sábado, 9 de julho de 2016

Jornada de 80 horas é pura provocação

Da Rede Brasil Atual:

Com posições distintas depois da mudança de governo, as centrais sindicais se uniram nesta sexta-feira (8) em repúdio a declarações do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, sobre a jornada de trabalho. "Neste momento em que as centrais sindicais buscam um diálogo, a fim de estabelecer um consenso benéfico para todos, tal afirmação, que faz lembrar a situação da classe operária do século 19, surge como uma provocação estapafúrdia ao povo brasileiro", afirmam as entidades.


Os objetivos da renúncia de Eduardo Cunha

Editorial do site Vermelho:

A renúncia do presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), é um desses episódios exemplares que distinguem a política praticada por certos representantes das classes dominantes, daquela feita por políticos ligados ao povo e aos trabalhadores.

O traço marcante de políticos do naipe de Eduardo Cunha são ações que procuram esconder sua verdadeira natureza – ocultar, enganar, tergiversar. Ao contrário dos políticos populares e democráticos, que agem aberta e publicamente, à vista de todos, sem nada a esconder.

O silêncio sobre o acordo Temer-Cunha

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Quem cala, consente. O velho e surrado ditado aplica-se ao silêncio do Palácio do Planalto diante das notícias de que Temer avalizou o acordão que está em curso na Câmara para garantir a Eduardo Cunha a salvação de seu mandato em troca da renúncia à presidência da Casa. Um governo dissociado da manobra para salvar o mais encalacrado dos aliados, o que mais fortemente representou a transformação da política em negociatas e chantagens, teria emitido uma nota oficial ou providenciado uma declaração pública, feita por alguém autorizado e de preferência pelo próprio ocupante da Presidência. Temer não desmentiu porque não pode e vai ter que sujar as mãos no esforço para salvar o mandato de Cunha, que o manterá com foro especial no STF. A alternativa é esperar que ele seja cassado e preso e torne-se delator, jogando ao mar a cúpula do PMDB e quem sabe o próprio Temer.

Veja “sumiu” com a renúncia de Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Veja pôs em prática o ensinamento do Dr. Roberto Marinho, como narra Paulo Henrique Amorim no seu livro O Quarto Poder: “O Globo é o que é mais pelo que não deu do que pelo que deu”.

E, assim, a revista dos Civita não colocou na sua capa, nem nas chamadas menores, o acontecimento político da semana, indubitavelmente: a renúncia de Eduardo Cunha.

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Golpe para entregar o pré-sal. EUA vibram!

Por Altamiro Borges

O governo dos EUA e as multinacionais do petróleo devem ter soltado rojões nesta semana para festejar, mais uma vez, o êxito parcial do “golpe dos corruptos” no Brasil. Eles já tinham comemorado a nomeação do tucano José Serra, fiel capacho da Chevron, para o Ministério das Relações Exteriores. Também aplaudiram as iniciativas do governo interino para implodir a integração latino-americana, sabotando o Mercosul. Mas nada se compara à decisão aprovada nesta quinta-feira (7) por uma comissão especial da Câmara Federal que acelera o processo de entrega do pré-sal às multinacionais do petróleo. Este sempre foi o maior objeto de desejo do império ianque, o que explica o seu silêncio diante do golpe nativo.

Revogar a Lei Áurea em nome da economia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson de Andrade, disse que o governo federal deve promover “medidas muito duras'' na Previdência Social e na legislação trabalhista para equilibrar as contas públicas. E citou como exemplo as reformas ocorridas na França, afirmando que, por lá, é permitido trabalhar até 80 horas por semana (na verdade, o limite máximo é de 48 horas, com horas-extras, podendo chegar a 60 em casos excepcionais com aval de autoridades).

A declaração foi dada após um encontro com Michel Temer e cerca de 100 empresários. Em nota, a CNI afirmou que seu presidente não defendeu o aumento da jornada.

