domingo, 11 de dezembro de 2016

Quem é contra eleição é trouxa ou canalha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O derretimento de Michel Temer em praça pública, em função das delações da Odebrecht, tem dois efeitos cruciais para a conjuntura política e o futuro dos brasileiros.

O primeiro é acelerar de forma dramática o debate sobre a substituição de Temer. O segundo é atualizar o debate sobre a realização de eleições diretas para presidente. Com o governo Temer cada vez mais perto do fim, tudo fica claro. Quem ainda é contra diretas é trouxa ou é canalha.

Os grandes fatos do momento devem ser lidos, explicados e reinterpretados a partir do desmoronamento de Temer. Falando claramente: o funeral de Temer obriga a debater as condições para a realização de novas eleições ou apoiar um golpe dentro do golpe.

A nova delação contra Temer e a Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A notícia é do Buzzfeed (!) e foi em seguida confirmada pela Globo, de onde tirei o texto abaixo.

Diretor da Odebrecht delata entrega de dinheiro vivo em escritório de amigo de Temer

Presidente teria negociado repasse de R$ 10 milhões com Marcelo Odebrecht no Jaburu

BRASÍLIA - O ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho denunciou a entrega de dinheiro em espécie no escritório do advogado José Yunes, um dos conselheiros mais próximos do presidente Michel Temer, durante a campanha eleitoral de 2014. As cifras fariam parte de um repasse de R$ 10 milhões que Temer teria negociado com ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht, numa reunião no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, dois meses depois depois do início da Operação Lava-Jato.


sábado, 10 de dezembro de 2016

Moro bem que tentou livrar Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

O juiz Sérgio Moro, aquele da foto, segundo ele, infeliz com Aécio Neves, deu uma livrada fenomenal em Michel Temer há alguns dias, como se poderá ver a seguir.

Essas três perguntas foram feitas por Cunha para que Temer respondesse como sua testemunha. Mas Moro, as censurou.

A propina de Skaf e os patos da Fiesp

Do blog Viomundo:

A empreiteira Odebrecht fazia muitos negócios nos e com os governos e os parlamentares.

Na versão apresentada pelo operador do propinoduto da empresa à Lava Jato, era uma troca explícita entre dinheiro e legislação.

Um dos “negócios”, segundo Claudio Melo, envolveu uma doação de R$ 10 milhões dividida assim: R$ 6 milhões para Paulo Skaf, o presidente da Fiesp, associação empresarial que teve papel decisivo no impeachment de Dilma Rousseff.

PEC-55 e os impactos sobre as mulheres

Por Juliane Furno, Cristina Pereira Vieceli, Priscila Von Dietrich, Marsala Maciel Machado e Anelise Manganeli, no site Brasil Debate:

A Proposta de Emenda Constitucional nº 55 visa a instituir o Novo Regime Fiscal que limita os gastos do poder executivo, supremo tribunal federal, senado federal, ministério público e defensoria pública da união. Pela nova regra definida pela PEC 55, os limites de despesas serão calculados para 2017 pela despesa primária paga no exercício de 2016 corrigida em 7,2% e, após este período, pela variação do IPCA calculado nos últimos 12 meses do exercício anterior [1].

Derretimento de Temer e a eleição de 2018

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se não levássemos em conta os retrocessos institucionais que o golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff já acarreta, não seria de todo mau os brasileiros estarem tendo a oportunidade de experimentar o que é ser governado pela direita, sobretudo por uma direita tosca como a que congrega PSDB e PMDB.

O golpe se abateu sobre o Brasil em um momento em que muitos, à esquerda, já não valorizavam as conquistas sociais da era petista, atribuíam a si mesmos a melhora de vida que tiveram só a partir de 2003 e, loucura das loucuras, afirmavam que PT e PSDB seriam “a mesma coisa”.

