domingo, 10 de março de 2019

A Lava-Jato na Educação já começou

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Na verdade, a tal “Lava Jato” na educação, anunciada por Bolsonaro, com objetivo muito claro de prejudicar politicamente seu principal oponente, Fernando Haddad, ministro da Educação na era Lula, já começou há tempos.

A operação que matou (via suicídio induzido) o reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancelier, foi a sua estreia. A delegada responsável, Erica Makarena, ganhou um cargo estratégico no ministério da Justiça do governo Bolsonaro: foi nomeada como Diretora de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, o órgão usado pela Lava Jato para estabelecer pontes com o governo dos EUA.

sábado, 9 de março de 2019

Flávio Bolsonaro vai a Cancún. E o Queiroz?

Por Altamiro Borges

O Jornal do Brasil informa que “o filho primogênito do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, esticou o feriado de carnaval em Cancún, no México. Desde segunda-feira, 4, ele e a família estão hospedados no Grand Hotel Riviera Princess, na praia de Carmen. O hotel, de luxo, oferece diárias a partir de R$ 1 mil. Senador de primeiro mandato, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) não terá descontos no salário de parlamentar pelos dias em que esteve longe do Senado, porque não houve sessões após o período de carnaval”.

Bolsonaro vai esfaquear seu abono salarial

Por Altamiro Borges

Como já demonstraram inúmeros estudos, a contrarreforma da Previdência forjada pela dupla pornô-rentista Jair Bolsonaro-Paulo Guedes é uma coleção de maldades contra os trabalhadores. Na prática, ela representa o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros. Uma sacanagem, porém, tem sido pouco realçada. No emaranhado das medidas previdenciárias, o projeto incluiu ainda um contrabando ao restringir drasticamente o pagamento do abono salarial. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, nove em cada dez trabalhadores que hoje recebem o benefício perderão esse direito caso a proposta da equipe econômica seja aprovada no âmbito da "reforma".

Vida digital e a ditadura do algoritmo

Por Helder Lima, na Rede Brasil Atual:

A vida no seio da tecnologia digital e das redes sociais é maravilhosa, diriam os mais empolgados com a tecnologia. Qualquer pessoa de seu círculo de relacionamentos está a seu alcance em tempo real, e toda a informação pode ser compartilhada com quem se queria a qualquer momento. Parece inegável que a liberdade se expandiu com a tecnologia, e assim finalmente a sociedade atinge um estágio de possibilidades de expressão e de pensamento nunca antes visto.


Os avanços da Lava Jato sobre o Estado

Charge: Gladson Targa
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

São insuficientes as explicações da Lava Jato para justificar a gestão de R$ 2,5 bilhões por uma fundação de direito privado com seus membros indicados por ela. A alegação é que os recursos não poderiam ir para o Tesouro porque a União é controladora da Petrobras. Insinua que Petrobras e União prevaricaram. Onde estão com a cabeça?

Quando foram para Washington, uma equipe comandada pelo inacreditável Procurador Geral da República Rodrigo Janot, ligamos o alarme aqui no GGN. A Petrobras era vítima, assim como o Estado brasileiro. Quem deveria estar na comitiva era a Advocacia Geral da União, para defender os interesses do país nas ações contra ele.

A perseguição judicial a Cristina Kirchner

Por Victor Farinelli, no site Carta Maior:

Tudo começou com uma denúncia realizada pelo empresário rural Pedro Etchebest envolvendo o procurador Carlos Stornelli e um de seus colaboradores, chamado Marcelo D´Alessio. Etchebest acusou os dois de exigir um pagamento em dinheiro para que ele fosse inocentado na investigação do chamado Caso dos Cadernos, onde a ex-presidenta Cristina Kirchner está envolvida com base a meras fotocópias das páginas de cadernos (nunca foram encontrados os cadernos originais) onde Óscar Centeno, um ex-militar e ex-motorista de Néstor Kirchner, anotava os valores de supostas propinas que a família presidencial cobrava dos empresários de diferentes ramos, mas sobretudo da construção civil.

Reforma da Previdência só passa com traição

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Linha divisória entre um país disposto a zelar pelo bem-estar 210 milhões de habitantes, e um projeto voltado para os interesses da minoria que habita a parte de cima pirâmide social, a reforma da Previdência só poderá ser aprovada pela traição de parlamentares capazes de trair o eleitorado e mudar de camisa para agradar Bolsonaro e seus amigos.

Nas contas do governo, faltam 48 votos, para se atingir o mínimo necessário no Congresso. Apenas 160 parlamentares estão inteiramente convencidos de seu voto a favor. Outros 100 dizem que estão dispostos a apoiar o projeto mas a decisão não é definitiva. Conclusão: hoje, a reforma teria, no máximo, 260 votos. Precisa de 308.

