segunda-feira, 24 de julho de 2023

José Celso e o poder da dramaturgia

Foto: Divulgação
Por Frei Betto, em seu site:


Em homenagem a José Celso Martinez Corrêa

Como assistente de direção de José Celso Martinez Corrêa, do Teatro Oficina, na primeira montagem da peça “O rei da vela”, de Oswald de Andrade, em 1967, e como crítico de teatro do jornal “Folha da Tarde”, aprendi que o teatro é um recurso privilegiado de formação de leitores. Ou melhor, de formação humana. Graças à representação no palco, permite ser “lido” inclusive por quem não é alfabetizado.
Os gregos da Antiguidade, como Ésquilo, Sófocles, Eurípides, descobriram que o espetáculo retrata a nossa natureza lúdica, os nossos instintos perversos, os nossos sentimentos contraditórios, enfim, essa multiplicidade de seres que nos povoam.

domingo, 23 de julho de 2023

Bolsonaro fará um Pix para Daniel Silveira?

Charge: Guto Respi
Por Altamiro Borges


Na semana passada, a defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), que está enjaulado no presídio Bangu-8 desde fevereiro passado, lançou uma campanha pedindo doações via Pix para bancar suas despesas. “Vamos devolver a dignidade ao nosso herói. Por estar preso ilegalmente e com tudo bloqueado, e sem nada, Daniel está passando por dificuldades inimagináveis, atingindo em cheio a sua dignidade e de sua família”, explica Paulo Faria, advogado do presidiário.

Pesquisa confirma descrédito dos militares

Charge: Miguel Paiva
Por Altamiro Borges


As Forças Armadas estão colhendo o desgaste que plantaram nos últimos tempos. Vários generais da ativa e da reserva deram respaldo ao “capetão” Jair Bolsonaro nas suas conspirações golpistas, lambuzaram-se em várias mutretas – como as da “república dos coronéis” no Ministério da Saúde –, saquearam os cofres públicos com suas exóticas compras – de lagosta ao Viagra – e transformaram os quartéis em “incubadoras de terroristas”, como na tentativa de golpe do 8 de janeiro. Agora, os milicos veem a sua credibilidade cair na sociedade.

A pasta estratégica da ciência e tecnologia

O decreto antiarmas do governo Lula

Os agressores de Alexandre de Moraes

Lula e o poder dos derrotados

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Toda a História – a história do homem dominando a natureza – é a história da violência, segundo a narrativa dos vencedores. No Brasil, a história da força ocupante, comandada pela aliança da cruz com o bacamarte a serviço da escravidão e da acumulação do senhor de engenho de não seria diferente, nem distintas suas consequências. De princípio, projeto de pura exploração extrativista, alimentada pela escravidão de negros africanos e o genocídio dos povos originários, o domínio colonial impede a emergência de uma nação, como registra Auguste Saint-Hilaire, viajante francês que aqui esteve entre 1816 e 1822: “[...] A situação funcional dessa população pode ser resumida em uma palavra: o Brasil não tem povo”. O povo, dirá Capistrano de Abreu, escrevendo cerca de cem anos passados, “foi capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Sua obra é do início do século passado, e seria relida por Darcy Ribeiro: “Não há, nunca houve, aqui, um povo livre, regendo seu destino na busca da própria prosperidade. [...] Nós, brasileiros, somos um povo sem ser, impedido de sê-lo”.

O ritmo certo para chegar aos manezões

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O ministro Flavio Dino pede que não tenham pressa nas investigações do caso da agressão ao ministro Alexandre de Moraes em Roma. Que tenham calma, porque provas decisivas dependem de vídeos que virão da Itália.

E o acesso a essas provas só será possível depois dos trâmites previstos em acordos internacionais.

Dino espera que Polícia Federal, Ministério Público e outros organismos envolvidos nas negociações com os italianos não façam o que o lavajatismo fez em Curitiba, quando Moro e Dallagnol encaminhavam negociações diretas e secretas com os americanos.

Dino age com sensatez. As agressões de Roma vão se transformar, com qualquer desfecho, no caso emblemático do enfrentamento ao fascismo.

Ativistas digitais se reúnem em Pernambuco


A Associação dos Blogueir@s de Pernambuco (AblogPE), com o apoio do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, realizam no dia 05 de agosto o Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais pernambucanos.

O evento acontece das 8h às 17h, no Plenarinho da Câmara de Vereadores do Recife, com o propósito de debater formas de fortalecimento da mídia alternativa em Pernambuco e no Brasil, além de propostas para a democratização da comunicação e a regulação democrática da mídia e das plataformas digitais.

Após um longo período sem se reunir, os produtores de conteúdo digital no Estado, procuram, com essa iniciativa reunir um time que tem muito a compartilhar sobre experiências com mídia independente, comunicação alternativa e a batalha das ideias nas redes.

O encantamento com Haddad

Foto do Facebook de Fernando Haddad
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:


O terceiro mandato do Presidente Lula continua a oferecer todo tipo de surpresas para a maioria dos analistas da cena política. A começar por sua impressionante capacidade de ter superado as marcas de todas das injustiças cometidas nos processos levados a cabo pela quadrilha de Curitiba, que culminaram com sua prisão irregular e ilegal. Depois de ter passado 580 dias encarcerado, Lula terminou por provar as ilegalidades cometidas por Moro, Dallagnol e os demais integrantes da Operação Lava Jato e se apresentou à disposição de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro passado.

O acordo Mercosul-UE e a indústria

Foto: Stellantis Brasil (divulgação)
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Nossas autoridades parecem ter definido que o principal entrave, do ponto de vista do Brasil, para que o Acordo Mercosul-UE seja fechado, tange às compras governamentais.

De fato, trata-se de um mecanismo muito importante para o estímulo à produção nacional, regional e local. Conforme as avaliações do IPEA, as compras governamentais seriam responsáveis por aproximadamente 12% do PIB brasileiro.

Trata-se de um mercado hoje protegido para empresas brasileiras, as quais, dessa forma, podem ser estimuladas e dinamizadas pela demanda do Estado.