infernos e as excelências maiores descansando em berço esplêndido, quem tomou conta da cena foi uma figura do segundo time, a ex-prefeita, ex-ministra e quase ex-petista Marta Suplicy. É a nova estrela da estação.

Um plebiscito para regular a mídia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A nomeação do ex-ministro da Secretaria de Relações Institucionais Ricardo Berzoini para o Ministério das Comunicações reacendeu a esperança dos ativistas pela regulação da mídia devido às posições dele nessa questão. Todavia, um fato recente revela que ter nessa pasta um ministro simpático a essa regulação está longe de ser suficiente.

"Máfia das próteses" e cobertura doentia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O escandaloso caso de médicos que recebiam propina para recomendar próteses caríssimas e nem sempre necessárias, revelado em reportagens do programa Fantástico, da Rede Globo, ganha nova dimensão com um ou outro episódio que denuncia cirurgiões que realizam cirurgias cardíacas e vasculares utilizando materiais com validade vencida. No entanto, o leitor abre o jornal nos dias seguintes, procura e não acha qualquer referência a esses assuntos.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Centrais sindicais vão às ruas

Por Altamiro Borges

Em reunião realizada nesta terça-feira (13), as principais centrais sindicais do país decidiram ocupar as ruas em defesa dos direitos dos trabalhadores. Houve consenso de que as medidas baixadas pelo governo Dilma em 29 de dezembro, em pleno clima de festas do final do ano, são erradas na forma e no conteúdo. Com base no discurso do "ajuste fiscal", tão festejado pelos patrões e pela sua mídia, elas prejudicam os assalariados. As centrais exigem a revogação das medidas provisórias e cobram da presidenta reeleita os compromissos assumidos na campanha eleitoral com a "pauta trabalhista". Elas aprovaram uma carta aberta e um intenso calendário de mobilizações para os próximos meses.