quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Temer indicará substituto de Teori Zavascki

Do site Vermelho:

Com a confirmação da morte do ministro do Supremo Federal (STF) Teori Zavascki, caberá ao presidente Michel Temer escolher o novo ocupante para sua vaga na corte. De acordo com o regimento interno da Casa, o novo ministro deve herdar a relatoria da Operação Lava Jato. Ou seja, citado em diversas delações, Temer irá indicar a pessoa que conduzirá as investigações no Supremo.

De acordo com o artigo 38, inciso IV do Regimento Interno do STF, “o relator é substituído, em caso de aposentadoria, renúncia ou morte, pelo ministro nomeado para a sua vaga”. E todo ministro do Supremo é escolhido pelo presidente da República.

Globo festeja presença de Janot em Davos

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Em plena crise econômica, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, meganha-mor do golpe, torra dinheiro do contribuinte brasileiro indo a Davos, um fórum de empresários e governos.

O que ele estava fazendo lá?

Para a Globo, a presença de Janot em Davos mostra “avanço institucional” do Brasil. O chapa-branquismo da Globo já ultrapassou as raias do ridículo. Parodiando um dos slogans que Carmen Lucia, presidente do STF, criou de graça para a Globo: primeiro o cinismo venceu a esperança, depois o escárnio superou o cinismo, e agora o patético triunfou sobre o escárnio.

A Globo, como sempre, está na contramão da história.

Temer desagrada as Forças Armadas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Além de inconstitucional, por ferir a missão institucional das Forças Armadas, a decisão do governo de utilizá-las na fiscalização de presídios desagradou profundamente a base militar, ainda que os comandantes não tenham se manifestado em qualquer sentido. Na oficialidade intermediária, segundo fonte militar ouvida pelo 247, a medida mais uma vez “humilha” as Forças Armadas impondo-lhes tarefas que fogem à sua missão de zelar pela segurança nacional em relação a ameaças externas. Elas foram usadas intensamente para controla favelas, como no caso da Maré, no Rio, onde ficaram mais de um ano.

Sistema prisional é uma bomba-relógio

Por João Vitor Rodrigues Loureiro, no site Brasil Debate:

A tragédia do presídio em Manaus, a primeira rebelião violenta do ano, seguida de outras três, acendeu novamente o alerta sobre as trágicas condições do sistema penitenciário brasileiro, escancarando uma vez mais a ausência de soluções concretas para um problema maior: o desenho da política criminal brasileira.

A carnificina no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (que integra uma Unidade de presos em regime fechado e outra para os presos em regime semiaberto) explica-se por uma condição básica da instituição prisional: as organizações espontâneas de poder no interior das prisões.

"Futebol, mídia e democracia" faz encontro

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Fundado em 2015 no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o Coletivo Futebol Mídia e Democracia realiza, no dia 11 de fevereiro, o seu I Encontro Nacional. A atividade, que ocorre no centro de São Paulo, reunirá torcedores, jornalistas e ativistas de diversas regiões do país para dialogar sobre como enfrentar a agenda de lutas de 2017 nas ruas e nas arquibancadas.

O Encontro acontece na sede do Barão de Itararé, localizada na rua Rego Freitas, 454, conjunto 84, próximo ao metrô República, a partir das 12h. O evento é aberto a todos os interessados em somar esforços ao Futebol Mídia e Democracia, além de contar com apoio do AGIR - Arquibancada Ampla Geral e Irrestrita. Compareça e ajude a construir a luta por um futebol e uma sociedade mais democráticos!

A paulada que Meirelles levou do FMI

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Temer não foi a Davos pelo motivo habitual: medo.

Durante os dias do encontro de líderes políticos e empresariais em Davos, ativistas de esquerda aproveitam para mandar suas mensagens ao mundo.

Cobri Davos duas vezes, e vi os ativistas em ação.

Temer seria um alvo óbvio, por tudo o que representa. E qualquer manifestação contra ele, em Davos, teria repercussão planetária.