De Rosa a Marielle: violência contra mulher

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Berlim, Alemanha, 15 de janeiro de 1919

“Rosa Luxemburgo foi levada pelo tenente Vogel para fora do hotel. Esperava por ela no portão o soldado Runge, uma pessoa mentalmente degenerada que recebera dos tenentes Vogel e Pflugk-Harttung a ordem de abater Rosa Luxemburgo. Ele lhe esmagou o crânio com duas coronhadas. A semimorta foi jogada dentro de um carro. Alguns oficiais embarcaram. Um deles aplicou mais uma coronhada na cabeça de Rosa. O tenente Vogel a matou com um tiro na cabeça. O corpo sem vida foi levado ao zoológico e atirado da ponte Liechtenstein no canal Landwehr, de onde ressurgiu em maio de 1919.” (Trecho da biografia de Rosa por Paul Frölich editado pela Boitempo).


O ponto cego dos militares brasileiros

Por José Luís Fiori

"A riqueza é o grande objetivo. E a riqueza só pode ser obtida através de um notável desenvolvimento econômico, desenvolvimento esse que não pode ser atingido em isolamento. Os capitais e os produtos industriais ou agrícolas precisam preferências e nessas preferências há concorrentes". Editorial da Revista de Defesa Nacional, “Paz”, junho de 1919, p. 342.

A história comparada das grandes potências capitalistas ensina que o crescimento do seu poder político e de sua influência mundial dependeu do grau de sucesso do seu desenvolvimento econômico. E o sucesso do seu desenvolvimento econômico dependeu – em grande medida – da capacidade de esses países responderem com eficiência aos desafios colocados por seus concorrentes e inimigos externos. Por isso, em todos os casos, a questão da “defesa” e de “preparação para a guerra” funcionou como uma bússola estratégica de suas economias vitoriosas [1]. 

Jair Bolsonaro: regeneração ou destruição?

Por Samuel Pinheiro Guimarães

1. O Presidente Bolsonaro se propõe regenerar o Brasil e fazer com que a sociedade e o Estado brasileiro retornem à sua pureza original, deturpada que teria sido pelo socialismo, comunismo e petismo.

2. Propõe a “Mudança”, um programa econômico Moderno (não detalhado), a luta contra a violência e a corrupção e agora uma luta ideológica, para extirpar o “marxismo-cultural”.

*****

3. De fato, a sociedade e o Estado brasileiro têm características que necessitam ser enfrentadas.

Conquistas e a luta pelos direitos da mulher

Editorial do site Vermelho:

As manifestações deste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, têm simbolismo histórico e conjuntural. Em todo o mundo, o pensamento progressista comemora as históricas conquistas femininas, asseguradas por processos que são verdadeiros saltos civilizatórios da humanidade - especialmente as revoluções dos séculos XIX e XX -, mas também combatem os brutais retrocessos impostos pelo crescimento político das ideologias que representam a negação da luta pela emancipação social da mulher.

La démocratie c'est moi

Por Marcelo Zero

“La démocratie c'est moi” (a democracia sou eu) pareceu ter dito, em entrelinhas sombrias, o desassombrado capitão, quando mencionou, de forma aparentemente inocente, que a nossa liberdade e democracia só existem quando as Forças Armadas permitem.

Muitos questionam o QI, se algum, do capitão.

Outros colocam em dúvida sua sanidade mental.

Mas não se pode questionar sua intempestiva sinceridade e sua desavergonhada coragem.

A coragem dos néscios, mas coragem, enfim.

Pátria armada e a segurança pública

Por Abdael Ambruster, na revista Teoria e Debate:

Segundo a ONU, o ambiente doméstico é o local onde se concentra o maior número de assassinatos de mulheres no mundo. Foto: Agência Brasil

Quando se diz para que o cidadão se arme, que tipo de mensagem é passada?

Segundo dados pesquisados pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso) [1], junto ao Mapa da Violência, graças ao decreto do desarmamento 135 mil vidas foram salvas entre 2004 e o ano de 2016.

Contudo, a posse de arma de fogo foi flexibilizada graças ao decreto emitido pelo presidente da República Jair Bolsonaro, e hoje o cidadão comum pode ter à sua disposição, seguindo os preceitos legais, uma arma de fogo.


Suicídio assistido da indústria brasileira

Por Artur Araújo, no site Outras Palavras:

Aeronaves; cronômetros e relógios; equipamentos e instrumentos óticos; manutenção e reparação de veículos ferroviários; e aparelhos telefônicos são os cinco ramos da indústria brasileira que mais dependem de importação de insumos e componentes.

Estamos nos tornando aceleradamente um país em total dependência de outros para voar, medir o tempo, enxergar, usar trens e falar.

