quinta-feira, 7 de abril de 2016

Sob comando de Cunha, impeachment avança

Por Christiane Peres, no site Vermelho:

Em mais uma sessão conturbada, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO) apresentou parecer favorável ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff, nesta quarta-feira (6), na comissão especial que analisa o tema. A votação, no entanto, foi adiada por pedido conjunto de vistas e deve acontecer na próxima segunda-feira (11).

Membro da comissão especial, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirma que o documento é uma sequência de inconstitucionalidades e que não pode ir a voto do jeito que está. Segundo a parlamentar, o texto apresentado pode, inclusive, ser judicializado.

É golpe, sim!

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

É golpe, é golpe sim. Verdade factual, diria Hannah Arendt, a verdade única, inegável. A despeito das afirmações em contrário de pançudos alquimistas do engano, envoltos em prosopopeia. E dos editorialões dos jornalões e programões, e das colunas e reportagens dos sabujos midiáticos, de lida tão árdua com o vernáculo, mas de fantasia acesa.

E dos rentistas que se dizem empresários de um país que exporta commodities, de juizecos provincianos e advogados mafiosos que em cada lei enxergam a oportunidade de burlá-la. E de agentes ditos da ordem empenhados em semear a desordem e de funcionários do Estado dispostos a financiar no exterior campanhas a favor do golpe, como Furnas a patrocinar tertúlias lisboetas de Gilmar Mendes e José Serra.

Relatório pró-impeachment é carta marcada


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os leitores deste blog devem ter reparado que aqui não se dá muita atenção ao relatório e à própria votação da Comissão Especial do Impeachment formada na Câmara dos Deputados.

Por uma simples razão: é um jogo de cartas marcadas conduzido por Eduardo Cunha, o único caso no mundo em que um bandido-réu no Supremo Tribunal Federal conduz um processo de destituição de uma Presidenta eleita,

Uma vergonha que ficará marcada para sempre na história do Brasil, seja qual for o desfecho deste processo.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Golpistas se lambuzam com lei Rouanet

Por Renato Rovai, em seu blog:

Nos últimos dias vários artistas contrários ao impeachment como Wagner Moura e Chico Buarque foram atacados na rede e em veículos de comunicação por terem usado ou tentado usar o instrumento da Lei Rouanet para realizar seus projetos.

O mais grave é que o ataque, em alguns casos, foi patrocinado por gente que usa a lei de forma abusiva.

A saída para o impasse político

Por Renato Rabelo, em seu blog:

A frenética marcha golpista acometeu o país de grave instabilidade política, prejudicando a normalidade econômica, compelindo um processo fraudulento de impedimento da presidenta Dilma Rousseff. O desejo dos golpistas resulta em simplesmente rasgar a Constituição da República, contando com todas as suas vertentes à direita, por meio de um impeachment exclusivamente político, para dar vazão aos seus interesses mais profundos, que se concretizam na destituição da presidenta da República. Esse é o novo formato de golpe dos nossos dias.

Mancha Verde e Gaviões da Fiel: uma cilada?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

É uma rixa antiga a que envolve as duas maiores torcidas organizadas de São Paulo, a Gaviões da Fiel e a Mancha Verde.

Uma sequência de emboscadas, mortes e retaliações que vem de longe, espanta as pessoas e tira a credibilidade das duas associações.

Mas, no início desta semana, ainda que elas nem soubessem disso, concordaram.

Depois dos confrontos de domingo entre torcedores dos dois clubes, a Mancha Verde divulgou um documento demonstrando que as autoridades de São Paulo sabiam exatamente onde estariam e como se deslocariam os integrantes da organizada até o estádio do Pacaembu, para a partida contra o Corinthians.

A conexão internacional do golpe

Por Umberto Martins, no site da CTB:

A denúncia e o repúdio ao golpe em curso no Brasil ganharam um espaço destacado no 7º Encontro Sindical Nossa América (Esna), realizado nos dias 1 e 2 de abril em Montevidéu. O evento reuniu mais de 200 lideranças de 19 países americanos, além de convidados do Japão e Reino Unido, para debater a conjuntura e unificar a classe trabalhadora do continente na luta em defesa da integração, da soberania, da democracia e da valorização do trabalho.