Unidade e luta contra as maldades de Temer

Editorial do site Vermelho:

Há uma pauta política no comando da Presidência da República – a que impõe a aprovação de medidas que atendam aos interesses do capital financeiro, mesmo que para isso provoquem um verdadeiro retrocesso no desenvolvimento do país e massacrem direitos históricos conquistados pelo povo brasileiro. O pacote de maldades do governo inclui, entre outros projetos, a PEC 55, que limita os gastos sociais do governo durante 20 anos, e a reforma da Previdência, definida como cruel e injusta.

Carta da Frente Brasil Popular

Carta de Belo Horizonte

Primeira Plenária Nacional Frente Brasil Popular

Passados seis meses do ato de violência que consumou a deposição da presidenta Dilma Rousseff e deu posse a um presidente sem voto, o país vê agravados todos os problemas econômicos e sociais, e caminha para o caos e a convulsão. Todos os campos da economia estão deteriorados, a começar pelo setor industrial, o mais sensível às crises econômicas, que, entre nós, já transita da recessão para a depressão.

Odebrecht faz de Temer um morto-vivo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A enxurrada de notícias de corrupção em que o protagonista é Temer remete a uma situação que o país enfrentou há pouco tempo.

Temer é o novo Eduardo Cunha.

Chegou um momento em que não só os brasileiros se perguntavam como diante de tantas provas colossais de crime Cunha permanecia na presidência da Câmara. Também o mundo se intrigava com a impunidade. Para a imagem do Brasil perante a comunidade internacional, foi um horror.

Temer repete Cunha.

Dilma Rousseff e a América Latina

Cristina Kirchner e a América Latina

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Sergio Moro e o partido da "Lava-Jato"

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

A conjunção de forças que patrocinou o golpe conserva grande unidade em relação às medidas econômicas e sociais que aceleradamente estão implementando. Não vacilam no apoio à “PEC do congelamento”, Reforma da Previdência, desmonte do BNDES, Banco do Brasil e Petrobras. Estão unidos no programa da ofensiva neoliberal, enquanto um bloco de poder, embora comecem a travar uma intensa disputa interna sobre quem assumirá a condução política do golpe.

Alckmin, o “Santo”, recebeu propina?

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Da revista Fórum:

De acordo com delação de executivos da empreiteira Odebrecht, o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu dinheiro vivo para as campanhas de 2010 e 2014. Alckmin, tratado nas listas de delação da empreiteira como “Santo”, teria recebido na campanha de 2010 R$ 2 milhões por meio de seu cunhado Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama Lu Alckmin. A transação foi feita no escritório do próprio Adhemar, no centro da capital paulista. Na ocasião, o tucano venceu a eleição no primeiro turno, com 50,63% dos votos válidos.

"Golpe confirma Nostradamus: fim do mundo"

Manifestantes contra a reforma da previdência, no Rio de Janeiro,
que dá a militares e ao Judiciário privilégios
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

Famoso por suas profecias ainda não concretizadas acerca do fim dos tempos, o médico e alquimista francês Michel de Nostredame (1503-1566) foi praticamente reabilitado pelo cientista político e pesquisador da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Wanderley Guilherme dos Santos. "Aceitei trazer a mensagem de Nostradamus porque o fim do mundo está aí", disse, durante conferência na tarde de ontem (7) no Centro de Estudos Estratégicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na capital fluminense.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Do golpe ao caos no Brasil

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

No momento em que se redige este texto, informam os noticiários, Michel Temer procura juntar cacos e encontrar uma saída “honrosa” para o conflito entre Renan Calheiros, presidente do Senado, e Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Ambos trabalharam pela derrubada do governo eleito em 2014, mas agora entraram em conflito ácido. Mello quer afastar Renan da presidência do Senado. Para isso, brande entendimento jurídico que, se consolidado, viola direitos fundamentais e sepulta a presunção de inocência. Renan, contrariado, fez o macho: ao invés de contestar a decisão provisória do STF, decidiu ignorá-la, projetando o país no cúmulo da insegurança jurídica. Temer tenta um remendo, nas poucas horas que faltam para o final da sessão plenária do Supremo. Nada garante que será bem-sucedido.

