domingo, 6 de agosto de 2017

O impacto da crise política nos jornalistas

Por Flaviana Serafim, no site do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo:

“Os jornalistas e a crise política brasileira” foi o tema da plenária de abertura do 15º Congresso Estadual dos Jornalistas, que começou na noite desta sexta (4) e segue até domingo (6) no auditório Vladimir Herzog, sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), no centro da capital paulista.

O debate contou com a participação do jornalista Altamiro Borges, do Blog do Miro, de Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo, da jornalista Laura Capriglione, do coletivo “Jornalistas Livres”, do professor Laurindo Leal Filho, o Lalo, da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, de José Augusto Camargo, vice-presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), além de Paulo Zocchi, presidente do Sindicato.

Suspensão da Venezuela do Mercosul é ilegal

Do jornal Brasil de Fato:

Em nota divulgada neste domingo (6), o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela classificou como "arbitrária e ilegal" a suspensão do país vizinho do Mercosul. A medida foi tomada ontem (5) em reunião com representantes do governo do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Para as organizações integrantes do Comitê, essa é mais uma tentativa de desestabilização da Venezuela.

Confira abaixo a íntegra da nota:

Temer ganhou, mas será que levou?

Por Katia Guimarães, no blog Socialista Morena:

Temer ganhou e o pedido de investigação foi arquivado, mas o “teste” no plenário indica que o governo poderá não aprovar a “reforma” da Previdência. Essa é a análise não só da oposição, mas de parte da base aliada na Congresso Nacional sobre o resultado da votação da denúncia contra o presidente –isso porque a diferença entre os votos favoráveis e contra foi de menos de 40 votos. Os deputados aprovaram por 263 a 227 o relatório que recomendou a rejeição da denúncia de corrupção passiva da Procuradoria-Geral da República contra o presidente. Nem mesmo o descaramento na compra de votos garantiu uma larga vitória.

O jornalismo de guerra e a Venezuela

Por Laurindo Lalo Leal Filho, na Revista do Brasil:

A expressão "jornalismo de guerra" aparece no livro Clarín, La Era de Magnetto, escrito por Martin Sivak, publicado em Buenos Aires. Segundo o autor, o Clarín (espécie de O Globo, argentino) "mudou sua forma de fazer política e passou a fazer um jornalismo de guerra", referindo-se à dura campanha desencadeada contra o governo de Cristina Kirchner. O próprio jornal, através de um de seus editores, Julian Blanck, reconheceu essa prática.

Vê-se agora que ela não é exclusividade do Clarín nem da Argentina. A eleição para formar a Assembléia Constituinte, convocada pelo governo da Venezuela e realizada no dia 31 de julho, mostrou que o "jornalismo de guerra" se espalha pelo mundo.

João Doria: A víbora se move

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

“Nasce o anti-Lula”.

É preciso mais do que a chamada de capa, oito meses depois de João Doria ter passado a se fantasiar de gari e xingar Lula em todo o lugar onde abria a boca para se perceber o quando de “novidade” e “jornalismo” na Istoé desta semana?

Mas o release do prefeito de São Paulo não se constrange vai além: diz que ele “desponta” na política brasileira (a esta altura!) e “se consagra” como o adversário de Lula “segundo as mais recentes pesquisas”!

O fiador de Temer está preso em Curitiba

Por Fernando Morais, no blog Nocaute:

Ela vive em Porto Alegre em um endereço que encerra uma aparente contradição: a avenida Copacabana, nome de um dos locais mais buliçosos do Rio de Janeiro, mas no coração do bairro Tristeza. E foi lá, no seu pequeno apartamento de classe média, que a ex-presidente Dilma Rousseff recebeu nesta segunda-feira, dia 31, a pequena equipe composta por Fernando Morais, editor do Nocaute, e pelos cinegrafistas Mauricio Dias e Paulo Seabra, da Grifa Filmes. O objetivo era realizar com ela uma entrevista para o documentário franco-germano-brasileiro sobre o cinquentenário de 1968, que se comemora no ano que vem.

O mito da apatia e a urgência dos nossos dias

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A apatia da sociedade diante do martelete conservador que esfarela seus direitos e esperanças pode ser só aparente.

O vapor político que se acumula na fornalha da incerteza, das privações, da humilhação, do asco e da revolta não é negligenciável.

Pior que o presente de perdas avassaladoras é a perspectiva do futuro sonegado.

Em cada ciclo e em diferentes dimensões da vida, da infância à velhice, do emprego à saúde, a trajetória que se esboça faz prender a respiração e perscrutar o vazio: brasileiros humildes e amplos segmentos de classe média (mesmo que ainda não saibam disso) foram enganchados em um frágil bote à deriva.

