terça-feira, 29 de novembro de 2022

O jogo de chantagens de Campos Neto no BC

Por Luis Nassif, no jornal GGN:

Coube a José Roberto Afonso, maior especialista em política tributária do país – funcionário aposentado do BNDES e professor do IDP em Portugal – o feito de desmascarar uma chantagem usual, da qual se vale o Banco Central para firmar seu poder.

As afirmações foram feitas em entrevista ao jornal Valor Econômico.

O autor, no caso, foi Roberto Campos Neto, presidente do BC. Recentemente, em um evento, Campos Neto alertou para os riscos fiscais do país.

Simultaneamente, o presidente do BTG-Pactual, André Esteves, alertou para o risco do investidor desistir de adquirir títulos públicos.

Sobre Campos Neto, o julgamento foi duro: “Espero que tenha sido um momento de amnésia temporária (de Campos Neto). Já que não tem Ministro da Fazenda, espero que ele tenha se confundido e esquecido que é presidente do BC”.

Os generais que se rebaixam

Charge: Venes
Por Fernando Brito, em seu blog:

A anunciada decisão dos comandantes militares de deixarem seus cargos antes da posse do presidente eleito, para que não tenham de bater continência a Lula, é – espera-se – o último episódio da aventura suicida em que as Forças Armadas se lançaram desde que acharam que Jair Bolsonaro seria o caminho para uma impossível volta ao mando que tiveram sobre o país durante a ditadura.

Nem tanto pelo destino dos comandantes – que deixam os cargos, rumo a uma confortável aposentadoria, livre dos limites impostos aos civis – mas pelo mau exemplo que dão aos seus comandados, que veem seus chefes, por razões de ordem meramente político-ideológica, recusarem-se à disciplina e à fidalguia indispensáveis a quem deveria ser o espelho de suas tropas.

A tensão geopolítica na Copa do Catar

Os movimentos sociais e o governo Lula

O silêncio de Bolsonaro: tem explicação?

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segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Mais agressivos, fascistas xingam Gilberto Gil

O fascismo que habita o Brasil

Charge: Padre Fábio
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A vitória épica do Lula em 30 de outubro não extirpou o fascismo que habita o Brasil. Seria muito ingênuo, aliás, se esperar alguma solução mágica e instantânea para desafio tão complexo e de raízes históricas profundas.

O fascismo habita o Brasil desde tempos longínquos; encontrou terreno fértil e se entranhou com facilidade por meio duma elite racista, escravocrata, patriarcal e truculenta como a brasileira.

Em momentos como o atual, de agudo conflito distributivo, a saída capitalista “drástica” com o fascismo é sempre uma “tentação” cogitada por uma oligarquia dominante pouco afeita à democracia, mas muito apegada ao desejo indomável e pornográfico de acumulação – que o diga o celeuma em torno da PEC do Bolsa Família.

Um perigo chamado Mourão

Charge: Nani
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Sempre entendi, desde o primeiro dia de 2019, quando o novo governo assumiu, que o verdadeiro perigo não era Jair Messias, e sim Hamilton Mourão.

Quando os pedidos de impeachment começaram a se acumular na Câmara de Deputados, ainda no tempo de Rodrigo Maia presidir a Casa, confesso que tive dois temores.

Primeiro, que se levado a plenário os pedidos não fossem aprovados, Jair Messias sairia fortalecido. O segundo: se aprovados, Hamilton Mourão assumiria a presidência deste pobre país.

Por que mais perigoso que Jair Messias, se é que isso é possível? Por várias razões.

Jair Messias é um primata desequilibrado, de uma ignorância olímpica, dono de uma inteligência comparável ao meu saldo bancário, que na maior parte do tempo é negativo. Não tem sequer vestígio de ideologia.

Bolívia comemora derrota dos golpistas

Foto: divulgação
Por Leonardo Wexell Severo

Após 36 dias do movimento golpista que, com bloqueios, ameaças e extrema violência, confinaram a população em suas casas e provocaram um prejuízo superior a US$ 1,2 bilhão, as ruas de Santa Cruz de la Sierra voltaram à normalidade na Bolívia. Isso foi fruto da aprovação do projeto de lei do Censo de Lei de População e Moradia 2024 pelos deputados no último sábado (26).

Depois de quatro mortes e centenas de feridos, a medida foi anunciada por Rómulo Calvo, autointitulado presidente da Comissão local, na ausência do governador Luis Fernando Camacho, o principal promotor dos atos criminosos.

Fascismo e massacres ao final das eleições

Imagem: Geledés
Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

No centro de Curitiba, em plena Semana da Consciência Negra, um homem branco armado com faca, cassetete e cão de guarda, espancou covardemente um homem negro que caminhava no centro de Curitiba. O criminoso ordenou que o cão mordesse a vítima, o músico Odivaldo Carlos da Silva, conhecido como Neno.

De acordo com as informações nas redes sociais da vereadora Carol Dartora, enquanto atacava o músico, o criminoso, identificado pela polícia como Paulo Cezar Bezerra da Silva, demonstrava o comportamento de um neonazista: "É morador de rua, tem que apanhar".

O que disseram as urnas em 2022?

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Chantagem militar e a equipe de transição

Lula não precisa seguir austeridade fiscal

Bolsonarismo vai atrapalhar o governo Lula?

Trump orienta ações terroristas de Bolsonaro

 Foto: Amanda Perobelli/Reuter, publicada
no site The Washington Post


Por Altamiro Borges

O jornal The Washington Post revelou na quarta-feira (23) que o deputado Eduardo Bolsonaro, o Dudu Bananinha, reuniu-se com Donald Trump em sua mansão em Palm Beach, na Flórida (EUA), logo após o segundo turno da eleição no Brasil. Segundo a reportagem, o terrorista do Capitólio teria orientado o filhote 03 do "capetão" a seguir questionando o resultado do pleito, insuflando as suas milícias.

Steve Bannon, o ex-estrategista de Donald Trump que já foi preso e recentemente foi condenado por obstruir a investigação sobre os ataques de janeiro de 2021 ao Congresso dos EUA – que resultou em cinco mortes –, confirmou a conspirata. Ele disse que a reunião discutiu “a força das manifestações pró-Bolsonaro”. A matéria evidencia que os fascistas, dos EUA e do Brasil, estão bem articulados.

domingo, 27 de novembro de 2022

Amoêdo se desfilia do partido golpista Novo

João Amoêdo. Foto: divulgação
Por Altamiro Borges

O empresário João Amoêdo, um dos fundadores do já envelhecido Novo, anunciou nesta sexta-feira (25) a sua desfiliação da sigla. “Hoje, com muito pesar, me desfilio do partido que fundei, financiei e para o qual trabalhei desde 2010”, postou em suas redes sociais. Desiludido, ele ainda afirmou que a legenda não existe mais, criticou a aproximação de seus dirigentes com o golpista Jair Bolsonaro e admitiu que o partido “foi sendo desfigurado e se distanciou da sua concepção original”.

"O Novo atual descumpre o próprio estatuto, aparelha a sua Comissão de Ética para calar filiados, faz coligações apenas por interesses eleitorais, idolatra mandatários, não reconhece os erros, ataca os Poderes constituídos da República e estimula ações contra a democracia”, afirmou na postagem.