domingo, 8 de agosto de 2021

Sai o ouro, fica a lama

Por Fernando Brito, em seu blog:

Terminada a justa atenção do país, ainda que notívaga, para o desempenho de nossos atletas olímpicos, os olhares serão, esta semana, atraídos para onde precisam ser: a gravíssima crise político-institucional em que está o país.

Já amanhã, Arthur Lira convocará os líderes partidários para marcar data para a votação de esdrúxula proposta de apuração manual das eleições – pois é disto que se trata, e não de auditoria dos resultados eletrônicos por impressão em papel do voto.

É unânime a previsão de que será derrotada, embora, como resuma hoje Bernardo Mello Franco, em O Globo, “mantém o balcão aberto para negociações com o Planalto”.

sábado, 7 de agosto de 2021

Os conflitos de terra em 5 minutos

Os próximos passos da privataria dos Correios

(Quase) todos contra Bolsonaro

O terrorismo eleitoral de Bolsonaro

O roubo de terras é legalizado

Como será o convívio com a Covid no futuro?

O Brasil a um passo do golpe

Bolsonaro é o desagregador da briga de rua

A cifra milionária do apóstolo Valdemiro

Por Altamiro Borges

Parece que o "apóstolo" Valdemiro Santiago, dono da Igreja Mundial do Poder de Deus e cupincha de Jair Bolsonaro, está escondendo algo dos seus fiéis seguidores. O jornalista Rogério Gentile revelou nesta quarta-feira (4) no site UOL que ele teria recebido “uma cifra milionária” da seita religiosa, segundo um processo que corre na Justiça.

O colunista reproduz uma afirmação publicada pelo juiz Mário Roberto Negreiros Velloso. “Há fortes indícios de que a igreja esteja transferindo seu patrimônio a Valdemiro’, declarou o magistrado, destacando que a Mundial, fundada pelo líder religioso em 1998, pagou mais de R$ 1,2 milhão a ele no último ano, mais de R$ 100 mil por mês”.

Bolsonaro banca a privataria dos Correios

Por Altamiro Borges

O presidente Jair Bolsonaro segue funcional à cloaca burguesa e "passa a boiada" para a privataria no Brasil. Na quinta-feira (5), a Câmara dos Deputados aprovou – 286 votos favoráveis, 173 contrários e duas abstenções – o Projeto de Lei 591/2021 que abre caminho à privatização total dos Correios. Mais um crime contra a nação!

O PL bancado pelo laranjal bolsonariano foi aprovado apesar da empresa estatal dar elevados lucros e atender a milhares de municípios do país – que serão descartados pelas empresas privadas. O líder da Minoria na Câmara Federal, deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ), já adiantou que a oposição recorrerá à Justiça contra o projeto.

sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Comunicação, cultura e desenvolvimento

Efeitos da reforma administrativa na educação

A farsa do voto impresso domina o debate

O que significa lugar de fala?

Judiciário e sociedade enfrentam Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:


O definhamento do presidente Jair Bolsonaro se agravou nesta semana, mas por um script absolutamente inesperado. Tudo indicava que a retomada dos trabalhos da CPI da Covid-19, no Senado, daria protagonismo ao Poder Legislativo no noticiário nacional, com novas inquirições e denúncias sobre a negligência do governo federal no combate à pandemia. Como se sabe, além da omissão do governo em relação à pandemia de Covid-19, há evidências cada vez mais fartas de que o Ministério da Saúde se envolveu em esquemas de corrupção na compra de vacinas anti-Covid.

Caos de Bolsonaro e o script dos militares

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Bolsonaro tem consciência que suas chances eleitorais em 2022 são improváveis.

Caso até a eleição não esteja inelegível e preso, como corresponderia a este criminoso em série que se safa do impeachment e da prisão graças à proteção cúmplice do procurador-geral e do presidente da Câmara, se participar do pleito é grande a probabilidade de ser derrotado por Lula já no 1º turno.

Por isso, enquanto os militares não conseguem encontrar uma alternativa eleitoral viável para a continuidade do projeto de poder, Bolsonaro age como um kamikaze programado para debilitar as instituições e explodir o processo.

Ele faz isso cultivando um clima constante de caos, tumulto e confusão e atacando frontalmente as instituições.

Quem ficou de fora do manifesto

Por Moisés Mendes, em seu blog:


É divertido procurar e não achar quem poderia ter assinado, mas não assinou, o manifesto de empresários, banqueiros, economistas, religiosos e intelectuais contra o golpe.

Um exemplo: Paulo Lemann, o homem das cervejas, o empresário mais rico do Brasil, o guru do empreendedorismo e do liberalismo, não encarou a empreitada.

A lista inicial do manifesto tem Armínio Fraga, mas não tem Mailson da Nóbrega. Tem até Pedro Parente. Roberto Setubal e Pedro Moreira Salles, do Itaú, estão ali, mostrando a cara. Não há ninguém do Bradesco.

O impeachment de Jair Bolsonaro é urgente


Os acontecimentos recentes no Brasil tornaram ainda mais evidente: Jair Bolsonaro perdeu toda e qualquer condição de seguir na Presidência da República. As forças democráticas e as instituições republicanas, em especial o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral precisam agir de forma urgente e viabilizar os caminhos constitucionais para conter a permanente crise política, econômica e social na qual o país está imerso desde que Bolsonaro assumiu o poder.

Hora de uma coalisão antigolpe

Por Fernando Brito, em seu blog:

É evidentemente impossível unir partidos e candidatos às eleições de 2022, nem é adequado misturar tudo em uma “geleia geral”, porque, como na música de Gilberto Gil e Torquato Neto, resulta sempre “na mesma dança, meu boi”.

Mas é absolutamente necessária uma união de todos que não aceitam que o processo eleitoral seja, a esta altura, violado por uma onda de suspeitas improvadas com que Jair Bolsonaro faz uma agitação golpista que planeja, abertamente, vetar as eleições se elas tiverem como resultado a sua derrota.

Isso, já está visto, não se fará pelas instituições da República, espontaneamente, como deveria ser.

Veja a falta de reação do Congresso, onde o presidente da Câmara, com chicanas e declarações fluidas, deixa de dizer que isso é, simplesmente, inaceitável, enquanto o presidente do Senado permanece mudo e inerte.