PSDB chega ao poder sem ganhar eleição

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Num regime presidencialista democrático, só há uma maneira de se chegar ao poder: ganhando eleições. Devemos estar ficando loucos, então, porque o partido derrotado em 2014 está aboletado no governo federal como se tivesse recebido votos para tal. Com Michel Temer como aliado e fantoche, os tucanos voltaram a decidir os destinos da nação. Quem não votou no PSDB na última eleição presidencial, como eu e a maioria dos eleitores do país, tem toda a razão para acreditar que fomos passados para trás pelo partido de Aécio Neves.

Relatório mostra quem lucra com as guerras

Por Nika Knight, no site Carta Maior:

Enquanto a Europa se conforma com a votação do Brexit alimentada em grande parte por um ódio xenofóbico, um novo relatório expõe como os especuladores das guerras estão influenciando políticas da União Européia para lucrar com os conflitos intermináveis no Oriente Médio bem como a onda de refugiados criada pela mesma instabilidade e violência.

O relatório Guerras nas Fronteiras: Os traficantes de armas lucrando com a tragédia dos refugiados na Europa, divulgado em conjunto pelo Instituto Transnacional (TNI) e pelo European Stop Wapenhandel na segunda-feira, destaca a busca dos comerciantes de armas pelo lucro nos conflitos intermináveis do século 21.

A crise global e o cadafalso britânico

Por A. Sérgio Barroso, no site da Fundação Maurício Grabois:

Desde 2009 temos compartilhado (e opinado) sobre a tese de que a economia capitalista mundial vem-se atolando num longo e sinuoso processo depressivo, mais que caracterizado pela queda acentuada do produto e do comércio global, pelo aumento explosivo do desemprego e do trabalho precário/temporário, isso aliado ao fenômeno da paulatina e larga deflação de preços no capitalismo, e inexorável agigantamento das desigualdades e terríveis problemas sociais no mundo inteiro – exceto na China.

A lógica das reformas do governo interino

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

As propostas de reformas do governo interino de Michel Temer reorientam a atuação do Estado para os interesses do mercado, restringem os instrumentos de luta do movimento sindical e atacam os três principais pilares do Estado de Bem-Estar: a previdência e a assistência social, a educação e a saúde universais.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 241/2016, que trata do regime fiscal, atribui aos gastos sociais (educação, saúde, previdência) e à despesa com o funcionalismo a responsabilidade pelo problema fiscal do país, ignorando solenemente os gastos governamentais com juros e amortizações, os verdadeiros responsáveis pelo déficit público.

Dois meses do golpe neoliberal

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

O Brasil vive uma grave crise econômica, política, social e ambiental, mas já passamos por crises históricas semelhantes nas décadas de 30, 60 e 80. Todas elas exigiram grandes debates na sociedade, enorme participação política e disputas típicas da luta de classe. Seu desenlace sempre foi lento e só se concretizou em torno de um novo projeto, que conseguisse aglutinar uma base social para o sustentar, ou por meio de ações militares comandadas pelas classes dominantes.

E neste momento? O que está acontecendo?

Os golpistas e os motivos neoliberais

Por Euzébio Jorge, no site da UJS:

Golpistas entram em desespero ao verem o golpe esvair por entre seus dedos. A explosão midiática, a ideologização irresponsável do judiciário e o caos político não podem perdurar por muito tempo. O acordo dos setores conservadores para cessar a democracia “por um período”, deveria ocorrer até que as reformas neoliberais fossem implementadas, mas isso deveria ocorrer em um curto espaço de tempo, como fizera Mauricio Macri da Argentina. Os grandes players do capitalismo mundial não são contra a falta de democracia por valores de liberdade, ou por respeito aos direitos humanos, são contra as ditaduras por elas desequilibrarem a concorrência capitalista internacional. Acreditam que como não conseguiram dar um golpe em seus países, as grandes corporações que residem em seu território podem ser prejudicadas no comercio internacional.

Cunha começa a sua delação premiada

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ao renunciar a presidência da Câmara, Cunha tenta seu último lance antes de partir para uma delação premiada.

Ele está entregando os anéis para tentar preservar os dedos (o mandato).

O mandato é importante porque garante seu fórum privilegiado. O que faz com que seu caso seja julgado no Supremo Tribunal Federal e não pelo juiz Sérgio Moro.