STF salva Renan e completa-se o bananal

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O "pacto pelo alto", ou a conciliação entre as elites – feliz categoria que nos legou o historiador José Honório Rodrigues para explicar os "acordões'' entre os donos do poder – voltou a se manifestar na tarde desta quarta-feira com a decisão do STF de manter Renan Calheiros na presidência do Senado, embora afastado da linha sucessória. E com isso, completou-se a regressão do Brasil, até há pouco tempo uma jovem e promissora democracia, a um grande bananal. Nas últimas horas um ministro da suprema corte destituiu sozinho o presidente de uma casa do Legislativo, estando inconcluso um julgamento sobre o tema, interrompido quando já havia uma maioria. O intimado dobrou o erro ao ignorar a notificação e dar olé no oficial de justiça.

Roberto Freire, o ministro acidental

Por Jotabê Medeiros, na revista CartaCapital:

Maior ferramenta de estímulo à cultura no País, responsável por cerca de 80% dos recursos destinados ao setor, a Lei Rouanet terminará 2016 com um baque de dimensões gigantescas. A queda no número de projetos aprovados até agora é de 43% em relação ao ano passado. E de 53% no caso dos recursos captados (583 milhões ante 1,2 bilhão de reais).

A queda abrupta tem mais a ver com a política do que com a crise econômica. A decisão de Michel Temer, abortada posteriormente, de rebaixar o status do Ministério da Cultura provocou uma paralisia de um mês e meio.

Está sobrando dinheiro na Previdência

Por Cátia Guimarães, na revista Caros Amigos:

“As pessoas não vão aceitar. Se elas tiverem acesso a essas informações, não podem aceitar isso”. A frase é da economista Denise Gentil, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A indignação que ela aposta que mobilizará a maioria da população brasileira é com a proposta de uma nova reforma da previdência, que o governo em exercício promete apresentar e aprovar no Congresso Nacional ainda este ano.

As informações que alimentariam essa recusa são simplesmente a negação de tudo que você lê e ouve diariamente nos jornais: na pesquisa feita para sua tese de doutorado, Denise mostra, com dados oficiais, que o Brasil não tem nenhum rombo na previdência social. Mais do que isso: anualmente, sobra (muito) dinheiro no sistema público que hoje garante aposentadorias e pensões a 32 milhões de trabalhadores.

Grupo nazista é investigado no RS

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Você ainda duvida que, à sombra da histeria midiática, os cogumelos da extrema-direita neonazista não vão brotar?

Então leia a matéria publicada agora há pouco pela Rádio Guaíba, de Porto Alegre:

A Polícia Civil deflagrou hoje uma operação para combater a ação de movimentos neonazistas no Rio Grande do Sul. Conforme a investigação, os grupos estavam trabalhando para recrutar gaúchos para lutarem em uma milícia na Ucrânia.

Decisão reforça urgência de eleições-já

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A votação desta quarta-feira, no Supremo, foi uma aberração típica desses tempo de anomalias institucionais acumuladas. Não são tempos estranhos, como dizem por aí. São tempos claros, óbvios – arbitrários, onde fala o mais forte, o mais conveniente, o interesse que se impõe no momento.

Ao decidir, por 6 votos a 3, que Renan Calheiros pode permanecer na presidência do Senado, mas não pode permanecer na linha de sucessão da presidência da República, o STF reescreveu num debate superficial de poucas horas, as regras para o exercício da presidência da República. Debate não houve, na verdade. Aproveitou-se a TV Justiça para anunciar uma decisão já tomada nos bastidores.

E se fosse Lula gargalhando com Moro?

