sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A contra reforma de Temer

Por Samuel Pinheiro Guimarães

1. De 1500 a 2003, as classes hegemônicas brasileiras, estreitamente vinculadas as classes hegemônicas das metrópoles coloniais, hoje às classes hegemônicas dos Estados Unidos, organizaram a economia, a sociedade, o sistema político e o Estado brasileiros de acordo com seus interesses e em seu benefício.

2. A extrema concentração de riqueza e de renda, a situação de pobreza de grande parte da população, as condições de saúde, alimentação, saneamento, educação, transporte, segurança e cultura da enorme maioria demonstram cabalmente que a organização da sociedade feita pelas classes hegemônicas não beneficiou e não beneficia a esmagadora maioria do povo brasileiro.

O lodo, o povo e a rua

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

No Brasil dos anos 80, como agora depois do golpe, a discussão sobre o país e o seu desenvolvimento estava interditada.

A pauta dominante era a impossibilidade da sociedade brasileira de comandar o seu desenvolvimento.

Pelas leis de mercado, o país se reduzira a um pedaço de crosta terrestre à deriva.

Condenada ao degredo econômico, a população chapinhava no lodo político bombeado por uma ditadura que estrebuchava mas ainda oprimia.

À La Vue de Tous

Por Marcelo Zero

À La Vue de tous, à vista de todos, o governo Temer, que nunca foi sólido, se desmancha no ar. Melhor: se desmancha na lama rasa do compadrio e da corrupção.

E pensar que Dilma, uma presidenta que até os piores adversários reconheciam ser honesta, foi apeada ilegalmente do poder para dar lugar a essa vara de suínos vorazes e fisiológicos. Alguém consegue imaginar Dilma pressionando um ministro para resolver, de forma irregular, a questão pessoal, menor, corrupta de outro ministro? Impossível. Geddel sequer teria tido coragem de chegar perto de Dilma com uma “reivindicação” desse tipo.

O crime de responsabilidade de Temer


Políticos da oposição afirmam que a queda do secretário de governo, Geddel Vieira Lima, aprofunda a crise do governo Temer. Com indícios de que o presidente atuou para resolver "impasse" entre Geddel e o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que saiu acusando Geddel fazer pressão para liberar a construção de edifício em Salvador em que comprou um dos apartamentos, parlamentares já anunciam que entrarão com pedido de impeachment contra Temer.

"Vamos entrar com pedido de impeachment por crime de responsabilidade do presidente Michel Temer", afirma o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo ele, a base do pedido será o depoimento à Polícia Federal do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, em que afirma ter sido "enquadrado" por Temer em benefício de Geddel. "A saída de Geddel é só o início. Este governo precisa cair em sequência", disparou o senador, pelo Facebook.

Golpe impõe retrocesso à cultura

Foto: Raphael Coraccini
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Os impactos causados na sociedade e na cultura por parte do golpe que destituiu Dilma Rousseff e alçou Michel Temer ao poder foram tema de debate nesta quinta-feira (24), em São Paulo. Os artistas Sérgio Mamberti e Tico Santa Cruz, além da jornalista Laura Capriglione, falaram sobre os retrocessos no campo cultural impostos pela agenda regressiva do novo governo, o papel das mídias alternativas e a importância de a esquerda apostar na comunicação.

Oito das oito testemunhas inocentam Lula

Do site Lula:

O juiz paranaense de primeira instância Sérgio Moro está ouvindo, nesta semana, as testemunhas de acusação elencadas pelo MPF-PR (Ministério Público Federal no Paraná) em processo movido contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tese dos procuradores do Paraná é a de que Lula seria o "proprietário oculto" de um imóvel no Guarujá, e o teria recebido de uma empreiteira em troca de favores e fraudes efetuadas em contratos da Petrobras com a construtora. 

Pois bem: das oito testemunhas ouvidas até agora, todas disseram que jamais conversaram com Lula sobre qualquer atividade fraudulenta em contratos da Petrobras. Também disseram não ter qualquer conhecimento ou prova de que o apartamento do Guarujá guarda alguma relação com Lula ou com as atividades desenvolvidas pela empreiteira na estatal petrolífera.

