quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

O fim do Consenso de Washington?

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Três décadas após o FMI, o Banco Mundial e o Departamento do Tesouro dos EUA elaborarem o Consenso de Washington, assim denominado em 1989 pelo economista inglês John Williamson, ganha corpo principalmente na Europa e nos Estados Unidos o movimento rumo a um ideário oposto denominado Pós-Consenso de Washington.

O conjunto de prescrições para reformar as economias naquela época em crise, principalmente na América Latina, inclui a estabilização macroeconômica, a abertura comercial e financeira, a expansão das forças do mercado e a privatização, entre outros pontos, e é considerado por muitos uma síntese do neoliberalismo e do chamado fundamentalismo de mercado.

Garotinho dispara bala de prata contra Globo

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Sugiro aos internautas estudarem esses documentos [aqui] com atenção, porque, pelo jeito, teremos que fazer o trabalho que o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça brasileira não fazem. Enquanto esses órgãos torram milhões de reais prendendo professores e reitores inocentes, ou investigando pedalinhos de alumínio em sítios, a Globo, empresa mais corrupta do país, tenta atravessar impune por mais uma processo em que é acusada dos mais variados crimes.

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No Blog do Garotinho

Temer torna o Brasil ainda mais desigual

Do site Vermelho:

Levantamento feito pela LCA Consultores, a partir da base de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o governo de Michel Temer tem promovido a concentração de renda e o aumento da desigualdade no País.

Segundo os dados, os 10% dos trabalhadores com maiores salários (cerca de 8,5 milhões de pessoas) recebiam 41,1% da massa de rendimentos de todos os trabalhos no terceiro trimestre de 2017, o equivalente a R$ 774 bilhões. Em igual período de 2016, esse grupo do topo da renda nacional respondia por uma fatia menor, de 39% da massa salarial.

A morbidez de Doria contra Marisa Letícia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A reação vergonhosa contra uma homenagem da Câmara de Vereadores a dona Marisa Letícia Lula da Silva, que batizou o viaduto do M'Boi Mirim com seu nome, teve a utilidade de registrar para a posteridade o caráter mórbido da gestão de João Doria a frente da cidade de São Paulo.

Depois de escancarar seu desprezo pelo destino dos brasileiros vivos - confirmado pela decisão irresponsável de elevar o limite de velocidade nas avenidas marginais por um simples capricho eleitoreiro - a prefeitura de Doria divulgou uma nota desrespeitosa de ataque à memória de Marisa Letícia. Ali, anuncia "a discordância do prefeito em relação à injusta homenagem prestada a alguém envolvido no maior escândalo de corrupção já registrado no país e que nunca morou na cidade nem jamais lhe trouxe qualquer benefício."

Aumentam mobilizações para o 'Ocupa Poa'

Da Rede Brasil Atual:

Gabinetes parlamentares, movimentos sociais e partidos de oposição avançam na organização da vigília cívica em defesa da democracia e de eleições livres no Brasil, coordenando atos e mobilizações em Porto Alegre onde, em 24 de janeiro, ocorrerá o julgamento de uma ação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que pode inviabilizar sua candidatura nas eleições presidenciais de outubro.

As 12 vitórias da Venezuela em 2017

Do blog Resistência:

O jornalista e analista político Ignacio Ramonet destacou nesta segunda-feira (1º), em um artigo opinativo, 12 triunfos obtidos em 2017 pela Revolução Bolivariana, liderada pelo presidente Nicolás Maduro.

Ramonet assinala que o mandatário venezuelano confirmou assim que continua sendo, como dizem seus seguidores, “indestrutível”.