Montagem sobre foto de Diego Padgurschi
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Imaginem, apenas imaginem, a cena: em um evento da revista Carta Capital (para o paralelo ficar mais óbvio dentro dos padrões coxinhas), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, citado anteriormente em cinco delações da Lava-Jato, conversa e ri às bragas soltas com o juiz Sergio Moro, comandante da operação. Suponha também que a Lava-Jato estivesse sob a desconfiança de beneficiar o PT, já que jamais atingira políticos do partido. O que diriam a direita e sua parceira, a mídia, sobre a foto? Nossa, o mundo iria cair.

Dez Questões para entender o Supremo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Como um cidadão normal, razoavelmente informado, analisaria nossa Suprema Corte.

Questão 1 – como o Supremo conseguiu esquecer que uma ordem sua foi desrespeitada e manteve Renan Calheiros no cargo de presidente do Senado?

Resposta - Através de uma gambiarra do inflexível Celso de Mello, o decano que se tornou o mais inflexível dos Ministros do Supremo mas que, também, não é de ferro. Seu argumento jabuticaba foi que Renan permaneceria no cargo, mas não poderia se habilitar à sucessão presidencial.

Um retrocesso inaceitável na Previdência

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

O projeto de mudanças no sistema previdenciário protocolado pelo governo golpista segunda-feira, 5, no Congresso Nacional, é um retrocesso inaceitável para a classe trabalhadora brasileira e, por isto, é rejeitado pelo conjunto do movimento sindical brasileiro.

Além de reduzir direitos e benefícios, sempre em detrimento dos mais pobres, e manter os privilégios dos militares, a reforma pretendida ameaça a economia de milhares de pequenos municípios brasileiros, que dependem das aposentadorias e pensões, e abre caminho à privatização do sistema, cobiçado pelo sistema financeiro.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

"Coxinhas" darão chiliques nos aeroportos

Por Altamiro Borges

Durante os governos Lula e Dilma, os aeroportos viraram motivo de chilique dos tais "coxinhas" - a chamada classe média que gostaria de virar "zelite", mas não consegue e tem ódio dos pobres. Eles ficavam indignados com a popularização dos voos, com a presença de trabalhadores nestes antigos oásis dos ricaços. Eu mesmo presenciei várias cenas de preconceito e ódio de classe no check-in e no saguão de vários aeroportos no Brasil. Esta galera egoísta e tacanha foi às ruas para rosnar pelo "Fora Dilma" e pela volta do seu aparente mundinho de privilégios. Uma notícia publicada nesta quarta-feira (7), porém, produzirá ainda maiores chiliques nos "midiotas" da chamada classe média.

Falida, "QuantoÉ" bajula os golpistas

Por Altamiro Borges

A festança da revista IstoÉ nesta terça-feira (6) expôs a intimidade obscena dos golpistas. A foto do "juiz" Sergio Moro cheio de amores com o cambaleante Aécio Neves – várias vezes delatado por corrupção – evidenciou a seletividade da Lava-Jato e bombou na internet. Ela confirmou que basta se filiar ao PSDB para não ser investigado, julgado e, muito menos, preso no Brasil. Outras imagens – como a do alegre José Serra, o "chanceler" das multinacionais do petróleo, e a do eterno decorativo Michel Temer – também foram alvo de chacota nas redes sociais. Mas estas e outras cenas ajudaram ainda a demonstrar a degradação do jornalismo nativo, que tem como expressão patética a revista IstoÉ – conhecida nas meios jornalísticos como "QuantoÉ" por suas práticas mercenárias.

Conduta de Moro e a queixa de Lula na ONU

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A conduta do juiz Sergio Moro fez a ONU adiar para o final de janeiro o prazo que o organismo havia dado ao governo Temer para explicar o processo do Estado brasileiro contra o ex-presidente Lula.

Explico: o que ocorre é que, conforme a Lava Jato, nas pessoas do procurador Deltan Dallagnol e do juiz Sergio Moro, vai dando seus shows antipetistas, a defesa do ex-presidente vai informando à ONU esses passos de modo a corroborar a afirmação de que a Operação e seus condutores agem com motivações político-partidárias.

