sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Lula no Natal dos catadores de recicláveis

Carluxo sabe que o pai foi abandonado

Charge: Aroeira
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Carluxo escreveu sobre a impotência e a solidão do pai em nota confusa publicada no Twitter. O filho se esforça para oferecer, mas só aos que ainda merecem, a dimensão do drama de um homem abandonado.

Poucos são merecedores dessa atenção. Carluxo fala dos sacrifícios do pai e da insensibilidade dos que achavam que ele poderia tocar o golpe sozinho.

Refere-se ao blefe como “um processo tremendamente complexo” e manda recados aos que saltaram fora do projeto golpista.

O que ele acaba dizendo é que sobraram para Bolsonaro, do entorno que o acompanhou até a eleição, uns poucos abnegados.

Para as aparições públicas, sobraram um pastor e um padre. Não há políticos ao lado do sujeito em eventos com militares ou nas caminhadas em silêncio na área verde do Alvorada.

Não há políticos nos acampamentos, mesmo que o vice-presidente e senador eleito Hamilton Mourão repita que é legítimo “o clamor das manifestações a que assistimos”.

As urgências na área da saúde do governo Lula

Ilustração: Kalvellido
Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

O grupo de trabalho da Saúde do governo de transição inseriu o fortalecimento do programa Farmácia Popular, das campanhas de vacinação e do SUS como um todo entre as urgências para os primeiros 100 dias do novo governo Lula. As propostas fazem parte do relatório que visam subsidiar o trabalho do novo Ministério da Saúde no combate ao que classificam como “absoluto caos” deixado na pasta pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

Segundo o colunista Carlos Madeiro, do UOL, o ex-ministro Arthur Chioro, coordenador do GT da Saúde na equipe de transição, apresentou pontos do relatório ao Conselho Nacional de Saúde (CNS) nesta quarta-feira (14). Na ocasião, falou aos conselheiros sobre os problemas que o próximo governo vai enfrentar. Entre eles, o aumento da desnutrição infantil e queda na cobertura vacinal.

Plano contra o terror

Charge: Jota A
Por Manuel Domingos Neto

A posse de Lula deve ser alegremente festejada como um passo espetacular da cidadania na longa luta contra a truculência obscurantista. Cabe uma festa que anime o povo em sua árdua e longa caminhada.

Falta pouco para a posse e os temores que a rondam não se esvaem. Hoje, não há democrata avisado que não tema pela vida de Lula.

Como sossegar quando fanáticos raivosos se dão ao terror acoitados por servidores públicos encarregadas de contê-los?

Entre os fanáticos, haverá certamente quem queira usar os arsenais privados reunidos com o estímulo de um governo que declarou guerra aos defensores de reformas sociais.

A discussão sobre a conveniência de Lula desfilar em carro aberto no dia da posse revela falta de garantia na contenção de terroristas da extrema direita. Mostra que os servidores encarregados de preservar a lei e ordem não são confiáveis.

Não há democracia com racismo

A importância de uma TV pública no Brasil

Os desafios de Lula na escolha dos ministros

Mourão agora incentiva protestos golpistas

O que vai acontecer com os arruaceiros?

PF faz busca e apreensão contra golpistas

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Janio de Freitas é demitido: réquiem da Folha

Janio de Freitas
Por Leandro Fortes, no Diário do Centro do Mundo:

Eu estava lá, fardado, nos estertores da ditadura militar, de sentinela, próximo ao muro dos fundos de um quartel, em Barbacena, fazendo a primeira ronda da noite, metido em coturnos e numa japona de lã. Ouvia, ao longe, o som da multidão. Era 1984, o movimento das Diretas Já havia, finalmente, chegado à geleiras da Mantiqueira, mas no quartel, um internato militar, aquela realidade só existia para uns poucos que pescavam, na clandestinidade, os jornais que a soldadesca retirava do cassino dos oficiais e jogava no lixo. Eu tinha 18 anos, eu era um deles. Eu lia a coluna de Janio de Freitas.

O avanço do obscurantismo no futebol

Ronaldo e a carne com ouro
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Espécie de porta-voz do que há de pior no futebol, o ex-jogador Ronaldo, nesta Copa do Mundo, tem se superado. Já debochou da fome de 35 milhões de brasileiros ao levar jogadores da seleção para comer carne banhada a ouro e dizer, pasme, que isso era um bom exemplo para os mais jovens, comandou a reação alienada dos boleiros às críticas feitas pelo comentarista Casagrande à falta de postura cidadã por parte deles e passou pano para a má performance técnica de Tite e seus comandados.