Oposição quer impeachment de Temer

Do site do PT:

Parlamentares da oposição vão pedir abertura de processo de impeachment contra o presidente usurpador Michel Temer. Na noite desta quinta-feira (24), o senador e líder da Oposição no Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou que Temer usou a Presidência da República para defender interesses privados.

“Absurdo. No nosso entendimento, Temer vai ter que responder processo por crime de responsabilidade para ser julgado pelo Congresso”, disse.

Diretas já!: fim de linha do Temer

Por Jeferson Miola

No comunicado sobre a denúncia do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, surge cristalino o artifício usado por Michel Temer – encampado pelo ministro Eliseu Padilha e pelo subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil Gustavo Rocha [indicado para o cargo por Eduardo Cunha] – para patrocinar os interesses imobiliários do agora ex-ministro Geddel Vieira Lima.

No item 3 do comunicado consta que “o presidente buscou arbitrar conflitos entre os ministros e órgãos da Cultura sugerindo a avaliação jurídica da Advocacia Geral da União, que tem competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública, já que havia divergências entre o Iphan estadual e o Iphan federal”.

Geddel sai para estancar a sangria

Do site Vermelho:

O governo já deixou vazar a informação de que o governo Michel Temer aguardava até o final do dia o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, mas antes mesmo do meio-dia desta sexta-feira (24), a carta chegou à mesa de Temer e, assim como fez com Romero Jucá e Henrique Alves, ambos do PMDB e apontados em esquemas de propinas da Lava Jato, o governo golpista tenta estancar a sangria.

O ativismo contra a violência machista

Por Marcos Aurélio Ruy, no site da CTB:

No Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher – nesta sexta-feira (25) – ocorrem manifestações em todo o país contra os retrocessos promovidos pelo governo golpista.

Mais uma vez, as mulheres estão à frente da luta, justamente porque iniciam hoje também os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, com inúmeras atividades que só terminam no dia 10 de dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.

“É uma ótima coincidência a protesto contra esse governo golpista ocorrer hoje porque as mulheres são as que mais perdem com os projetos que estão sendo aprovados por esse congresso golpista e reacionário”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da Central dos Trabalhadores e trabalhadoras do Brasil (CTB).

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Retrocesso na cidadania financeira

Por Fernando Nogueira da Costa, no site Brasil Debate:

Uma conquista da Era Social-Desenvolvimentista (2003-2014) foi o acesso popular a bancos e crédito. Por meio de contas bancárias, o “dinheiro de pobre” podia ter proteção contra a inflação. Com crédito ao consumidor de baixa renda, a aquisição de bens domésticos propiciava mobilidade social e melhor qualidade de vida. Essa inclusão no mercado era uma conquista de cidadania financeira.

A significativa queda (-3,7% no ano) da relação crédito/PIB de 54,1% em janeiro para 50,8% em setembro de 2016, segundo o Banco Central, já alertava para o impacto da volta da Velha Matriz Neoliberal. Durante o governo FHC, tinha caído de 36,6% em 1994 para 24,7% em 2003, indicando que os neoliberais, em sua obsessão de apenas cortar gastos, para via depressão diminuir a inflação e o risco da eutanásia dos rentistas, não se utilizam de política de crédito para incentivar o crescimento da renda e do emprego.


Ciro e a necessidade de frente única

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Como tantos brasileiros, sou um admirador de Ciro Gomes. Aprendi a respeitar sua postura corajosa para afirmar um pensamento progressista, mesmo em situações adversas.

Só para dar dois exemplos.

Em 2005, na crise provocada pela AP 470, Ciro demonstrou firmeza quando muitos fraquejavam, foi leal quando outros, aliados até mais antigos do governo Lula, preferiam o conforto da sombra. Em 2016, no auge da conspiração conservadora que produziu o golpe de 31 de agosto, Ciro demonstrou que tinha um lado no confronto que levou a mais grave ruptura institucional desde 1964 - o lado certo, da democracia e dos direitos do povo.

Depois do BB, o golpe quer destruir a Caixa

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Depois do anúncio, ontem, do desmonte do Banco do Brasil, pela extinção de 402 agências e a transformação de outras 379 em simples postos de atendimento, será a vez da Caixa.

Seu coveiro, digo, seu presidente, Gilberto Occhi – aquele, do PP, que pulou fora do Governo Dilma e ganhou o cargo e a “purificação – anunciou planos de fechar 100 agências e mandar embora 11 mil funcionários.