Uma frente ampla pelo Brasil

Editorial do site Vermelho:

O descompasso entre o país real e o país supostamente legal voltou a ficar extremamente visível desde a o golpe midiático-parlamentar-judicial consumado com o afastamento da presidenta legítima Dilma Rousseff em 31 de agosto.

A crise não para de crescer e se aprofundar e ameaça desbordar as esferas político-institucional e econômica e se transformar num conflito social aberto, como se tem assistido nos acontecimentos do Rio de Janeiro, que nesta terça-feira (6) voltaram a conflagrar aquele estado.

A indecência de Moro e Aécio na IstoÉ

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma sociedade, para funcionar, deve ser regida pelo conceito de “common decency”, decência geral.

Foi o que escreveu o britânico George Orwell, o grande intelectual britânico autor de clássicos como 1984 e a Revolução dos Bichos.

As fotos da festa da IstoÉ que tomaram de assalto as redes sociais nas últimas horas são, simplesmente, indecentes. Revelam almas visceralmente corrompidas.

Um golpe que cai

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Por que o golpe se despedaça na sarjeta como um bêbado trôpego, sem que ninguém consiga recolocá-lo de pé e apesar da extrema boa vontade da mídia e do mercado com esse frango desossado que se amarrota sob o próprio peso?

Falta ao bêbado golpista algo que não se improvisa quando um ciclo de crescimento de uma nação se esgota e outro pede para ser construído: um projeto pactuado de futuro no qual a maioria da sociedade se enxergue e com o qual se identifique.

O oposto ocorre no Brasil agora - na verdade já ocorria desde 2012 quando se esgotou o fôlego contracíclico do Estado brasileiro e a desordem neoliberal no mundo não deu sinais de arrefecimento.

Um Brasil justo, pra todos e pra Lula

Por Gilberto Carvalho

​A campanha “Um Brasil justo, pra Todos e pra Lula” (http://brasiljustopratodos.com.br)/ foi lançada na noite de 10 de novembro, em São Paulo, com um ato público realizado na Casa de Portugal.

Mais de 600 brasileiros e brasileiras das áreas política, cultural, artística, acadêmica, econômica, jurídica, religiosa, pesquisadores e militantes do movimento social subscreveram o Manifesto em Defesa da Democracia, do Estado de Direito e do ex-Presidente Lula. E hoje mais de 17 mil pessoas já o assinaram.

"Serra foi comprado pela Chevron"

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Do site do PT:

Em 2003, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o governo, a Petrobras estava “na UTI”. Dez anos depois, a empresa tinha outra cara. O investimento em Pesquisa e Desenvolvimento, por exemplo, saltou de R$ 100 milhões para R$ 1 bilhão por ano. A participação no PIB saiu de 2% para 13%. A indústria naval, estimulada por políticas de obrigatoriedade de conteúdo nacional, saiu de 2 mil para 90 mil empregados.

“Nós reaprendemos a fazer navios e plataformas”, afirma Zé Maria Rangel, presidente da Federação Única dos Petroleiros. Mesmo com esses números, a mídia e aqueles que hoje estão no poder venderam a ideia de que o PT havia destruído a empresa. Nada mais falso. Esse discurso colaborou para o golpe de Estado de 2016. Hoje, o atual presidente da empresa, Pedro Parente, promove um verdadeiro desmonte, com a venda de ativos importantes.