Porrada em quem resiste é marca do fascismo

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                           
Para além de mais uma ação repressiva do governo Alckmin contra os que lutam por direitos, a desapropriação das 700 famílias da Ocupação Colonial, na Zona Leste de São Paulo, feita à base de bombas, balas de efeito moral e com a tropa de choque distribuindo porrada nos sem teto a torto e a direito, traz à tona mais uma evidência cristalina de que a repressão em escala cada vez mais brutal é a condição essencial para a manutenção do governo fascista de Temer.

O fiasco do Brasil no Fórum de Davos

Por Altamiro Borges

Nas emissoras de televisão, que atingem e fazem a cabeça de milhões de brasileiros, a presença da delegação brasileira no Fórum Econômico Mundial, que reúne a nata – ou a cloaca – da burguesia internacional em Davos (Suíça), é um sucesso. O “Jornal das Dez” do GloboNews desta quarta-feira (18), por exemplo, exibiu o ministro Henrique Meirelles desfilando pelos luxuosos corredores do evento, distribuindo sorrisos e prometendo mundos e fundos – mais fundos do que mundos – aos investidores estrangeiros. Pelas imagens das TVs, até parece que o Brasil virou um paraíso. Mas a mentira não se sustenta – nem mesmo em outros veículos, que atingem uma parcela mais reduzida da população.

Os brioches e pães superfaturados de Temer

Por Altamiro Borges

Não foi manchete nos jornalões e nem destaque nas emissoras de televisão – talvez devido à inconveniência da denúncia para os barões da mídia que protagonizaram o “golpe dos corruptos” e têm feito um baita esforço para blindar a quadrilha do Judas Michel Temer. Exatamente por isso, vale postar no blog. Serve como mais um alerta para os que confiam cegamente na chamada grande imprensa – os “midiotas”. Aproveito a nota irônica publicada nesta terça-feira (17) pelo Jornal do Brasil, que tem mantido uma linha editorial mais independente diante do covil golpista:

Fascista mirim ataca Janio de Freitas

Por Altamiro Borges

O fascista mirim Kim Kataguiri – também já apelidado carinhosamente de “Kinta Katiguria” – resolveu utilizar o espaço semanal gentilmente cedido pela Folha golpista para criticar um dos jornalista mais respeitados do país, o veterano Janio de Freitas. Ainda sem explicar as origens da grana do seu sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), o fedelho afirma que “Janio de Freitas vive num mundo paralelo” por criticar a gangue que assaltou o poder em Brasília. Ele até parece um porta-voz infantil, “recatado e do lar”, do Judas Michel Temer – sabe-se lá a que preço.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Guilherme Boulos e o pânico dos golpistas

Por Altamiro Borges

Após quase 10 horas de detenção nesta terça-feira (17), o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, sintetizou bem os motivos da sua prisão arbitrária. "O intuito é o de intimidar a luta dos movimentos populares. Isso é notório. Cada vez mais eles tentam desmoralizar os movimentos... Quero dizer que não vão conseguir nos intimidar. A luta só vai crescer, vai aumentar a cada gesto fascista, a cada gesto ilegal, abusivo, como essa prisão de hoje".

Guilherme Boulos foi acusado por "incitação à violência, desobediência e outros crimes", exatamente quando tentava evitar a truculência da PM numa desocupação de terreno na capital paulista. "Acabei sendo indiciado por resistência. Para mim, resistência não é crime. Crime é despejar 700 famílias sem ter alternativa, resistência é uma reação legítima das pessoas contra uma barbaridade como esta".

