quarta-feira, 8 de julho de 2020

Incompetente, Bolsonaro ataca Paulo Freire

Por Carlos Pompe

O presidente Jair Bolsonaro admitiu, nesta terça-feira, 7, que a Educação brasileira não está dando certo. Ele confessou, também, que as pessoas rejeitam o convite ao ver a situação do Ministério da Educação (MEC). “Muitas pessoas querem ser ministros para colaborar com o futuro do Brasil, mas quando vê o tamanho do problema, a gente em comum acordo diz que fica difícil trabalhar dessa maneira. Ninguém quer chegar lá dando murro em ponta de faca, mas a realidade que nós devemos ter em nossas cabeças sobre a questão da educação é que não está dando certo”, disse.


Brasil, um país enviesado

Por Flavio Aguiar, de Berlim

Quando olho para o Brasil, aqui dos longes europeus, mas tão de perto, na tela do meu computador, o que vejo?

Uma enorme balbúrdia.

Uma torre de Babel sem Deus que a redima nem destrua.

Às esquerdas, vejo debates de sempre: trata-se de uma Frente Ampla ou Popular?

Ou ambas, combinadas em diferentes proporções?

Discute-se sem parar o sexo dos manifestos, como em Constantinopla, segundo a legenda, discutia-se o dos anjos diante da invasão turca que chegava.

Há uma diferença.

Abertura do comércio vai agravar a pandemia

"Gripezinha" da Covid pega Bolsonaro

Vezes que Bolsonaro teve (e não teve) Covid

Na quarentena, novas formas de mobilização

As medidas necessárias para enfrentar a crise

O fim dos superpoderes da Lava-Jato

Imagem do Brasil no mundo desce a ladeira

terça-feira, 7 de julho de 2020

Demissões e o carrão blindado de Guedes

Por Altamiro Borges

Com o país totalmente desgovernado – não tem sequer ministro titular da Saúde –, a Covid-19 segue matando milhares e desgraçando a vida de milhões, com desemprego, arrocho salarial e precarização. No setor aéreo, por exemplo, a tragédia é total. A agência Reuters informa que a companhia Azul já demitiu mais de mil funcionários.

O facão representa 7% do quadro funcional da empresa, que era de 13.698 trabalhadores no fim de março. "Além das demissões, a Azul abriu um programa envolvendo demissão voluntária, aposentadoria antecipada e licença não remunerada que afirma ter tido adesão de mais de 2 mil tripulantes".

Mídia insiste em proteger o decadente Moro

Cultor da morte, Bolsonaro persegue máscara

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Nesta segunda-feira (6), Bolsonaro ampliou os vetos que apôs ao projeto do Congresso tornando obrigatório o uso de máscaras em várias situações.

Dispensou também a obrigação de uso nas penitenciárias, onde há milhares de infectados e já ocorrem muitos óbitos.

Canetou ainda o artigo que obrigava os estabelecimentos a fixar cartazes informando sobre o uso correto da máscara.

Na sexta-feira, com os primeiros vetos, já dispensa da exigência as igrejas, estabelecimentos comerciais, escolas e prédios públicos, incluindo os que abrigam órgãos governamentais.

Felizmente o Brasil é uma federação.

Perigoso, Moro nunca deixou de ser tolo

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

Há um provérbio que diz: “Até um tolo pode passar por sábio e inteligente se ficar calado.”

Assim era Sergio Moro quando titular da 13a. Vara de Justiça Federal de Curitiba.

Como juiz, falava pelas sentenças - que talvez nem escrevesse, já que na magistratura não é raro que esse trabalho fique a cargo de um escrivão.

Nas raras vezes em que tinha de falar, desafinava, não apenas literalmente, já que a voz dele é fina.

Confrontado, demorava a responder e, quando respondia, dizia às vezes frases sem nexo.

Por exemplo, no primeiro depoimento prestado por Lula, ele disse há blogs que patrocinavam o ex-presidente.

FBI na Lava-Jato: alta traição!

Bolsonaro e Araújo liquidaram a diplomacia

Bolsonaro com Covid-19. E agora?

Augusto Aras: O cão de guarda de Bolsonaro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Um pastor maremano abruzês, raça de origem italiana, surgiu no mês passado no Palácio da Alvorada e os inquilinos, Jair e Michelle Bolsonaro, resolveram adotá-lo.

O cachorro tinha dono, um frentista de 25 anos, e nome, Zeus, mas o casal não sabia.

Antes de o frentista ir buscá-lo de volta em 30 de junho, após ver umas fotos na internet, o clã presidencial batizou o pet de Augusto.

Curioso.

É o nome do procurador-geral da República escolhido por Bolsonaro.

Augusto Aras é o “PGR de estimação” do presidente, brincam alguns colegas.

A desfaçatez do golpista Michel Temer

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Uma elite oligárquica que não tem limites para realizar seus interesses – de milícias assassinas ao próprio governo Bolsonaro – produz, também, a desfaçatez ou, em termos populares, a cara de pau, a falta de vergonha na cara.

Michel Temer, um dos artífices do golpe, e do impeachment fraudulento, porque sem crime de responsabilidade, com inegável despudor diz que “o impeachment não pode virar moda” e, por isso, Bolsonaro deve ficar.

Passo para trás no sindicalismo

Por João Guilherme Vargas Netto

Levando em conta o pandemônio na vida dos brasileiros e modificando um dito leninista quero recomendar às direções sindicais, em particular do setor industrial, que deem um passo para trás em direção às suas bases; menos Brasília e menos lives entre si e mais o próprio quintal e o acesso aos trabalhadores.

Preocupa-me a situação nas empresas fabris onde os trabalhadores formais – associados ou não ao sindicato – enfrentam hoje dificuldades sem precedentes no curso da produção.

A doença entrou nas fábricas em uma escala nova que chega a desorganizar e paralisar a produção nas pequenas e médias.

Bolsonaro é um autêntico psicopata

Charge: Emanuele Del Rosso/Itália
Por Luis Felipe Miguel

Uma das potências do cargo de presidente é a capacidade de encarnar a unidade da nação.

Marx já dizia, no Dezoito brumário, que enquanto o parlamento espelha os múltiplos aspectos do espírito nacional, isto é, suas divisões, o presidente representa sua inteireza.

Isso lhe confere uma força simbólica nada desprezível, nos embates com outros poderes.

A sociologia política reconhece o fato há muito tempo. Observa como essa força é mobilizada e como outros atores políticos - primeiros-ministros, por exemplo - buscam se "presidencializar" a fim de disputá-la.

Trata-se, talvez, do elemento mais simples da função presidencial.