segunda-feira, 25 de março de 2019

Quem pagou a propaganda da Lava-Jato?

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

Nesta segunda-feira (25/03), quem chega ou sai de Curitiba, pelo Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, vai encontrar no caminho os procuradores da Lava Jato Paraná.

Não são eles ao vivo, não. Mas em outdoor com a imagem de todos e a mensagem: Aqui se cumpre a lei.

Propaganda eleitoral antecipada do novo partido do Brasil, o Partido Lava Jato, e de seus candidatos?

Quem pagou a confecção do outdoor e a exibição?

Quanto custou?

Sem base parlamentar, Bolsonaro pode cair

Da Rede Brasil Atual:

A "reforma" da Previdência pode estar sendo sabotada pelo próprio governo de Jair Bolsonaro que tanto pede sua aprovação, de acordo com o integrante do Coletivo Advogados e Advogadas pela Democracia José Carlos Portela Júnior. Em entrevista à Rádio Brasil Atual, nesta segunda-feira (25), Portela analisou a troca pública de farpas entre o presidente da República e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que veio à tona nos últimos dias como um alento para os que se mobilizam contra a proposta.

Os mapas do poder dos ruralistas

Por Luis Fernando Vitagliano, no site Outras Palavras:

Para entender as eleições de 2018 devemos esquecer um pouco das diferenças politicas que normalmente influenciam nas eleições e perseguir o dinheiro que fez valer inverdades – batizadas de fakenews – que contaminaram o ambiente político. Não foi só uma estratégia que se focou em fakenews, mas isso inaugurou uma série de mudanças não só no modo como se trabalhou a comunicação de campanha, mas, também, no modo como se construiu apoios e agendas politicas.

As coincidências entre Bolsonaro e milícias

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

Os primeiros 80 dias do ano expuseram um manancial de revelações sobre o alcance político das milícias cariocas. Do caso Queiroz às prisões recentes dos acusados de assassinar Marielle Franco revelam-se conexões escandalosas entre milicianos e o poder político.

Essas relações foram denunciadas pelo PSOL há muito tempo, desde a CPI das Milícias. Agora atingem, porém, um novo patamar e se aproximam perigosamente do grupo alojado no Palácio do Planalto. A cada dia que passa, o noticiário mais parece com um daqueles filmes policiais sobre famílias mafiosas e crimes quase perfeitos.

Crise penaliza e adoece a juventude

Por Lu Sudré, no jornal Brasil de Fato:

Conseguir um emprego, entrar na faculdade e construir uma vida estável. Esses são os objetivos de qualquer jovem entre 18 e 24 anos. No entanto, essa parcela da população é uma das mais afetadas pela crise econômica que assola o país e a consequências desse cenário vão muito além de questões financeiras.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que, em 2018, o índice de desemprego entre os jovens brasileiros foi de 25,2% e atingiu 11,6% da população em geral. Ou seja: a probabilidade de um jovem estar desocupado é duas vezes maior do que a do restante dos brasileiros. Os números mostram que a realidade daqueles que daqui há alguns anos deveriam compor a centralidade da força produtiva do país é desanimadora.

Clima de instabilidade no governo Bolsonaro

Do site Vermelho:

Os desentendimentos verbais entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e o presidente da República, Jair Bolsonaro, revelaram um clima de instabilidade na governabilidade do país.
Os dois trocaram provocações em torno da responsabilidade nos encaminhamentos da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da previdência.

Maia abandou a articulação após publicação de post do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), com críticas a ele.

Previdência traz o povo de volta às ruas

Por Isaías Dalle, no site da Fundação Perseu Abramo:

Dá para ganhar essa. É possível derrubar a proposta de contrarreforma da Previdência feita pelo governo federal. Essa sensação, a de que o jogo não está perdido, é seguramente um dos efeitos provocados pelo ato que encerrou, na noite de ontem, na Avenida Paulista, o Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, convocado pelas centrais sindicais e pelos movimentos sociais.