PT pagou para apanhar da mídia

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro de Mundo:

A dependência extrema das grandes corporações jornalísticas em relação à bilionária publicidade federal está na raiz do pesadelo que o país vive hoje.

Fato: as empresas de mídia simplesmente não sobrevivem sem a propaganda federal. Principalmente a Globo, mas não apenas ela.

Isso as leva a fazer o diabo pelas verbas, incluído aí dar golpes como o que derrubou Dilma.

Uma das primeiras providências de Temer ao assumir foi despejar dinheiro na mídia. Isso ao mesmo tempo em que cortava programas sociais.

O desmonte do Mais Médicos

Por Renan Truffi, na revista CartaCapital:

Sob pressão de entidades do setor, Michel Temer começa a deixar clara a pouca disposição em manter e expandir um dos principais programas do governo federal na área da Saúde, o Mais Médicos. Em público, o governo tenta vender à sociedade a ideia de um suposto aumento dos investimentos na iniciativa, bem avaliada por usuários e prefeitos. Enquanto isso, nos bastidores, atende aos anseios corporativos, a começar por aqueles do Conselho Federal de Medicina, que nunca escondeu sua rejeição ao programa. O maior risco reside, aliás, em uma medida pensada para atender a esses lobbies.

O Petrobras e os tribunais

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Estudo da FUP - a Federação Única dos Petroleiros, mostra que, além de não haver justificativa para a acelerada desvalorização promovida pela atual diretoria nos ativos da Petrobras - já que eles já foram "reavaliados" em 2015 e em 2014, reduzindo seu preço em R$ 112,3 bilhões e diminuindo em 60% o seu valor de mercado - por trás dela estaria uma "vergonhosa manobra contábil que tem por objetivo jogar pra baixo os preços dos ativos para acelerar a privatização da empresa".

Governadores vendem barato a autonomia

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Em troca de R$ 5 bilhões originários das multas sobre os recursos repatriados, os governadores estão abdicando da autonomia que a Constituição lhes garante para fazer sua própria política fiscal. O número parece vistoso, mas quando este valor é dividido pelas 27 unidades da federação, segundo o mesmo critério da distribuição do Fundo de Participação dos Estados - FPE, o que cada um deles levará é muito pouco diante de tão importante renúncia política. O Distrito Federal, por exemplo, receberá minguados R$ 34 milhões, um grão de areia diante do déficit deste momento, de mais de R$ 2 bilhões. O estado melhor aquinhoado será a Bahia, com quase R$ 400 milhões, seguida do Ceará, com pouco mais de R$ 200 milhões.

Temer afunda em contradições

Foto: Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

A crise política desatada pelo impeachment de Dilma Rousseff foi tema do Ciclo de Debates A Imprensa e o Golpe, nesta terça-feira (22), em São Paulo. Para os jornalistas Rodrigo Vianna, Maria Inês Nassif e Paulo Moreira Leite, o cenário presente revela não apenas os vícios e a fragilidade do sistema político brasileiro, mas também expõe o conluio histórico entre partidos da elite, Judiciário e oligopólio midiático. 

Qual o futuro da democracia no Brasil?

Do site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Para onde vai a democracia no Brasil, em um cenário de retrocesso e perdas de direitos sociais garantidos na Constituição de 1988? Em novo evento da série Futuros do Brasil, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE-Fiocruz) convidou para analisar a atual conjuntura do país o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Professor aposentado de Teoria Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pesquisador titular do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp/Uerj), Wanderley Guilherme fará a conferência Democracia: qual futuro?, dia 7 de dezembro de 2016, às 13h30, no auditório térreo da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz). O evento será também transmitido via internet, com participação do público que poderá enviar perguntas online ao conferencista.

A restauração neoliberal nos Estados

Por Jeferson Miola

Os planos de ajuste dos governos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul são protótipos da oligarquia golpista para a restauração neoliberal nas esferas subnacionais de governo. Depois do ajuste draconiano na União e nos Estados, o efeito dominó finalmente atingirá os Municípios, de maneira brutal.