Conflito de classe e a crise institucional

Por Armando Boito Jr., no jornal Brasil de Fato:

É público e notório que se instalou um conflito institucional no Estado brasileiro. Ele opõe tanto o Executivo quanto o Legislativo Federal a setores politicamente ativos do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal. O que não é do conhecimento de todos é que esse conflito institucional que atravessa o Estado brasileiro é, também e principalmente, um conflito de classes. Os setores politicamente ativos do Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal representam de um modo muito peculiar, embora já verificado em outros momentos da história política do Brasil, a alta classe média, que foi a base de apoio do golpe de Estado que depôs Dilma Rousseff; o Executivo Federal e as forças majoritárias no Legislativo representam a fração da burguesia que foi a força dirigente desse golpe de Estado. A força política dirigente do golpe, a fração da burguesia brasileira associada ao capital internacional e interessada na restauração do neoliberalismo puro e duro, perdeu o controle da base de massa do golpe, cuja mobilização a burguesia incentivou, até agosto de 2016, para poder depor a presidenta Dilma.

Serra e Moro se divertem na festa da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

No post abaixo, você pode ver a foto do senador mega-citado em delações da Lava Jato, Aécio Neves, e do juiz do caso, Sérgio Moro, em um momento de grande intimidade. Ou como se diz no popular, entre cochichos de pé de ouvido.

Não seria nada demais, se Aécio não fosse, entre outras coisas, um dos políticos citados na lista da Odebrechet por montar um esquema com seu marqueteiro para receber propinas.


Moro e os tucanos metidos em corrupção

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Com convidados que mais pareciam formar uma convenção do PSDB, entre eles, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, João Doria, José Serra e Alexandre de Moraes (ministro da Justiça), a revista IstoÉ promoveu na noite de ontem (6), uma festa para premiar o presidente Michel Temer como o "grande brasileiro do ano de 2016", bem como o juiz federal de primeira instância Sergio Moro, eleito pelos critérios da revista o "brasileiro do ano na Justiça".

Moro, Aécio e a intimidade obscena


Por Leandro Fortes, em sua página no Facebook:

No futuro, essa foto, mais do que qualquer outra imagem, será a representação simbólica desses dias de caos e desesperança.

É o instantâneo de todo o absurdo em que vivemos: um clarão sobre as personagens tétricas de uma ópera bufa patrocinada por uma revista que, hoje, é o emblema máximo da indigência moral da mídia e dos jornalistas brasileiros.

Alta dos combustíveis. Cadê as manchetes?

Por Altamiro Borges

Em outubro, a Petrobras promoveu uma demagógica redução do preço dos combustíveis. Foi o que bastou para a mídia chapa-branca fazer o maior escarcéu. O factoide virou manchete dos jornalões e destaque nas telinhas da tevê. O Judas Michel Temer foi aplaudido e os puxa-sacos da imprensa – os ex-urubólogos – garantiram que a queda reduziria a inflação e alavancaria a economia. Tudo mentira. A redução do preço nem chegou aos postos – pelo contrário. Agora, porém, a Petrobras reajusta o preço da gasolina em 8,1%, do diesel, em 9,5%, e do gás de cozinha em 12,3%. Em mais um golpe contra o jornalismo e ética, a mídia mercenária simplesmente abafa o assunto.

Entenda a reforma da Previdência de Temer

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Os homens e mulheres brasileiros terão de trabalhar por mais tempo para conseguir a aposentadoria, caso a reforma da Previdência lançada pelo governo Michel Temer seja aprovada no Congresso em 2017.

As novas regras, encaminhadas à Câmara dos Deputados, foram apresentadas nesta terça-feira, 6, pelo secretário da Previdência, Marcelo Caetano, em Brasília. Entenda, nas perguntas e respostas abaixo, do que se trata a proposta.


A guerra dos intocáveis convulsiona o país

Por Jeferson Miola

Os eventos que precederam a decisão do juiz do STF Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros da presidência do Senado podem ser produto de mera e incrível coincidência. Mas podem, também, ser fruto do encadeamento de eventos sucessivos, ocorridos em meticulosa e nada ocasional sequência.

