quinta-feira, 18 de maio de 2017

O que acontece se Michel Temer cair?

Por Camila Rodrigues da Silva, no jornal Brasil de Fato:

A delação premiada de Joesley Batista e o seu irmão Wesley, donos da JBS, publicada nesta quarta-feira (17) no jornal O Globo, colocou no horizonte uma grande possibilidade de impeachment ou renúncia do presidente golpista Michel Temer (PMDB).

Em uma das gravações divulgadas, Temer ouviu de Joesley que o empresário que estava dando ao ex-deputado Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada na prisão para ficarem calados. Diante da informação, Temer incentivou: "Tem que manter isso, viu?".

Os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Alessandro Molon (Rede-RJ) foram os primeiros a entrarem com pedidos de impeachment de Temer logo após a denúncia. Um dos textos protocolados diz que "diante da gravidade dos fatos, é imprescindível a instalação de processo de impeachment para apurar o envolvimento direto do Presidente da República para calar uma testemunha".

Renúncia seria gesto bom demais para Temer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Escrevendo sobre Donald Trump, o colunista Thomas L Friedman, do New York Times, analisou:

"O grupo moralmente corrupto que atualmente lidera o Partido Republicano consegue se safar não porque tem os melhores argumentos - pesquisas mostram que a maioria discorda deles - mas porque tem o poder e não tem medo de usá-lo, não importando as pesquisas."

Estou convencido de que a mesma análise se aplica ao núcleo político que assumiu o Planalto junto com Michel Temer e tentará conservar seus postos diante das gravações devastadoras de Joesley Batista. A realização de eleições diretas representa a alternativa coerente para o país retornar a democracia e deve ser perseguida por todos os meios, em todas as ocasiões.

Diretas já ou desobediência civil

Por Jeferson Miola

Diante da implosão do Temer, o Brasil está diante de duas alternativas: ou restauração democrática ou desobediência civil.

A gravação da conversa em que o usurpador Michel Temer compra o silêncio do comparsa de golpe e sócio de corrupção, o presidiário Eduardo Cunha, enterra em definitivo a cleptocracia golpista, e abre uma perturbadora incógnita na conjuntura nacional.

A trajetória do golpe e do regime de exceção sofre um abalo irreversível, com um poder destrutivo devastador.

Fim do governo Temer e a volta das diretas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A delação de Joesley Batista, da JBS - divulgada pelo Globo - é a maior bomba política da história.

Joesley entregou gravações com Michel Temer e Aécio Neves, que revelam por completo o que foi a aventura do impeachment e dos vazamentos da Lava Jato na véspera das eleições.

Não se trata mais de corrupção política, captando recursos de caixa 2 para financiamento de campanha. As gravações mostram claramente duas organizações criminosas no topo da política brasileira, uma liderada pelo presidente Michel Temer, outra pelo presidente do PSDB Aécio Neves.

Peça 1 - o caso Temer

Congresso sem moral para eleger presidente

Da Rede Brasil Atual:

Em entrevistas à Rádio Brasil Atual, hoje (18), parlamentares afirmam que a saída para o fim da instabilidade política, após as denúncias contra Michel Temer, é a convocação de eleição direta para a presidência da República.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirma que eleições indiretas não vão diminuir a instabilidade política que se instalou no país. "Não é uma ação da oposição do governo Temer, é uma movimentação de todos aqueles que querem defender a democracia. Será que uma eleição indireta pacificaria o país? De jeito nenhum. Só há uma forma de resolver o problema: chamar a população. A gente pode mudar a Constituição, porque fazer uma eleição direta para a presidência da República é uma necessidade objetiva do Brasil."

Globo derruba mais um presidente

Por Renata Mielli, no site do Mídia Ninja:

“Brasília assustada com as revelações do jornal O Globo”. Essa foi uma das frases de efeito ditas por Willian Bonner durante a edição desta quarta-feira, 17/05, dia em que as Organizações Globo detonaram uma bomba que vai derrubar mais um presidente da República no Brasil – golpista, mas presidente.