Leia abaixo os 12 triunfos descritos por Ramonet:

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

O preço do golpe é a crise nos Estados

Por Pedro Henrique Santos, no site da UJS:

O procurador do TCU Júlio Marcelo recomendou ao Ministério da Fazenda que vetasse o repasse de R$ 600 milhões reais para o Rio Grande do Norte. Vale ressaltar que esse recurso seria usado para pagar a folha de pessoal. Com essa negativa, os funcionários públicos do estado não sabem quando receberão o 13º salário referente a 2017, os respectivos salários de dezembro e dos meses de 2018.

A justificativa do Tribunal de Contas da União é que abre um precedente para que os demais estados também peçam ajuda para o Governo Federal salvar os estados que não fizeram os devidos “deveres de casa” em relação às suas economias. Outro argumento do Tribunal é que a Constituição e a Lei de responsabilidade fiscal vedam o repasse de recursos para pagamento de servidores.

Uma canção para 24 de janeiro

Por Hamilton Pereira/Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Onde eles dizem paz,
eu digo Justiça.

Onde eles dizem Justiça,
eu digo caça.

Onde exibem convicções,
exijo provas.

Livro desmonta as falácias de Sergio Moro

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

“Falácia pode ser definida como erro de raciocínio, como argumento sem consistência lógica, que não tem, pois, validade para sustentar a conclusão afirmada. Uma falácia leva a tomar o falso por verdadeiro.” Assim, o filósofo e professor Euclides André Mance inicia seu livro Falácias de Moro, em que faz a análise lógica da sentença condenatória de Sérgio Moro ao ex-presidente Lula.

Para “provar” que o apartamento era de propriedade de Lula Moro lança mão de um artigo de jornal. Diz Mance:


2017 foi o ano da infâmia

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Vai-se o ano de 2017. E já foi tarde. Estamos vivendo nos seus escombros. Do ponto de vista jurídico, econômico, político e moral, a sociedade brasileira jamais tinha vivido – nos seus interstícios democráticos – uma decomposição tão grande. As relações entre os ministros do Supremo e a absoluta insegurança jurídica a que elas nos submetem, nos mostra que o “guardião da Constituição” não estava preparado – embora composto por homens e mulher ilustres nas letras jurídicas – sequer para ser o guardião da sua própria superioridade institucional.

Eleitor médio de Bolsonaro é rico e idiota

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Pesquisas e estudos recentes dão conta de que o eleitor médio do extremista de direita Jair Bolsonaro é mais rico, usa mais as redes sociais para defender suas, vá lá, “ideias” políticas, mas, também, é um tipo de eleitor basicamente IDIOTA.

Por que não me surpreendo?

O ano eleitoral de 2018 começa com uma notícia revelada pelo Datafolha que, se não tinha comprovação, ao menos era intuída por quem atua ou meramente se informa politicamente na internet: na rede, a extrema-direita é muito mais forte que a esquerda.

FHC manipula fatos para atacar Lula

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Na entrevista que deu aos jornalistas Alberto Bombig e Pedro Venceslau, de O Estado de S. Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso compara o fenômeno Lula ao de Alberto Fujimori, no Peru:

O fujimorismo é a força predominante até hoje, e o Fujimori está na cadeia (estava até o dia 24, quando recebeu indulto humanitário do atual presidente Pedro Pablo Kuczynski). O próprio Perón teve um momento assim. É curioso ver que em países como os nossos, com um nível educacional relativamente pouco desenvolvido, as pessoas têm muitas carências. Aqueles que dão às pessoas a sensação de que atenderam às suas carências ganham uma certa permissão para se desviar da ética. É pavoroso, mas é assim. É populismo.

Doria ergue seu “monumento à estupidez”

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Em 1935, Getúlio Vargas sancionou a Lei Nº 108, estabelecendo que 1° de janeiro seria feriado nacional por conta de ser consagrado "à commemoração da fraternidade universal", ainda com o M duplo do português da época.

Quase um século depois, o cidadão João Doria Jr. ainda não alcançou o “espírito da coisa” ao recuar, resmungando grosserias, do “desbatismo” de um viaduto paulistano com o nome de Marisa Letícia, falecida mulher do ex-presidente Lula.


