domingo, 19 de janeiro de 2020

O dilema de Regina Duarte

Por Fernando Brito, em seu blog:

Há muita coisa no caminho de Regina Duarte se escolher aceitar o convite de Jair Bolsonaro.

E as mais sérias não são perder o salário da Globo – e aos 72 anos e em ocaso, depois never more – e receber os estigmas dos quais ela já mostrou não se preservar.

O problema será o que fazer com os “bolsoboys e bolsogirls” que Roberto Alvim, com carta branca de Jair Bolsonaro, instalou em mais de um dezena dos braços operacionais da Secretaria de Cultura.

É uma turma que será defendida pela matilha com unhas e dentes – ou garras e presas, para expressar melhor – e que considera cada posto uma colina conquistada em sua guerra fundamentalista, cristão ou evangélica – na qual devem manter fincada a bandeira de sua Cruzada, de sua guerra “santa”.

Alvim foi derrubado, mas projeto permanece

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

A queda espetacular de Roberto Alvim não deve produzir ilusões.

Se a permanência do Goebells tropical no ministério tornou-se insustentável, o projeto que pretende modelar a cultura brasileira por princípios inaceitáveis, típicos do nazismo, não foi revogado e deve ser combatido com o mesmo ardor.

Isso quer dizer que, após celebrar a queda de um fanfarrão perigoso, será necessário compreender e denunciar o Premio Nacional das Artes, no qual o governo Bolsonaro pretende gastar R$ 20 milhões para amaciar a rejeição corajosa, admirável, de um dos principais polos de resistência a seu governo, aquele universo onde se encontram os mais influentes artistas e intelectuais brasileiros.

Os resistentes da Casa de Rui Barbosa

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:

"Para mudar um regime político é preciso antes destruir a sociedade", diz o mantra cunhado pela empresa Cambridge Analytica e seus mentores, entre eles o pernicioso neofascista americano Steve Bannon, consultor informal do atual presidente do Brasil. E é a isto que se dedica, há um ano, o governo do país, cujo avanço mais recente, numa área de grande importância estratégica, a da Cultura, se deu esta semana, com a efetivação vergonhosa de uma autora de telenovelas ordinárias no cargo de diretora da Fundação Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, no Rio de Janeiro.

O bloqueio dos EUA e a resistência de Cuba

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Passei treze dias em Cuba. De 4 a 17 de dezembro do ano passado. Havia estado lá em novembro de 2018, por conta própria e final de janeiro de 2019, a convite do governo cubano para participar da IV Conferência Internacional pelo Equilíbrio do Mundo. E voltei agora. Nem estava atento ao 41º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-americano, de 5 a 15 de dezembro. Pude assistir Marighella, no cine Yara lotado, 1200 pessoas gritando “Fora Bolsonaro” durante a fala de Wagner Moura, antes da exibição do filme. Vi o Tropicana, o Buena Vista, espetáculos de primeira grandeza. Vimos, Carla, minha mulher, eu e a amiga, Eleonora muita coisa, tudo muito intenso. É Cuba.

Os gastos em Porto Alegre com propaganda

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Ao se beneficiar da farra milionária das verbas publicitárias da Prefeitura de Porto Alegre, o Estadão dedicou um apologético editorial à Administração tucana em Porto Alegre. No editorial O exemplo de Porto Alegre, o prefeito Marchezan Júnior [PSDB] afirmou que “[…] acabamos com gasto em publicidade e revisamos todos os contratos terceirizados”.

Esta declaração do prefeito não tem aderência na realidade. É, evidentemente, uma informação de quem inventa um mundo paralelo e sem compromisso com a verdade. Além de não acabar com os gastos em publicidade, Marchezan Júnior multiplicou por muitas vezes tais despesas no comando da Prefeitura de Porto Alegre [PMPA].

O desmonte da Casa de Rui Barbosa

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Escrevo sobre a mais recente agressão do governo à inteligência: a razia que desmontou a área de pesquisa da Fundação Casa de Rui Barbosa, um dos mais importantes centros de produção de conhecimento do país, que, pelo respeito à sua excelência, até aqui vinha passando incólume pelas turbulências da tragédia política brasileira, sobrevivendo mesmo ao mandarinato militar, à aventura Collor de Mello e ao golpe de Temer e seus cúmplices.

sábado, 18 de janeiro de 2020

A luta contra as demissões na Petrobras

A admiração de Bolsonaro pelo nazismo

O que muda com a Carteira Verde e Amarela

Como funciona o imperialismo americano?

Bernie Sanders tem chance nos EUA?

O terraplanismo de Paulo Guedes

Lawfare é uma arma geopolítica!

As pretensões políticas de Luciano Huck

Esquema de corrupção na Secom de Bolsonaro

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

O psicopata Roberto Alvim

Neoliberalismo esmaga indústria e consumo

Editorial do site Vermelho:

A informação de que o Brasil perdeu 17 fábricas por dia entre 2015 e 2018 diz muita coisa. De janeiro a novembro de 2019, últimos dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física do IBGE, a produção da indústria de transformação ficou praticamente estagnada. Como resultado do projeto de poder que se instalou após o rompimento golpista com o resultado das eleições de 2014, bem demarcado temporalmente, esses números explicam a explosão do desemprego no período e indicam que a desindustrialização está na sua base estrutural.

Um tapa nas fuças da direita brasileira

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Nunca houve tantos críticos cinematográficos num governo brasileiro e seus aliados! Dividem-se entre patéticos e patetas, todos adeptos do “não vi e não gostei” – de Democracia em Vertigem, concorrente ao Oscar de melhor documentário. Falam sem argumentos, mas com muita convicção. O mais patético comentário de todos foi o do MBL, choramingando que também tinham feito um documentário sobre o impeachment, mas que não foi incluído na lista.

'Democracia em Vertigem' e a máscara do golpe

Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Iniciamos a semana com uma sensação de profunda alegria, felicidade e regozijo. Isso porque o documentário "Democracia em Vertigem", um filme de Petra Costa, uma jovem e talentosa cineasta brasileira, foi indicado ao maior prêmio da indústria cinematográfica do mundo, que é o Oscar.

Esse fato é importante não apenas para os amantes da arte, para aqueles que admiram e sabem o quanto a arte é importante na vida de todos nós, mas também porque o filme traz alegria aos amantes da história e da verdade.

O filme Democracia em Vertigem mostra de uma forma suave, apesar dos fatos dramáticos, o que estava em torno do golpe de 2016 contra a presidenta Dilma Rousseff (PT).

O crime que pode derrubar o presidente

Por Frederico Rochaferreira, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, se deu um mês depois do Estado cair sob intervenção federal. Três dias depois, o interventor general Walter Souza Braga Netto, em sua primeira aparição pública, evitou a imprensa e não deu qualquer declaração sobre a execução de Marielle, que era relatora da comissão criada, pela Câmara dos Vereadores, para acompanhar a ação dos militares na intervenção federal no Rio de Janeiro.