Os planos preconizam medidas clássicas – e historicamente fracassadas – para responder à crise das finanças públicas: [i] cancelamento de investimentos, [ii] abandono das políticas sociais, de proteção social e de desenvolvimento, [iii] extinção de órgãos públicos, [iv] demissão de funcionários, arrocho salarial e mudança previdenciária do funcionalismo, e [iv] privatização de atividades econômicas rentáveis.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A guerra mundial entre os poderes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Rio de Janeiro é o Brasil amanha, com a combinação de três ingredientes explosivos.

O cenário principal

Este será o cenário social e político daqui para a frente, que servirá de pano de fundo para várias disputas políticas.

· A crise fiscal, obrigando o governo a impor sacrifícios.

· Os sacrifícios recaindo sobre os mais fracos e poupando os grandes marajás dos setores político, público e Jurídico.

· Denúncias que continuarão a fluir da Lava Jato.

O desmonte da comunicação pública no RS

Do site do FNDC:

Alegando necessidade de corte de gastos, o governador do Rio Grande do Sul, Ivo Sartori (PMDB), declarou, em pronunciamento nesta segunda-feira (21), que vai extinguir as nove fundações ligadas ao governo do Estado. Entre elas, está a Fundação Piratini, que faz a gestão das duas emissoras públicas do Estado do Rio Grande do Sul: a TVE e a FM Cultura. A medida, que ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Legislativa estadual, deve resultar na demissão em massa de centenas de trabalhadores ligados à fundação.

"Mensalão do DEM" corre risco de caducar

José Roberto Arruda e Demóstenes Torres
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Promotores, investigadores, delegados e um juiz (Sérgio Moro) têm afirmado em entrevistas que a Operação Lava Jato nasceu para acabar com a corrupção. Ótimo, mas se é para acabar com a corrupção como estão prometendo, como explicar dois casos recentes de impunidade que não tiveram nenhum destaque na imprensa e, obviamente, passaram despercebidos do público?

Alguém lembra do mensalão do DEM?

Nizan, Temer e as "medidas amargas"

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Apesar de a cena ter se passado no maior telejornal do país em “horário nobre”, ela passou batida. O cenário é o “novo” Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (herdado da era petista, mas reformulado pelos golpistas) e que teve nesta segunda-feira (21) a primeira reunião desde que Michel Temer assumiu a presidência.

Dos atuais 96 integrantes do dito “Conselhão” (que deveriam representar vários setores da sociedade), 59 foram substituídos – Temer trocou representantes dos trabalhadores por patrões. Abriu a reunião com balanço dos seis meses de seu governo e voltou a criticar Dilma Rousseff.

Quem quebrou o Estado brasileiro

Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:

Você provavelmente se sente perplexo frente à situação econômica do país. Está em boa companhia. Quem é que entende de resultado primário, de ajuste fiscal e outros termos que povoaram os nossos noticiários? A imensa maioria balança a cabeça de maneira entendida, e faz de conta. Pois vejam que realmente não é complicado entender, é só trocar em miúdos. E com isso o rombo fica claro. Aqui vai a conta explicitada, não precisa ser economista ou banqueiro. E usaremos os dados do Banco Central, a partir da tabela original, pois confiabilidade, nesta era melindrada, é fundamental. Para ver os dados no próprio BC, é só clicar no link embaixo da tabela.

Geddel foi um dos anões do orçamento

Por Mario Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

Continua a repercutir o bate boca entre o Ministro do governo golpista Michel Temer, o baiano do PMDB Geddel Vieira Lima e o agora ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, que acusa o protegido do presidente usurpador de tê-lo pressionado para liberar um prédio acima do gabarito permitido de 13 andares, localizado numa área tombada em Salvador.

O golpista Temer decidiu manter Geddel no cargo de Secretário de Governo, mesmo a maioria dos integrantes da Comissão de Ética da Presidência da República ter votado pela abertura de procedimento investigativo para apurar se o ministro golpista violou a legislação sobre conflito de interesse.

PEC-55: o financismo na Constituição

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

A decisão de enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para tratar de uma dificuldade conjuntural, com o intuito de encontrar alguma saída para a atual crise fiscal, carrega consigo um significado profundo. Estamos frente a um risco muito mais grave e abrangente do que simplesmente a recomendação de se aumentar ainda mais a já elevada dose de austeridade na condução da política econômica.