O Brasil da Senzala e da Casa Grande

Por Mauro Santayana, em seu blog:

O Datafolha acaba de divulgar análise estatística multivariada sobre a base de dados da última pesquisa nacional de intenção de voto, com o objetivo de identificar nichos da população brasileira em que são observadas altas concentrações de eleitores dos dois principais candidatos à Presidência da República até o momento.

Nenhuma grande surpresa.

Entre garotos brancos escolarizados de até 24 anos – com uma compreensível ignorância que advêm também da idade e uma enorme penetração nas redes sociais - Bolsonaro é majoritário.

A guerra do capitalismo ao papa

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O papa está preocupado. Sua mensagem de Natal, Urbi et Orbi, é claríssima: Francisco vê um mundo em uma situação de pré-guerra e com os pobres, as crianças e os refugiados como as maiores vítimas do que está se desenhando no horizonte, graças a um “modelo de desenvolvimento caduco”. Que modelo é esse? O capitalista, lógico. Esta não foi a primeira e nem será a última vez que o líder católico ataca o capitalismo, razão da crescente desigualdade no planeta, mesmo nos países dito “desenvolvidos”.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Pautas que a mídia tentou abafar em 2017

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Algumas pautas de política em 2017 renderiam um "troféu abafa" para jornais da grande mídia, dado o esforço que fizeram para encobertar ou dar o mínimo de destaque possível a alguns temas que "não vêm ao caso". Sobrou à imprensa alternativa e àquela com um pézinho na gringa (como El País e BBC) a missão de explorar ou repercutir os assuntos espinhosos.

Aqui vai uma lista, sem ordem de relevância, com 10 tópicos que deram o que falar no mundo à margem da mídia comercial:


Não vamos permitir a ditadura da toga

Acreditem, 2017 poderia ter sido muito pior…

Por Renato Rovai, em seu blog:

No balanço dos anos a gente vai do paraíso ao inferno. No reveillon de 2011, brilhavam estrelas no céu. O Brasil havia sido a bola da vez em 2010 e ganhou até capa da liberal The Economist: Brazil, takes off. Em bom português, Brasil decola. A imagem era a do Cristo Redentor como um foguete rumo ao céu.

Neste 2017 da dureza porreta, o Cristo serviu a uma outra metáfora numa charge que rodou muito. Ele deixou o Pão de Açúcar e saiu andando pelas ruas do Rio, com a legenda: desisto.

Em 2017 a ficha caiu. Que venha 2018!

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Não sei dizer em quantos anos o Brasil recuou em 2017 mas a roda andou para trás que, num olhar de relance retrospectivo, somos tentados a dizer: 2017 nunca mais! Vade retro, ano do retrocesso. Mas foi também este o ano em que a ficha, em que a população compreendeu claramente os objetivos do golpe de 2016, passando a identificar as forças que realmente representam seus interesses e a serviço de quem estão os que capturaram o governo em nome da moralidade e responsabilidade administrativa. E isso já é um grande motivo para acreditar que 2018 é promissor e pode ser o ano da reversão no sentido da roda.

Desconfie das previsões para a economia

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

Previsões sobre o desempenho da economia no próximo ano, no país e no resto do mundo, surgem em profusão nesta época e é quase impossível ignorá-las.

Algumas precauções talvez ajudem, entretanto, a não levá-las tão a sério quanto os seus autores gostariam, o que provavelmente ajudará a reduzir a ansiedade inerente ao conhecimento de sondagens do futuro, sejam elas otimistas, pessimistas ou um pouco de ambos.

É básico, por exemplo, desconfiar das projeções feitas pelos profissionais do ramo. Prakash Loungani, chefe da Divisão de Macroeconomia do Desenvolvimento no Departamento de Pesquisa do Fundo Monetário Internacional, fez pesquisas em 2000 sobre a precisão das previsões dos economistas.