quarta-feira, 21 de outubro de 2015

A eleição na Argentina e a Ley de Medios

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No dia 25 de outubro, a Argentina vai às urnas para eleger seu novo presidente. Mais que contrapor a candidatura de Daniel Scioli (Frente Para a Vitória) às de Mauricio Macri (Cambiemos) e do dissidente Sergio Massa (Unidos Por Uma Nova Argentina), o pleito deve definir se o país dará continuidade ao projeto nacional e popular iniciado no governo de Néstor Kirchner, em 2003, ou se retomará a cartilha neoliberal.

Os caminhos cruzados em Brasília

Por Lia Bianchini, no blog O Cafezinho:

O cenário é Brasília, capital federal. Em um ponto da cidade, a presidente do Brasil acorda para mais um dia cheio de incertezas e articulações políticas. Contra Dilma, uma crise econômica, uma crise política e os fantasmas de processos de impeachment. Em outro ponto do Distrito Federal, o presidente da Câmara dos Deputados acorda para mais um dia cheio de incertezas e articulações políticas. Contra Eduardo Cunha, uma denúncia no Conselho de Ética da Câmara que pode acarretar em cassação de seu mandato.

Sonegação: o realismo mágico das finanças

Por Marcelo Justo, de Jacarta, na site Carta Maior:

O congresso anual da Coalizão pela Transparência Financeira (FTC, em sua sigla em inglês), que se encerrará nesta quarta-feira, em Jacarta, é um abecedário do realismo mágico das finanças globais. Neste mundo paralelo, as empresas não tem diretores, nem empregados, nem seres humanos, e um mero edifício nas Ilhas Cayman é a sede de 18 mil multinacionais. “Estamos falando de bilhões e bilhões dólares anuais subtraídos da economia global. São fundos que poderiam ser destinados ao investimento social ou para infraestrutura, ambos aspectos fundamentais para os países em desenvolvimento”, indicou Porter McConnell, diretora da FTC, em entrevista para a Carta Maior.

O festival de fingimentos na política

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O poeta é um fingidor. Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente.


Esta primeira estrofe da “autopsicografia” de Fernando Pessoa é perfeita para o festival de fingimentos de nossos políticos nas últimas horas deste começo de semana.

Os campeões do fingimento foram os líderes da oposição, que mais uma vez defenderam o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara, considerando gravíssimas as denúncias contra ele. Desta vez não houve nota, só uma entrevista coletiva. Mas lá dentro, no plenário, na frente de Cunha, não deram um pio, nem quando cobrados ao microfone por Chico Alencar, líder do PSOL. Em verdade, segue a oposição dando sustentação a Cunha em troca do eventual acolhimento do pedido de impeachment de Dilma, mas pensa que engana com notas e declarações fingidas.

Ao lado de Cunha, direita pede impeachment

Da revista CartaCapital:

Apesar das inúmeras denúncias de corrupção que enfrenta, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segue no cargo sem ser incomodado pelos representantes dos principais partidos. Prova da tolerância com o parlamentar acusado de ter milhões escondidos na Suíça foi dada nesta quarta-feira 21 por oposicionistas, que levaram a ele o 28º pedido de impeachment apresentado neste ano contra a presidente Dilma Rousseff.

Globo lança Eduardo Cunha ao mar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ontem à noite escrevi aqui que Cunha tinha se tornado quase um panfleto contra a oposição “impixista”.

Estava evidente e hoje o império Globo – que segue sendo nossa Roma, mesmo sob césares medíocres – exibe seu polegar voltado para baixo, ordenando sua execução política.

Eduardo Cunha não pode mais presidir a Câmara, proclama em editorial.

Os juros e o moralismo sem moral

Por Marcel Franco Araújo Farah, no site da Adital:

Desde que se separou a propriedade privada da pública passou a ser possível falar de corrupção no sentido mais corriqueiro.