A ameaça do terrorismo tecnológico

Apagão hoje na Venezuela. Crédito: Aporrea
Por Frederico Rochaferreira, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O apagão na Venezuela que começou na quinta-feira (7) tem provocado acusações mútuas entre governo e oposição e acirrado a crise política e social que o país vive. No terceiro dia de falta de energia elétrica, o caos tomou conta dos serviços de telefonia, internet e metrô e os hospitais tem sido um ponto nevrálgico nessa crise, com casos de óbitos de pacientes de diálise se registrando a cada dia. Estima-se que mais de 10 mil pessoas hospitalizadas estejam em risco.

Mais que o esperado, menos que o necessário

Belém, 22/3/19
Por João Guilherme Vargas Netto

A jornada do dia 22 de março foi um sucesso quase desconhecido pela mídia grande, mas com repercussão nas redes sociais e na comunicação sindical.

Embora as direções ainda não tenham conseguido produzir um balanço quantitativo detalhado do conjunto das manifestações, contentando-se cada uma delas a repercutir o que realizaram em suas áreas de influência, a positividade da jornada pode ser aferida em três eixos fundamentais.

Em primeiro lugar, as manifestações foram nacionais, ocorreram em todo o país, nas grandes capitais e nas cidades menores, nas cinco regiões do Brasil.

Recuo pró-reforma é suicídio para Maia

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não creio muito nesta história de que Rodrigo Maia vá “blindar” a reforma previdenciária e insistir em aprová-la, com a brutalidade atual, na Câmara dos Deputados.

Não duvido que a crueldade de Maia e sua bajulação ao “mercado” faça disso o seu desejo, mas está criada uma situação que já não depende exclusivamente disso.

Os partidos e uma parcela dos deputados está irritada e convencida de que, se não confrontar o governo Bolsonaro na questão que é o centro das atenções do país, por sua repercussão, estará inapelavelmente rendida diante do falangismo bolsonarista, apenas esperando a vez de ir para o matadouro das redes sociais.

domingo, 24 de março de 2019

Flávio Bolsonaro perde poder no PSL e no clã

Por Altamiro Borges

O bordel de Jair Bolsonaro – que reúne milicos rancorosos, abutres financeiros, corruptos laranjas, milicianos fascistas e fanáticos religiosos, entre outros aloprados – vive em guerra permanente e sangrenta. A turma gosta mesmo do gesto da arma na mão! Até recentemente, parecia que o clã do capetão estava unido nessa batalha fratricida interminável – e tão destrutiva para a nação. Mas não é bem assim. Duas notinhas recentes da mídia que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista indicam que a famiglia é bem complicada, mais parece um bando de psicopatas.

Mídia ofusca atos contra golpe da Previdência

Av. Paulista, São Paulo, 22/3/19. Foto: Edna Amorim
Por Altamiro Borges

O Dia Nacional de Luta em Defesa da Previdência, na sexta-feira (22), superou as expectativas mais otimistas das centrais sindicais. Segundo levantamento parcial, o protesto unitário teve atos, marchas e panfletagens em mais de 120 cidades – a previsão inicial era de que as manifestações ocorressem nas 26 capitais e em cerca de 50 municípios de grande porte. Além de ter se espalhado pelo país, os protestos também contaram com expressiva adesão, lotando praças e avenidas.

Neoliberalismo, governos e classes dominantes

Por Augusto Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

Este ensaio, publicado originalmente no livro Governos Lula e Dilma: o ciclo golpeado, aborda a complexa relação existente entre o neoliberalismo, as diversas frações das classes dominantes e os sucessivos governos brasileiros desde a ascensão de Collor de Mello (1989) até o impedimento da presidenta Dilma Rousseff (2016).

Defende a tese que ocorreu um deslocamento de hegemonia no Bloco do Poder após a eleição de Lula. Isso teria permitido aplicar, não sem contradições, um programa de caráter neodesenvolvimentista, que favoreceu setores da burguesia e dos trabalhadores brasileiros. Projeto que desmoronou com o golpe parlamentar de 2016.

Lava-Jato virou moeda de troca do governo?

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Ou você aprova o que eu quero ou eu te prendo: terá a Lava-Jato se transformado em moeda de troca para a aprovação de projetos do governo no Congresso? É o que o país quer saber após assistir aos fatos desta semana.