Demissões e pânico na Globo e GloboNews

Por Altamiro Borges

Em seu esforço para embelezar o covil golpista de Michel Temer, a comentarista Eliane Cantanhêde – aquela da "massa cheirosa" do PSDB – elogiou no programa "GloboNews Em Pauta" da noite desta terça-feira (17) o "clima de otimismo na economia brasileira". Com certeza, ela não estava informada sobre o clima de pânico que impera entre os seus colegas de redação do império global. Segundo o jornalista Ricardo Feltrin, há fortes temores de que uma nova onda de cortes atingirá os profissionais da TV Globo e da GloboNews. Vale conferir sua postagem:

Ludmilla processa racista da TV Record

Por Altamiro Borges

Numa atitude exemplar, a cantora Ludmilla decidiu prestar queixa contra o apresentador "Marcão Chumbo Grosso", da TV Record de Brasília. No seu programa sensacionalista "Balanço Geral-DF", o desequilibrado chamou a artista de "macaca" e desferiu outros ataques racistas. O vídeo teve impacto imediato nas redes sociais, gerando uma onda de revolta. Diante das críticas, o valentão se acovardou e trancou o seu perfil no Instagram. Já a cantora Ludmilla reagiu indignada às declarações do sujeito, classificando-as como "um desrespeito absurdo, vergonhoso", e anunciou que iria à Justiça:

'IstoÉ' explora e persegue sindicalista

Por Altamiro Borges

Pelo jeito, o chapa-branquismo da revista IstoÉ – também conhecida nos meios jornalísticos como “QuantoÉ” devido à postura mercenária de seus donos – não está conseguindo contornar a grave crise financeira da empresa. A grana repassada pelo covil golpista de Michel Temer, com o inexplicável aumento dos anúncios publicitários, não tem sido suficiente para salvar a decadente Editora Três, que publica também as revistas IstoÉ Dinheiro, Rural, Motor Show, Planeta e Menu. Nos últimos meses, o atraso dos salários e o desrespeito aos direitos trabalhistas têm sido comuns. E agora, diante da reação dos trabalhadores, que já ameaçaram paralisar as redações, a empresa resolveu apelar para as práticas antissindicais, revelando todo o seu autoritarismo.

'Veja' deu pérola aos porcos!

Por Marcelo Auler, em seu blog:

"Dar pérolas a porcos" é um ditado antigo, surgido de uma passagem bíblica (Evangelho – Mt 7, 6.12-14), com o significado de dar algo de valor a quem não o aprecia, não o compreende ou não o merece. No jornalismo, uma velha máxima que profissionais experientes sempre levam em conta assemelhando-se ao ditado, é jamais dar espaço a quem não tem o que falar ou, quando fala, apresenta versões que o entrevistador nem sempre está pronto para contestá-las. Diz-se que é gastar papel com quem não merece, correndo-se o risco de fazer o leitor de bobo ao retransmitir informações que não conferem com a realidade. Foi o que aconteceu com a revista Veja edição 2513 (data de capa 18 de janeiro de 2017), que chegou às bancas no final de semana, trazendo nas páginas amarelas o chamado pingue-pongue com o delegado federal Maurício Moscardi Grillo.

"Temer é o chefe da quadrilha"

Por Conceição Lemes, no blog Viomundo:

10 de dezembro de 2015. Fábio Cleto, recém-exonerado da vice-presidência da Caixa Econômica Federal pela presidenta Dilma Rousseff, é preso na Operação Catilinárias, uma das etapas da Lava Jato.

Cleto faz acordo de delação premiada e afirma que o doleiro Lúcio Bolonha Funaro e o então deputado federal e presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), comandavam o esquema de cobrança de propinas de empresas interessadas em obter empréstimos do Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Dr. Janot é um usurpador

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Lê-se na Folha que o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, vai falar amanhã a uma platéia de empresários que “Operação Lava Jato, que ele comanda e já mandou para a cadeia um punhado de executivos de grosso calibre, não é um ataque ao capitalismo.”

Eu procurei na Constituição e na Lei Orgânica do Ministério Público para ver se havia alguma atribuição semelhante na legislação ao que vai fazer o Dr. Janot e não encontrei nada ligeiramente assemelhado, ao contrário.