Sacco e Vanzetti: Uma tragédia estadunidense

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Há noventa anos, em 23 de agosto de 1927, Nicolau Sacco e Bartolomeu Vanzetti foram executados na cadeira elétrica numa prisão estadunidense. Este foi considerado um caso flagrante de erro judicial e causou enorme indignação. Manifestações de protesto ocorreram em todo o mundo. Mesmo sem provas, eles foram condenados à morte. A principal razão dessa sentença injusta foi o preconceito de classe. Os dois eram imigrantes italianos e anarquistas. Na época, os Estados Unidos viviam em meio a uma violenta onda anticomunista. Milhares de militantes de esquerda estavam sendo presos e dezenas deportados.

Quem ganhou com o golpe?

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Aquele que quiser estudar a história política do Brasil nos últimos anos, precisará comparar as capas dos jornalões com a evolução da fortuna dos homens mais ricos do país.

Neste post, eu dou o caminho, com links para gráficos e capas de jornais. Clique nos gráficos.

A fortuna dos irmãos Marinho é mais sensível aos acontecimentos políticos. Os Marinho também estão entre os que mais lucraram com o golpe. O gráfico para os três é exatamente o mesmo. Então usamos o gráfico da fortuna de Roberto Irineu Marinho, presidente do grupo Globo.



O plano das elites ao proteger Temer

Por Glenn Greenwald, no site The Intercept-Brasil:

Há pouco menos de um ano, um dos espetáculos políticos mais humilhantes que eu já vi aconteceu durante nove horas em Brasília. Na Câmara dos Deputados – casa cuja maioria dos membros estão envolvidos em investigações – um corrupto atrás do outro se postou diante das câmeras de televisão e declararam triunfalmente que sua consciência, sua religião, seu Deus, suas crianças, sua devoção a Jerusalém, a memória de suas mães, seus pastores, a pureza de suas almas, exigiam que eles punissem a corrupção retirando a Presidente eleita Dilma Rousseff de seu cargo.

sábado, 5 de agosto de 2017

PSDB se vê à beira da implosão

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Michel Temer triunfou ao obter guarida contra investigação judicial no caso da mala de 500 mil reais em propina, mas houve quem tenha saído derrotado do episódio. Um foi o procurador-geral da República em fim de mandato, Rodrigo Janot, a preparar uma última “flechada” no presidente. O outro, o PSDB, dono de quatro ministérios, abrigo de filiados anti-Temer e à beira da implosão.

Por enquanto sem um nome competitivo para a próxima eleição presidencial, a maioria dos tucanos preferiu continuar abraçada ao enrascado peemedebista na esperança de até o ano que vem o governismo ser capaz de inventar um candidato com chances de ganhar. Um postulante para encarnar o establishment econômico fascinado pela agenda antipopular de Temer.

Como a Lava-Jato protegeu Michel Temer

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – a teoria do fato, o supérfluo e o essencial

As denúncias feitas pelo Ministério Público Federal de Curitiba contra o Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, em função de manipulações nas licitações da Eletronuclear, têm características polêmicas.

Como se sabe, o método de investigação do MPF é chamado de “teoria do fato” (não confundir com teoria do domínio do fato), que nada mais é do que a tática de definir uma narrativa inicial do crime, para poder organizar melhor os elementos levantados na investigação.

A teoria do fato da Eletronuclear foi que o Almirante Othon direcionava licitações para as empreiteiras em troca de pagamentos feitos através do pagamento de serviços não realizados por empresa de sua propriedade e das filhas. Ponto.

12 golpistas que viraram a cara do Brasil

Por Pedro Zambarda de Araujo, no blog Diário do Centro do Mundo:

O golpe de Temer criou monstros que estão mais ativos do que nunca.

Eles brilham no Ministério Público, na Justiça, em movimentos antipetistas, na política, nas redes sociais, na mídia.

Conheça as figuras mais bizarras que, hoje, são a cara do nosso país - e que vieram para ficar.

1. Wladimir Costa

Deputado do Pará que votou usando confetes no impeachment de Dilma, Wladimir Costa conseguiu se superar ao tatuar o nome de Temer em seu ombro moreno.

Rodrigo Maia termina como “Viúva Porcina”

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Durante duas semanas, em maio, após a delação da JBS contra Michel Temer, o nome dele começou a circular nas altas rodas e na grande mídia como o próximo presidente da República.

Em caso de impedimento do titular, o que já era dado como certo, o jovem presidente da Câmara assumiria primeiro como interino e, em trinta dias, seria efetivado no cargo na eleição indireta do colégio eleitoral.

Parecia um caminho inexorável diante das circunstâncias.