Falo de corrupção como desvio de recursos de sua finalidade legitima e legal, em geral para apropriação particular, para enriquecer o próprio ator que faz a gestão do recurso.

Fala-se muito em corrupção e é fácil percebê-la quando um agente público recebe dinheiro para direcionar uma licitação, para aprovar uma obra mal feita, para beneficiar um réu em um processo jurídico.

Agora é oficial: FHC sabia e não fez nada!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao registrar em seu livro de memórias a confissão de que tinha todos os meios para investigar um esquema de corrupção na direção da Petrobras e não tomou nenhuma providência a respeito, Fernando Henrique Cardoso prestou um inestimável serviço ao país.

Embora o caso possivelmente possa ser considerado prescrito, se tivesse sido descoberto e denunciado durante seu mandato, entre 1995 e 2002, o então presidente poderia ter sido enquadrado no crime de prevaricação, tipificado no artigo 319 do Código Penal ("Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal").

Carta aberta à elite golpista

Por Laís Gouveia, no site da UJS:

Olá setores golpistas! Faço, novamente, uso das redes sociais para divulgar a todos mais uma carta aberta. Na anterior, escrevi sobre o caos que o Aécio Neves provocou em Minas Gerais e espero ter contribuído um pouquinho para a sua derrota.

Pois bem, desde que Dilma foi reeleita, vocês estão fazendo um verdadeiro inferno neste país e usam como instrumento a grande mídia para alienar milhares de brasileiros. Pior: reproduzem um discurso de ódio e intolerância.

Lei antiterrorismo é um perigo

Por Altamiro Borges

Apresentado pelo governo Dilma, que novamente se curvou diante da pressão internacional, o projeto da "lei antiterrorismo" vai adquirindo contornos cada vez mais preocupantes. Previsto para ser votado na próxima semana no Senado, ele poderá representar um duro golpe nos movimentos sociais, sendo utilizado como instrumento legal para criminalizar as lutas dos trabalhadores. Protestos e greves, por exemplo, poderão ser classificados como atos terroristas, com pesadas punições. Diante deste grave risco, o conjunto do sindicalismo e dos movimentos sociais se mobiliza para derrotar a medida de cunho autoritário. A batalha principal é para retirar a urgência na votação do projeto de lei.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Cresce a mobilização dos "sem-escolas"

Por Altamiro Borges

Milhares de jovens ocuparam as ruas da capital paulista nesta terça-feira (20) contra o sinistro projeto de "reorganização escolar" do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que ameaça fechar centenas de escolas em São Paulo. Foi o quarto protesto dos últimos dias, o que comprova o potencial desta luta que já une estudantes, professores, auxiliares de ensino e pais de alunos e conta com o apoio ativo de sindicatos e movimentos sociais. Segundo relato da Rede Brasil Atual, a manifestação teve início na Praça da República, onde fica a Secretaria Estadual de Educação, e foi concluída na Praça da Sé: 

Fascistas mirins sumiram das ruas?

Por Altamiro Borges

Numa ofensiva quase desesperada pelo impeachment da presidenta Dilma, grupos direitistas - como o Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem Pra Rua e o Revoltados Online - realizaram nos últimos dias uma série de manifestações no país. O slogan adotado pelos fascistas mirins foi "Natal sem Dilma". No geral, os protestos foram esvaziados e frustraram os seus organizadores. A própria mídia privada, que sempre deu ampla cobertura aos atos golpistas, sentiu o baque e procurou esconder o fiasco. Até o jornal Estadão observou, ironicamente, que os grupelhos evitaram citar as contas secretas na Suíça de Eduardo Cunha, o presidente da Câmara Federal que deixou os fascistinhas pendurados na brocha!

Audiência pública sobre a RTV Cultura

Por Ana Flávia Marx

Por solicitação das entidades e ativistas que compõem a campanha Eu quero a RTV Cultura Viva – iniciativa que se contrapõe ao desmanche das emissoras públicas paulistas promovido pela gestão da Fundação Padre Anchieta –, a Assembleia Legislativa realizará no próximo dia 22 de outubro uma audiência pública para discutir a situação atual das emissoras.