Os rolos do presente bilionário às teles

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Às vésperas do Natal, o Congresso e o governo prepararam um presente às companhias de telefonia fixa de dar inveja ao mais generoso Papai Noel. Tentaram mudar a lei para que elas não tenham mais de pagar para explorar o serviço público nem aceitar metas de atendimento aos brasileiros, muito menos devolver, ao fim dos contratos em 2025, o patrimônio público alugado nos leilões de 1998.

Em troca, promessas de investimento em banda larga. É verdade que o fone fixo perdeu espaço devido aos celulares, enquanto a internet veloz é mais demandada. O plano tramado em Brasília significa, porém, doar bilhões às teles, e numa área vital à soberania nacional. “Crime de lesa-pátria”, segundo o senador Roberto Requião.

'Veja' comprova lawfare contra Lula

Do Jornal GGN:

Alvo preferido da revista Veja, o ex-presidente Lula ganhou extenso espaço. De novo. A revista entrevistou o Delegado Federal Mauricio Moscardi Grillo, coordenador da Lava Jato na Polícia Federal. A empreitada ganha contornos preocupantes, já que um representante da referida Operação, que tem mais convicções que provas contra o ex-presidente, se põe a falar sobre um caso que está em andamento, e que deveria ser mantido entre seus pares a bem da ética e do direito de defesa do alvo em questão.

Bolsonaro e o esvaziamento da política

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

Há uma percepção geral de que o fascismo precisou tanto do caldo de cultura do profundo colapso econômico entre guerras quanto da ameaça da luta revolucionária deflagrada pela Rússia em 1917 para florescer. Porem, há um outro fator fundamental que, por vezes, passa desapercebido: o esvaziamento da política.

Com a repressão aos comunistas e a frustração de governos social democratas, a alternância no poder perdeu potencial transformador na década de 1930, em países como a França, Alemanha e Itália. Os limites das disputas políticas, sempre determinados pelos grandes interesses imperialistas, acarretaram uma enorme frustração, possibilitando a penetração de discursos demagógicos e a manipulação na qual se construiu o fascismo.

Janot "arquiva" escândalo Globo/FHC

Do site Vermelho:

Há quase um ano, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) busca junto ao Ministério Público Federal (MPF) que seja aberta uma investigação para apurar as conexões entre a Rede Globo, a Fifa, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e offshores do Panamá que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública. O escândalo, conhecido como Panamá Papers, utiliza empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.

Temer oculta lista suja do trabalho escravo

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

O governo recorreu de liminar que determinou a volta da publicação da chamada "lista suja" do trabalho escravo. O prazo fixado em dezembro pela Justiça do Trabalho, em primeira instância, terminaria nesta semana, mas a Advocacia-Geral da União informou que a decisão está suspensa desde o dia 10. A liminar havia sido concedida em dezembro pela 11ª Vara do Trabalho do Distrito Federal, em ação civil do Ministério Público do Trabalho (MPT) – que fala em omissão do Executivo.

A prisão de Boulos é recado do Estado

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A acusação de que Guilherme Boulos incita ao crime por mediar uma reintegração de posse e sua detenção são tão bizarras quanto as ações que foram movidas contra o coordenador do MTST por ter afirmado que parte da sociedade iria resistir nas ruas às reformas que reduzem direitos propostas pelo governo Michel Temer.

A Polícia Militar de São Paulo deteve Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), na manhã desta terça (17). Ele dava apoio a cerca de 700 famílias em uma reintegração de posse na ocupação ''Colonial'', em São Mateus, na Zona Leste de São Paulo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Temer abusa da nossa inteligência

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer, como todos os temerosos, tem uma atração fatal por falas temerárias. A declaração à Reuters de que é “zero” a possibilidade de seu governo vir a ser desestabilizado pela Operação Lava Jato não tranquiliza nem a Marcela. Embora emudecida por ordem do marido, ela deve saber, como todo mundo no Brasil, que o segundo tempo da Lava Jato vai começar agora, com a homologação da delação premiada da Odebrecht e a nova delação da Camargo Corrêa, em fase de negociação, que envolverá 40 executivos.

