sexta-feira, 12 de agosto de 2016

A grosseria gratuita de Carmen Lúcia

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que levou a ministra Carmen Lúcia a ser tão deselegante, tão impiedosa e tão maldosa exatamente no dia em que foi eleita para suceder Lewandowski no comando do STF?

A única resposta que me ocorre é uma combinação letal de ódio no coração com ignorância presunçosa.

Dizer que quer ser tratada como “presidente”, tudo bem. Mas afirmar que quer isso por ser “amante da língua portuguesa” é ao mesmo tempo uma crueldade com Dilma e um disparate linguístico.

“Entre Schiller e Merval Pereira”

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Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Johann Christoph von Schiller morreu ainda jovem, aos 46 anos, em maio de 1805, em Weimar, vinte e sete anos antes de Goethe. Este teve uma longa vida de 82 anos - contemporâneo de Schiller - e deixou, juntamente com ele, obras extraordinárias para formação da cultura democrática e iluminista europeia. A obra mais popular de Schiller, há mais de 50 anos publicada em quadrinhos no nosso país pela saudosa Editora Brasil-América, foi “Guilherme Tell”. Nela o autor celebrava a coragem e a determinação contra a ordem estabelecida pela aristocracia feudal, ainda dominante em grande parte do continente europeu. Guilherme Tell, Ivanhoé, Robin Hood, Miguel Strogoff - mitos da cultura democrática pré-iluminista - sempre povoaram nosso imaginário heroico infanto-juvenil dos anos cinquenta.

Cunha e fábula do burro falante

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Diz a velha história que o homem chegou ao reino dizendo ser tão bom professor que até a um burro ensinava a falar. O rei mandou indagar-lhe se era verdade e se o faria por ordem real.

O homem confirmou e impôs condições: estábulo para o burro do Palácio Real, aposentos suntuosos e concubinas para si e uma bolsa-burro de mil patacas de ouro a cada mês. E prazo, porque o burro, como sabia Sua Alteza, era burro e, sendo assim, era preciso um tempo longo, dez anos, para que o bichinho passasse a fluir no idioma reinol.

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Temer realiza expurgos no Planalto

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Em julho, o governo Michel Temer deu início a exonerações em massa na Esplanada dos Ministérios. Para abrir espaço e acomodar aliados da base, o governo decidiu retirar ocupantes de cerca de 2 mil cargos de confiança da gestão da presidenta Dilma Rousseff.

Na prática, a operação ganhou conotação de perseguição política. Isso porque, mesmo sob a condição de presidente interino, Michel Temer colocou, semanas antes, um auxiliar na Casa Civil, sob o comando do ministro Eliseu Padilha, para esmiuçar e investigar a ficha de nomeados e servidores tanto em cargos importantes como em postos estritamente técnicos.

Temer, Maia e a nova direita no poder

Por José Reinaldo Carvalho, em seu blog:

Desde o infausto dia 17 de abril, quando a Câmara dos Deputados, ao protagonizar uma vergonhosa jornada de reacionarismo político, tomou a decisão primordial de desferir o golpe de Estado, a frente unida da direita brasileira, formada por PSDB, PMDB, DEM, PSD, PSB, PPS e o mal chamado Centrão, toma impulso na agressão à democracia e à própria instituição parlamentar, numa sucessão vertiginosa de ações.

Pelo fomento à comunicação alternativa

Por Jamil Murad

Vivemos um período de centralização e grande poderio dos enormes conglomerados midiáticos que defendem interesses próprios. A concentração dos meios de comunicação impede a diversidade informativa e cultural e afeta a democracia.

É preciso fazer mais do que a denúncia do monopólio da mídia. O Estado pode e deve contribuir com outros importantes setores da comunicação, como a comunitária e alternativa.

A comunicação comunitária na cidade de São Paulo é riquíssima, conta com rádios e jornais comunitários que ajudam a formar a identidade cultural de nossa metrópole. Assim como a mídia alternativa que ultimamente tem cumprido fundamental papel para arejar o debate que muitos vezes é interditado pelas empresas que formam os monopólios de comunicação.

Mídia e Lava-Jato assassinam reputações

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Noticia a Folha que a Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito que investigava o senador Humberto Costa, do PT. Trecho da matéria:

(...) a delegada da PF Graziela Machado da Costa Silva e Silva afirma que o pedido de arquivamento se deu por falta de provas que comprovem "configuração de solicitação e/ou recebimento de vantagem indevida".