O episódio surpreende porque o autor desta drástica decisão, o juiz Marco Aurélio Mello, é um dos dois únicos juízes da atual composição da suprema corte com postura e estatura compatível com o cargo de juiz do STF. Ele é um liberal-democrata que se destaca pelo zelo do Estado de Direito e pela defesa da Lei e da Constituição.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Otávio Mesquita e os “ratos” da TV

Por Altamiro Borges

A atual onda conservadora na sociedade tirou do armário várias celebridades – ou mediocridades – midiáticas. No domingo passado (4) foi a vez de Otávio Mesquita, apresentador do STB conhecido nos meios jornalísticos por cobrar jabaculê em troca de publicidade. Na “marcha contra a corrupção” da Avenida Paulista, ele se juntou aos falsos moralistas – que endeusaram o juiz Sergio Moro e pouparam a quadrilha de Michel Temer – para destilar ódio. Em seu discurso no caminhão de som da seita golpista Vem Pra Rua, ele chamou o presidente do Senado, Renan Calheiros, de “rato” e pregou abertamente a violência contra os parlamentares, reforçando o coro fascista da negação da política.

CBN toca mentira e esfola trabalhador

Por Altamiro Borges

Além de manipular a sociedade, a CBN – a rádio que toca mentira – também esfola os seus jornalistas – alguns que até são mais realistas do que o rei. Na semana passada, os profissionais da emissora – que pertence ao império da Rede Globo – entregaram uma carta à direção da empresa com duras críticas às péssimas condições de trabalho. Eles reivindicam jornadas menos estafantes e o respeito aos direitos trabalhistas. Segundo relatos, atualmente a equipe paulista folga apenas em um fim de semana a cada cinco trabalhados e somente em dois feriados por ano. "Essa situação tem provocado um desgaste físico e emocional sem precedentes para todos nós", afirma o documento.

Previdência: Temer bota pra ferrar!

Por Altamiro Borges

No anúncio da contrarreforma da Previdência, na manhã desta terça-feira (6), o “fujão” Michel Temer evitou se expor. A ingrata missão coube a Marcelo Caetano, um serviçal do Ministério da Fazenda. Não é para menos. A proposta pode deflagrar uma convulsão social no país. Ela evidencia, mais uma vez, os verdadeiros propósitos do “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma. Entre outras maldades, ela estabelece a idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem e eleva o tempo da contribuição previdenciária. Atendendo aos interesses da oligarquia financeira, que assalta os cofres públicos, o Judas Michel Temer botou para ferrar contra os trabalhadores.

As mentiras sobre a reforma da Previdência

João Doria é o “lixo vivo” de São Paulo

Por Altamiro Borges

O paulistano era feliz e não sabia. Em curto espaço de tempo, ele conhecerá o verdadeiro João Doria, o ricaço elitista que detesta os pobres e que pretende transformar São Paulo em um paraíso para os especuladores e para os abutres da burguesia. Na campanha eleitoral, o tucano se fantasiou de “João trabalhador” – conforme o bordão fabricado por seus marqueteiros – para enganar os mais ingênuos. Venceu o pleito no primeiro turno e já tirou a máscara. Numa palestra nesta segunda-feira (5) para os empresários da Fecomercio (Federação de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo), “João Dólar” esbanjou preconceito, arrogância – e burrice.

Congresso corrupto pode eleger presidente?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

As manifestações anti-política deste domingo poderão ser de alguma utilidade para a democracia. Exibindo faixas “Congresso corrupto”, estabeleceram que não será possível, concebível e admissível a eleição indireta de um presidente quando “a pinguela cair”. Tendo esculachado o Congresso, os indignados de domingo, que pouparam Temer e não deram um pio sobre o descalabro econômico que castiga o povo brasileiro, terão que apoiar a convocação de eleições diretas. Pois embora tenham atirado apenas contra Renan e o Congresso, endeusando a Lava Jato e seus anjos exterminadores, Temer e sua maioria parlamentar são farinha do mesmo saco. São unha e carne. Um não sobreviverá sem o outro.