Para que mais chacinas, Bruno Júlio?

Por Bruno Vieira, no site Brasil Debate:

A declaração do ex-secretário de juventude do governo Temer, Bruno Júlio, gerou comoções diversas tanto na vida real como na vida virtual. Várias pessoas apoiaram-no em relação à frase, sobre o massacre no presídio de Manaus, de que “tinha que ter era uma chacina por dia”. Ao lado de outras, condenei veementemente sua declaração – apesar de saber que é isso que a parte majoritária da sociedade deseja: soluções rápidas e práticas para os indesejados e os indesejáveis.

Qual será a política comercial de Trump?

Ilustração: Sherif Arafa/Cartoon Movement
Por Michelle Ratton e Fabio Morosini, na site da Fundação Maurício Grabois:

Se, até a eleição nos Estados Unidos, uma pergunta desafiadora às estratégias de comércio do Brasil era sobre os impactos da Parceria Transpacífico (Transpacific Partnership – TPP), a partir de agora, teremos dois novos desafios: 1) quais serão as novas parcerias do Pacífico; e 2) quais serão as novas estratégias dos Estados Unidos na área do comércio internacional.

Os acordos regionais de comércio, em formatos bilaterais e plurilaterais, ocuparam o espaço central da liberalização econômica internacional e das suas novas regras, desde o início do século XXI. Uma agenda regulatória ampla e profunda foi promovida por estas negociações, tendo os Estados Unidos como o principal – senão único – promotor de regras (rule maker) da cena internacional.

As perversidades da reforma da Previdência

Por Antônio Augusto de Queiroz, no site do Diap:

As regras de transição nas reformas previdenciárias, tanto no Brasil quanto no exterior, costumam ser generosas, com longos períodos para respeitar o direito “acumulado” e não frustrar completamente a expectativa de direito. Foi assim na reforma de FHC e, via PEC paralela, na do Lula.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, do governo Temer, ao contrário da tradição, restringe drasticamente as possibilidades transição, especialmente para os segurados do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que congrega os trabalhadores da iniciativa privada, contratados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e filiados ao Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).

Reflexões de uma batedora de panela

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Vânia olhou para a sua panela tramontina roxa ali guardada no fundo do armário da cozinha.

Foi um olhar em que havia ao mesmo tempo melancolia e frustração.

Não era uma panela qualquer. Era aquela que Vânia usara nos protestos contra Dilma. Escolhera-a por ser leve e barulhenta. Perfeita, portanto, para a ocasião.

A panela remetia a Dilma. Vânia, naqueles dias de panelaço, abominava Dilma.

A monumental incompetência do PSDB

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Eles se vendem como ótimos gestores (no que contam com a ajuda inestimável do oligopólio midiático), mas a realidade é implacável: mais cedo ou mais tarde a incompetência tucana salta aos olhos até dos desavisados.

Esta matéria de ontem, no site da Folha, discorre sobre como o governo de São Paulo “exportou” o PCC para outros estados. Alguns trechos:

Segundo o Ministério Público de SP, em outubro de 2014, a facção tinha cerca de 10 mil criminosos afiliados, 26% deles fora do Estado. Hoje, quando trava uma guerra com outras quadrilhas para dominar rotas e monopolizar o tráfico de drogas no país, possui cerca de 21,5 mil “batizados”, 64% deles para além da fronteira original.

A imagem de um país dominado por máfias

Por Jeferson Miola

A imprensa internacional, à diferença da brasileira, assinalou com realismo os passos da conspiração da oligarquia brasileira que redundou no golpe de Estado jurídico-midiático-parlamentar perpetrado através do impeachment fraudulento da Presidente Dilma.

Um analista português especializado em Brasil resumiu com notável precisão o contexto da aprovação do impeachment inconstitucional pelos deputados em 17 de abril de 2016: “uma assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha”!