"Sendo assim, esgotadas as diligências vislumbradas por esta autoridade policial, não foi possível apontar os indícios suficientes de autoria e materialidade a corroborar as assertivas do colaborador Paulo Roberto Costa", justificou.


Movimentos de uma democracia incompleta

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Brasil é o país dos extremos, vítima de movimentos pendulares radicais.

Determinadas tendências vão se radicalizando pela inércia, sem que sejam contidas por fatores moderadores. Quando assumem proporções intoleráveis, são sucedidas por movimentos contrários que, primeiro corrigem os excessos anteriores para, depois, promoverem sua própria radicalização. E não há freios, amortecedores para reduzir a intensidade desses movimentos.

A corrupção e a seletividade da mídia

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Na noite da segunda-feira (8), em São Paulo, o jornalista Paulo Moreira Leite e o advogado Ricardo Gebrim, da coordenação da Consulta Popular, participaram de debate sobre mídia, política e corrupção no Brasil. Segundo eles, a seletividade dos grandes meios de comunicação na cobertura e denúncia de casos de corrupção é um grave problema para a democracia e serve a interesses estritamente privados.

Temer e o desmonte das políticas sociais

Por Patrus Ananias, na revista Teoria e Debate:

Os mais duros críticos da obra de Karl Marx são os que melhor atestam na prática a procedência de algumas de suas afirmações. A que diz respeito ao primado do econômico, por exemplo. As questões políticas e sociais se submetem de forma abusivamente explícita às exigências cada vez mais impositivas de poderosos interesses econômicos e que muito bem se utilizam de uma estranha e ardilosa entidade: o mercado todo-poderoso, cada dia mais personificado, quando não divinizado. O mercado, oráculo incontrastável dos nossos tempos, envia sinais que se tornam ordens inquestionáveis independentemente de suas consequências sociais e humanas; o mercado age, reage, fica calmo ou fica nervoso segundo as circunstâncias; direciona a aplicação dos recursos; estabiliza ou desestabiliza, à luz de seus critérios e conveniências sempre enigmáticos, governos e sociedades, pelo menos por algum tempo – o tempo do ganho, do lucro dos que querem controlar pelo dinheiro os destinos dos povos e da humanidade.

A relevância da EBC para a democracia

Do site do FNDC:

Fortalecer a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) é garantir que o Brasil possa continuar construindo sua experiência de comunicação pública a partir da complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal previstos na Constituição Federal. Essa foi mensagem que a coordenadora-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, passou aos participantes do seminário realizado pelo Conselho de Comunicação Social (CCS) do Congresso Nacional para discutir o papel da EBC e da comunicação pública no país, na última segunda-feira (8/8).

Centrais convocam protesto nacional

Do site da CTB:

As principais centrais sindicais brasileiras organizam para a próxima terça-feira (16) um grande ato em defesa do emprego e das garantias de direitos da classe trabalhadora. A mobilização ocorerrá em todo o país e, em São Paulo, se reunirá na avenida Paulista, em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a partir das 10 horas.

O fascismo, o rabo e o cachorro

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O fascismo vive, historicamente, de grande absurdos e de um processo crescente, paroxístico, de negação da realidade, que troca a verdade por um determinado paradigma mítico que a substitui na mentalidade dos povos, levando-os a cometer supremas imbecilidades.

O movimento que levou Mussolini ao poder, baseava-se, entre outras coisas, na ideia de que um dos povos mais misturados do planeta, nos últimos dois mil anos, o italiano, situado no encontro de todas as esquinas do mundo - a África e a Europa, o Oriente e o Ocidente, o Leste e o Oeste - fosse descendente puro dos romanos - já então miscigenados de escravos e bárbaros por gerações - que habitaram a Península Itálica há 2.000 anos.

A derrota da censura na Rio-16

Por Thiago Cassis, no site da UJS:

O início dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, foram marcados por cenas de brutalidades e autoritarismo por parte da Polícia em relação ao público que tentou se manifestar contra o golpe em curso no Brasil.

