terça-feira, 15 de novembro de 2016

Papa Francisco, um homem de coragem!

Por João Pedro Stedile, no jornal Brasil de Fato:

Estive recentemente no 3° Encontro Mundial de Movimentos Populares em Diálogo com o Papa Francisco, realizado no Vaticano de 2 a 5 de novembro. Participaram mais de 200 delegados de 60 países, representando movimentos inseridos nas lutas sociais de três áreas: trabalho, terra e teto. Do Brasil, estávamos em oito delegados escolhidos pelos movimentos populares dessas áreas.

O encontro se insere em um processo permanente de debate, que iniciamos em 2013, do qual resultou o primeiro encontro no Vaticano, em outubro de 2014, depois um segundo mais massivo e latino-americano, quando reunimos mais de 5 mil militantes populares em Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. E, agora, o terceiro encontro, de novo no Vaticano.

A economia brasileira à beira do precipício

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Foi preciso que 120 bancos, gestores de recursos, distribuidoras, corretoras, consultorias e empresas não financeiras confirmassem, na segunda-feira, 31, a piora das expectativas econômicas para o noticiário abrir uma brecha na produção incessante de notícias otimistas. Participantes da pesquisa Focus do Banco Central, aquelas instituições aumentaram sua previsão anterior de queda do Produto Interno Bruto neste ano, de 3,22% para 3,30%, e reduziram a projeção de expansão do PIB, em 2017, de 1,23% para 1,21%.

Aos gringos, filé. À Petrobras, o osso!

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Entre os aspectos mais perversos da atual retirada nacional, baseada filosófica e administrativamente na diminuição do papel do Estado e das empresas estatais e paraestatais como instrumentos de aumento da competitividade e do desenvolvimento do Brasil em sua natural disputa com outros países do mesmo porte territorial e demográfico, um dos mais abjetos, pelo cinismo com que tem sido levado a cabo, é o que envolve o acelerado e proposital enfraquecimento, para não dizer descarado desmonte, da Petróleo Brasileiro Sociedade Anônima.

A desculpa é sempre a mesma.

A operação "Estanca Sangria" de Temer

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em março deste ano, às vésperas do desfecho do impeachment de Dilma Rousseff, um dos procuradores da Lava Jato, Carlos Fernando dos Santos Lima, se mostrou preocupado com a possibilidade de interferência do governo Michel Temer na força-tarefa. O procurador da República chegou a elogiar os governos Lula e Dilma – cujos integrantes são os principais alvos da operação – por não tentarem controlar as investigações, e ainda mandou um recado para o governo não-eleito que tomaria o poder:

“Aqui temos um ponto positivo que os governos investigados do PT têm a seu favor. Boa parte da independência atual do Ministério Público, da capacidade técnica da Polícia Federal decorre de uma não intervenção do poder político, fato que tem que ser reconhecido. Os governos anteriores realmente mantinham o controle das instituições, mas esperamos que isso esteja superado.”

Factoide sobre piscina fortalece Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A esta altura, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve estar esfregando as mãos de satisfação por conta de matéria da Folha de São Paulo deste domingo (13/11) que acusa o ex-presidente de ter recebido inusitada forma de propina: obra feita por uma empreiteira em patrimônio público. Essa matéria ajudará a provar que Lula é vítima de perseguição.

A manchete principal de capa daquele veículo diz que a Polícia Federal investiga se “Odebrecht fez reforma de piscina para Lula”.

Oligarquia paulista, o atraso do Brasil

Por João Telésforo, no site Outras Palavras:

Até mesmo nos meios “progressistas”, nunca faltam aqueles que consideram a sociedade e a política do Nordeste como mais “atrasadas” com relação às do centro-sul, em especial paulistas. Segundo representação predominante, em São Paulo estaria a “modernidade” das práticas econômicas e políticas, enquanto os velhos coronéis e regimes mais exploradores e clientelistas estariam concentrados entre a “baianada” ou os “paraíbas” lá de cima (termos que paulistas e cariocas utilizam pejorativamente para se referirem a nós, nordestinos).

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Ciclo debate "A imprensa e o golpe"


Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O ovo da serpente chocado pela mídia monopólica, a consumação do impeachment de Dilma Rousseff e a imposição de uma agenda de graves retrocessos desataram um cenário catastrófico no país. Para ajudar a entender os impactos do golpe nos campos da política, da sociedade, da cultura e da economia, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé promove, na segunda quinzena de novembro, o Ciclo de Debates A Imprensa e o Golpe.

