domingo, 12 de novembro de 2017

O pânico petista na internet

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Há alguns dias manchetes do Estadão e do Globo davam conta de que o PT negocia aliança com o PMDB em seis estados. Bastou para que uma onda de pânico por parte da militância petista invadisse as redes sociais. De minha parte, uma surpresa : não podia imaginar que esses jornalões, porta-vozes da burguesia mesquinha, golpista e escravocrata, merecessem tamanho crédito de petistas.

E pior: muitos na certa não se deram sequer ao trabalho de ler o conteúdo dessas notícias. Se o fizessem, teriam mais chances de escapar da armadilha dos veículos das famílias Marinho e Mesquita. Afora uma vaga alusão a uma entrevista do ex-prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, as matérias se escudam numa velha picaretagem na mídia monopolista brasileira, o off.

Um Engov para enfrentar o ministro do TST

Por Clemente Ganz Lúcio, no site do Diap:

Neste final de semana, 11, entra em vigor a Lei 13.467/2017, que promove a maior mudança no sistema de relações de trabalho e na legislação trabalhista brasileira. As novas regras alteram o jogo social no mundo da produção econômica, no setor privado e público, no emprego, nos salários, nos direitos trabalhistas e sociais. As transformações dependerão da maneira como atuará o movimento sindical e de quais serão as reações dos trabalhadores, daquilo que farão os empregadores e os gestores públicos, da atuação da Justiça e demais órgãos do Estado e das iniciativas dos demais agentes que intervêm no sistema. Nem sempre a concepção e a visão de mundo que instruem essas mudanças ficam claras.

Sheherazade é Waack amanhã

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Rachel Sheherazade é um entulho autoritário. Como era William Waack.

Essa é a explicação para sua defesa aloprada, postada na madrugada de sexta (10), do apresentador da Globo.

Eles são monstros criados durante o processo de impeachment.

Foram úteis naquele momento, abrindo a tampa do esgoto para o fascismo, porta-vozes do antipetismo mais tosco, com uma agenda baseada em semear o ódio.

sábado, 11 de novembro de 2017

Caso Waack: A mídia devia pedir demissão

Por Marcelo Zero

O caso do jornalista William Waack desperta paixões. Muitos exigem sua imediata demissão; outros acham que ele tornou-se vítima de uma campanha inquisitorial exagerada. Defendem o “instruído jornalista” e o “combatente” do conservadorismo tupiniquim.

O problema principal nessa polêmica, como soe acontecer no Brasil de hoje, é a “fulanização” de um debate que deveria ser muito mais amplo. Substitui-se a análise de um tema relevante e complexo pelo ódio ou afeto a indivíduos específicos.

PSDB: colado, mas rachado

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

O PMDB e outros partidos aliados da base governista ameaçam chutar o traseiro do PSDB a qualquer momento e expulsar os tucanos ainda empoleirados no governo de Michel Temer, enfraquecido pelo fantasma da corrupção e, principalmente, pela baixa popularidade de 3%, medida por pesquisa.

A dúvida tem marcado ao longo do tempo, como se sabe no mundo político e se percebe na inquietação do eleitor tucano, o estandarte característico do PSDB, que pode ser interpretado assim: na dúvida fique no muro.

A reforma trabalhista contra os pobres

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Entrou em vigor hoje – e sem nenhum vigor, aliás – a reforma trabalhista para os mais pobres.

Sem nenhum vigor porque adotar as novas regras, com o grau de insegurança jurídica que há em sua aplicação, é uma aventura para irresponsáveis, que podem estar se sujeitando a prejuízos e aborrecimentos imensos.

E para os pobres porque, qualquer um sabe, há décadas a transformação de trabalhadores mais qualificados ou graduados em “pessoas jurídicas” vem transformando a “pejotização”, como é chamada, numa rotina em qualquer situação em que ela seja possível.

O que teria Doria a esconder?