A denúncia de que Michel Temer foi gravado pelo executivo da JBS, Joesley Batista, dando aval para comprar o silêncio de Eduardo Cunha colocou um ponto final no mandato do golpista Michel Temer. Partidos da base do governo, parlamentares e muitos expoentes da direita, incluindo articulistas da Rede Globo, afirmam com convicção que não há mais condições de Temer permanecer na Presidência.

Temer deve renunciar. Brasil quer diretas-já

Foto: Regiany Nascimento/Jornalistas Livres
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Desta vez não foi ato anterior ou estranho ao exercício do mandato, aquela reunião sobre propina de US$ 40 milhões. Nem se trata de mera delação sem prova. O flagrante de Joesley Batista não deixa a Michel Temer outra saída senão a renúncia, para que o Brasil possa finalmente encerrar a aventura do golpe e escolher livremente um novo presidente. Tendo o Planalto negado em nota à noite que Temer tratou com o dono da JBS da compra do silêncio de Eduardo Cunha, o ministro Luiz Fachin deve ao Brasil a rápida divulgação desta gravação. Se Temer aparece dizendo “tem que mandar isso, viu?” (o cala-boca pago mensalmente a Cunha), que lhe resta senão renunciar?

Ocupar as ruas para exigir #DiretasJá

Foto: Mídia Ninja
Nota conjunta dos movimentos sociais:

A Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo convocam todos e todas para construir atos e manifestações em todas as capitais do Brasil para exigir a saída do presidente Michel Temer e eleições diretas.

As provas divulgadas hoje de corrupção e suborno para calar o ex-deputado Eduardo Cunha comprovam, o que há mais de um ano afirmamos, que o presidente ilegítimo Michel Temer não tem nenhuma condição de continuar na presidência da República.

Fora Temer! Diretas já!

Nota da direção nacional do PCdoB:

O Brasil foi surpreendido nesta tarde pelas gravíssimas denúncias veiculadas pela imprensa contra Michel Temer.

A revolta que já tomava conta da população diante da situação econômica dramática, das reformas feitas para liquidar direitos históricos, da entrega do patrimônio nacional, exige respostas imediatas por parte das forças democráticas e comprometidas com o Brasil.

O governo de Temer, oriundo de um golpe de Estado, não pode continuar. Nem ele e nem a sua pauta de destruição do futuro do povo e da nação. A ilegitimidade do governo, que vem desde o seu nascedouro, atinge com as notícias de hoje níveis que não lhe permitem continuar existindo.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Globo golpista é humilhada ao vivo

Evitar dois golpes! Como? Nas ruas!

Temer deve cair e Aécio tem que ser preso

Por Renato Rovai, em seu blog:

O governo Temer acabou, mas mais do que isso, Aécio tem que sair do Senado algemado. Há provas contundentes de corrupção denunciadas pelo donos da JBS, os irmãos Joesley e Wesley Batista, realizadas nesta quarta-feira, 17, diretamente ao ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal.

Os empresários disseram ter gravações de Michel Temer dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e deputado cassado, hoje condenado e preso.

Temer, Cantanhêde e a babá do Michelzinho

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Se Michelzinho pode ter uma babá paga com dinheiro público, por que não o pai dele?

Viralizou nesta semana a série de fotos de Eliane Cantanhêde confraternizando com Michel Temer numa “entrevista”.

A legenda do DCM virou meme (no alto).

A imagem da jornalista do Estadão e da GloboNews com seu entrevistado é um escárnio, um epitáfio jornalístico. A glória da sabujice.

Geração de empregos: mídia e Temer mentem!

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A manchete do Jornal O Globo de hoje, porta-voz do governo Temer, é sobre a geração de empregos. O próprio governo passou o dia usando suas redes sociais alardeando a geração de 60 mil postos de trabalho.

Num país com mais de 14 milhões de desempregados, é um tanto ridículo comemorara a geração de 60 mil empregos.

Então eu fui conferir os dados do Caged e confirmei o que eu já desconfiava.

Trata-se de uma ilusão de ótica estatística.

