quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Na ONU, Bolsonaro discursou para sua escória

Por Jeferson Miola, em seu blog:


No discurso na ONU Bolsonaro foi Bolsonaro. Aliás, foi transparentemente Bolsonaro.

Como sempre, recitou mentiras, disparates, delírios e reafirmou sua cosmovisão fascista e reacionária. Bolsonaro se postou como se estivesse conversando com apoiadores no chiqueirinho do Alvorada.

No conteúdo do discurso, ele simplesmente ignorou a enorme audiência planetária que costuma acompanhar o principal evento anual das Nações Unidas – que, decerto, ficou assombrada com as barbaridades que ouviu.

Bolsonaro não se referiu aos temas centrais da agenda internacional da atualidade, apenas desfilou questões doutrinárias e ideológicas que conformam o ideário da extrema-direita: “família tradicional”, anticomunismo, fundamentalismo religioso, negacionismo e ataques à democracia.

No discurso da vergonha, o medo de Lula

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


O discurso que o Itamaraty preparou para Bolsonaro ler na ONU buscava melhorar a imagem do país e de seu governante.

Já em Nova York, Bolsonaro e seu filho Eduardo enxertaram os "cacos" ideológicos e negacionistas que produziram críticas caudalosos mundo afora, para vergonha dos brasileiros, em meio a delírios mitômanos sobre um êxito inexistente. Bolsonaro mentiu diante do mundo da primeira à última linha.

Os "cacos" ideológicos, como a pregação do uso de drogas ineficazes, o famigerado tratamento precoce, e a negação do passaporte vacinal, foram afagos na extrema direita interna e externa, que está festejando o discurso da mentira e da vergonha.

Já foram muito comentadas as mentiras sobre êxitos do governo em áreas onde ele é fracasso, como meio ambiente, combate à pandemia, gestão econômica, combate ao racismo, proteção aos índios e tudo o mais.

Juntar forças para formar uma maioria

Por Roberto Amaral, em seu blog:


O “Fora Bolsonaro!”, a palavra de ordem que unifica a ação das massas, cobra da esquerda socialista a tarefa pedagógica de denúncia da sociedade de classes. A campanha pelo impeachment, portanto, é, a um tempo, tática e estratégica, pelo seu claro objeto, em si, e por constituir espaço privilegiado para a retomada do papel de sujeito pelo movimento popular. Para além da remoção do entulho presidencial nosso objetivo mira a construção de um novo pacto que aponte para uma nova ordem econômico-social. Não há hierarquia de metas, mas simultaneidade na ação.

Primavera?

La puerta, 1966/Juan Genovés
Por João Guilherme Vargas Netto


Quais surpresas nos trará a primavera? Do jeito que as coisas estão será uma mistura de um gélido inverno, um tórrido verão e um desolado outono.

Para os trabalhadores a situação é desesperadora e, em certos aspectos, desmoralizante. O desemprego desorganiza e amedronta, o salário despenca e os direitos são pisoteados; sopra um vento mau contra a classe.

Para o movimento sindical, que representa o núcleo duro do mundo do trabalho, as dificuldades são terríveis.

Há uma contradição entre o conjunto das tarefas a serem enfrentadas – tarefas que dizem respeito à toda mala vita dos trabalhadores – e a capacidade de ação dos sindicatos, limitada ainda aos representados formais e ainda mais pelo garroteamento sucessivo dela.

quarta-feira, 22 de setembro de 2021

Inflação de Bolsonaro penaliza mais pobres

Bolsonaro na ONU afundou de vez o Brasil

Bolsonaro e seu bando em Nova York

Golpe de 1973 no Chile e os riscos no Brasil

Marco temporal e Covid ameaçam indígenas

A reta final da CPI da Pandemia

CPI denunciará Bolsonaro em Haia

Crise política e o impeachment de Bolsonaro

O que é a crise da Evergrande da China?

Prevent Senior fez propaganda da cloroquina

terça-feira, 21 de setembro de 2021

O “evangélico terrível” pode dançar no STF

A Folha e a regulação da mídia

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Há uma semana, um repórter da Folha de S.Paulo encaminhou a seguinte pergunta à minha assessoria de imprensa:

“Por que o projeto de lei elaborado no governo Lula não avançou no governo dela, e por que nem mesmo foi submetido a consulta pública?”

Na segunda-feira, publicou a matéria Lula pressiona PT a retomar debate sobre regulação da mídia, mas sem a minha resposta.

Eis a íntegra do que foi minha resposta ao jornal:

ONU mostra que Bolsonaro é incontrolável

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A chamada “carta da rendição”, após a fracassada tentativa de golpe do 7 de setembro, criou a expectativa, entre os discípulos do Doutor Pangloss, de que Bolsonaro poderia, de alguma forma, ser controlado pelas instituições e domesticado pelos grandes interesses econômicos, que desejam um chefe de Estado que não atrapalhe os importantes negócios internacionais.

A tênue ilusão durou pouco.

Na abertura da Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro voltou a usar o maior palco mundial como palanque eleitoreiro e como plataforma privilegiada para divulgação de fake news destinadas a açular os fanáticos que ainda o seguem.

O "limpador de para-brisas" na ONU

Por Fernando Brito, em seu blog:

A única novidade no discurso de Jair Bolsonaro foi que, por colocarem dois teleprompters, a cabeça do presidente brasileiro parecia um limpador de para-brisas, virando seguidamente, a cada frase, para uma leitura mecânica de um texto que só não é uma comédia porque representa uma desgraça para milhões de pessoas.

O Brasil, disse ele, estava “à beira do socialismo” e por ele foi salvo deste terror. Hein? Se alguém souber de algum patrimônio confiscado, alguma fábrica estatizada, alguma fazenda transformada em cooperativa, por favor, cartas para a redação.

O resto do discurso foi tão veraz como esta parte.

Com Bolsonaro, reduziu-se o desmatamento, só que aumentou.

Bolsonaro espalha fake news na ONU

Do site Vermelho:


Jair Bolsonaro protagonizou nesta terça-feira (21) um dos capítulos mais vergonhosos para o Brasil na história das ONU (Organização das Nações Unidas). Ao discursar nesta terça-feira (21) na abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York (EUA), o presidente espalhou fake news diante de quase duas centenas de chefes de Estado. Foram 12 minutos de mentiras, contradições e retrocessos.

Entre outros pontos, Bolsonaro defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 (cuja ineficácia é comprovada), criticou o passaporte sanitário e disse que o Brasil estava “à beira do socialismo” antes de assumir o governo. “O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo. Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo”, tergiversou.

Recuo tático ou debandada geral?

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Depois de todos os tumultos, arruaças e ameaças produzidos por Bolsonaro e seus seguidores nas últimas semanas, onde ficamos afinal? Que balanço se pode fazer? Pergunta fácil de fazer, mas praticamente impossível de responder com segurança. Tento, mesmo assim, pois ela tem importância inegável.

Bolsonaro vinha se enfraquecendo desde o início do ano, como sabemos, e corria riscos jurídicos e políticos crescentes – seus filhos e ele mesmo. Resolveu dar uma demonstração de força no dia 7 de setembro. Conseguiu? Sim e não. Colocou multidões vociferantes na rua, em Brasília e, sobretudo, no Rio de Janeiro e em São Paulo. Apesar disso, e para decepção da sua base mais radical, resolveu recuar logo em seguida. Deu uma demonstração de força, mas logo depois uma de fraqueza?