domingo, 2 de abril de 2017
Terceirização e a elite escravagista
Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:
A aprovação na Câmara dos Deputados do texto-base do Projeto de Lei que autoriza o trabalho terceirizado para qualquer tipo de atividade é um golpe frontal na classe trabalhadora. Atinge a estrutura social erguida ao longo do século XX e início do século XXI, amalgamada com sangue; para erguê-la, muitos foram presos, torturados e não poucos assassinados. Enfrentou-se ditaduras e os métodos truculentos, brutais, da direita brasileira para que os trabalhadores tivessem um mínimo de dignidade na relação capital-trabalho.
Em 2014, Aécio distribuía 'Veja' nas ruas
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Em outubro de 2014, na reta final da eleição em segundo turno, a campanha do então candidato a presidente Aécio Neves violou proibição do Tribunal Superior Eleitoral de os meios de comunicação eletrônicos e o PSDB divulgarem edição da revista Veja que trazia na capa acusação sem provas contra Lula e Dilma Rousseff, adversária do tucano.
Naquela eleição, Aécio fechou sua campanha eleitoral na TV prometendo ética na política e acusando Dilma e seu partido.
Em outubro de 2014, na reta final da eleição em segundo turno, a campanha do então candidato a presidente Aécio Neves violou proibição do Tribunal Superior Eleitoral de os meios de comunicação eletrônicos e o PSDB divulgarem edição da revista Veja que trazia na capa acusação sem provas contra Lula e Dilma Rousseff, adversária do tucano.
Naquela eleição, Aécio fechou sua campanha eleitoral na TV prometendo ética na política e acusando Dilma e seu partido.
A herança trágica do neoliberalismo
Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
“Se existe um legado trágico do neoliberalismo é a desorganização dos trabalhadores. Soma-se a isso uma pauperização enorme que torna precárias as condições para retomar qualquer movimento”, avaliou a economista e professora da UnB Maria Mollo. “E a verdade é que para transformar qualquer sociedade é preciso de organização dos trabalhadores.”
Com o tema "Tendências da crise mundial do capitalismo", Maria traçou, , durante o Seminário 100 anos da Revolução Russa e 95 do PCdoB, realizado na quinta-feira (30), em São Paulo, um panorama geral das crises do capitalismo, em especial a chamada Grande Recessão de 2008, desencadeada por inadimplência em financiamentos de alto risco (subprime) nos Estados Unidos. Deixando de lado os fatores técnicos que levaram parte da economia global a uma recessão, a professora se concentrou em analisar as crises como naturais do sistema capitalista.
Com o tema "Tendências da crise mundial do capitalismo", Maria traçou, , durante o Seminário 100 anos da Revolução Russa e 95 do PCdoB, realizado na quinta-feira (30), em São Paulo, um panorama geral das crises do capitalismo, em especial a chamada Grande Recessão de 2008, desencadeada por inadimplência em financiamentos de alto risco (subprime) nos Estados Unidos. Deixando de lado os fatores técnicos que levaram parte da economia global a uma recessão, a professora se concentrou em analisar as crises como naturais do sistema capitalista.
Um conselho aos novos jornalistas
Por Gilson Caroni Filho, no blog Viomundo:
Aos novos jornalistas,
Prezados colegas que compõem a mesa, prezados formandos, familiares e amigos aqui presentes.
Uma formatura é sempre um momento especial. Nele rememoramos o que foi o convívio acadêmico, o aprendizado de saberes fundamentais (teóricos e práticos) para o bom exercício do jornalismo e o quanto lutamos para estarmos aqui, neste 29 de março de 2017, com a sensação de missão cumprida.
Meus queridos alunos, em toda solenidade como esta eu me emociono. Não só pela homenagem em si, mas pelo que ela contém: o entrelaçamento de duas histórias, a minha e a de vocês, que começou nas salas, em aulas de Sociologia e de Cultura, Memória e Sociedade, e, acreditem, não vai terminar aqui.
Prezados colegas que compõem a mesa, prezados formandos, familiares e amigos aqui presentes.
Uma formatura é sempre um momento especial. Nele rememoramos o que foi o convívio acadêmico, o aprendizado de saberes fundamentais (teóricos e práticos) para o bom exercício do jornalismo e o quanto lutamos para estarmos aqui, neste 29 de março de 2017, com a sensação de missão cumprida.
Meus queridos alunos, em toda solenidade como esta eu me emociono. Não só pela homenagem em si, mas pelo que ela contém: o entrelaçamento de duas histórias, a minha e a de vocês, que começou nas salas, em aulas de Sociologia e de Cultura, Memória e Sociedade, e, acreditem, não vai terminar aqui.
Lava-Jato agora mira nos partidos políticos
Por Dayane Santos, no site Vermelho:
Desde que foi deflagrada, em 2014, a Operação Lava Jato criou um cenário de devastação na área da infraestrutura no país, com quebradeira nas maiores construtoras nacionais e dezenas de obras estruturantes paralisadas. Agora, a força-tarefa de Curitiba dirige o seu canhão contra os partidos, ao apresentar, nesta quinta-feira (30), uma ação de improbidade administrativa contra o Partido Progressista (PP).