12 retrocessos em 12 meses de Temer

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

Na última semana completou-se um ano da consumação do golpe parlamentar no Brasil. Foi tempo suficiente para as máscaras caírem. Eduardo Cunha, o comandante da operação, está preso há mais de seis meses em Curitiba. Uma leva de ministros caiu por denúncias de corrupção, a começar por Jucá, o homem que foi gravado explicando o passo a passo das transações que levaram Temer ao poder. Outros oito estão sendo investigados. Temer, que não é réu apenas pela prerrogativa constitucional, amarga uma aprovação inferior a 10%.

Mas um ano foi também tempo suficiente para o golpe mostrar a que veio. O que está em jogo é a aplicação de um programa que não foi eleito pelo povo brasileiro. Mais ainda, que jamais o seria. A única forma de uma agenda regressiva como a de Temer chegar ao poder seria burlando o voto popular. Ela não cabe na democracia. A sustentação do governo não está no voto nem no apoio popular, mas na garantia dos interesses da banca e do grande empresariado.

A confissão de Armínio Fraga

Editorial do site Vermelho:

Quando o golpe de Estado que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder estava sendo gestado a maior promessa dos golpistas era a de que o Brasil voltaria a crescer. Alguns incautos caíram na conversa e acreditaram que o mesmo grupo que havia levado o Brasil à lona tantas vezes cumpriria essa promessa.

Passado um ano a situação econômica do Brasil é desoladora. O desemprego bate recordes, cada vez mais famílias habitam as ruas das grandes cidades, a desesperança só cresce. A tentativa patética da grande mídia de achar alguma réstia de recuperação econômica só demostra que o golpe nos levou ao fundo do poço.

Alckmin “liberou a cavalaria” contra Doria

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O PSDB deveria mudar seu nome para PT, Partido da Traição.

Aécio traiu Serra, que traiu Alckmin – em 2006 e com Gilberto Kassab, na prefeitura, em 2008.

Agora, Alckmin, traído por Doria, diz a Folha, “liberou a cavalaria” contra o sujeito que inventou para a Prefeitura de São Paulo.

A senha foi sua entrevista se dizendo “amadurecido e preparado” para ser candidato e que, na sua avaliação, Lula não tem chances no segundo turno.

Bolsonaro e o fascínio da mediocridade

Por Matheus Pichonelli, no site The Intercept-Brasil:

“A imaturidade é de um profissional que deveria estar dedicado ao seu aprimoramento militar, através do adestramento, leitura e estudos, e não aventurar-se em conseguir riquezas.”

A avaliação consta de um documento do Conselho de Justificação do Exército sobre condutas – digamos – heterodoxas do hoje deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) em seu tempo de militar. Resultado de um processo sigiloso obtido pelo repórter Rubens Valente, da Folha de S.Paulo, a análise ajuda a entender a mentalidade de um pré-candidato à Presidência que vem enfileirando fãs e admiradores como quem coleciona curtidas nas redes sociais.


Lojas Marisa multiplicam a intolerância

Por Juliana Nóbrega, no blog Viomundo:

Como não encontrei nenhum espaço adequado para tal tipo de mensagem no site da loja e, por escolha pessoal, não faço parte de nenhuma rede social, busquei outros espaços para deixar presente minha insatisfação com o departamento de marketing da loja “de mulher para mulher”, como diversos outros já se colocaram nestes últimos dias.

Sou (era?) uma cliente, digamos, compromissada, com a loja, já que boa parte de meu guarda-roupas está repleto de peças com seu nome, mas não posso ficar indiferente a infeliz e desprezível campanha deste dia das mães.

Antonio Candido, o professor dos professores

Por Sheila Jacob, no jornal Brasil de Fato:

Na semana passada, ficamos tristes com a notícia do falecimento do professor Antonio Candido. Sociólogo e crítico literário, suas ricas análises teóricas eram feitas de forma simples e objetiva, já que falar para todos era uma de suas principais preocupações. É o que percebemos em algumas de suas obras fundamentais, como Formação da literatura brasileira e as coletâneas de ensaios Literatura e sociedade e Educação pela noite.