O que explica a renúncia de Cunha

Da revista CartaCapital:

O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) renunciou nesta quinta-feira, 7, à presidência da Câmara, da qual estava afastado desde maio por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista coletiva concedida no início da tarde, Cunha se emocionou ao ler sua carta de renúncia e chorou ao agradecer o apoio da família.

“Resolvi ceder aos apelos generalizados dos meus apoiadores. É público e notório que a Casa está acéfala, fruto de uma interinidade bizarra que não condiz com o que País espera de um novo tempo após o afastamento da presidente da República. Somente minha renúncia poderá por fim a esta instabilidade sem prazo. A Câmara não suportará esperar indefinidamente", disse o deputado.

O que foi mais repulsivo na fala de Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Não há razões para comemorar a renúncia de Eduardo Cunha. Ele tinha que estar preso há muito tempo.

Ele é um insulto a todos nós. Sua liberdade nos diminui e nos humilha, tais e tantos seus crimes.

A carta de renúncia é uma infâmia. Eduardo Cunha, como psicopata que é, consegue se apresentar como vítima, vítima da perseguição dos homens maus que não o perdoaram por ter aberto o processo de afastamento de Dilma.

A teoria da conspiração de Marilena Chauí

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O problema da esquerda, desde seus primórdios, há milhares de anos, quando algum bando de pobres se rebelou, numa aldeia do Egito Antigo, contra a opressão, e conseguiu formular suas demandas de maneira minimamente política, sempre foi a comunicação.

A razão é simples: a comunicação precisa de instrução para ganhar substância, e instrução é um luxo dos ricos. Os pobres sempre precisaram pegar no pesado, de manhã à noite, para obter o seu alimento e sustentar sua família.

Até hoje é assim.

Mesmo como bagaço, Cunha ajuda Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não precisamos nos enganar. Em julho de 2016, a renúncia do suíço Eduardo Cunha é um gesto que atende à necessidade urgente de Michel Temer de elevar o grau de legitimidade de um governo nascido de um impeachment sem prova de crime de responsabilidade. Cunha já cumpriu o papel que podia desempenhar, articulando o afastamento de Dilma, e agora pode ser dispensado como o bagaço de uma laranja. Renunciou à presidência da Câmara. Não tem a menor garantia de que poderá conservar o mandato.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Temer presenteia as teles com R$ 17 bilhões

Por Altamiro Borges

Tendo como principal lobista na Câmara Federal o ex-presidente Eduardo Cunha, as poderosas multinacionais das telecomunicações foram acusadas diversas vezes de participarem da trama golpista que resultou no impeachment da presidenta Dilma. Agora, com o Judas Michel Temer, elas serão recompensadas com uma medida que dilapida o patrimônio público. Sem maior escarcéu, o Estadão informou nesta terça-feira (5) que o governo interino pretende "transferir para as teles um patrimônio de R$ 17 bilhões". A medida escancara os verdadeiros objetivos do “golpe dos corruptos”, bancado pelos ricaços, que serve unicamente aos interesses do grande capital. Somente os “midiotas” caíram na conversa fiada das “pedaladas fiscais” e da “salvação nacional”.

O arcebispo golpista que acoberta pedófilos

Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (6), o Vaticano confirmou o afastamento do arcebispo da Paraíba, o golpista Aldo Pagotto. Segundo o comunicado lacônico, o Papa Francisco “aceitou a renúncia” do religioso ítalo-brasileiro, mas não há maiores detalhes sobre o motivo do expurgo. Nos últimos meses, porém, aumentaram as denúncias de que o arcebispo teria abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abuso sexual de menores de idade. Já em 2002, Aldo Pagotto foi acusado pelo Ministério Público do Ceará de coagir adolescentes para que mudassem seus depoimentos a fim de proteger um frei acusado de estupro. Diante das suspeitas, o Vaticano determinou, no ano passado, que o arcebispo não ordenasse mais padres ou recebesse novos seminaristas. Agora, ele “renúncia” e se diz vítima de acusações “difamatórias”, que o expõem ao “escárnio público”.

