domingo, 5 de abril de 2020

Bilionários estão indiferentes à pandemia

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Otto Lara Resende celebrizou a frase, com a qual nem concordo, “o mineiro só é solidário no câncer”.

Numa paráfrase invertida, podemos dizer, com certeza, que os ricos do Brasil não são solidários nem na pandemia de coronavírus.

Mesmo com ministros e técnicos de carreira tropeçando na burocracia, batendo cabeças e remando contra a inabalável ignorância de Bolsonaro, o Estado brasileiro está se endividando para viabilizar as poucas medidas de proteção social já aprovadas.

Em entrevista ao jornal Valor Econômica desta sexta-feira, 03 de abril, o médico e acionista do Banco Itaú José Luiz Setúbal afirmou que “a responsabilidade dos ricos será grande nesta crise”.

Um império doente

Por Fernando Brito, em seu blog:

Daqui a uma semana, no Domingo de Páscoa, os Estados Unidos terão meio milhão de pessoas infectadas pelo Covid-19 e, provavelmente, terão ultrapassado a Itália como o país com maior número de mortos.

Uma tragédia sem precedentes para a nação mais rica do mundo, cujo presidente, pouco mais de um mês atrás, dizia que esta epidemia não matava mais que as gripes comuns.

Sim, toda a coincidência não é mera semelhança e pense nisso ao ler.

O Departamento de Defesa enviou uma “equipe mortuária” militar para Nova York, tantos são os corpos que, todo dia, precisam seguir seu destino solitário, sem mesmo um adeus de sua família.

O bolsonarismo é herdeiro da ditadura

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A felonia do 1º de abril de 1964 pede reflexão.

Pede sempre, pois muito longe está de encerrar-se o inventário de seus malefícios, um dos quais nos malsina, a chaga do bolsonarismo, ainda ontem cantado em ode pelo general Villas Bôas.

O colapso da ditadura – assinalado com a eleição de Tancredo Neves e a posse de José Sarney, inaugurando uma “nova república” que já nascia velha – fechou um século marcado por irrupções sociais e intervenções militares, essas sempre levadas a cabo contra a democracia e a ordem constitucional, sempre a favor dos interesses da casa-grande.

Luciano Huck, um cara bacana e plural

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Luciano Huck, o animador de auditório e fantoche da Globo que circula o Brasil em campanha presidencial para 2022 enquanto o Brasil vive uma catástrofe humanitária e a ameaça genocida do Bolsonaro, é sócio do bolsonarista de raiz Júnior Durski no Grupo Madero.

O Madero possui 190 restaurantes em mais de 70 cidades de 18 Estados da federação [aqui]. “Devido a um item de confidencialidade no contrato, não posso revelar qual a participação dele”, disse Júnior Durski sobre a quota de Huck no negócio que gira cifras bilionárias.

Na previsão de Júnior, o Grupo fecharia 2019 com um faturamento de R$ 1,2 bilhão, com uma margem de lucro extraordinária, de 20% [aqui]. Nada mal!

sábado, 4 de abril de 2020

Petardo: Datafolha aguça ciúmes do “capetão”

Por Altamiro Borges

Manchetes dos jornalões neste sábado (4) atiçarão o ciuminho do "capetão". Folha: “Pasta de Mandetta tem 76% de aprovação; Bolsonaro, 33%”. O Globo: “Aprovado por 76%, Mandetta diz que ‘médico não abandona paciente’”. O ministro da Saúde, que nem é tudo isso, seguirá sendo humilhado pelo presidente psicopata.

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A pesquisa Datafolha mostra que a aprovação do Ministério da Saúde subiu 21 pontos e é mais que o dobro da de Bolsonaro - que ainda relincha que o coronavírus é apenas uma "gripezinha", “uma fantasia” e “histeria da imprensa”. Governadores e prefeitos também têm avaliação superior ao do "capetão" genocida.

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A perda de credibilidade do genocida é patente no Datafolha. 51% dos ouvidos avaliam que Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda no combate à pandemia. E o "capetão" agora é pior avaliado até entre os mais ricos (acima de 10 salários mínimos mensais), que antes formavam uma sólida base bolsonarista.

Diário do coronavírus nas favelas do RJ

A saúde não é um negócio

Governo abandona a terceira idade

Coronavírus infectou imagem de Bolsonaro

Porque o desmatamento compensa

A pandemia de coronavírus e a "velhofobia"

Projeto de Bolsonaro é de destruição do Brasil

Equador vive cenário de filme de terror

Bolsonaro quer saques e caos

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Petardo: Twitter exorciza “pastor” Malafaia

Por Altamiro Borges

Silas Malafaia, o "pastor" bolsonarista e milionário, deve estar ardendo de ódio. O site G1 informa que o Twitter apagou sete postagens da sua conta na noite desta quinta (2). Ao portal do Grupo Globo, "a rede social disse que as publicações 'infringiam regras sobre coronavírus'".

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Em nota, o Twitter alegou que expandiu "suas regras para abranger conteúdos que forem eventualmente contra informações de saúde pública orientadas por fontes oficiais e possam colocar as pessoas em maior risco de transmitir Covid-19". O "pastor", que furou as regras em função do dízimo, foi exorcizado!

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O site UOL informa que o juiz que reabriu igrejas e lotéricas, mantendo decreto insano do "capetão", é um bolsonarista fanático. O desembargador Reis Friede, presidente do TRF da 2ª Região (RJ-ES), saudou em artigo na internet o resultado da eleição de 2018, que deu a vitória ao então candidato do PSL.

Como os generais enquadraram Bolsonaro

Bolsonaro é motivo de piada no mundo

Bolsonaro é o epicentro da crise

Cadê os militares no combate ao coronavírus?

Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:

Nos momentos de crise, assomam o pior e o melhor de cada um. O que vale para pessoas físicas mas também as jurídicas. Para ficarmos apenas num segmento, basta observarmos o que ocorre no comércio. Há empresas incentivando o isolamento social e informando que pagarão seus funcionários, embora estes fiquem em casa. E há outras ameaçando seus trabalhadores com a demissão e o desamparo caso não se exponham à morte.

Um terceiro comportamento é o auto-ocultamento, a omissão do dever, o descolamento da realidade circundante para cuidar somente de si próprio. Chama a atenção o sumiço das Forças Armadas. Onde estão?

Como exorcizar o zumbi do Planalto?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Essa pergunta já toma conta das rodas de conversa no Congresso Nacional e demais meios políticos. O dilema envolve inclusive partidos e parlamentares de centro e até mesmo de direita, mas que conservam algum compromisso republicano.

Caminha-se para o consenso de que Bolsonaro acabou e que sua permanência no cargo, além de cobrir de vergonha a nação e degradar a instituição Presidência da República, dificulta o combate adequado à pandemia de coronavírus.

Não há exagero algum em dizer que quanto mais tempo Bolsonaro permanecer no poder, mais casos de coronavírus surgirão, provocando mais sofrimento e, sobretudo, mais mortes.