A aprovação da PEC 241 pela Câmara dos Deputados e sua renumeração como PEC 55 no trânsito pelo Senado Federal têm o sentido exato de introduzir a lógica de dominância do financismo no interior mesmo do texto de nossa Constituição Federal. Uma sandice! As diretrizes constitucionais mais gerais para o tratamento das contas públicas não estabelecem hierarquia entre os diferentes tipos de receitas ou despesas. Esse tipo de orientação recebeu delegação do constituinte para ser contemplada na legislação infraconstitucional.

Geddel, Freire e o governo ressonante

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

O ressonar de moedas se faz ouvir ao longe na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Pra todo lado que se vire, há novos casos de assalto aos cofres públicos ou de assaltantes já renomados no ramo sendo postados em cargos importantes da República, sem dó nem piedade, como se tudo fosse a coisa mais normal do mundo.

Um exemplo chocante é esse cujo pivô central é o ministro Geddel Viera Lima, que ocupa cargo chave no governo de exceção. O enredo é simples. Um ministro pressiona outro pra que libere a construção de um prédio em área de proteção ambiental e patrimonial da cidade de Salvador, na Bahia, onde ele terá um apartamento de luxo.

Lula e Mujica no ato pela democracia

Enviado por Marize Muniz

Domingo, 27 de novembro, é dia de manifestação popular em defesa da democracia, de Lula, dos direitos trabalhistas e sociais e contra a PEC 55, a chamada proposta do fim do mundo.

A manifestação acontecerá na Avenida Paulista, a partir das 15 horas, no Vão Livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo).

Lula e o ex-presidente do Uruguai, Jose Mujica, já confirmaram presença. Chico Buarque também informa que virá. Outros artistas e lideranças políticas são aguardadas.

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Temer e o vômito nosso de cada dia

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O usurpador que roubou a cadeira da presidenta Dilma completou recentemente seis meses de governo ilegítimo. Com resultados desastrosos sob todos os pontos de vista, ou a partir de qualquer parâmetro ou fundamento que se queira analisar, o golpista segue em frente na sua louca cavalgada para destruir a economia brasileira, torrar o patrimônio público e tungar os direitos do povo.

E nesses 180 dias de pesadelo, há algo do qual me orgulho : nunca sacrifiquei meus ouvidos ouvindo Temer falar na TV, no rádio ou na internet. Claro que por dever de ofício sou obrigado a ler o conteúdo de suas falas. Mas sequer sei como é seu timbre de voz.

Quem conhecia o Geddel era o ACM...

Por Renato Rovai, em seu blog:

Em 2001, após três anos da morte do seu filho Luiz Eduardo, o então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), comprou uma briga com Jader Barbalho, que queria sucedê-lo na presidência da Casa, e ambos acabaram tendo que renunciar aos seus mandatos tamanha a beligerância da quizumba.

Mas a luta campal acabou fazendo estragos na vizinhança. Na ocasião, ACM divulgou uma fita cujo título era: “Geddel Vai às Compras”. E a distribuiu tanto à imprensa quanto para deputados e senadores.

Não somos racistas, não é, Ali Kamel?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Folheio o Estadão e me deparo com a estarrecedora manchete da página 25, que reproduzo aí em cima.

A primeira coisa que me vem à cabeça é o “Não somos racistas”, livro de Ali Kamel. Espero que ele não me processe por lembrar.

Depois, a história que o texto do jornal paulista conta, a de Maria de Fátima Gösh, vítima de racismo na festa de aniversário do marido, o empresário alemão Matthias Gösch, num clube do interior paulista, enta aí da foto, que proclama sua negritude até na bonita camiseta com a foto da ativista norte-americana Angela Davis.

Os apartamentos de Geddel e de Lula

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que o Brasil não é para principiantes você já sabia. Mas não precisávamos exagerar.

Geddel Vieira de Lima foi premiado por seu chefe com um salvo conduto escandaloso.

Veja bem: ele admitiu ter comprado (a conferir se comprou, mesmo, ou se foi presente) um apartamento no 23º andar do edifício La Vue Ladeira da Barra, numa área tombada de Salvador.

Confessou que falou com o colega Marcelo Calero sobre a liberação do empreendimento no Iphan. Segundo o instituto, o máximo permitido eram treze andares. O cafofo de Geddel seria, portanto, eliminado.

"A Globo vai morrer gorda"

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

“O Manual Inútil da Televisão” talvez tenha sido assim, inútil, para o próprio autor. “Jamais consegui aplicá-lo”, brinca Paulo Henrique Amorim. Não se pode dizer a mesma coisa em relação à experiência do leitor, principalmente se este for um jovem aspirante a jornalista.