Boulos e o guarda da esquina do AI-5

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em dezembro de 1968, quando o Brasil ingressava na noite do AI-5, que abriu a fase de terror da ditadura militar, o vice-presidente da República Pedro Aleixo produziu uma frase insubstituível sobre a capacidade dos regimes de exceção transformarem a vida do país numa baderna institucional. Justificando seu voto, o único contrário ao AI-5, Pedro Aleixo explicou com a elegância possível na hora que a partir daquele instante a vida política iria se transformar num vale-tudo de atos violentos, sem qualquer amparo constitucional:

Dilma: Prisão de Boulos fere a democracia

Do Blog do Alvorada:

A prisão do líder do MTST, Guilherme Boulos, é inaceitável. Os movimentos sociais devem ter garantidos a liberdade e os direitos sociais, claramente expressos na nossa Constituição cidadã, especialmente, o direito à livre manifestação.

Prender Guilherme Boulos, quando defendia um desfecho favorável às famílias da Vila Colonial em São Paulo, evidencia um forte retrocesso. Mostra a opção por um caminho que fere nossa democracia e criminaliza a defesa dos direitos sociais do nosso povo.

O que esperar da era Trump

Por Immanuel Wallerstein, no site Outras Palavras:

A previsão de curto prazo é uma atividade das mais traiçoeiras, que procuro nunca fazer. Prefiro analisar o que está acontecendo em termos da história de longa duração e as prováveis consequências no médio prazo. Contudo, decidi agora fazer previsões de médio prazo, por uma simples razão. Parece-me que todo mundo, em todo lugar, está neste momento focado naquilo que acontecerá no curto prazo. Parece não haver outro tema de interesse. A ansiedade está ao máximo, é preciso lidar com isso.

Alckmin e o empresário ficha suja

Por Carlos Neder, no blog Viomundo:

Todo mundo sabe. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pretende disputar a presidência da República em 2018.

É fundamental, portanto, que a população, particularmente a de outros estados, saiba como tem sido a gestão dele e do PSDB em São Paulo nos últimos anos.

Para começar, Alckmin age o tempo todo para levar a proposta do Estado mínimo às últimas consequências, ao seu limite. É a sua principal característica.

Nesse processo, é possível identificar três fases que mostram a sua evolução, embora elas coexistam.

Uau! Miriam Leitão descobre efeito Trump

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eu estava me sentindo um pouco solitário, de tantas vezes que repetia aqui que era para colocar as barbas de molho em matéria de economia com a iminência da posse de Donald Trump, que vai significar um abalo – não se sabe de quantos graus na “escola Richter”, enquanto os comentaristas da grande imprensa praticamente ignoravam os impactos negativos que ela vai trazer para nossa economia, o mais rápido na questão cambial.

Mas hoje, finalmente, diante da revisão para baixo do prognóstico de crescimento da economia brasileira pelo FMI para 0,2%, Miriam Leitão admite que ” o resultado pode ser pior”, em razão das "incertezas provocadas pelo governo de Donald Trump".

Os discursos de ódio prosperam no Brasil

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Na República de Platão, Polemarco, em diálogo com Sócrates, busca no senso comum seu conceito de justiça. Para ele, a definição passa pela maniqueísta formulação de “devolver o que se deve, sendo o bem ao amigo e o mal ao inimigo”.

No Brasil que naturaliza a barbárie, a definição do personagem platônico impõe-se em discursos de políticos, promotores e juízes. A repercussão das matanças recentes nas prisões brasileiras confirma a preferência da atual classe política pelo “olho por olho, dente por dente” de Polemarco.

Mídia prometeu que golpe salvaria economia

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O impeachment de Dilma Rousseff foi vendido pela mídia, pelos grandes empresários e pelos políticos golpistas (PSDB e PMDB à frente) como panaceia para a crise econômica. Com base nesse estelionato político, grande parte da população apoiou o golpe.