O confronto entre o Supremo e o Senado

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – os sindicatos que ajudaram na Lei de Abuso de Autoridade

O PLS (Projeto de Lei do Senado) Sobre Lei de Abuso de Autoridade teve o apoio de dois sindicatos, o Sindicatos dos Agentes Penitenciários do Estado de São Paulo e o Sindicato dos Metalúrgico das Agulhas Negras.

O primeiro, devido à situação insustentável dos presídios paulistas, abarrotados por prisões preventivas abusivas praticadas por juízes. Tratando diretamente com a massa carcerária, viam o equilíbrio delicado dentro dos presídios e entendiam que só um conceito mais amplo de Justiça impediria uma explosão.

E quando o povo for às ruas cobrar a fatura?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Antes de mais nada, considero mais do que justa e necessária mobilizações contra a corrupção. Como escrevo sempre neste espaço, espero que a operação Lava Jato alcance todos os partidos políticos e suas lideranças envolvidos em falcatruas, bem como grandes empresas, mesmo que isso signifique o fim do mundo. Até porque mobilização contra apenas um lado não é mobilização, é massa de manobra.

Da mesma forma, considero mais do que insana e descabida qualquer mobilização por ''intervenção militar''. Espero que essa minoria barulhenta nas manifestações – minoria que tem problema de cognição no que diz respeito à História do Brasil – não seja contagiosa a ponto de inviabilizar o futuro do país.

Com 11 anos de atraso, PSDB será investigado

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Neste fim de semana saíram notinhas nos portais da grande mídia informando que 11 anos depois das primeiras denúncias de corrupção em Furnas Centrais Elétricas, ocorridas em 2005, o Ministério Público do Rio encaminhou a investigação à Procuradoria-Geral da República.

Segundo o órgão, a decisão foi tomada após o MP constatar, com um “certo atraso”, a incontestável materialidade da dita “lista de Furnas”, documento sobre esquema de caixa dois nas eleições de 2002 e que envolve essencialmente o PSDB.

A sonegação que a mídia não denuncia

Por Joanne Mota, no site da CTB:

A cantilena que ouvimos desde que Michel Temer tomou de assalto o Palácio do Planalto, após o injusto julgamento da presidenta Dilma Rousseff com o impeachment sem crime, é que o Brasil está "quebrado", o déficit em 2016 será ainda maior do que o esperado e que, por isso, o país precisa de um remédio amargo.

Mas, esse remédio amargo será receitado para uma parcela da sociedade: ao conjunto da classe trabalhadora que foi incluída na última década. O tripé nocivo proposto por Temer e que põe em prática uma agenda ultraliberal prevê que seja cortado recursos da nossa ainda insuficiente Saúde e Educação, que os servidores públicos percam seu direito de ter seus salários reajustados e que o setor de infraestrutura pare.

A luta política na América Latina hoje

Do site da Fundação Perseu Abramo:

No dia 9 de dezembro, às 19 horas, a Fundação Perseu Abramo (FPA) realiza a conferência "A luta política na América Latina hoje", com as presenças de Dilma Rousseff, presidenta eleita do Brasil, e Cristina Kirchner, ex-presidenta da Argentina.

O evento é aberto e gratuito (até o limite de público do espaço), e também conta com a participação de Monica Valente, secretária de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores, e Iole Ilíada, vice-presidenta da Fundação Perseu Abramo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

STF afasta Renan. Tensão cresce em Brasília

Por Altamiro Borges

Na noite desta segunda-feira (5), o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu afastar o peemedebista Renan Calheiros da presidência do Senado. A resolução, em caráter liminar, atende à solicitação da Rede Sustentabilidade, a sigla de Marina Silva. O pedido do afastamento foi feito após a sentença proferida pelo STF, na semana passada, que tornou o senador réu pelo crime de peculato. A abrupta decisão, que se enquadra na perigosa onda da judicialização da política, deve gerar ainda mais instabilidade no país. A tensão entre os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – atinge o seu ápice, com consequências imprevisíveis e inflamáveis.