Temer, Aécio e o filme da Lava-Jato

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

“Polícia Federal – A lei é para todos”, o filme que conta bastidores da Lava Jato, estreia nos cinemas em 7 de setembro. O longa destaca cenas de ação, histórias da força-tarefa e personagens que ganharam relevância a partir das investigações.

O filme é inspirado no livro homônimo de autoria de Carlos Graieb e Ana Maria Santos.

A obra mostrava apenas o passo a passo da investigação. Agora, vai mostrar os esforços da elite brasileira para vender ao grande público que havia um esquema de lavagem de dinheiro e desvios para pagamento de propina para executivos da Petrobrás armado por Lula e Dilma Rousseff.

Não há nuances na Venezuela

Por Gilberto Maringoni, em seu blog:

1- Há uma crise profunda na Venezuela. Neste exato momento, ela tem seu fulcro na disputa do poder. Embora exista um poderoso pano de fundo econômico, seu epicentro deslocou-se para a arena política. Cada parte joga com os instrumentos que tem à mão. Nicolas Maduro detém o poder de Estado e seus principais instrumentos, incluindo as forças armadas, o judiciário e governos estaduais. A oposição, agrupada na Mesa de Unidade Democrática (MUD) ganhou a Assembleia Nacional (congresso), tem outros tantos governos estaduais e conta com um formidável aparato internacional, fixado na Casa Branca, nos governos de direita da América Latina, nos organismos multilaterais (ONU, OEA) e no grande capital, o que inclui gigantescas redes de comunicação global. Apesar de aparentar ser o lado mais forte, Maduro não está nessa posição, ao contrário. Ele foi eleito e a oposição na AN também. Quem fala em ditadura lá, age por má fé ou ignorância.

A silenciosa dominação por algoritmos

Por Chris Spannos, no site Outras Palavras:

Foi o filósofo grego-francês Cornelius Castoriadis quem argumentou que os indivíduos, na maioria das sociedades, não dependem de si mesmos para determinar a própria lei – o que ele chamou de autonomia. Ao contrário, assumem que a lei é criada por alguma força externa que se encontra além deles próprios, sejam os deuses, a natureza, a história ou a razão – submissão. Como força cada vez mais influente a regular os resultados sociais, eleitorais e econômicos, os algoritmos estão entre os novos poderes de submissão. Em outubro de 2016, a Casa Branca, o Parlamento Europeu e a Câmara dos Comuns do Reino Unido, cada um independentemente, sondaram como preparar a sociedade para o uso generalizado de inteligência artificial (IA) movida a algoritmo. 

O novo golpe será o do parlamentarismo?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Todos os dias os limites do que pensávamos inaceitável e inconcebível são ultrapassados pela coalizão que tomou o poder e o exerce sem o povo e contra o povo. Todos o dias nos perguntamos: o que mais falta acontecer? O que mais, depois da votação que concedeu a Temer o estatuto da impunidade, com compra de votos por medida provisória e dentro do plenário, coroada pelo show de cinismo e desfaçatez dos mesmos deputados que depuseram Dilma por pedaladas fiscais bradando contra a corrupção? Pode haver mais, por difícil que pareça. Horas depois da votação, surgem dois sinais de que pode estar sendo testado o golpe do parlamentarismo: Temer disse que adotar o sistema já em 2018 “não seria fora de propósito” e o PSDB vai apresentar no dia 17 um programa televisivo inteiramente dedicado a enaltecer o sistema de governo parlamentar.

Os ataques da 'Empiricus' contra Lula

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Um dos fenômenos mais impactantes do processo histórico vivido pelo país neste momento, é a extensão, profundidade e complexidade alcançadas pelo amplo esquema de contrainformação fascista montado nos últimos anos.

Voltado para atingir não apenas o público geral, mas também segmentos específicos da opinião pública, como a juventude, as igrejas (católicas e evangélicas) os ruralistas e os empresários urbanos, ele tem operado, desde 2013, praticamente sem contestação.

Uma corja antipovo chamada mercado

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                          
Não surpreende que o oligopólio velhaco da mídia abra espaços generosos para as opiniões dos “especialistas” do mercado. Afinal, os magnatas da comunicação e os rentistas compartilham do mesmo sentimento de desamor pelo Brasil e seu povo. Irmanam-se igualmente na falta de compromisso democrático e republicano.

Ainda com o cadáver da rejeição da denúncia contra Temer quente, na noite da infâmia desta quarta-feira, 2 de agosto, já pontilhavam entrevistas com executivos do mercado financeiro pregando a necessidade de o país virar a página e pisar no acelerador da aprovação das reformas. Referiam-se de certo à reforma da previdência, a favorita dos que “não dão um prego em barra de sabão” e vivem da vagabundagem da especulação.