quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Entreguismo no petróleo custa R$ 27 bilhões


Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O gráfico aí de cima é adaptado do Valor, edição de hoje.

É a estimativa de quanto as multinacionais tirarão a mais de petróleo no Brasil ao final de 2017.

410 mil barris por dia, além dos 460 mil que tiram hoje, calculados ao preço de hoje do Brent, US$ 56,24, e com o dólar a R$ 3,23.

Em um dia, R$ 71 milhões. Em um ano, R$ 27,2 bilhões. Nos trinta anos de exploração de um campo, mesmo com a queda da produção média a 50%, mais de R$ 400 bilhões.

Temer é um Robin Hood às avessas

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Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

De todos os desastres econômicos, políticos e sociais que o presidente Michel Temer conseguiu propiciar em menos de um ano ocupando a cadeira presidencial, o mais revoltante diz respeito à sua crueldade em relação à população mais pobre desse país.

Mais do que uma completa indiferença à camada social mais necessitada, Temer não só os abandona à própria sorte como os castiga violentamente numa contrapartida ao escandaloso financiamento dos arquitetos do golpe que agora se vê obrigado a sustentar.

Temer só ataca salários e direitos

Por Marcio Pochmann, no site da Fundação Perseu Abramo:

A proposta de reforma trabalhista apresentada pelo governo de Michel Temer no fim do ano passado não tem o novo como objetivo. Ao contrário, fundamenta-se no arcaico para tratar com a nova onda de desafios, associada à modernização das relações de trabalho no Brasil.

O governo Temer sabe que as proposições de alteração no atual código do trabalho são conhecidas de muito tempo, mas que seguem regularmente defendidas pelos interesses de sempre, contrários aos direitos de trabalhadores e que jamais foram capazes de alcançar vitória em eleições democráticas. Por isso se apresentam com viabilidade no autoritarismo, buscando pelo arbítrio alcançar o espaço necessário para desconstruir no que tem sido erigido por décadas de lutas sociais.

Chacina de Campinas: um feminicídio

Por Débora Melo, na revista CartaCapital:

O técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, de 46 anos, matou 12 pessoas a tiros antes de se suicidar na noite de Réveillon, em Campinas. Das 12 vítimas, nove eram mulheres, entre elas sua ex-mulher Isamara Filier, de 41 anos. Todos foram sepultados na segunda-feira 2.

Uma carta escrita pelo assassino e divulgada no domingo 1º pelo jornal O Estado de S. Paulo não deixa dúvidas: trata-se de feminicídio, crime no qual as mulheres são mortas em razão do gênero, ou seja, por menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Vai-se o ano, segue a crise

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Vai-se embora finalmente o ano da grande devastação. Vai-se 2016, mas deixando feridas abertas e um vasto inventário de cicatrizes na vida nacional. Leio em algum lugar que o ano tão nefasto para o Brasil e para o mundo em geral terá até um segundo a mais de duração, por força do descompasso entre o giro da Terra e os relógios humanos. Um segundo a mais revelador de que 2016 está disposto a invadir o Ano Novo com suas mazelas. Não nos iludamos com os fogos, não percamos a lucidez com os brindes. No Brasil, por ora segue a crise, com aumento do desemprego, da instabilidade política, da anemia democrática, da desconstrução da cidadania e seus direitos, do espanto com a corrupção dos governantes e com o poder dos grupos corruptores.

Chacina em Manaus: ninguém é inocente

Por Ruivo Lopes, no jornal Brasil de Fato:

Não só Manaus, como também o Brasil e o mundo, sabiam que o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), o maior do estado e em condições desumanas, era um barril de pólvora prestes a explodir. A tragédia, que deixou ao menos 60 presos mortos - decapitados e mutilados -, era anunciada. Não é de hoje que os presídios brasileiros estão entre as piores instituições de privação de liberdade do mundo. Um verdadeiro inferno na Terra!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Cabral e a lavagem de luxo das joalherias

Por Altamiro Borges

A prisão do ex-governador Sérgio Cabral, acusado de receber milhões em propina das empresas que realizaram várias obras no Rio de Janeiro, trouxe à tona um esquema luxuoso e ardiloso de lavagem de dinheiro ilícito. Ele envolve as principais joalheiras do país, que fazem o sonho de consumo dos ricaços nativos. A mídia privada, que abocanha muito dinheiro com os anúncios publicitários destas marcas, evita tratar do assunto – por razões meramente mercenárias e venais. Mas o tema pode voltar à baila nos próximos meses com os novos desdobramentos da midiática Operação Lava-Jato.


