segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Bolsonaro legaliza a grilagem no campo

Por Alexandre Guerra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Em 10 de dezembro, a Medida Provisória 910/2019, que versa sobre a regularização fundiária, foi lançada em evento no Palácio do Planalto. Apesar da tentativa dos participantes do governo em apontar a iniciativa como moderna e positiva para o país, ela abre caminho para a legalização da grilagem e beneficia grandes proprietários desmatadores e invasores de terras.

Bolsonaro governa para o andar de cima

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A concentração de renda no Brasil só perde para a do Catar, um emirado do Oriente Médio dominado por uma monarquia absolutista islâmica, sustentada pela exportação de petróleo e gás natural, com uma população em torno de 1,9 milhão de habitantes, dos quais apenas 250 mil são nativos. O restante da população é formada por estrangeiros.

Protetorado britânico até 1971, é, hoje, a sede do Comando Central militar dos EUA na região.

Nada, portanto, que nos sirva de exemplo. Mas temos muito de Catar. A parcela dos 1% mais ricos do Brasil concentra quase 30% da renda nacional, e os 10% mais ricos ficam com 42% da renda total do país. E ninguém cora!

Fascismo: jornalista é morto na Bolívia

Sebástian Moro
Por Leonardo Wexell Severo

Comprometido em fazer avançar o processo de transformações comandado pelo presidente Evo Morales, o argentino Sebástian Moro vivia desde fevereiro de 2018 na Bolívia, entregando o melhor de si junto à Confederação Sindical Única de Trabalhadores Camponeses da Bolívia (CSUTCB).

Após denunciar a ação das hordas fascistas contra partidários do Movimento Ao Socialismo (MAS), seu corpo de 40 anos, completamente inconsciente, deu entrada numa clínica da capital, La Paz, em 10 de novembro, coberto de contusões, escoriações e arranhões, vindo a falecer seis dias depois.

Para o governo golpista e suas hordas fascistas que queimaram residências, sequestraram, estupraram e espancaram apoiadores de Evo Morales, Sebástian Moro faleceu por conta de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Os sinais do fascismo na mídia corporativa

Por Laurindo Lalo Leal Filho, no site A terra é redonda:

Começo com uma citação. Mas não é de nenhum erudito. Diz o seguinte: “ela é uma histérica, ela é uma mal-amada. Vá fumar seu baseadinho lá na Suécia”. “Ela está precisando de um homem, de um macho ou de uma fêmea. Se ela não gosta de homem, que pegue uma mulher” [1]. O autor dessas belíssimas frases é o radialista Gustavo Negreiros, da rádio 96FM de Natal, no Rio Grande do Norte. Ele referia-se à ativista ambiental sueca Greta Thumberg, de 16 anos, que havia feito um discurso em defesa do meio ambiente na reunião da Cúpula do Clima, promovida pela ONU. Até o ano passado o autor dessas agressões verbais ocupava o cargo de Sub Secretário de Turismo do Estado. Por pressão dos patrocinadores da emissora foi demitido.

O ocaso de um general

Por Fernando Brito, em seu blog:

É triste e patética a entrevista do General Eduardo Villas Boas hoje, a O Globo.

Muito embora seu sofrimento físico desperte a natural simpatia de todas as pessoas de bons sentimentos, uma vez que ele decidiu não se retirar e manter-se em cargos e no debate político não pode, por aquela razão, estar imune a críticas e ao julgamento público, como qualquer integrante deste governo estaria.

A conversa já começa por uma situação que só o desejo de sugerir o uso do Exército pelo governo petista faz com que seja narrada: uma suposta “sondagem” sobre a decretação de um “estado de defesa” durante o impeachment, para suspender o direito de reunião e de manifestação.

Bolsonaro é uma via aberta para a ditadura

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Menosprezar ou folclorizar as constantes ameaças ditatoriais e os ataques do clã Bolsonaro e dos bolsonaristas ao pouco de ordem jurídica ainda vigente no Brasil é um erro histórico que poderá ter desdobramentos perigosos, de dimensões catastróficas.

Tanto a retórica como a prática inconstitucional e ilegal que evocam um regime ditatorial devem ser entendidas como de fato são: parte de um planejamento meticuloso para uma escalada autoritária de modo incremental, progressivo, até a implantação de uma ditadura no Brasil. Neste caso, uma ditadura bruta, sanguinária, fascista; dominada por facções milicianas.

Sobre as declarações do general Villas Bôas

Por Dilma Rousseff, em seu site:

As declarações do General Villas Bôas, em entrevista ao jornal O Globo, exigem dele uma atitude responsável e, para tanto, é necessário que:

1. Apresente os nomes dos “dois parlamentares de partidos de esquerda” que, segundo ele, “procuraram a assessoria parlamentar do Exército para sondar como receberíamos (o Exército sic) a decretação de um Estado de Emergência”. Se isso ocorreu é imprescindível o nome dos deputados pois que eles devem esclarecimentos ao País. Caso contrário, a responsabilidade cabe ao general e à sua assessoria parlamentar.

domingo, 15 de dezembro de 2019

Guerra no laranjal: PSL expulsa Bia Kicis

Por Altamiro Borges

A guerra no laranjal da extrema-direita tupiniquim está cada dia mais divertida. Na quinta-feira (12), a direção do PSL – o partido de aluguel que garantiu legenda ao “capetão” – expulsou uma das bolsonaristas mais estridentes e patéticas, a deputada federal Bia Kicis, do Distrito Federal. Em documento obtido pela Folha, Luciano Bivar, presidente da sigla, acusou a parlamentar de cometer “grave infração ética” e de infringir a disciplina partidária, fazendo o jogo da “Aliança Pelo Brasil”, a nova legenda fascistoide criada pelo clã Bolsonaro.