Saídas repletas de perigos

Varoufakis na Universidade de Coimbra. Foto: Paulo Novais/Lusa
Por Tarso Genro, no site Sul-21:

A conferência do ministro grego Varoufakis, que dirigiu a primeira fase das negociações do seu país, com a União Europeia, ecoou do gigantesco auditório da Faculdade de Direito de Coimbra para toda a Europa e para todo o país. Sem vender facilidades Varoufakis repetiu, com ironia e brilho, o que já tinha afirmado numa longa entrevista ao jornal “Público”, no dia 16 de outubro: “qualquer tentativa de sair da UE está repleta de perigos”(…)”estamos todos presos numa zona do euro que temos obrigação de melhorar” e, para isso, é preciso “mostrar rejeição às políticas que estão sendo impostas”.

Mídia e lutas populares no Brasil


Não se deixe enganar por miragens!

Editorial do site Vermelho:

Os sinais de mudança na conjuntura política começaram a se evidenciar nas últimas semanas.

Cresceram as dificuldades para a direita e os conservadores que tentam depor Dilma Rousseff e criar um atalho à margem das eleições e da lei para voltar à Presidência da República.

As dificuldades vão desde os constrangimentos dos “moralistas” cuja bandeira está enlameada por revelações recentes, até as decisões prontas e responsáveis do STF que barraram, no campo jurídico, a conspiração golpista, impondo o respeito à lei e à Constituição.

Já está à venda Livro-Agenda do NPC

Do site do Núcleo Piratininga de Comunicação (NPC):

Você já ouviu falar em Dandara, Nísia Floresta, Chico Prego, Santo Dias e Tião Carpinteiro? Sabe quem foi Silva Jardim, José Porfírio e Ana Rosa Kucinski? Esses são alguns dos nomes de brasileiros que sonharam e ousaram lutar por um país melhor para a maioria. Contar algumas dessas trajetórias é um dos objetivos do Livro-Agenda do NPC de 2016, que neste ano tem como tema Lutadores e lutadoras da história do Brasil. São homens, mulheres, negros, negras, indígenas, camponeses, estudantes, operários e outros lutadores, resgatados a cada dia para que não caiam no esquecimento e para que sirvam de inspiração nas lutas atuais.

Extrema-direita cresce no mundo

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

A crescente ascensão e a desfaçatez da direita e da extrema-direita, longe de serem um fenômeno exclusivamente brasileiro, está largamente presente na Europa inteira, também na Alemanha.

Mas a direita em cada país tem seu próprio estilo.

Numa certa passagem de Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Hollanda comparava o nazismo e o fascismo europeus com o integralismo brasileiro, lembrando que a tragicidade daqueles virava a agitação neurastênica dos adeptos deste, ou algo parecido com isto, pois estou citando de memória.

O silêncio da mídia nos incomoda

Do blog do Levante Popular da Juventude:

Ao ler os principais jornais e portais de notícias hoje, percebemos um silêncio em relação às acusações que o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sofre na operação Lava Jato. Não bastasse o parlamentar, que até então possuía a índole inquestionável, ter um patrimônio 37 vezes maior que o declarado e desfrutar de contas bancárias bem alimentadas na Suíça, a grande mídia brasileira opta por manter-se calada.

O pior emprego da imprensa brasileira

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pior emprego da imprensa no Brasil, hoje, é o da ombudsman da Folha, Vera Guimarães.

Vera é uma jornalista experiente e talentosa, como se vê a maior parte do tempo em suas colunas.

Ela acabou forçada a ver, de camarote, a transformação da Folha numa espécie de Veja diária.

Você pode dizer que eu estou exagerando. Mas atenção. A Veja não virou o panfleto indecente que é hoje numa única edição. Foi uma marcha, iniciada quando Lula assumiu.