Por meio de histórias curtas, diretas e divertidas, PH ilumina os bastidores da tevê brasileira, rememora fatos cruciais da vida política do País e desnuda farsantes e escroques que reinaram ou reinam em frente e atrás das câmeras. Acrescenta, de quebra, dicas sobre apuração e edição.

Ataque ao BB ameaça o país inteiro

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Numa conjuntura em que apenas malandros profissionais tem motivo real para falar em recuperação da economia brasileira num horizonte visível, o anuncio de que a equipe econômica planeja esvaziar o Banco do Brasil com o fechamento de 400 agências e dispensar até 18 000 funcionários em 2017 é a mais recente prova de irresponsabilidade do governo Temer.

Nunca será demasiado recordar o drama humanitário provocado pela demissão em massa de milhares de trabalhadores num período de crise e desemprego recorde. Trata-se de um sinal político deprimente, agravado pelo fato de que se trata de uma decisão de governo, que tem a obrigação, ao menos em teoria, de zelar pelo bem-estar dos brasileiros, em particular trabalhadores e a população mais pobre. A combatividade dos funcionários do BB, mais antiga instituição financeira do país, com um espírito de luta reconhecido inclusive durante o regime militar, nunca deve ser desprezado. O pacote de demissões e fechamento de agências equivale a ceder uma fatia sempre preciosa do mercado bancário ao setor privado.

Sergio Moro, os santos e os juízes

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A estúpida invasão do Parlamento, com a tomada do plenário da Câmara dos Deputados por um bando de imbecis - que davam vivas ao Juiz Sérgio Moro e pediam uma “intervenção” militar - não é um absurdo isolado no crescente cerco à Democracia e às instituições nacionais.

A cerrada pressão corporativa do Judiciário e do Ministério Público sobre deputados e senadores para consolidar o controle de um grupo de plutocratas sobre a República, o Legislativo e o Executivo, e, direta e indiretamente, sobre o eleitorado e os cidadãos comuns, representa uma outra face da ascensão de um fenômeno perverso, antidemocrático e fascista - a Antipolítica.

Cantanhêde torce por Temer, mas está difícil

Por Altamiro Borges

De entusiasta da “massa cheirosa” tucana, a jornalista Eliane Cantanhêde se converteu em uma defensora do covil golpista de Michel Temer. De militante oposicionista, que espalhava pessimismo durante os governos Lula e Dilma, ela virou uma otimista inveterada com a chegada do usurpador ao poder. Mas, pelo jeito, nem ela está botando muita fé no sucesso do governo ilegítimo. Nos últimos dias, a colunista das famiglias Marinho (Globo) e Mesquita (Estadão) – que no passado prestou serviços à famiglia Frias (Folha) – lamentou os obstáculos diante do Judas Michel Temer. Mesmo assim, ela não desiste: “É torcer ou torcer para seu governo dar certo”, escreveu nesta terça-feira (22).

Banqueiros felizes. Temer detona o BB

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Os capitalistas adoram falar em "livre mercado", mas detestam a concorrência. Pior ainda se ela vier do setor público, que ajuda a regular minimamente os abusos do demoníaco "deus-mercado". Neste sentido, a decisão do usurpador Michel Temer de esvaziar o Banco do Brasil é motivo de festança para os avarentos banqueiros. Eles orquestraram e financiaram o "golpe dos corruptos" e agora são generosamente recompensados. Com o BB fragilizado, a meia dúzia de oligarcas do setor financeiro ganha ainda mais força no Brasil, que já é considerado um paraíso dos banqueiros no mundo. 