A luta em defesa da comunicação pública

Haddad critica partidarização da imprensa

Da Rede Brasil Atual:

Em entrevista à Rádio Brasil Atual hoje (6), o prefeito e pré-candidato à reeleição na capital paulista, Fernando Haddad (PT), avaliou que houve um movimento da elite nacional para nivelar por baixo o debate político, pondo de lado a discussão sobre propostas e tornando a todos potencialmente suspeitos. “Eu entendo que foi tomada uma decisão política pelo establishment, de suprimir a contradição política no país. Não é derrotar. Porque derrotar é pôr ideias em debate, um dos lados vence. É a supressão da representação política dos debaixo que, pela primeira vez em 500 anos, conseguiram encontrar uma voz”, afirmou.

Aécio some e deixa empreiteiros magoados

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Desaparecido dos holofotes da mídia desde que as delações que citam seu nome se intensificaram, o senador tucano Aécio Neves (PSDB-SP) tem seu nome novamente envolvido nas investigações da Operação Lava Jato.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Aécio tem sido citado em várias delações de empresários que ficaram chateados com a postura do tucano, que teria colocado lenha na fogueira da Lava Jato achando que a operação só atingiria o PT e não chegaria aos empresários.

Derrota de Temer na Câmara foi aviso

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Tal como previmos no meio da tarde de ontem, o governo interino testou sua base e perdeu, ao insistir em aprovar a urgência para a votação do projeto de lei sobre a renegociação da dívida dos estados. Antes, já desistira de votar o mérito mas acabou derrotado também na urgência, embora por pouco. A votação deixou algumas lições importantes para o governo interino que joga tudo para se tornar definitivo. A primeira e mais importante foi a de que não será fácil aprovar o prometido ajuste fiscal, que por ora não passou de palavras, e especialmente a emenda constitucional fixando teto de crescimento do gasto público, nos próximos 20 anos, limitando-o à inflação do ano anterior, para os governos federal, estaduais e municipais.

Cunha chora ao renunciar e culpa o PT

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Por duas vezes, Eduardo Cunha ensaiou um choro, embargando a voz, ao ler o pronunciamento de renúncia à Presidência da Câmara.

O homem de gelo parece estar perdendo o controle, porque é muito difícil que, mesmo deixando o posto, possa salvar o seu mandato e o foro privilegiado de que dispõe como deputado.

A possibilidade de Cunha recuperar as condições de ser decisivo na decisão sobre quem irá ser eleito presidente da Câmara.

Agência Sindical comemora 25 anos

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Dia 15 de julho, sexta, às 18h30, a Agência Sindical divulga vídeo institucional de seus 25 anos. Será aqui no Barão (Rua Rego Freitas, 454, cj 83). No evento, serão entregues camisetas alusivas ao aniversário. O jornalista João Franzin, fundador e coordenador da Agência, afirma: “Será um encontro de amigos e parceiros. Vamos reunir gente que tenha identidade e compromissos”.

O tucano que subiu no telhado

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Alguns desdobramentos da Lava Jato.

Lance 1 - as tacadas no mercado norte-americano

Consiste em uma esperteza de advogados norte-americanos, valendo-se da eterna ingenuidade penal brasileira.

Por lá se desenvolveu a curiosa tese de que o dólar é um patrimônio dos Estados Unidos. Assim sendo, qualquer ato de corrupção que envolva até meros pagamentos em dólar expande a territorialidade e passa a ser tratado como ato de corrupção contra o governo norte-americano. É a mais nova forma de tomar dinheiro, seguindo no rastro dos fundos-abutre.

O “pixuleko” contra Lewandowski e Janot

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde o primeiro boneco inflável difamatório (contra Lula) que foi levado às manifestações de rua fascistas, o que ocorreu em agosto do ano passado, muitos se perguntam como é possível que grupos financiados por fontes obscuras promovam esses ataques à honra de cidadãos que, mesmo sendo pessoas públicas, não perderam seus direitos constitucionais.

No protesto de 16 de agosto de 2015 contra Dilma Rousseff apareceu o boneco inflável do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em menos de 48 horas desde sua primeira aparição, durante ato em Brasília, o personagem com roupa de presidiário já estava em São Paulo.