A manchete ridícula da 'piscina de Lula'

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A capa da Folha deste domingo é histórica.

No alto, uma foto com a legenda "Tempos sombrios" ilustra à perfeição o papel da mídia no mundo de hoje. A foto remete a reportagem que fala de campos de petróleo incendiados pelo Estado Islâmico, que estariam intoxicando e matando iraquianos.

Sim, são tempos sombrios: o Ocidente destruiu o Iraque, após uma operação de satanização de Saddam Hussein que contou com ajuda da nossa mídia, matou milhões de iraquianos, e transformou todo o oriente médio, antes relativamente estável, com governos laicos, num vasto celeiro de terroristas islâmicos, um enorme inferno dantesco, um grande campo de refugiados, que hoje exporta para a Europa, por dia, milhares de imigrantes desesperados.

Reforma do Alvorada: mecenato vira crime

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A plutocracia brasileira, avara e avessa ao mecenato, diferentemente da de outros países, raramente põe a mão no bolso para financiar a conservação do patrimônio público. Esta reclamação frequente desafiada pelo então presidente Lula, em 2004, quando convidou para jantar um grupo de grandes empresários e propôs que dividissem entre si os custos de uma reforma urgente e necessária no Palácio da Alvorada. Patrimônio universal da humanidade e símbolo da transferência da capital para Brasília, o palácio residencial tinha goteiras e tubulações enferrujadas. Fernando Henrique havia tido que mudar de quarto três vezes por conta de problemas estruturais.


Mídia: As telas que nos cercam

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A teletela que permitiria ao governo mandar mensagens e vigiar o comportamento das pessoas, imaginada por George Orwell e descrita no livro 1984, lançado em 1949, ainda não se realizou totalmente, mas estamos chegando perto. Nossos hábitos de consumo já são ostensivamente acompanhados na internet. Basta clicar numa possibilidade qualquer de compra para chover em nossos aparelhos ofertas similares vindas de todos os lados.

Mas isso é feito de forma quase explícita e, com pequena habilidade, podemos nos defender. O perigo maior que nos aproxima das previsões de Orwell está no bombardeio de mensagens veiculadas pela televisão – seja pelas tradicionais, seja por serviços audiovisuais específicos oferecidos, por exemplo, nos transportes públicos. Contra esses ataques praticamente não há defesa.

A economia afunda. A culpa é do Trump!

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sem saber como ficam as coisas amanhã – o dia já começou “quente” no câmbio – o “mercado” vai abandonando o discurso otimista que “vendeu” á opinião pública desde o gole que levou Michel Temer ao poder.

O Valor dá manchete naquilo que já chamamos aqui de “retomada Porcina, a que não foi sem nunca ter sido“:

O padrão jornalismo da invisibilidade

Por Pedro Rafael Vilela, no site do FNDC:

Não é a primeira vez, nem será a última, mas não deixa de ser simbólica a (não) cobertura da mídia brasileira sobre os protestos e paralisações de diversas categorias profissionais ocorridos em mais de 21 estados e no Distrito Federal, na última sexta-feira (11), no Dia Nacional de Greve. Os atos, organizados por movimentos sociais e pelas principais centrais sindicais do país, contou com a participação de dezenas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, além de estudantes, que interromperam suas atividades em setores como transporte público, limpeza urbana, bancos, escolas e indústria, e foram às ruas das maiores cidades brasileiras para protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 55, em tramitação no Senado. Se aprovada, essa PEC vai impor um congelamento nos gastos públicos, como saúde, educação, cultura e saneamento básico pelos próximos 20 anos, uma tragédia em termos de direitos sociais sem precedentes na história do Brasil.

Temer e Gilmar odeiam o ‘Bolsa Família’

Por Altamiro Borges

Como expressão maior da ditadura do capital financeiro, o covil de Michel Temer pretende detonar todos os programas sociais implementados pelo "reformismo brando" dos governos Lula e Dilma. O usurpador até tenta disfarçar, como na entrevista melosa que concedeu à jornalista Mariana Godoy, da RedeTV!. Mas a "austeridade fiscal" dos golpistas visa unicamente cortar os gastos nas áreas sociais para reforçar o caixa dos rentistas e seduzir o "deus-mercado". Nos últimos dias, o programa Bolsa Família, que ajudou a tirar o Brasil do mapa da fome, tem sido o principal alvo dos abutres. Michel Temer, Gilmar Mendes e a mídia privada se unem nesta cruzada contra o povo. A artilharia é pesada!