Economia afunda e desmoraliza Temer e mídia

Por Altamiro Borges

O "golpe dos corruptos" foi embalado com a falsa promessa de que bastaria derrubar Dilma Rousseff para a economia voltar a crescer. Michel Temer e Henrique Meirelles, o fajuto "salvador da pátria", prometeram o retorno da confiança do "deus-mercado", dos investimentos e dos empregos. Já a mídia privada, principal protagonista da conspiração golpista, reforçou estas falácias e passou a divulgar só notícias positivas sobre a economia. Antigos "urubólogos", que na gestão petista alardeavam o caos e difundiam o pessimismo, tornaram-se servis otimistas de plantão. Passados sete meses, porém, até o "midiota" mais tacanho já percebe que foi feito de otário, sendo usado como massa de manobra. Na vida real, o país afunda em acelerada recessão e as perspectivas para o futuro são as mais sombrias.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Temer se abraça a Geddel

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A rapidez com que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu analisar o caso de Geddel Vieira Lima, incluindo o assunto na pauta da reunião de hoje, forneceu o pretexto a Michel Temer para adiar (e se possível evitar) a demissão de seu ministro do peito no Governo. A decisão palaciana de aguardar a decisão já começa a aparecer nas falas de líderes governistas como Aloysio Nunes Ferreira. Um pedido de vistas, porém, adiou a decisão para dezembro. Abraçando-se a Geddel, mantendo-o na frigideira com fogo alto, Temer receberá os respingos no rosto. Os próprios aliados do golpe não concordam com tal desmoralização: precisam de um governo que consiga pelo menos manter as aparências, preservando a compostura mínima para se manter de pé.

Os mistérios da prisão de Garotinho

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Proponho a vocês um trabalho que foi bem sucedido por ocasião da Satiagraha: uma reportagem coletiva em torno de um fato que promete ser uma bomba.

Na série que escrevi sobre a Veja, 7 anos atrás, descrevi as jogadas em torno do macartismo. Cria-se um ambiente de catarse, de caça a inimigo e, por baixo desse manto, vão sendo costurados vários tipos de jogadas que, em circunstâncias normais, seriam consideradas estranhas mas que, no quadro de uma guerra santa, se justificariam.

A prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho é um caso típico de exploração de catarse. Mas poderia haver algo mais por trás da espetacularização?

Temer investe no desmonte do Banco do Brasil

Enviado por Cecília Negrão

O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, anunciou neste domingo (20) a reestruturação de agências e o plano de aposentadoria incentivada pela instituição financeira. O banco prevê redução de até 18 mil pessoas, que estariam aptas a se aposentar e aderir ao plano. O anúncio também inclui o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos de atendimento, com o encerramento de 31 superintendências do banco em diversos municípios. Diante do anúncio, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) cobraram negociação urgente com a direção da instituição, que ocorrerá na terça-feira (22).

MBL defende confronto com estudantes

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

O confronto "imediato, intenso e em várias frentes" às ocupações estudantis em todo o país foi defendido como estratégia para asfixiar a narrativa da esquerda – abafada com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, mas que ainda mostra vitalidade. Foi essa uma das abordagens do 2º Congresso do Movimento Brasil Livre, realizado sábado e domingo (19 e 20), na capital paulista.

Entre os palestrantes, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o ministro da Educação, Mendonça Filho, o deputado e relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS), o prefeito eleito de São Paulo, João Doria Junior (PSDB), a professora da Faculdade de Direito da USP Janaína Paschoal e subcelebridades afinadas com o antipetismo, como o apresentador Danilo Gentili, além de expoentes do MBL, como Kim Kataguiri e Fernando Holiday, eleito vereador na cidade de São Paulo pelo DEM.

Temer quer dividir o sindicalismo

Por Umberto Martins, no site da CTB:

O golpista Michael Temer informou nesta segunda-feira, 21, que pretende enviar em dezembro ao Congresso Nacional o projeto de reforma da Previdência do governo, aquele que, a pretexto de combater o déficit fiscal, estabelece a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres, além de outras maldades contra a classe trabalhadora.

O anúncio foi feito em Brasília durante a primeira reunião do grupo de amigos em que foi transformado o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES). O “Conselhão”, como ficou conhecido, foi criado por Lula com o objetivo de debater temas relevantes relativos ao desenvolvimento do Brasil e apresentar propostas da sociedade ao governo.

Os perigos da humilhação de Garotinho

Por Darlan Montenegro, no site Outras Palavras:

Ao longo do dia, um bocado de amigos defendeu o compartilhamento da cena de humilhação do Garotinho, usando quase sempre argumentos do tipo “ah, mas quando são as mulheres que sofrem, vocês não falam nada”, ou “ah, mas quando são os negros que sofrem, vocês não falam nada”, ou, ainda, “ah, mas quando são os pobres que sofrem, vocês não falam nada”.