Por Alexandre Padilha, na revista Fórum:

Nesta semana, mais um assunto abalou a gestão do prefake de São Paulo, João Doria: a falta de transparência. Contra fatos não há argumentos. Desde o início da gestão tucana, vários veículos já denunciavam a falta de transparência da administração, que apenas ignora a lei nº 12.527/2011, que regulamenta o direito constitucional de acesso às informações públicas. Instituída no governo da presidenta Dilma, a Lei de Acesso à Informação estabelece que todas as pessoas têm o direito constitucional de acesso às informações públicas.

Capitalismo e corrupção: "Paradise Papers"

Por Kjeld Jakobsen, no site da Fundação Perseu Abramo:

Há quatro anos convivemos com as investigações, delações e chicanas relacionadas à “Operação Lava Jato”. Por ter se transformado em um processo de politização da Justiça com graves desvios do Estado democrático de direito, tem punido alguns inocentes e libertado outros não tão inocentes assim. Depende a que partido pertencem. E está longe de extinguir os problemas relacionados à corrupção no Brasil e os valores recuperados são migalhas diante da sonegação e evasão fiscal praticada no nosso país.

Os 18 homens que legislam sobre o aborto

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

Em uma manobra pouco republicana e nada cristã, a bancada da bíblia incluiu uma mudança constitucional em uma PEC que pretendia apenas ampliar a licença-maternidade para mães de bebês prematuros. A alteração, feita por uma comissão especial da Câmara, torna ilegal qualquer tipo de aborto, inclusive em casos de estupro e anencefalia do feto. A aprovação da malandragem foi feita durante um rápido intervalo em que a sessão do plenário foi derrubada por falta de quórum e sem a presença da oposição.

PSDB purga o pecado do golpe

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Nas últimas horas o senador Aécio Neves foi posto no pelourinho, tomando chibatadas de todo lado, de adversários, companheiros de partido e apoiadores. Os desatinos maiores têm sido cometidos é por ele mesmo, como este último, de destituir o senador Tasso Jereissati da presidência interina do partido para tentar evitar o desembarque tucano do governo. Além de Alckmin, FHC também não foi consultado. No “pinga fogo” de ontem na Câmara, o deputado Rocha (AC) chegou a pedir que ele deixe o PSDB para não continuar a envergonhar o partido. Mas o inferno do PSDB não é obra exclusiva de Aécio. É a consequência da participação dos tucanos no golpe e no governo de Michel Temer. Constatado o tamanho e a gravidade do erro, a tentativa de corrigir o rumo produziu esta fratura exposta.

O desastre da reforma trabalhista na Espanha

Criar milhares de comitês em defesa de Lula

Por José Dirceu, no blog Nocaute:

O ano de 2017 seguramente se encerra de forma tragicômica, com o espetáculo da Suprema Corte e do Senado fazendo justiça unicamente para Aécio Neves.

Antes valia tudo: ônus da prova cabendo ao acusado, condenação sem provas (por convicção ou pela literatura jurídica), domínio do fato (uma aplicação que nem o autor da teoria aprova) e trânsito em julgado parcial, com execução penal após condenação em segunda instância.

Paralelamente, o país assiste, bestificado, ao festival de compra de votos e de barganhas para livrar o usurpador de ser processado por denúncia apoiada em delações altamente suspeitas, forjadas a fórceps. À base de chantagem, fraude e escutas arquitetadas a quatro mãos, entre a Procuradoria Geral da República e investigados também suspeitos de tramarem nas sombras a montagem de falsas provas e flagrantes.

Últimas patacoadas da meganhagem golpista

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Vou reproduzir aqui duas notícias, cujo ridículo falam por si. O ridículo, desta vez, não é tanto o jornalismo e sim o papelão do sistema de justiça. Enquanto mais de 60 mil brasileiros são vítimas de mortes violentas a cada ano, o sistema de justiça, obedecendo à mídia corrupta e entreguista, tenta desviar atenção da opinião pública através de uma perseguição cada vez mais doentia e neurótica a Lula e Dilma.