Vamos recapitular: desde fevereiro, Sérgio Moro vinha cobrando Rodrigo Maia para que agilizasse a votação de seu “pacote anticrime”, mas o presidente da Câmara insistia em que o projeto do ministro da Justiça só será votado após a reforma da Previdência. A “bancada da bala”, apoiadora de Moro, também participava da pressão sobre Maia.

Sem direitos: melhor 'Jair se acostumando'

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Em meio à profusão de asnices que Bolsonaro fala e escreve (nas redes sociais) diariamente, está passando batida uma “promessa” que ele fez ano passado, após a campanha eleitoral, e que reforçou agora, no Chile. Proposta que deve gerar um desastre social no Brasil: ele pretende eliminar TODOS os direitos trabalhistas – férias, 13º, fundo de garantia etc. Prepare-se para uma vida muito dura.

O desemprego está subindo

Lava-Jato e o presidencialismo de coerção

Por Theófilo Rodrigues, no blog Cafezinho:

As razões por trás da prisão do ex-presidente Michel Temer e de seu braço direito, o ex-governador Moreira Franco, ainda não são plenamente conhecidas. As interpretações são as mais variadas, mas a sensação de que estamos em um processo de transição para um novo tipo de gestão do presidencialismo brasileiro é cada vez mais presente.

Nosso modelo político da Nova República é comumente descrito como o de um presidencialismo de coalizão. O termo foi cunhado por Sergio Abranches em artigo publicado na revista Dados em fins da década de 80 e descreve um sistema político que reúne características como o presidencialismo, o multipartidarismo, o voto proporcional e o federalismo.

Trump e Bolsonaro, um só coração

Por Roberto Pizarro, no site Carta Maior:

Os presidentes Donald Trump e Jair Bolsonaro se reuniram em Washington para fortalecer uma amizade que nasce de claras concordâncias ideológicas. O fazem num momento trágico, após um ataque de supremacistas brancos que assassinou 49 pessoas, imigrantes muçulmanos, em mesquitas da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.

O principal suspeito do ataque, o australiano Brenton Harrison Tarrant, transmitiu ao vivo o massacre, com uma câmara colocada em seu capacete. Segundo o revelado pelo The New York Times, nesse mesmo dia o indivíduo havia publicado um manifesto em que se identificava com Anders Breivik, o terrorista de extrema direta norueguês que matou 77 pessoas em 2011, e também com Dylann Roof, supremacista branco que matou 9 afro-americanos em uma igreja da Carolina do Sul, em 2015. Agregou em seu manifesto uma saudação ao presidente Trump como “símbolo renovado da identidade branca”.

O Brasil quer expelir Bolsonaro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As razões são diferentes e, em muitos casos, opostas. Parece claro, no entanto, que forças importantes do mundo político brasileiro se movimentam numa mesma direção - encontrar o caminho mais curto para expelir Jair Bolsonaro do comando do Estado.

Após três meses no Planalto, não há dúvida de que o governo Bolsonaro se mostrou incompatível com qualquer esforço racional para retirar o país de uma catástrofe que se agrava de forma ininterrupta desde 2015.

País estrebucha entre apocalipse e melancolia

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Sei que este título não é nada agradável para se ler num domingo de sol, mas é o que temos.

Basta correr os olhos pelo noticiário para constatar que o país está estrebuchando, já no prenúncio do apocalipse, mergulhado na mais profunda melancolia.

Se tem um ponto em comum entre os arautos da nova ordem unida é a abissal mediocridade.

De repente, o país se deu conta de que elegeu um bando de loucos, ao completar hoje 83 dias, sem governo e sem nenhuma esperança de que algo possa melhorar tão cedo.

Prisão de Temer e a força da Lava-Jato

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

A prisão preventiva de Michel Temer é arbitrária e ilegal. Não há uma única razão que a justifique. Ele não continua cometendo crimes, não está destruindo provas, não está intimidando testemunhas, não representa risco à ordem pública nem está tentando fugir. É mais uma afronta ao estado de direito promovido pelos integrantes da Lava Jato. Isso não significa que Temer seja inocente. Há indícios robustos na acusação e é bastante provável que ele seja condenado ao final do processo. Mas o pedido de prisão preventiva pedido pelo Ministério Público e autorizado pelo juiz Marcelo Bretas tem uma evidente motivação política. É a Lava Jato medindo forças com o STF.