Em dezembro de 2015, o jornal Valor Econômico afirma que “Empresários querem que processo de impeachment corra de forma rápida” para destravar a economia

Em maio de 2016, o jornal O Globo afirma que “A aprovação do impeachment da presidente Dilma Rousseff abre espaço para uma retomada de confiança na economia brasileira”

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Alexandre de Moraes: "fascista e mentiroso"

Por Luana Spinillo, no site do PT:

O jurista e deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) foi enfático ao afirmar que o ministro golpista da Justiça, Alexandre de Moraes, é “despreparado moral e intelectualmente” para exercer o cargo.

A comprovação, para Damous, foi a forma como o atual ministro agiu após as chacinas ocorridas na primeira semana do ano nas penitenciárias do Amazonas e de Roraima, onde mais de 90 presos foram mortos.

Isso porque, na avaliação do petista, além de despreparado, Moraes é também “fascista e mentiroso”, já que o golpista declarou não ter recebido pedido de ajuda para crise no sistema penitenciário de Roraima, mas foi desmentido por um ofício da governadora Suely Campos (PP), pedindo em novembro o envio da Força Nacional para auxiliar na segurança de presídios.

Doria quer privatizar bibliotecas públicas

Da revista Fórum:

A cidade de São Paulo possui uma rede composta por 107 bibliotecas públicas – entre temáticas, de bairro, centrais, ônibus biblioteca e bosque de leitura. Trata-se do maior sistema de bibliotecas públicas da América Latina, recebendo cerca de 4 milhões de consultas por ano. Todo esse sistema pode, em breve, deixar de ser público e de ser administrado pelo poder municipal. O secretário municipal de Cultura da gestão João Doria, André Sturm, anunciou na semana passada que passará o controle de ao menos 52 bibliotecas, além do Centro Cultural São Paulo (CCSP), para as mãos de Organizações Sociais (OS).

O golpe e o retrocesso na reforma agrária

Por Gerson Teixeira, no site do MST:

O governo Dilma já entrou para a história por ter sido interrompido por meio de um golpe político protagonizado por uma ampla aliança das classes conservadoras. Tais setores, não apenas fulminaram a ordem democrática: em tempo sumário, violaram a soberania do país; solaparam direitos dos trabalhadores; e estão retroagindo, de forma intensa a economia e o quadro social brasileiro para posição anterior a 2003. É como se tivessem colocado o país numa máquina do tempo para uma viagem de volta súbita a um passado que julgávamos ter superado.

O Deus brasileiro devora seus filhos

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Diz-se que Deus é brasileiro, não o Deus da ternura dos humildes mas o Moloc dos amonitas que devora seus filhos. Somos um dos países mais desiguais, injustos e violentos do mundo. Teologicamente vivemos numa situação de pecado social e estrutural em contradição com o projeto de Deus. Basta considerar o que ocorreu nos presídios de Manaus, Rondônia e Roraima. É pura barbárie: a fúria decapita, fura os olhos e arranca o coração.

Não há uma violência no Brasil. Estamos assentados sobre estruturas histórico-sociais violentas, vindas do genocídio indígena, do colonialismo humilhante e do escravagismo desumano. Não há como superar estas estruturas sem antes superar esta tradição nefasta.

Meirelles ataca o funcionalismo público

Por André Forastieri, no site Vermelho:

Sem alarde, o governo de Michel Temer e o Supremo Tribunal Federal iniciaram esta semana o maior ataque ao funcionalismo público que o Brasil já viu. À frente da operação está o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A blitz continua na semana que vem, quando deve ser aprovado o acordo da União com o estado do Rio de Janeiro. Esse compromisso incluirá a redução da jornada de trabalho e dos salários dos funcionários públicos do Rio. Também está previsto o aumento da contribuição previdenciária dos funcionários públicos, que hoje é de 11%.