A vingança do Capital contra o Trabalho

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

As revoluções industriais são da própria natureza do capitalismo. O capital revoluciona o tempo todo os meios de produção e, assim, mudam também as relações sociais. Muda o jeito de produzir, mudam as relações sociais, mudam as ideias. A quarta revolução industrial, a exemplo das revoluções anteriores, coloca os meios técnicos e as forças produtivas num patamar muito superior, fornecendo as condições objetivas, do ponto de vista tecnológico, para a melhoria de vida das pessoas.

Greve geral contra a 'reforma' da Previdência

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A manifestação mais numerosa desta sexta-feira (10), dia de protestos por todo o país, na Praça da Sé, região central de São Paulo, terminou com uma votação aprovando um dia nacional de paralisação, ou uma greve geral, se o governo insistir na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de "reforma" da Previdência. Centrais sindicais e movimentos sociais também repudiaram a Lei 13.467, que muda a CLT e entra em vigor amanhã (11), e querem eleger em 2018 uma maior representação parlamentar aliada dos trabalhadores para, inclusive, reverter medidas do governo Temer.

Reforma trabalhista: De volta ao passado

Editorial do site Vermelho:

Os brasileiros rejeitam o ocupante do Palácio do Planalto, Michel Temer, como nunca haviam antes rejeitado outro mandatário.

Os brasileiros têm razão. Estão na raiz de seu descontentamento as sucessivas traições que Temer cometeu – primeiro, contra a presidenta Dilma Rousseff, ao protagonizar o golpe que roubou o poder que o povo havia conferido a ela em eleições legítimas e legais.

A lista de traições aumentou desde que ele ocupou o governo, levado pelo golpe. Cortou recursos que a Constituição destinou à saúde, educação, ao investimento público. Tenta cortar o direito dos trabalhadores à aposentadoria. Tenta reimplantar o trabalho escravo. Fez aprovar a contrarreforma trabalhista, que rasgou a CLT e empurrou o Brasil de volta ao passado, aos tempos em que os trabalhadores ficavam sob a ganância e as arbitrariedades patronais.

"A TV Globo maquia o racismo"

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Uma das mais respeitadas lideranças do movimento negro, Douglas Belchior, também conhecido pelo blog Negro Belchior, se encontrava em Nova York quando o vídeo exibindo comentários racistas de William Waack explodiu na internet brasileira, provocando sua queda poucas horas depois. "Este episódio demonstra a potência do debate racial no país," diz Belchior em entrevista ao 247, iniciada por telefone e completada por email. Formado em História pela PUC-SP, professor da rede pública, Belchior acredita que o país atingiu um ponto no qual, "no plano das relações individuais, o racismo se tornou intolerável." Seu depoimento:


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

MBL ferra Frota. Cadê o valentão do pornô?

Foto: Divulgação
Por Altamiro Borges

A guerra entre os fascistas mirins do Movimento Brasil Livre (MBL) e o patético Alexandre Frota está hilária. É pura baixaria. Por enquanto, o ator-pornô está levando a pior. Nesta terça-feira (7), em uma decisão judicial em caráter liminar, a 17ª Vara Cível de Brasília determinou que ele e a sua Associação Movimento Brasil Livre “se abstenham de utilizar a marca MBL ou de se identificarem como seus detentores”, fixando multa de R$ 1.000 para cada uso indevido. Ela exigiu que Alexandre Frota e seu grupelho retirem do ar o site movimentobrasillivre.com.br, no prazo de cinco dias, sob pena de multa de R$ 1.000 por dia.

Le Monde Diplomatique Brasil: indispensável

Os mordomos e a 'reforma' da Previdência

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O ganhador do prêmio Nobel de literatura deste ano foi o escritor Kazuo Ishiguro, nascido no Japão em 1954, mas que mora na Inglaterra desde a infância e escreve em inglês. Seu livro mais conhecido é o romance “Os vestígios do dia”, que foi adaptado para o cinema, com Anthony Hopkins no papel principal, o do velho mordomo Stevens. Livro e filme são excelentes e permitem, além do prazer estético e do conhecimento de personagens ricos e situações históricas muito singulares, refletir sobre questões muito próximas de nós. Como a reforma da Previdência, por exemplo.