'Deus Mercado' e a religião capitalista

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Os aspectos religiosos do neoliberalismo e o proselitismo na comunicação foram temas debatidos pelos professores da Universidade Metodista, Jung Mo Sung (Ciências da Religião) e Magali Cunha (Comunicação). Eles participaram do seminário “A Metafísica do Neoliberalismo e a Crise de Valores no Mundo”, promovido pelo Fórum 21, no último dia 2 de julho (sábado), no auditório da Fundação Escola de Sociologia e Política (FESP).

EUA orquestram o desmonte do Brasil

Por Frei Betto, no site da Adital:

O documento Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, definido no governo Obama, assinala que o Brasil representa uma enorme reserva de riquezas naturais estratégicas, essenciais ao desenvolvimento das novas tecnologias. Acrescenta que apenas o nosso país possui o potencial de exercer, na América do Sul, um grau de influência capaz de competir com os interesses hegemônicos dos EUA.

Obama foi explícito: "Temos que ter clareza sobre os desafios presentes e futuros, e reconhecer que o nosso país conta com a capacidade única de mobilizar e guiar a comunidade internacional para enfrentá-los”.

Crise política resulta em racha do PSTU

Por Altamiro Borges

Não está nada fácil decifrar o complexo e dinâmico quadro político brasileiro. Até organizações mais dogmáticas, que se colocam como donas da verdade e acima do bem e do mal, estão penando. Nesta quarta-feira (6), um expressivo grupo de dirigentes e militantes do PSTU anunciou seu desligamento do partido de orientação trotskista. Entre os signatários do manifesto de rompimento, o respeitado intelectual Valério Arcary e a vereadora potiguar Amanda Gurgel – a sigla elegeu dois parlamentares nas eleições municipais de 2012. No texto, bastante civilizado, ficam explícitas as críticas à postura sectária do PSTU, que apoiou o impeachment de Dilma e defende a bandeira do “fora todos”.

Pressão derruba o “general da Funai”

Foto: Victo Pires/ISA

Por Altamiro Borges

Antes mesmo de tomar posse, mais um "notável" do covil golpista de Michel Temer é defenestrado. Desta vez foi o general da reserva Sebastião Roberto Peternelli, que havia sido indicado para presidir a Fundação Nacional do Índio (Funai). Após a enérgica reação das comunidades indígenas e da repercussão negativa na imprensa internacional, o truculento ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou nesta quarta-feira (6) que o viúvo da ditadura militar não assumirá mais a pasta. “Não há nenhum óbice ou veto pessoal ao nome que foi indicado pelo PSC, mas não será ele o presidente da Funai. Estamos em negociação com outro tipo de perfil”, justificou, constrangido, o ministro interino. De recuo em recuo, o Judas Michel Temer vai mostrando sua fragilidade!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Serra quer exportar o golpe para o Mercosul

Por Jeferson Miola

Na mesma terça-feira, 5 de julho, em que o presidente usurpador cumpria agendas com os sócios golpistas no Palácio do Planalto para fazer a partilha do butim, o chanceler usurpador José Serra esteve no Uruguai para promover um golpe nas regras do Mercosul com o objetivo de atacar a Venezuela.

Nesta empreitada, o governo usurpador do Brasil é acompanhado pelo governo reacionário do Horácio Cartes [Paraguai], e conta com a simpatia do ultra-liberal e também reacionário governo Maurício Macri, da Argentina.

Marilena Chaui, o PT e a geopolítica

Por Renato Rovai, em seu blog:

O PT vive o momento mais dramático de sua história política. E isso tem relação com os muitos erros que cometeu.

O PT fez acordos exageradamente pragmáticos com partidos fisiológicos e isso lhe tornou também bastante fisiológico.

O PT aceitou chantagens do campo conservador e por isso passou a ser refém do conservadorismo.

O PT passou do ponto em concessões econômicas liberais e isso lhe fez perder parceiros do movimento social.