Milícia fascista do MBL ataca nas escolas

Por Altamiro Borges

As milícias fascistas, a maioria delas ligadas ao sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), seguem espalhando terror nas escolas ocupadas pelos jovens secundaristas. As primeiras ações ocorreram no Paraná, sob as ordens do governador tucano Beto Richa. Na sequência, houve registro de ataques em Brasília. Agora, foi a vez do Rio de Janeiro. O vereador paulistano Fernando Holiday, o jovem negro eleito pelo DEM que se coloca como líder da cruzada contra as cotas raciais nas faculdades, viajou à capital carioca para provocar os “invasores de escolas”. A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) foi o alvo dos agressores. Vale conferir a reportagem do Jornal do Brasil sobre o incidente:


Trump assusta os ‘coxinhas” que amam Miami

Ilustração: Bart van Leeuwen/Cartoon Movement
Por Altamiro Borges

Muitos “coxinhas” que foram às ruas com suas camisetas amarelas da “ética” CBF para berrar pelo “Fora Dilma” nunca esconderam o seu desprezo pelo Brasil e o seu amor por Miami, o paraíso das camadas médias com complexo de vira-lata. Nas eleições presidenciais de 2014, a cidade estadunidense da Flórida foi a que registrou o maior percentual de votos para o cambaleante Aécio Neves – no Brasil e no mundo. Reduto dos “gusanos” brasileiros, ela garantiu 91,79% dos votos válidos para o ídolo tucano e 8,21% para a “castrista e bolivariana” Dilma Rousseff. Derrotados nas urnas, vários “coxinhas” afirmaram que abandonariam “esta merda de Brasil” e iriam morar em Miami.

OAB pedirá a cassação de Temer?

Por Altamiro Borges

Aparentemente, o Judas Michel Temer está com a bola toda. Tem maioria folgada na Câmara dos Deputados e no Senado, como revelam as votações da PEC da Morte e de outras sacanagens; conta com o apoio das elites empresariais, que orquestraram e financiaram o “golpe dos corruptos”; e segue blindado pela mídia chapa-branca. Mas, como disse Karl Marx, se a aparência fosse igual à essência não seria necessária a ciência. Nos últimos dias, os sinais de turbulência no covil só aumentaram. Prova disto é a surpreendente nota do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, um dos expoentes da cavalgada pelo impeachment de Dilma Rousseff, que agora já insinua que poderá apoiar o pedido de cassação do usurpador em análise no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

domingo, 13 de novembro de 2016

Lava-Jato e a destruição da economia

Janelas fechadas para regulação da mídia

Por Giovana Teodoro, no site Manchetômetro:

A sessão “Tendências e Debates” do jornal Folha de S. Paulo do último dia 23 publicou o artigo “A janela não responde pela paisagem”, escrito por Pierre Manigault, presidente do jornal norte-americano The Post and Courier. Para Manigault, as críticas à performance da mídia brasileira nos últimos tempos são uma grande injustiça – são críticas cujo único fundamento seria o inconformismo com o “livre exercício do jornalismo profissional”. O texto vai além, e ataca diretamente iniciativas de regulação da mídia no continente latino-americano como a Lei de Meios argentina – segundo Manigault, a Lei de Meios seria um exemplo de líderes latino-americanos atuando com o “desejo de intimidar e controlar a mídia independente”.

Temer é pior que Trump

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Enquanto os analistas se engasgam em explicações sobre vitória de Donald Trump nos Estados Unidos, o mundo parece viver um pesadelo antecipado. Afinal, se o futuro presidente norte-americano for apenas a ínfima parte do que se arroga, o mundo tem um deserto a atravessar nos próximos anos. Preconceito, machismo, xenofobia, racismo, indigência intelectual, belicismo como política de afirmação nacional, demagogia, oportunismo, homofobia, desrespeito aos direitos humanos, ausência de solidariedade, fanatismo e uma série interminável de defeitos de alma.

Alexandre Garcia, o inimigo das ocupações

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Quando os cientistas conseguirem criar um híbrido de Arnaldo Jabor e Doutor Cuca Belludo, o resultado será Alexandre Garcia.

Garcia é o rei do comentário pedestre, óbvio, o senso comum corporificado numa barba bem aparada e numa fala soporífera. Exceto quando se trata de emitir opinião sobre estudantes, cotistas, médicos cubanos - aí sua segunda natureza aflora.