A perseguição a Lula e o sentido ético

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Na peça Galileu Galilei, Bertolt Brecht estabelece uma polêmica acerca do sentido e do significado do herói. Em conversa com seu secretário Andreas o sábio italiano enfrenta a angústia de defender a verdade de que a Terra não é centro do sistema planetário sabendo que a Santa Inquisição lhe ceifaria a vida ou de negar a verdade e continuar mantendo a dádiva da vida. Andreas, jovem idealista, incita o mestre a defender a verdade da evidência científica argumentando que a possível morte o tornará herói. Entre as ponderações dos argumentos, Andreas declara: "Pobre do povo que não tem herói!". Ao que Galileu responde: " Não Andreas. Pobre do povo que precisa de herói!".

Ano da esperança ou dos retrocessos

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Este é um ano decisivo porque de transição, entre o golpe de 2016 e o que deve ser o ano das novas eleições presidenciais, em 2018. Pode ser o ano da consolidação do governo golpista, caso ele consiga blindar o processo eleitoral, eliminando Lula da disputa, ou pode ser a preparação do cenário de recuperação, por parte do povo, do direito de eleger por via direta, de novo, o presidente do país.

O Brasil saiu da ditadura, mas nunca chegou à democracia. O caráter predominantemente liberal da transição à democracia fez com que esta fosse um processo limitado às estruturas políticas – descentralizando o poder em torno do Estado, restabelecendo a autonomia dos três poderes da República, promovendo os processos eleitorais, a diversidade partidária, entre outras medidas.

Justiça bloqueia bens de Blairo Maggi

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Do jornal Brasil de Fato:

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), teve bens bloqueados pela Justiça do Mato Grosso nesta quarta-feira (11). Ele responde a processo por improbidade administrativa, acusado de ter participado de um esquema que comprou uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

A decisão, que bloqueou R$ 403 mil de Maggi foi tomada na segunda-feira (9) pelo juiz Luís Parecido Bertolussi Júnior, tornando indisponíveis também veículos do político. José Riva (PSD), ex-presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, também foi alvo do processo. As informações são do jornal Folha de São Paulo.


A tragédia de Mariana e a febre amarela

A crise da previdência privada no mundo

Por Pere Rusiñol, no site da CTB:

Os lobistas das aposentadorias privadas passam toda a vida anunciando a iminente crise do modelo público. E agora que os recursos das aposentadorias atingiram níveis mínimos, o que ameaça de fato entrar em erupção são os sistemas privados. Em todo o mundo.

O modelo público espanhol é de repartição: os trabalhadores de hoje pagam os vencimentos dos aposentados. A maioria dos sistemas privados, por outro lado, tem um modelo de capitalização: cada trabalhador coloca dinheiro em uma conta própria, que será sua futura pensão.

Por que o PCC cresceu tanto sob Alckmin?

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O que o PCC ganhou no acordo com o governo paulista em 2006?

Na época, a facção realizou vários ataques, especialmente a postos da Polícia Militar, de maneira coordenada. Eles foram interrompidos após uma reunião no presídio de Presidente Bernardes, no interior do estado.

De acordo com o Estadão, a solução foi encaminhada pela advogada Iracema Vasciaveo, então presidente da ONG Nova Ordem, que defendia os direitos dos presos e representava o PCC.

Folha tenta levantar o moral de Moro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

A assessoria de imprensa da Lava Jato – leia-se, Folha de São Paulo – estampa a seguinte manchete em seu site, triunfante: “TRF mantém ou endurece 70% das penas aplicadas por Sergio Moro”.

De 23 condenados por Moro, 8 tiveram as penas mantidas, 8 tiveram as penas endurecidas, 4 foram absolvidos pelo TRF e 3 tiveram suas penas diminuídas.

No meio da matéria vem a pegadinha.

FMI rebaixa previsão de crescimento

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta segunda-feira previsão de crescimento de apenas 0,2% para o Brasil em 2017, índice menor que o divulgado na semana passada pelo boletim Focus do Banco Central e pelo Mundial, de 0,5%. A previsão do FMI, de crescimento maior, embora moderado, para as economias dos Estados Unidos e da China, é mais um indicador de que a estagnação brasileira tem um forte componente interno, que é a incerteza dos agentes econômicos em relação ao futuro do governo Temer.