A resistência urgente a Temer

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Historicamente, a mídia nativa apega-se a eufemismos para classificar as rupturas políticas no Brasil. Em 1964, o termo “revolução” foi adotado pelos principais veículos do País para celebrar o golpe civil-militar que impôs 21 anos de ditadura. Neste ano, a conspiração de Michel Temer para desencadear o impeachment de Dilma Rousseff assumiu a fachada perfumada de um “governo de salvação nacional”. Em meio à narrativa única dos jornais brasileiros, sempre dispostos a rechaçar qualquer ilegalidade no afastamento da presidenta eleita, o contraditório depende da solidariedade militante para se fazer ouvido.

General na Funai está no padrão Temer

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Funai (Fundação Nacional do Índio), que desde o primeiro dia do governo provisório de Michel Temer está sem presidente, agora deverá se preocupar duplamente.

O PSC (Partido Social Cristão) indicou um general para presidir a instituição. Exatamente. Um militar, cristão, para tratar da questão indígena. É como escalar Luisito Suarez para atuar pela seleção brasileira num jogo contra o Uruguai.

Eduardo Cunha e o novo protegido da mídia

Por Pedro Breier, no blog O Cafezinho:

O tratamento dado a Eduardo Cunha pela mídia corporativa no início de 2015, quando foi eleito presidente da Câmara, é digno de estudo de caso sobre dissimulação no jornalismo. Uma edição da Veja teve como manchete de capa "A súbita força de Eduardo Cunha". A reportagem elogiava as habilidades políticas e conhecimentos regimentais de Cunha, falando somente de passagem sobre os seus podres, para no final afirmar algo como "se ele deixou para trás as malfeitorias, tudo bem". Na cobertura da Globonews sobre a eleição à presidência da Câmara o tom era o mesmo. Destaque para a capacidade de articulação de Eduardo Cunha e para sua disposição em enfrentar o Planalto. Seu passado tenebroso era solenemente ignorado.

A surra histórica de FHC na Al Jazeera

A pátria dos pobres exige respeito

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com a lucidez de quem esteve na margem correta de grandes tragédias políticas de seu tempo, seja em 1954, seja em 1964, Tancredo Neves deixou palavras de grande utilidade para as gerações que enfrentam o abismo de julho de 2016, quando os brasileiros se encontram diante de um golpe de Estado que pode sacrificar três décadas de conquistas democráticas e dar início a um retrocesso histórico:

- Nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites, afirmou Tancredo. A pátria dos pobres está sempre no futuro e, por isso, em seu instinto, eles se colocam à frente da história.

O SUS pede coragem

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem” (Guimarães Rosa)


Hoje, 6 de Julho, milhares de conselheiros, usuários, trabalhadores, estudantes e pesquisadores marcham rumo a Brasília em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Seguridade Social. Esta marcha foi precedida de inúmeros debates, rodas de conversa, manifestações, escrachos ministeriais, tuitaços, AbraSUS, moções em conselhos, gritos de guerra ecoando em congressos e seminários, caminhadas, vigílias e ocupações. Todos em defesa do SUS.

Defender a Petrobras é tarefa de todos

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

"A 'Campanha do Petróleo' foi, efetivamente, a maior e mais original contribuição à criação de uma atitude ‘nacionalista brasileira democrática’" - Maria Augusta Tibiriçá Miranda

A Petrobras, enquanto maior e mais importante empresa brasileira, passa por uma terceira fase de afirmação frente ao conjunto de ataques, questionamentos internos e externos dos seus detratores. O seu enfrentamento requer fundamental e decidida resposta ante a possibilidade do maior comprometimento da Petrobras ao projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que a retira da exclusividade nas atividades de exploração do petróleo e encerra a obrigação de participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios sob o comando do pré-sal.

“Escola sem partido”, escola silenciada

Por Cleo Manhas, no site Outras Palavras:

O que seria a tão falada, e pouco explicada “escola sem partido”? Basicamente, trata-se de uma falsa dicotomia, pois não diz respeito à não partidarização das escolas, mas sim à retirada do pensamento crítico, da problematização e da possibilidade de se democratizar a escola, esse espaço de partilhas e aprendizados ainda tão fechado, que precisa de abertura e diálogo.