Esse argumento é ruim. Por várias razões, mas por duas, principalmente. A primeira é porque isso simplesmente não é verdade. Vários de nós temos por hábito repercutir as mais diversas formas de arbítrio e de opressão contra os mais diversos grupos sociais. E não temos com Garotinho nenhuma afinidade, ao contrário do que acontece em relação a todas essas causas. Mas a segunda é mais séria e mais preocupante.

Temer e o desmonte da comunicação pública

Por Heloisa T. Machado, no site The Intercept-Brasil:

A polêmica edição do programa Roda Viva exibida na última segunda-feira, dia 14, produzida pela TV Cultura, de São Paulo, e transmitida nacionalmente pela TV Brasil, é o maior exemplo do uso indevido dos meios de comunicação públicos, numa tentativa de transformá-los em “chapa branca”. Michel Temer foi o entrevistado do programa, e as perguntas foram todas apresentadas por jornalistas conhecidamente comprometidos com o discurso da mídia hegemônica.

Até o momento crucial do impeachment da presidenta Dilma, a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), mesmo que lhe pesem alguns erros e contradições, representou, para os que acreditam na comunicação pública, um espaço de exercício democrático, onde a expressão do contraditório, raramente presente na grande mídia conservadora e privada, pode se realizar.

Estado Policial e a catástrofe anunciada

Por Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

O Brasil se despede do Estado Democrático de Direito consagrado pela Constituição de 1988. E acelera o passo rumo a uma catástrofe anunciada: tornar-se um Estado Policial. Os procedimentos repressivos que vêm sendo aplicados nos últimos anos em S. Paulo, onde atua impunemente a polícia que mais mata no mundo – os alvos preferidos são os jovens negros, pobres, LGBTs, moradores das periferias – aparentemente começam a ser experimentados em âmbito nacional, agora no trato com os movimentos sociais dos trabalhadores, que se opõem às políticas regressivas do governo usurpador de Michel Temer contra os direitos conquistados desde a promulgação da Carta de 88 e de entrega dos recursos naturais do país à pilhagem do capital internacional.

O Brasil diante de um grande impasse

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Por Renato Rabelo, em seu blog:

O procedimento da coalizão golpista de atrelamento do Brasil a uma ordem mundial em declínio, combinada com sua linha de desmonte dos avanços sociais e de desmedido e duro ajuste fiscal - em plena recessão econômica - virou fumaça a propalada promessa de que, destituindo a presidenta Dilma, voltaríamos a ter no país o “impulso de confiança” mais revigorado dos “mercados”.

O golpe jurídico-parlamentar implanta uma nova ordem conservadora e dá marcha à ré em conquistas históricas no Brasil, para aquém da Constituição de 1988. Mas, o curso pós-golpe, marcado por largo retrocesso nacional, está inserido em um contexto mais vasto, sinalizado por tendências profundas e complexas, que imprimem aceleradas transformações na evolução do sistema internacional de nosso tempo.

Andrade Gutierrez e a criminalização do PT

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Está cada vez mais difícil confiar no equilíbrio da Justiça brasileira pós-Lava-Jato. Os “erros” se sucedem, todos prejudicando, é claro, o PT. Primeiro foi a Polícia Federal quem atribuiu a José Dirceu a sigla “JD” na lista da Odebrecht e depois admitiu que se equivocou – para então atribuir a mesma sigla a um assessor do também petista Antonio Palocci. Ou seja, foram dois petistas atingidos com um JD só. Acredite se quiser.

Agora, o delator premiado pela Lava-Jato Otavio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, mudou sua versão sobre a doação feita à campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014. Observe bem: o delator JÁ TINHA ASSINADO, em 19 de setembro, a confissão ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), presidido por Gilmar Mendes, afirmando haver doado 1 milhão de reais em PROPINA para o diretório nacional do PT em 2014.

Temer e o desmonte do Estado

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Setores econômicos dobraram a pressão sobre o governo Michel Temer, na última semana, para que ele corra com seu pacote de reformas a fim de reduzir o tamanho do Estado brasileiro. A justificativa pública é a retomada do crescimento econômico. Na prática, o momento é a oportunidade, já frustrada muitas vezes no último quarto de século, de implantar um outro projeto de país. Um projeto de um país para servir mais a empresas e menos a trabalhadores.