Folha aplaude destruição de Temer e Macri

Por Altamiro Borges

As economias do Brasil e da Argentina estão definhando, mas o maior diário em circulação no país, a Folha, segue bajulando os neoliberais Michel Temer e Mauricio Macri. No caso do primeiro, talvez o aumento das verbas publicitárias explique tamanho chapa-branquismo. Já no caso da nação vizinha, a motivação é puramente ideológica. Nesta quarta-feira (4), o jornal publicou um editorial elogiando “as escolhas acertadas” do presidente argentino. Dois dias antes, também em editorial bajulador, ele destacou os “avanços” implementados pelo covil golpista no Brasil. O jornal da famiglia Frias – que apoiou o golpe de 1964 e tratou a sanguinária ditadura de “ditabranda” – não toma jeito!

Massacre do Compaj e o futuro do Brasil

Por Sebastião Velasco, no site Carta Maior:

Feliz 2020! Disse-me o amigo quando nos despedimos, na praia, na noite do dia 30. Otimista que sou, devolvi a brincadeira: feliz 2019! Mesmo com o abatimento, a fatura ainda sairá cara...

Estava escrito. Contra o anseio geral, 2017 anunciava-se um ano amargo. Mas ninguém podia imaginar que seria aberto por tragédia de tal monta.

A notícia explodiu na TV na noite do primeiro dia útil do ano, em competição desleal com a cobertura sobre a posse dos novos prefeitos, subitamente ofuscados em gestos longamente planejados de pornográfica demagogia. Rebelião de presos em Manaus deixa saldo de 60 mortos; a maior chacina em presídios brasileiros, desde o massacre do Carandiru.

João Doria e a farsa completada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para quem imaginava que fantasias do marketing político de João Doria estariam limitadas ao período de campanha eleitoral, o que seria compreensível pelo baixo padrão instituído no sistema eleitoral em vigor no Brasil e na maioria dos países, o primeiro dia do mandato do novo prefeito de São Paulo encarregou-se de mostrar o contrário.

Ao fantasiar-se de gari tentando fingir - em companhia dos secretários - que limpava uma praça que já fora varrida na véspera por funcionários de limpeza pública, Dória evoluiu em seu disfarce de personagem da sociedade do espetáculo. Depois de apresentar-se como não-político durante a campanha, deu um passo além e assumiu um trabalho como ator, profissional treinado para fingir ser o que não é. Com a roupa esverdeada, o prefeito ilustra uma cena que tanto ele como o eleitorado sabem que é pura ficção. Sequer tenta enganar. É falso de ponta a ponta.

A privataria carcerária em Manaus

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Cenário do maior massacre no sistema prisional brasileiro desde o Carandiru, o Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), mantinha presos em situação de superlotação e “sofrimento psíquico”, aponta relatório da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) divulgado pelo site Huffpost Brasil.

O presídio tinha 1.147 detentos, sendo que a capacidade era de 450, uma superlotação de 254%, de acordo com o documento enviado PELA SDH ao Ministério Público Federal em janeiro de 2016, após visita em 9 de dezembro de 2015.

Novo salário mínimo agrava a pobreza

Do site Vermelho:

A Política de Valorização do Salário Mínimo foi criada para garantir aumentos acima da inflação e fomentar a economia interna. Essa política ajudou no crescimento do país e na “erradicação da pobreza de milhões de brasileiros e brasileiras", diz Carlos Rogério Nunes, secretário de Políticas Sociais da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).

O cálculo passou a ser baseado no índice da inflação do ano anterior, acrescida da taxa de crescimento da economia de 2 anos antes. Apesar de ser aplicada desde 2007, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a valorização do mínimo virou lei somente em 2011, durante o governo de Dilma Rousseff, com a Lei 12.382/11.

Internet ironiza propaganda do governo

Do blog Cafezinho:

É no mínimo curiosa a nova campanha publicitária do governo de Michel Temer. Em suma, ao invés de fortalecer sua imagem junto aos grandes empresários e a classe média golpista, Temer preferiu ir atrás das minorias que o detestam.

É sabido que propaganda “vende” desejo, mas não originalidade. Do contrário, cai no ridículo.