Terror e golpismo na América Latina

Ilustração: Hiroto Morais (Brasil)
Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:


Neste final de 2022, a contradição se acentua entre os recentes governos progressistas que assumiram na América Latina e as tentativas de desgaste, golpismo e pressão por parte dos poderes legislativos, judiciário, mídia empresarial, extrema-direita e frações conservadoras e neoliberais da burguesia em cada país.

O quanto cada um dos episódios de ações golpistas está articulado e tem ligação com o governo dos EUA, tempo e investigação suficiente podem dizer. Em dez dias, no entanto, acompanhamos a vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, sofrer mais um capítulo de perseguição judicial. Condenada a seis anos de prisão no dia 6 de dezembro, além disso Cristina ficaria inelegível e sem possibilidade de disputar as próximas eleições do país, quando seria o principal nome do peronismo com vínculo e influência popular.

Quem é o terrorista Serere, o cacique fake

Polícia do DF foi cúmplice do terrorismo

Ação contra terroristas vem tarde e é pouca

Charge: Quinho
Por Fernando Brito, em seu blog:


Um mês e meio depois, começam a ser responsabilizados os autores e os mandantes diretos do bloqueio das rodovias depois de anunciados os resultados das eleições.

Fala-se entre 80 e mais de 100 mandados de prisão e de busca e apreensão, notadamente entre os empresários que mandaram suas frotas fazerem o papel de blindados na ocupação ilegal das estrada e na tentativa de causar um colapso no funcionamento do país.

Considerando a escala e a gravidade dos atos, é pouco e demorou.

A dívida é com a soberania

Charge: Pataxó (*Tradução: Eduardo Bolsonaro)
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Devido aos bons ofícios da equipe de transição, o público brasileiro tomou conhecimento de que o Brasil deve cerca de US$ 5 bilhões a diversos organismos internacionais importantes, como ONU, OMS, OIT, OMC etc., o que coloca em xeque, em alguns casos, nossa capacidade de participar e votar nesses grandes foros mundiais. Uma vergonha, sem dúvida.

Mas isso é apenas sintoma de um mal muito maior. Uma doença mortal que vitimou a política externa do país e a soberania do Brasil.

A política externa do governo Bolsonaro constituiu-se em ruptura não só com a exitosa política externa “ativa e altiva” dos governos do PT, mas também com todas as boas tradições da política exterior do Brasil e com os princípios constitucionais que regem nossas relações internacionais.

Os perigos nas horas finais do bolsonarismo

Charge: Simanca
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Quem imaginava que o governo Lula teria direito a uma trégua antes da posse, em 1 de janeiro de 2023, já percebeu que é preciso preparar-se para lances de uma velha guerra suja.

Em dezembro de 2022, o país assiste à agonia de um governo de extrema direita - sangrenta, covarde, como é de seu feitio.

Derrotado na vida social e nas urnas, o bolsonarismo reage como seus mestres. Estimula ações violentas e mortes como estratégia de sobrevivência pelo medo. Incapaz de convencer, tenta amedrontar. Faz parte da história.

Há quatro décadas, derrotada pela facção militar de Geisel-Figueiredo, que produziu um conjunto de concessões que aliviaram a brutalidade selvagem criada pelo regime do AI-5, a extrema-direita militar refugiu-se nos serviços de inteligência, onde planejava a morte criminosa de adversários e praticava a tortura pelo costume e até como simples vingança, pois as grandes rodas que alimentam a conjuntura já se moviam em outra direção.

Escalada golpista e a omissão de Bolsonaro

Charge: Enio
Por Priscila Lobregatte, no site Vermelho:


A atitude golpista continua sendo um dos traços mais marcantes de Jair Bolsonaro (PL), mesmo quando o ainda presidente não aparece ou não se pronuncia. Seu silêncio diante dos atos terroristas promovidos por seus apoiadores em Brasília na noite de segunda-feira (12), dia em que o presidente eleito Lula (PT) foi diplomado, é extremamente eloquente. Assim como foi clara, apesar de propositalmente ambígua, a fala que fez na sexta-feira (9), atiçando sua horda mesmo que de maneira dissimulada.

Estatuto do Estuprador é retirado da pauta!