A pauta que precisamos debater é a da qualidade da educação, e não falácias ideológicas sobre a “não ideologização da escola”, algo que se vê até mesmo em alguns diálogos sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A criminalização da política e da democracia

Editorial do site Vermelho:

A exacerbação da criminalização da política, que assistimos em nossos dias, está ligada à condenação da ação dos movimentos sociais e do protagonismo do povo na política.

São duas facetas de um mesmo movimento conservador; elas se dirigem contra a compreensão da democracia como espaço político de participação que extrapola os limites formais que a classe dominante tenta impor ao sistema político.

A mídia hegemônica, setores do Poder Judiciário e do aparato policial investem contra ações de reivindicação do povo, a pretexto da defesa do direito de propriedade e da ordem estabelecida. São ataques que vão, nesse sentido, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), à União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras entidades populares.

Rombo de R$ 160 bilhões será obra de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O governo interino só vai anunciar na quinta-feira, 7, a meta fiscal para 2017, mas a equipe econômica chefiada por Henrique Meirelles já perdeu a disputa com o núcleo político palaciano liderado por Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima. Temer deve bater o martelo sobre a previsão de um déficit de R$ 160 bilhões, contra a defesa de algo entre R$ 140 bi e R$ 150 bi da área econômica, que na semana passada falava apenas em déficit “superior a R$ 100 bilhões”.

A decisão será um claro reflexo da contradição entre o discurso de austeridade que angariou apoio dos mercados à posse de Temer e a natureza fisiológica da base política que perpetrou o golpe contra Dilma. Para atender seu apetite, preservar a maioria parlamentar e consumar o golpe, o governo optará por uma meta “mais folgada” e começará a sacrificar a credibilidade de Meirelles.

O maior problema do "general da Funai"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O maior símbolo da defesa dos povos indígenas deste país é um militar: Cândido Rondon, ele próprio descendente de índios terena e bororo, que conduziu com métodos bem diferentes dos da cavalaria americana a nossa versão da “marcha para o Oeste”.

Com toda a crueldade que hoje se percebe na ocupação dos territórios tradicionais dos povos indígenas, todos os que olham a história percebem as virtudes de um militar – e nos tempos em que um civil não poderia fazê-lo – tomar a si esta tarefa. A maior delas, sua melhor qualidade: o exercício da tolerância, que se expressa na frase que lhe ficou de mais típica: “morrer, se preciso for; matar, nunca”.

A lambança fiscal de Temer

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A indulgência da mídia com a lambança fiscal no país é reveladora da cumplicidade de certo jornalismo com o golpe que assaltou o poder democrático no Brasil há 40 dias.

E que há 40 dias e 40 noites faz chover dinheiro em Brasília.

Sitiado entre a impopularidade, o fisiologismo e a vassalagem à finança, o golpe se sustenta com padrões de gastos sem precedente em governos anteriores, acusados diuturnamente de irresponsabilidade nas contas públicas.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Marilena Chauí desmascara Moro e Serra

Mídia "fascistizante" dissemina o ódio

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



A onda de preconceito e ódio que assola o país tem tudo a ver com a mídia, segundo a filósofa Marcia Tiburi. "O discurso fascistizante de alguns meios", para ela, "não permite qualquer tipo de vôo intelectual", culminando em um cenário no qual o senso comum é formado por verdades absolutas. A crítica foi feita durante bate-papo nesta segunda-feira (4), em São Paulo, em atividade do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?.

A onda de ódio e preconceito na sociedade

Não à "escola sem partido"

Por Camila Lanes

Todo o trabalho de uma escola deve estar voltado para a realidade que a cerca. É para formar jovens com possibilidade de olhar para o mundo e se desafiar a torná-lo um lugar melhor através do seu trabalho e dos seus conhecimentos. Para que isso aconteça, não podemos confundir o ato de ensinar com a simples ação de transmitir conhecimento. O ser humano não é um robô. Apenas na reflexão crítica sobre a prática poderemos melhorar o mundo, torná-lo mais justo e mais democrático. Esse é o sentido de uma educação libertadora.

Delações da Lava-Jato atingirão o STF?