O horror no presídio privado de Manaus

Por Cesar Locatelli e Laura Capriglione, no site Jornalistas Livres:

O ano de 2017 mal começou e começou mal. Depois de 17 horas de terror, abrem-se as portas do Complexo Penitenciário, com 1.072 detentos, localizado na Rodovia BR 174, Km 8, em Manaus. E o que se vê é indescritível. São corpos desfigurados, cabeças cortadas, corações arrancados – uma violência sem limites, que destruiu as vidas de pelo menos 60 homens.

(Não publicaremos nenhuma foto disso em respeito às vítimas e seus familiares).

Massacre de Manaus: O país armou a bomba

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no Amazonas, choca. Mas não deveria.

Não, não estou defendendo o discurso idiotizante do ''bandido bom é bandido morto''.

Mas lembrando que o sistema prisional brasileiro é uma bomba armada que, só por um milagre, não explode.

Apenas solta faíscas, como os 111 mortos no Carandiru, os decapitados de Pedrinhas, os 56 do Anísio Jobim.

A teoria que ainda sustenta o golpe

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – as ideias e a conspiração

Nessa geleia geral em que se transformou o golpe, uma boa análise estratégica exige a tipificação mais detalhada do papel de cada personagem.

O poder de fato está em uma entidade chamada mercado.

É o mercado quem forneceu o fio agregador do golpe, o objetivo final, o componente ideológico capaz de criar uma agenda econômica alternativa, em torno dos quais se agruparam a mídia, o PSDB e se induziu à politização de instituições, como o STF (Supremo Tribunal Federal) e o MPF (Ministério Público Federal), montando o círculo inicial que passou a dar as cartas no governo Temer e, possivelmente, no pós-Temer.

Precisamos combater a cultura do ódio!

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

O ano de 2017 inicia com um País chocado diante da chacina de doze pessoas durante uma festa de réveillon em Campinas. Tivemos o primeiro caso de feminicídio do ano. Antes de matar a ex-esposa, o próprio filho, seus amigos e parentes, o assassino que planejou o crime fez vídeos e escreveu uma carta em que revela seu desprezo às mulheres, chamadas de vadias repetidas vezes por ele. Em busca dos holofotes que comumente são dados aqueles que se manifestam contra os direitos humanos, os termos dessa carta revelam a crescente destruição de valores humanos em nossa sociedade.

Temer salva os ricos e paralisa o país

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A aprovação pelo governo Temer da PEC 55 que congela em termos reais os gastos federais não financeiros aprisiona os próximos 20 anos à semi-estagnação dos rendimentos do conjunto dos brasileiros. No país da financeirização da riqueza, a referida PEC não limita do crescimento real somente os gastos financeiros que seguem livres para continuar crescendo.

Como o Brasil se encontra há muito tempo entre os países das mais altas taxas de juros do mundo, os rentistas que vivem sem a necessidade do trabalho árduo, mas da fácil apropriação das transferências dos recursos públicos, ganham o passaporte para o futuro. Atualmente, mais de um terço do Produto Interno Bruto (PIB) nacional encontra-se absorvido pela economia da financeirização da riqueza, o que retira dinamismo da economia real para crescer e, portanto, gerar empregos e renda nacional.

Propaganda do governo vira antigoverno

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Anuncia Lauro Jardim que o Planalto abriu licitação para a escolha de agências de publicidade que se dedicarão à inglória tarefa de cuidar da imagem de um governo em ruínas.

Segundo a nota de O Globo, o tema proposto às agências é a crise, a recessão, a retomada da economia? Não…São os, acredite, Direitos Humanos, a proteção a LGBT, idosos e crianças e a pregação da igualdade racial e de gênero.

O erro de Dilma e Lula no trato com a mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Os barões da mídia gostam de manter a pose à luz do sol, mas na sombra a história é bem diferente.

No último Roda Viva, o jornalista e escritor Carlos Maranhão falou sobre a biografia que lançou há pouco de Roberto Civita.

Num determinado momento, Maranhão citou traços fundamentais de RC.

Um deles, típico dos liberais clássicos, era a fé cega no mercado. O governo, para RC, jamais deveria se meter na economia.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Temer taxa Netflix. Globo agradece!