A ação assinada pelo procurador Deltan Dallagnol segue o modelo da denúncia apresentada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em setembro do ano passado, baseando-se na convicção – não em provas - de que em troca do apoio político, o governo do ex-presidente nomeou indicados de partidos e, assim, garantiu o favorecimento das empresas. Propositalmente, os procuradores criam um imbróglio entre doação, caixa 2 e propina, que variam ao de acordo com a vontade.
Desde que foi deflagrada, em 2014, a Operação Lava Jato criou um cenário de devastação na área da infraestrutura no país, com quebradeira nas maiores construtoras nacionais e dezenas de obras estruturantes paralisadas. Agora, a força-tarefa de Curitiba dirige o seu canhão contra os partidos, ao apresentar, nesta quinta-feira (30), uma ação de improbidade administrativa contra o Partido Progressista (PP).
A ação assinada pelo procurador Deltan Dallagnol segue o modelo da denúncia apresentada contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em setembro do ano passado, baseando-se na convicção – não em provas - de que em troca do apoio político, o governo do ex-presidente nomeou indicados de partidos e, assim, garantiu o favorecimento das empresas. Propositalmente, os procuradores criam um imbróglio entre doação, caixa 2 e propina, que variam ao de acordo com a vontade.
Luciano Huck e a negação da política
Por Matheus Pichonelli, no site The Intercept-Brasil:
O dia 13 de março de 2016 ficou marcado na história do jornalismo brasileiro como o dia em que Kim Kataguiri, o jovem líder do MBL que abandonou a faculdade porque sabia mais de economia do que o professor, apelou para os Power Rangers na primeira página do maior jornal do país no que deveria ser o chamado à tomada popular do poder horas antes da maior das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff. Estranhamente, o excerto não rendeu nenhum prêmio Esso, mas assim é a vida: tomada por vilões de seriados e injustiças, não exatamente nessa ordem.
O dia 13 de março de 2016 ficou marcado na história do jornalismo brasileiro como o dia em que Kim Kataguiri, o jovem líder do MBL que abandonou a faculdade porque sabia mais de economia do que o professor, apelou para os Power Rangers na primeira página do maior jornal do país no que deveria ser o chamado à tomada popular do poder horas antes da maior das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff. Estranhamente, o excerto não rendeu nenhum prêmio Esso, mas assim é a vida: tomada por vilões de seriados e injustiças, não exatamente nessa ordem.
Propinas e o enriquecimento de Serra
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A informação da coluna Radar (https://goo.gl/EsZI00) da Veja, de que a Odebrecht teria feito pagamentos milionários ao senador José Serra na conta de “uma parente” e através do lobista José Amaro Pinto, é a pá de cal na carreira do senador. Desvenda-se o maior segredo de Polichinelo da história da república: o processo de enriquecimento de Serra na política.
A parente de Serra obviamente é a filha Verônica. Completando a delação do executivo da Odebrecht, há a famosa tarja preta que a Polícia Federal colocou na agenda telefônica de Marcelo Odebrecht, antes de vazar a agenda para a mídia. Amadores, chamaram imediatamente a atenção de todos e não se deram conta de que um bom editor de imagens eliminaria as tarjas revelando os nomes. O compromisso tarjado era de Marcelo Odebrecht, com uma reunião com José Serra justamente no escritório de Verônica.
A informação da coluna Radar (https://goo.gl/EsZI00) da Veja, de que a Odebrecht teria feito pagamentos milionários ao senador José Serra na conta de “uma parente” e através do lobista José Amaro Pinto, é a pá de cal na carreira do senador. Desvenda-se o maior segredo de Polichinelo da história da república: o processo de enriquecimento de Serra na política.
A parente de Serra obviamente é a filha Verônica. Completando a delação do executivo da Odebrecht, há a famosa tarja preta que a Polícia Federal colocou na agenda telefônica de Marcelo Odebrecht, antes de vazar a agenda para a mídia. Amadores, chamaram imediatamente a atenção de todos e não se deram conta de que um bom editor de imagens eliminaria as tarjas revelando os nomes. O compromisso tarjado era de Marcelo Odebrecht, com uma reunião com José Serra justamente no escritório de Verônica.
Não há acordo possível com Temer
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Mesmo setores conservadores e governistas reclamaram da natureza escravocrata do texto do projeto aprovado na Câmara, repleto de absurdos escravocratas.
Pediam vetos a Temer e a mescla com o projeto que tramitava no Senado. Temer o sancionou sem vetos significativos.
As dissensões de deputados da base governista e os protestos de metade da bancada do Senado foram sinais eloquentes que, mesmo para os que não têm tradição de apoio aos trabalhadores, considerou-se exagerada a abolição de direitos contida na medida.
Mesmo setores conservadores e governistas reclamaram da natureza escravocrata do texto do projeto aprovado na Câmara, repleto de absurdos escravocratas.
Pediam vetos a Temer e a mescla com o projeto que tramitava no Senado. Temer o sancionou sem vetos significativos.