sábado, 14 de dezembro de 2019

Bolsonaro leva o prêmio “Fóssil do Ano”

Por Altamiro Borges

A imagem do Brasil no exterior se deteriora rapidamente por inúmeros motivos – desde o piriri verborrágico racista, machista e homofóbico de Jair Bolsonaro até as mancadas da “diplomacia olavista” em vários fóruns internacionais. Mas o que mais desgasta o país segue sendo a política ambiental destrutiva e irresponsável imposta pelo “capetão” e seu ministro das queimadas, Ricardo Salles. Nesta sexta-feira (13), o Brasil recebeu o vexatório prêmio de “Fóssil do Ano” no final da conferência da ONU sobre mudanças climáticas (COP-25), em Madri.

A explosão da desigualdade social

A economia afunda no Brasil

Terraplanistas e monarquistas no governo

Reino Unido: razões do fracasso provisório

Jeremy Corbyn
Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Uma oportunidade de dar novo sentido às revoltas populares que marcam 2019 e às frustrações com a política tradicional, que atravessam o mundo há anos, foi perdida ontem. Liderado por sua ala mais à direita e impulsionado pelo Brexit, o Partido Conservador venceu eleições cruciais e obteve folgada maioria no Parlamento (365 de 627 cadeiras) – mesmo alcançando menos da metade (43,6%) dos votos. O resultado frustrou, ao menos temporariamente, um processo que se iniciou há quatro anos, e tem grande significado para a esquerda em todo o mundo. Sob a liderança de Jeremy Corbyn, alcançada de modo surpreendente em 2015, o Partido Trabalhista transformou-se, multiplicou seu número de membros e reassumiu a busca de alternativas ao capitalismo. Sua vitória teria colocado em prática um programa de impulso aos serviços públicos e ampliação dos direitos sociais; de fortalecimento do Comum e combate ao poder das corporações e da oligarquia financeira; de redistribuição de riquezas combinada com preservação da natureza. Tudo isso, num país onde os fatos políticos têm enorme repercussão internacional.

Bolsonaro tem problemas cognitivos

A oposição corrupta da Venezuela

Saldo desastroso da política externa em 2019

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O encerramento da 25a conferência da ONU sobre o clima nesta sexta-feira 13 coroa uma sequência de acontecimentos capazes de resumir um ano de política externa do governo Bolsonaro. Um saldo que beira o desastre, a julgar pela conferência (COP 25), realizada em Madrid, pela 55a Cúpula do Mercosul, na gaúcha Bento Gonçalves, e pelos 70 anos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), festejados na cidade britânica de Watford.

Silvio Santos é denunciado por racismo

Da Rede Brasil Atual:

O apresentador de TV Silvio Santos, do SBT, foi denunciado nesta sexta-feira (13) por racismo no Ministério Público do Estado de São Paulo. A representação foi feita em decorrência da atuação do apresentador durante o quadro Quem Você Tira?, no dia 8. Cantoras disputavam a preferência do público interpretando a mesma canção, mas Silvio Santos desconsiderou o resultado da votação e entregou o prêmio em dinheiro para uma de suas escolhidas.

Moro conspira contra a Constituição

Do site Vermelho:

Sergio Moro, o ministro da Justiça, se mostra, dia a dia, menos ministro e mais militante político. Essa é a opinião dos juristas Lenio Streck, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, Alberto Toron e Marco Aurélio de Carvalho, advogados integrantes do Grupo Prerrogativas. Em artigo no jornal Folha de S. Paulo, intitulado “A conspiração de Moro contra o Supremo Tribunal”, eles disseram que os elementos objetivos para isso não são recentes; na condição de juiz, Moro mostrava exuberante parcialidade, a ponto de manter encontros com integrantes do então futuro e provável governo ainda quando estava no exercício da judicatura.

A decepção dos militares com Bolsonaro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

É grande a revolta dos praças e graduados das Forças Armadas - soldados, cabos, sargentos, sargentos e tenentes - com Jair Bolsonaro, em que votaram maciçamente e agora chamam de traidor, por conta do projeto de reforma da previdência miliar, que deve ser sancionado até a semana que vem.

A nova regra favorece a alta oficialidade em detrimento das baixas patentes, afora o aumento de cinco anos no tempo para aposentadoria.

Por outros motivos, é também grande, segundo fontes que ouvi, com acesso a militares graduados, a insatisfação da cúpula com os rumos do governo Bolsonaro.

Esta é uma inflexão importante, chegando mesmo a ser uma notícia boa nas circunstâncias atuais.

"Mídia incendiou a Bolívia com mentiras"

Por Leonardo Wexell Severo

Recém demitida, a chefe das Rádios dos Povos Originários (RPOs) do Ministério da Comunicação do governo de Evo Morales, e ex-diretora-executiva do Centro de Educação e Produção Radiofônica da Bolívia (Cepra), Dolores Arce denuncia como “a mídia local fez um despejo desinformativo, promovendo o motim da polícia e garantindo impunidade para que o Exército assassinasse manifestantes que lutavam por seus direitos”. Condenando a mídia como “um dos pilares do golpe contra o governo constitucional”, ela recordou que “os canais de televisão começaram a ir ao conjunto das regiões para assediar os comandos militares, incendiando o país com mentiras”.