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Por Altamiro Borges

Na virada do ano, o Judas Michel Temer deu mais um presentão às emissoras privadas que exploram as concessões públicas de rádio e tevê. Ele sancionou a lei complementar que determina a cobrança do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para as transmissões online de áudio e vídeo, conforme publicação do Diário Oficial da União de sexta-feira (30). Desta forma, Netflix, Spotify e outros serviços online serão taxados, o que elevará os seus preços. A bondade presidencial atende a uma antiga demanda dos impérios midiáticos, que reclamavam da "concorrência desleal" que fez desabar as audiências das emissoras de tevê e rádio e diminuir os bilionários anúncios publicitários.

O ano em que se tentou matar a esperança

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Por Leonardo Boff, em seu blog:

A situação social, política e econômica do Brasil mereceria uma reflexão severa sobre a tentativa perversa de matar a esperança do povo brasileiro, promovida por uma corja (esse é o nome) de políticos, em sua grande maioria corruptos ou acusados de tal, que, de forma desavergonhada, se pôs a serviço dos verdadeiros forjadores do golpe perpetrado contra a Presidenta Dilma Rousseff: a velha oligarquia do dinheiro e do privilégio que jamais aceitou que alguém do andar de baixo chegasse a ser Presidente do Brasil e fizesse a inclusão social de milhões dos filhos e filhas da pobreza.

Globo e Lava-Jato mataram em Campinas

O ano do asno. Pomposo

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Pompous ass, expressão da língua inglesa para qualificar o medíocre empolado

A se adotar o costume chinês que a cada ano atribui a influência, ou as características de um bicho, feroz ou manso, 2016 no Brasil foi o ano do asno, ou do burro, se preferirem. Houve uma contribuição fluvial para tanto.

A partir dos autores do golpe e a terminar com quantos acreditaram que bastaria defenestrar Dilma Rousseff, destruir o PT e seu líder Lula, para colocar o País na rota da felicidade. Não, não foi ano de tigres ou lobos.

Salário-mínimo e a mesquinharia de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A lei orçamentária aprovada para 2017 previu um reajuste do salário-mínimo de R$ 880,00 para R$ 945,80, com base na inflação projetada de 7,5%.

Como ela fechará menor, em 6,74%, o decreto de Temer, assinado ontem, fixando o novo valor, expurgou a diferença no índice. Até ai tudo bem. Mas além desta adequação, o governo fez outro ajuste que levou ao encolhimento do valor do novo mínimo para R$ 937,00. A diferença de R$ 8.80 entre o valor aprovado pelo Congresso na lei orçamentária e o valor fixado por Temer deriva da queda na inflação e também de um expurgo retroativo, revelador da mesquinharia social do governo.

Movimentos sociais: o que esperar de 2017?

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

“Derrota dos campos progressistas”, “esgotamento da política de conciliação” ou “ perda institucional da esquerda”. O ano de 2016 foi definido de diferentes formas por ativistas e dirigentes de movimentos sociais, mas há consenso em um aspecto: no ano que passou, pouco se avançou em pautas importantes do movimento social - ao contrário, o período foi marcado por retiradas de direitos historicamente conquistados.

No entanto, os acontecimentos do ano passado, como a proposta de Reforma da Previdência, podem pavimentar o terreno para um aumento da indignação das pessoas e alcançar parcelas da população que ainda não saíram às ruas em manifestações contra o governo não eleito de Michel Temer (PMDB). Ainda que grandes, os protestos estão restritos aos movimentos organizados e tradicionais da esquerda.

Campinas: Saiu do portal e matou a família

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Os mortos e feridos na chacina de Campinas são as primeiras vítimas fatais do ódio à esquerda estimulado pela mídia nos últimos anos. Para arrancar o PT do poder, revistas, jornais e emissoras de rádio e TV incentivaram o machismo, a misoginia, a homofobia, a raiva irracional a todo pensamento progressista. Alimentaram a besta.

A carta do assassino nada mais é do que uma colagem dos pensamentos toscos que lemos nos comentários dos portais noticiosos todos os dias, inspirados em (de)formadores de opinião aos quais a mídia deu espaço. Não há nada de surpreendente ali: à parte seus problemas pessoais e psicológicos, o atirador utiliza as mesmas palavras que a direita usa nas redes sociais cotidianamente para atingir “inimigos”, sobretudo mulheres, homossexuais e defensores dos direitos humanos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Vídeo do exterior: Lula é culpado!