O papel da mídia na crise política atual

Lula pede punição de Sergio Moro

Do site do Instituto Lula:

Há um fato incontroverso na “Operação Lava Jato”: o juiz Sérgio Moro, a pedido da Força Tarefa do MPF/PR, autorizou a interceptação do telefone celular de um dos advogados constituídos pelo ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, ainda, autorizou a interceptação do ramal-tronco do escritório de advocacia, com o monitoramento de 25 advogados também constituídos pelo ex-Presidente.

A interceptação telefônica de advogados constituídos por pessoa que sofre persecução penal por parte do Estado, é um dos mais graves atentados ao Estado Democrático de Direito. A sua ocorrência torna o procedimento ilegítimo e o macula de forma definitiva. Há, nessa situação, clara violação à garantia constitucional da ampla defesa e, ainda, da inviolabilidade das comunicações telefônicas entre cliente e advogado, assegurada por lei.

Gilmar Mendes dá habeas corpus para Cunha

Por Altamiro Borges

O ministro Gilmar Mendes é famoso por sua militância tucana e pelos habeas corpus que já concedeu em sua vergonhosa história no Supremo Tribunal Federal (STF). Foi ele quem garantiu liberdade para o agiota Daniel Dantas e para o médico estuprador Roger Abdelmassih. Pelo jeito, ele agora agiliza o seu voto de impunidade para o correntista suíço Eduardo Cunha. O jornal Valor desta quarta-feira (6) antecipou a sua decisão. "O presidente da Câmara dos Deputados poderá assumir a Presidência da República mesmo sendo réu no STF, segundo o ministro Gilmar Mendes".

Janaína jura: "Nem possuída nem bêbada"



Por Altamiro Borges

Os golpistas mirins e velhacos não dão sorte na escolha dos seus heróis. No terreno da política, eles saíram às ruas com cartazes "Somos todos Cunha" até que vieram à tona as contas secretas na Suíça. No campo jurídico, eles apostaram as fichas no ex-ministro Joaquim Barbosa, o "Batman", que acaba de perder a capa com a denúncia de sonegação fiscal na compra da sua mansão em Miami. Eles ainda vestiram a fantasia carnavalesca do "Japonês da Federal", que recentemente foi defenestrado do posto acusado de contrabando em Foz do Iguaçu. Já no meio "cultural", seus ícones são bizarros: o roqueiro decadente Lobão e o ator pornô Alexandre Frota. Haja azar! Agora, a "advogada do impeachment", Janaína Paschoal, deixa todos envergonhados com sua performance demoníaca num ato em São Paulo.

Novos discursos, o mesmo golpismo

Por André Pasti, no site do FNDC:

Na disputa de narrativas sobre a crise política, a última semana foi marcada por avanços contrários ao golpe. Diversas manifestações, falas de juristas, artistas e intelectuais, além de atos do próprio governo, conseguiram ampliar o alcance do discurso de que há um golpe em curso. O que caracteriza esse golpe é um impeachment sem crime de responsabilidade e uma atuação seletiva do judiciário, articulados pela grande mídia.

A terceira grande chance com Dilma

Por João Sicsú, na revista Fórum:

O leitor deve estar estranhando: terceira chance do quê? Vamos esclarecer. Lula entregou uma herança extraordinária a Dilma em 2010. A herança foi desperdiçada. Botaram a culpa no quadro internacional e na queda do preço das commodities. Com enormes dificuldades, Dilma foi levada à vitória novamente em 2014. O ano de 2015 também foi trágico. Muitos responsabilizaram o ministro da Fazenda Joaquim Levy.

Reforma ministerial: razão do adiamento

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

É falsa a versão corrente de que a presidente Dilma decidiu só nomear ministros de sua nova base parlamentar depois da votação do impeachment porque desconfia de que os partidos não entregariam os votos prometidos. Uma relação com este nível de desconfiança não iria longe. E como já disse o ministro Berzoini, Dilma precisa de uma nova base não só para derrotar o golpe mas também para governar depois.