Nem mesmo cadeias produtivas em que temos excelência escapam: importamos estupidamente nos setores de defensivos agrícolas; adubos e fertilizantes; preparações farmacêuticas; medicamentos para uso humano; máquinas para terraplenagem; e metalurgia do cobre.

Reportagem publicada ontem (7/3) pelo Valor descreve o descalabro:



sexta-feira, 8 de março de 2019

Previdência pode “aposentar” Bolsonaro

Por Altamiro Borges

Deixando de lado o vídeo pornô, as sacanagens no Twitter e outras obscenidades, o presidente-capetão – que levou uma baita “mijada” no Carnaval da revolta – jogará seu futuro a partir de agora no Congresso Nacional com a votação da contrarreforma da Previdência. Caso consiga aprová-la, com a compra de voto dos “talentosos” parlamentares à venda no balcão de negócios, Jair Bolsonaro até poderá ter alguma sobrevida – desde que controle seus desequilibrados “pimpolhos” e não faça tantas besteiras. Caso seja derrotado ou tenha de “desidratar” seu projeto, que na prática elimina a aposentadoria de milhões de brasileiros, o fascistoide será descartado ou virará um natimorto até o fim de sua gestão.

Olavo de Carvalho já pagou sua dívida nos EUA?

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o astrólogo lunático Olavo de Carvalho, guru dos fascistas nativos e responsável pela indicação de alguns ministros no laranjal de Jair Bolsonaro, lançou uma campanha nas redes sociais para levantar recursos junto aos amigos e seguidores. Em postagem no Facebook, o falso patriota que reside há vários anos nos EUA informou que recebeu uma elevada cobrança de despesas médicas e de impostos do governo ianque. Ele não revelou o valor da dívida e até tentou posar de vítima, afirmando que os gastos se juntariam às multas impostas pela "rede de esquerdistas" que o processa por suas declarações criminosas.

"Política é show business para pessoas feias"

Por Rosana Pinheiro-Machado, no site The Intercept-Brasil:

Durante minha infância, nos anos 1980, escutava com frequência pessoas falarem que queriam que Silvio Santos fosse presidente. A Xuxa também teria o seu lugar na política. Nas eleições de 1989, eles não concorreram, mas não faltou diversão na propaganda eleitoral: de Marronzinho a Enéas, todo mundo tinha o seu “cômico” de estimação. Enéas Carneiro, por sinal, foi o deputado mais votado da história do Brasil por um bom tempo, superado posteriormente pelo comediante Tiririca.

Projetos que ameaçam as mulheres em 2019

Por Carol Scorce, na revista CartaCapital:

Enquanto os olhos estão virados para as loucas aventuras de Jair Bolsonaro (atualizadas semana após semana, dia após dia), sem fazer barulho deputados conservadores têm feito avançar suas convicções no Congresso Nacional, engrossando o caldo do que próprio governo chama de “pauta dos costumes”.

Os direitos reprodutivos das mulheres podem entrar no jogo como moeda de troca no processo de votação de reformas impopulares, como o caso da Previdência, e será feito por uma bancada fundamentalista, cuja agenda prioritária é a criminalização irrestrita do aborto.

As mulheres e a reforma da Previdência

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Nesse mês de março, em que comemoramos o dia internacional de luta da mulher trabalhadora, o tema da Reforma da Previdência aparece com centralidade. Isso porque a proposta do governo de Jair Bolsonaro significa um duro golpe na classe trabalhadora, e em especial às mulheres.

Em primeiro lugar, a Previdência Social – que compõe a Seguridade Social ao lado da saúde e da assistência social – é muito mais do que apenas uma política de amparo à sobrevivência após a perda da capacidade laboral das pessoas. Ela é a MAIOR política pública e social brasileira e tem o maior impacto – entre todas as políticas sociais – na redistribuição de renda e redução das desigualdades sociais.

O pacote de perversidades contra as mulheres

Por Maria do Rosário Nunes, no site Sul-21:

Nos últimos tempos o Brasil tem sido marcado pela imposição de um conservadorismo moralista, que falseia discursos religiosos com objetivos políticos, enquanto ameaça de forma autoritária as liberdades civis e democráticas e desmonta políticas públicas com um projeto ultraneoliberal no manejo da economia e das relações internacionais.

Isso tem ficado bem evidente nos posicionamentos excêntricos da titular da pasta de direitos humanos e pela proposta de criminalização de movimentos sociais, endurecimento da lei e da ordem e a liberação de armas. No pano de fundo encontra-se em execução o plano que interessa às elites do dinheiro – a entrega das riquezas do país ao grande capital, inclusive as terras indígenas à exploração mineral por estrangeiros. O plano de desmonte da previdência social contido na PEC 006/2019, de Jair Bolsonaro, coroa as medidas que atingem trabalhadores, pobres, pequenos agricultores, mas sobretudo é cruel com as mulheres.