FHC sabia de tudo e não contou nada

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Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Sete meses depois do afastamento de Dilma Rousseff, centenas de milhares de brasileiros que foram às ruas apoiar o pedido de impeachment têm todo direito de se mostrar indignados com as descobertas recentes sobre Michel Temer e seus auxiliares diretos.

Minha opinião é que essas pessoas deveriam pelo menos admitir que vestiram nariz de palhaço quando resolveram ignorar denúncias frequentes que mostravam que o país assistia a um espetáculo de caráter seletivo, onde objetivos de natureza política tinham prioridade sobre fatos e provas de caráter criminal.

Quem ganhou em 2016 vai perder em 2017

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Muito se falou de 2016. Que não vai terminar ou que foi o annus horribilis do século XXI para o Brasil. Alguns, porém, dirão que foi magnífico. Há os que têm o que comemorar. É gente que quer que o país se dane; enquanto quase todos perderam, esses grupelhos ganharam justamente porque quase todo mundo se deu mal.

A Folha de São Paulo captou muito bem essa disparidade de visões dos agentes políticos no ano que (não) se encerrará algumas horas após a confecção deste texto. O jornal abriu a dois agentes políticos opostos a seção de suas páginas destinada a um artigo para cada lado das polêmicas que elege.

Calar Jamais! A luta pela democracia em 2017

Por Renata Mielli, no site Vermelho:

O enfrentamento do conservadorismo e do golpe exige ações que unifiquem amplos setores democráticos e populares em várias frentes. A construção dessa unidade só será efetivada se estiver lastreada em propostas que aglutinem a sociedade. A luta em defesa dos direitos trabalhistas, da Saúde, da Educação, da Soberania Nacional precisam se desdobrar em uma agenda política concreta. Essa é uma das principais tarefas e desafios para o ano de 2017.

A luta pela democratização dos meios de comunicação precisa fazer parte desta agenda. Ela tem como um de seus elementos centrais a garantia do direito à comunicação, da liberdade de expressão e, para tanto, a promoção de mais diversidade e pluralidade na mídia. Tem uma importante dimensão democrática e que afeta o desenvolvimento da sociedade.

Propaganda federal cresce 107% em dezembro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

No Tijolaço, blog do companheiro Fernando Brito, leio um post intitulado "O ano em que acabará o sonho de Temer". No texto, Brito comenta artigos de Elio Gaspari, Miriam Leitão e Luis Veríssimo.

É emblemático que, em 2017, mais de trinta anos à frente de 1984, o ano em que George Orwell ambientou sua obra apocalíptica sobre um mundo dominado por um Big Brother que tudo via e tudo sabia, estejamos ainda rodando em volta da grande mídia, cujo poder de manipular a opinião pública nacional é maior do que qualquer escritor de ficção científica já tenha concebido.

A nova (e velha) estratégia da mídia, por exemplo, é brincar de Fora Temer. Todo mundo cai como um patinho.

Que 2017 traga um antídoto à barbárie

Editorial do site Brasil Debate:

Muito ainda se vai falar desse ano de 2016, sobre o qual talvez não tenhamos, no momento, exata dimensão do significado histórico. Algumas certezas, porém, existem: a de que a democracia retrocedeu algumas casas e a de que um projeto de governo mais inclusivo, que perseguia desenvolvimento com distribuição de renda, foi substituído por outro de ideais neoliberais, empenhado em defender os interesses de elites econômicas. Uma substituição que se deu por meio de um golpe parlamentar, com apoio de setores do judiciário e da mídia.

João Doria poderia se “vestir” de prefeito

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

O prefeito João Dória vestiu-se com um uniforme de trabalho de gari, na manhã desta segunda (2), e fez uma ''limpeza simbólica'' na região da praça 14 Bis, no Centro de São Paulo, em companhia de seus secretários de governo. Simbólica, porque a praça já havia sido limpa antes de sua chegada. Ele diz que repetirá a ação semanalmente até o final de seu mandato.

Como peça de marketing, a fim de sensibilizar quem acredita no voluntarismo como método de fazer política, ou para chamar a atenção de nós, jornalistas, sedentos por notícias que quebrem a monotonia desesperadora do primeiro dia útil do ano, pode funcionar.

Retornemos ao tempo da delicadeza

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

Eu não sonho com um Ano Novo. Sonho com um mundo novo, delicado. Com pessoas novas, delicadas.

Que a delicadeza invada as suas vidas e as tornem humanas. Que a humanidade dentro delas exploda em direção ao mundo e o transforme em um mundo delicado.