Janaína Paschoal foi picada pela cobra

Por Cidinha Silva, no blog Diário do Centro do Mundo:

Gente! Que babado forte! Janaína Pachoal, a advogada do impeachment, foi picada pelo veneno mortal da mosca azul. Aquela que infecta as aspirantes a celebridades instantâneas.

O que foi aquilo? Ela surtou no afã de lacrar. Lacração, a ciência do momento, não é para todo mundo. É preciso ter know how.

Minha teoria para o discurso messiânico de Janaína, tão comum entre os homens na política e que começa a contaminar mulheres, principalmente aquelas a serviço do patriarcado, é que rolou ali um ciumezinho das belezas múltiplas e polifônicas produzidas pelos artistas anti-golpe Brasil afora.

Jornalistas em defesa da democracia

Do site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

No próximo 7 de abril (quinta-feira), às 19 horas, data em que se comemora o Dia do Jornalista, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) realiza no auditório Vladimir Herzog, em sua sede (rua Rego Freitas 530 - sobreloja) um ato em defesa da democracia e dos direitos sociais. Ele reforça a posição da entidade e da categoria expressa no manifesto entregue no dia 31 de março, em Brasília, para a presidenta Dilma Rousseff, durante encontro com artistas e intelectuais.

O golpe tem várias formas

Por Jeferson Miola

Em 26 de outubro de 2014, 54.501.118 brasileiras/os concederam à Presidente Dilma o mandato para governar o Brasil até as 24:00 horas do dia 31 de dezembro de 2018.

Todo e qualquer intento de subtrair parte deste mandato, mesmo que uma única fração de segundo dele, se não for em conformidade com as regras constitucionais e legais, é um atentado à democracia; é um crime contra a ordem jurídica.

O impeachment sem fato determinado, sem crime da responsabilidade, afronta a norma constitucional e representa a ruptura da ordem jurídica – por isso é golpe. O impeachment, porém, não é a única, mas apenas uma das formas de golpe empregadas para derrubar a Presidente Dilma.

Ataques a Wagner Moura e Leticia Sabatella


Por Jean Wyllys, em seu Facebook:

O ator Wagner Moura e a atriz Letícia Sabatella – talentosíssimos e queridos amigos – estão sofrendo uma verdadeira caça às bruxas nas redes sociais, que inclui ataques de trolls no perfil da Letícia (que chegou a ser suspenso), insultos, acusações absurdas e macartismo, tudo isso por terem se manifestado contra o golpe e a favor da democracia, ainda que nenhum deles seja petista ou governista (e mesmo que fossem isso não justificaria os ataques).

52 anos do golpe militar

Por Camila Tribess, no site Brasil Debate:

O dia 1º de abril é bem mais do que o dia da mentira. É o dia que deve ser lembrado exaustivamente como o dia em que se iniciou no Brasil – em 1964 – a ditadura civil-militar que durou 25 anos, torturou e matou milhares de pessoas, exilou outras tantas, calou a imprensa e as artes, atrasou social e economicamente o país.

Atualmente, a Comissão de Anistia já tem mais de 30 mil anistiados, pessoas que sofreram perseguições políticas, prisões arbitrárias, torturas durante esse período. Muitas dessas anistias são simbólicas, pois seus sujeitos já estão mortos ou nunca foram encontrados. Nessa última sexta, 1º de abril de 2016, a Comissão de Anistia fez sua sessão solene para marcar esta data funesta.

Impeachment seria desastre para a economia

Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:

As discussões sobre o impeachment da presidenta Dilma Rousseff se aprofundam na Câmara nesta semana, mas seus desdobramentos na economia serão desastrosos, caso seja aprovado. Essa é a opinião de economistas ouvidos pela RBA, que questionam a legitimidade de um processo que não aponta para a unificação da opinião pública, mas, pelo contrário, mantém a divisão política que já existe e que tem sido combustível de tensões entre segmentos conservadores e progressistas da sociedade.