Ao contrário do que aconteceu durante a Copa do Mundo, quando a grande mídia amplificou os insultos, de cunho machista, que a presidenta Dilma sofreu por parte de quem estava (nos lugares mais caros) na estréia da seleção brasileira, o golpe perpetrado pelas elites conta com todo aparato policial para reprimir quem levante um simples cartaz com os dizeres “Fora Temer”.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Serra, Russomano e o dinheiro sujo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Ninguém nada mais nada menos do que Marcelo Odebrechet teria revelado em negociação para delação premiada que o senador José Serra, atual chanceler do governo interino, teria recebido 23 milhões de reais, em 2010, para a sua campanha presidencial. Em dinheiro de hoje, 35 milhões.

Sei que o leitor deste blogue é inteligente e sabe fazer contas, mas só para efeito de comparação com esses 35 milhões dá para comprar uns 50 apartamentos ditos triplex localizados na praia da Enseada, no Guarujá, e que supostamente seriam do Lula.

O golpe e a escalada autoritária

Por Jeferson Miola

O golpe é a solução escolhida pelo mercado para derrubar uma Presidente inocente e empossar em seu lugar um governo usurpador, integrado pelos personagens mais conservadores, corruptos e misóginos da política brasileira.

O golpe é o remédio empregado pela burguesia para desempatar, a seu favor, o conflito distributivo instalado no Brasil com a crise capitalista mundial que teve início em 2008 nos EUA e na Europa. Com o golpe, a oligarquia realça sua índole reacionária e conspirativa, que rebrota ferozmente sempre quando sente seus privilégios ameaçados.

Serra quer implodir o Mercosul

Por Marcelo Zero, no site Brasil Debate:

O governo golpista do Brasil, juntamente com seus sócios paraguaios e argentinos, decidiu não reconhecer a presidência pro tempore da Venezuela no Mercosul. Além disso, agora se recusa a participar de quaisquer reuniões ou atividades presididas pela Venezuela.

Ora, o governo golpista não pode deixar de reconhecer a presidência da Venezuela, pois ela está prevista claramente na normativa do bloco. O artigo 12 do Tratado de Assunção, que fundou o Mercosul, estabelece que a Presidência do Conselho se exercerá por rotação dos Estados Partes e em ordem alfabética, por períodos de seis meses. Por sua vez, o Protocolo de Ouro Preto, que definiu, em 1994, a estrutura institucional do Mercosul, estipula, em seu artigo 5, que a Presidência do Conselho do Mercado Comum será exercida por rotação dos Estados Partes, em ordem alfabética, pelo período de seis meses.

O triunvirato repressor do governo Temer

Por Fernando Marcelino, no site Outras Palavras:

O governo Temer inicia um novo capítulo na história do Brasil. Mais uma vez, as mesmas forças que mataram Getúlio e derrubaram Jango agora aplicaram um golpe de Estado contra Dilma via impeachment.

Uma articulação que conta com o apoio decisivo dos Estados Unidos, operacionalizado por Michel Temer, setores reacionários do Congresso Nacional, do Judiciário, Ministério Público, Polícia Federal, Tribunal de Contas e entidades empresariais, contando com a mão amiga de diversos órgãos de mídia – sob o comando da Globo, Estadão, Folha de São Paulo e outros jornais, revistas e mídias digitais – visando construir uma narrativa de normalidade do funcionamento das instituições. Um verdadeiro golpe institucional.

A hipocrisia oceânica no Senado

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não há muito o que dizer sobre a noite da hipocrisia. Os que decidiram levar Dilma a julgamento fingiam cumprir o doloroso dever de condenar uma presidente eleita por ter ela cometido crime de responsabilidade. Fingiam acreditar que pedaladas fiscais foram um delito, e não uma prática orçamentária rotineira nos últimos governos, em que os bancos públicos desembolsam recursos e são posteriormente ressarcidos (com juros) pelo Tesouro. Fingiam não saber que os decretos “irregulares” de Dilma apenas remanejaram recursos, que não criaram despesas novas sem autorização legislativa.

O Brasil espera um gesto de recusa

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Sobraram duas alternativas: a heroica devolução do poder ao povo para renovar a República – e assim repactuar democraticamente as bases do desenvolvimento; ou o caos espiralado em direção a um novo ponto de coagulação repressivo da história nacional.

Os senadores brasileiros terão que se superar nessa escolha.

Sim, não há precedente de grandeza dessa ordem.