E o mundo delicado trate com delicadeza todos os contemporâneos dessa era insana, que acreditam que eliminar pessoas pela guerra, pela fome e pelo preconceito faz parte de uma torpe lei natural, que consiste em eliminar os mais fracos para que os mais fortes prosperem.

Temer, Macri e a expressão do fracasso

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

As promessas eram as mesmas de há três décadas: acabar com os gastos inúteis do Estado, com sua administração ineficiente, controlar as finanças públicas como primeira prioridade, retomar a confiança na economia, recuperar o crescimento econômico. No passado, a novidade permitiu que as promessas tivessem duração mais longa: elegeram e reelegeram governos, baseados no controle da inflação, mesmo frente ao processo de estouro da dívida pública, do aumento da desigualdade e da exclusão social.

Doria no seu primeiro dia como prefeito

Por Renato Rovai, em seu blog:

O novo prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), escolheu para primeiro ato de seu governo ir às ruas com todo o seu secretariado e presidentes de empresas municipais vestido de gari e empunhando vassouras. A cena, além de constrangedora, não é nada nova. Muito pelo contrário, remete ao populismo imbecilizado que teve em Jânio Quadros seu principal expoente. Jânio, o homem da vassourinha, que depois de renunciar e levar o país ao golpe de 64, se tornou prefeito de São Paulo, em 1985, utilizando os mesmos métodos.

2017 terminará com o sonho de Temer?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

2017 começa com sinais, por toda a parte, de que o “andar de cima” – para usar a expressão de Elio Gaspari – já colocou os sonhos de Temer na conta dos improváveis.

O próprio Elio diz, na sua coluna que, “o governo encastelou-se na moderna astrologia dos marqueteiros” e seu chefe, Temer “roda o país prometendo fantasias encantadoras embebidas de “pensamento positivo”.

Míriam Leitão, uma das mais ativas remexedoras do caldeirão de “retomada” que se previa para assim que Dilma fosse derrubada e que o governo parasse de atrapalhar as obras saneadoras da contração econômica com que Joaquim Levy e suas mãos de tesoura já vinham arruinando o país, também não demonstra otimismo e abre sua primeira coluna do ano dizendo que “entramos no ano sem saber se o presidente será o mesmo ao fim destes 12 meses”.

Chacina em Campinas e a onda direitista

O assassino Sidnei Ramis de Araújo
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O pensamento de extrema direita brasileiro moderno produziu sua primeira chacina.

A carta do técnico de laboratório Sidnei Ramis de Araújo, que matou doze pessoas num réveillon em Campinas, é um catálogo de boçalidades bolsonarianas típicas.

A missiva é dirigida ao filho João Victor, de 8 anos - que o pai acabaria matando na festa, juntamente com a mãe Isamara Filier.

Demagogo e falastrão, Doria não terá paz!

Por Altamiro Borges

Na maior capital do país, São Paulo, o empresário e apresentador de tevê João Doria – também já apelidado de João Dólar – tomou posse neste domingo (1) afirmando que cumprirá todas as suas promessas de campanha. Mas nem a mídia chapa-branca bota fé nas bravatas do novato tucano, uma criação de laboratório do governador Geraldo Alckmin. E muitos já preveem que sua gestão será conturbada. “Pesquisas qualitativas feitas por agências de comunicação mostram que o pavio do paulistano está curtíssimo e que a lua de mel do eleitorado com João Doria pode ser curta”, informa uma notinha da Folha. Ou seja: o demagogo e falastrão não terá paz!

domingo, 1 de janeiro de 2017

Desemprego e falências. Feliz 2017?

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Por Altamiro Borges

Em sua primeira coluna do ano, o veterano jornalista Janio de Freitas, uma das poucas vozes críticas da mídia monopolista, ironizou já no título: “Desejar ‘feliz 2017’ é uma extravagância cômica”. Como aponta, as perspectivas de futuro – não só no Brasil – são bem sombrias. “Michel Temer e Donald Trump são sócios em uma excentricidade que nos onera com alcance, pode-se dizer, unânime. A voz geral é o pessimismo sobre o 2017 com Temer e seu grupo de aturdidos e corruptos. A essa desesperança convicta Trump anexa uma inquietação medrosa do quanto pode piorar as desgraças do mundo, entre as quais a nossa”.