As dissensões de deputados da base governista e os protestos de metade da bancada do Senado foram sinais eloquentes que, mesmo para os que não têm tradição de apoio aos trabalhadores, considerou-se exagerada a abolição de direitos contida na medida.
Manifesto por um projeto de Nação
Por Maria Carolina Trevisan, na revista Brasileiros:
Representantes da sociedade civil, de entidades sindicais, universidades e empresas, com diferentes visões políticas, produziram um manifesto em defesa da democracia. O documento expõe 10 pontos necessários para superar a crise diante do “grave momento” da história do Brasil. O grupo denuncia que há uma “imposição de um programa de ruptura do pacto social brasileiro” implementado por um “governo transitório”, ao qual lhe falta “norte, tempo e popularidade”.
Repulsa a Temer confirma sabedoria do povo
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Na abertura de "Anna Karenina," seu romance mais famoso, Leon Tolstoi construiu uma das mais conhecidas frases da literatura universal: "todas as famílias felizes são parecidas; as infelizes são cada uma à sua maneira."
Com todas as adaptações necessárias, esta observação se aplica à situação política do Brasil, país onde a desaprovação a Michel Temer oscila entre 79%, no Ibope, e 90%, no Ipsos. É um marco vergonhoso e reconhecidamente insustentável.
Em abril de 2015, diante da notícia de que a aprovação a Dilma limitava-se a 12%, o vice fez um comentário inacreditável. Disse que neste patamar ela não chegaria ao fim do mandato. Parecia falta de educação, no máximo deslealdade. Pior: era uma inescrupulosa sinalização de apoio ao golpe contra uma presidente eleita, em preparativos desde a contagem dos votos de outubro de 2014.
Na abertura de "Anna Karenina," seu romance mais famoso, Leon Tolstoi construiu uma das mais conhecidas frases da literatura universal: "todas as famílias felizes são parecidas; as infelizes são cada uma à sua maneira."
Com todas as adaptações necessárias, esta observação se aplica à situação política do Brasil, país onde a desaprovação a Michel Temer oscila entre 79%, no Ibope, e 90%, no Ipsos. É um marco vergonhoso e reconhecidamente insustentável.
Em abril de 2015, diante da notícia de que a aprovação a Dilma limitava-se a 12%, o vice fez um comentário inacreditável. Disse que neste patamar ela não chegaria ao fim do mandato. Parecia falta de educação, no máximo deslealdade. Pior: era uma inescrupulosa sinalização de apoio ao golpe contra uma presidente eleita, em preparativos desde a contagem dos votos de outubro de 2014.
O protesto contra a Globo golpista
Do jornal Brasil de Fato:
Dezenas de jovens ligados ao Levante Popular da Juventude realizaram um escracho em frente a sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (31).
Segundo nota do movimento, a ação serve para denunciar a participação da Globo no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016. O protesto também faz referência à data em que se completam 53 anos do golpe militar realizado no Brasil, que aconteceu no dia 1º de abril de 1964.
“Junto ao judiciário, a Rede Globo é uma das forças que até ao momento tem conseguido sair ilesa. Com o aprofundamento da crise, a Globo cobra de Michel Temer a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a Reforma Tributária, entre outras, e tenta desvincular-se de Temer, fazendo críticas ao sucessor ilegítimo de Dilma”, diz trecho da nota.
Dezenas de jovens ligados ao Levante Popular da Juventude realizaram um escracho em frente a sede da Rede Globo, no Rio de Janeiro, na manhã desta sexta-feira (31).
Segundo nota do movimento, a ação serve para denunciar a participação da Globo no impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2016. O protesto também faz referência à data em que se completam 53 anos do golpe militar realizado no Brasil, que aconteceu no dia 1º de abril de 1964.
“Junto ao judiciário, a Rede Globo é uma das forças que até ao momento tem conseguido sair ilesa. Com o aprofundamento da crise, a Globo cobra de Michel Temer a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a Reforma Tributária, entre outras, e tenta desvincular-se de Temer, fazendo críticas ao sucessor ilegítimo de Dilma”, diz trecho da nota.
As relações entre o governo Temer e os EUA
Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:
Em janeiro de 2017, foi designado novo embaixador dos EUA para o Brasil. T. P. M. McKinley atuou na Colômbia na negociação com as Farc. No Afeganistão, enfrentou Talibãs. Em 1997, esteve em Uganda durante escalada de conflitos no Congo. Com isso, o embaixador dificilmente desconhece os trabalhos de inteligência dos EUA no Brasil, incluindo-se competência da NSA junto à Polícia Federal.
O objetivo deste artigo é reexaminar as relações entre o governo de Michel Temer e a transição presidencial nos EUA. A reflexão toma como referencial o Brasil, cobrindo-se período de doze meses entre a votação do impedimento na Câmara dos Deputados, em abril de 2016, e a “crise da carne” em março de 2017.
O objetivo deste artigo é reexaminar as relações entre o governo de Michel Temer e a transição presidencial nos EUA. A reflexão toma como referencial o Brasil, cobrindo-se período de doze meses entre a votação do impedimento na Câmara dos Deputados, em abril de 2016, e a “crise da carne” em março de 2017.
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