sábado, 25 de fevereiro de 2017

Temer, Maia e a 'revogação da Lei Áurea'

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Enquanto os brasileiros se distraem com o carnaval, a partir desta sexta-feira (24), Michel Temer (PMDB-SP) estará articulando a abertura de mais um saco de maldades. O presidente cobrou agilidade e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu colocar em votação no plenário, tão logo acabe a folia popular, o projeto de lei – que tramita há quase 20 anos na Casa – que libera a terceirização irrestrita de trabalhadores pelas empresas. Visto pelas centrais sindicais como uma ofensa brutal aos direitos dos trabalhadores, o projeto tem como relator o deputado Laércio Oliveira (SD-SE) e chegou ao Congresso em 1998, ainda na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Padilha inaugura puxadinho dos afastados

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Eliseu Padilha deve inaugurar o ministério paralelo dos afastados por envolvimento com a Lava Jato, um puxadinho protetor anunciado por Temer na semana passada: ministros citados ou investigados serão afastados temporariamente. Demissão, só para os que se tornarem réus, algo que dificilmente acontecerá durante seu mandato. Padilha pediu licença do cargo de ministro-chefe da Casa Civil para fazer uma cirurgia que estaria mesmo programada. Ele jura que volta mas, no curso da licença médica, devem ser divulgadas, pelo menos parcialmente, as delações da Odebrecht.

Yunes compromete Padilha, Temer e... Moro

Por Jeferson Miola

O depoimento que José Yunes prestou ao MP assumindo-se como simples “mula” para transportar os R$ 4 milhões da propina da Odebrecht destinada a Eliseu Padilha, é demolidor para o governo golpista.

A denúncia do amigo de mais de meio século do Michel Temer põe luz sobre acontecimentos relevantes da história do golpe, e pode indicar que os componentes do plano golpista foram estruturados em pleno curso da eleição presidencial de 2014:

1. a Odebrecht atendeu o pedido do Temer, dos R$ 10 milhões [os R$ 4 milhões ao Padilha são parte deste montante] operados através de Lucio Funaro, ainda durante o período eleitoral de 2014;

Temer, a 'mula', vai 'entregar o pacote'?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como se sabe, o papel para o qual a elite dominante escalou Michel Temer foi o de “mula”.

Pegar o poder com o golpe e entregar, depois, ao PSDB, já devidamente higienizado dos direitos dos pobres e com as medidas de depenamento do Estado brasileiro.

A mula, porém, está escandalosamente manca.

A tropa que ela liderava perde um integrante por semana, e cada um que sai se torna um fardo a mais: é mais um para livrar das encrencas ma Justiça.

Globo e Temer manipulam na conta de luz

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A Globo agora quer tentar convencer a população do seguinte sofisma: o governo Dilma, que fez investimentos recordes em infra-estrutura elétrica, que construiu linhas de transmissão modernas, termoelétricas, hidrelétricas, eólicas, que levou adiante, finalmente, a construção de Angra III, que fez programas populares para levar energia aos rincões mais isolados do país, e que mesmo assim, ainda baixou o preço da energia elétrica para indivíduos, indústrias e lojas, este foi o governo que cometeu erros.

Brasil pós-Serra: mais fraco e isolado

Por Mariana Serafini, no site Carta Maior:

Durante a rápida passagem pelo ministério das Relações Exteriores – apenas nove meses – a atuação de José Serra foi um fracasso completo. Tentou usar a chancelaria brasileira para fazer palanque ideologizado, discurso que além de não sustenta-lo muito tempo sob os holofotes, estagnou a política externa nacional. Sem a atenção dos Estados Unidos que tanto desejava e enfraquecido na América Latina, o ex-ministro deixa um dos piores legados dos últimos anos na pasta.

Na noite desta quarta-feira (22) o senador pelo PSDB de São Paulo enviou uma carta ao presidente Michel Temer para solicitar sua saída do ministério. No documento ele alegou problemas de saúde e se disse “honrado” em desempenhar este papel, mesmo que por curto período.

Botar o bloco na rua contra Temer

Editorial do site Vermelho:

O grande sucesso do carnaval de 1973 - ano do auge sangrento da ditadura militar - foi a canção Eu quero é botar meu bloco na rua, do capixaba Sérgio Sampaio. Era perfeita para o carnaval daquele ano, com a sutileza do refrão que subentendia um chamado para a resistência contra a ditadura militar.

O carnaval brasileiro é assim. Combina irreverência e alegria, luta e compromisso. Da mesma maneira como os brasileiros fazem em seu dia a dia.

O povo, nos blocos, nas ruas, sempre deu o recado do descontentamento, das exigências e denúncias dos despotismos dos maus governos.

Reinaldo Azevedo está certíssimo!

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

José Reinaldo Azevedo e Silva, vulgo Reinaldo Azevedo, foi inventado pela revista Veja no início dos anos 2000. Era um jornalista sem expressão, famoso por seu carreirismo e pelas puxadas de tapete nas redações durante os anos 1990.

Azevedo formou-se em jornalismo pela Universidade Metodista de São Paulo, após frequentar o curso de letras na Universidade de São Paulo (USP). Foi trotskista na adolescência, durante a ditadura militar. Adulto, tornou-se crítico do comunismo e das ideias socialistas.

Fim de Temer está mais próximo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A providencial cirurgia na próstata anunciada por Eliseu Padilha, 24 horas depois de ter sido denunciado pelo amigo presidencial José Yunes como destinatário de uma mala de dinheiro, confirma que o fim de Michel Temer está próximo.

Por mais que seja possível insistir na coreografia - e Brasília já viu muitos espetáculos semelhantes - o governo acabou esta manhã.

A versão de que Padilha afasta-se do governo por razões médicas não merece credibilidade. A história inteira é outra.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Justiça exige resposta do farsante Gentili

Por Altamiro Borges

Em 30 de julho de 2015, a sede do Instituto Lula, localizada no bairro do Ipiranga (SP), foi alvo de um atentado terrorista. Durante a madrugada, uma bomba foi lançada e danificou a entrada do prédio. Até hoje a Polícia Civil, chefiada pelo governador tucano Geraldo Alckmin, não esclareceu o caso - que poderia ter até consequências mais graves. Na ocasião, o apresentador de tevê Danilo Gentili, famoso por seu humorismo reacionário, postou nas redes sociais que o próprio "Instituto Lula forja ataque pra sair de vitima e o máximo que conseguem com isso é todo mundo dizendo 'que pena que o Lula não tava lá na hora'". A acusação falsa e cheia de ódio gerou uma onda de revolta na internet.

A quadrilha no governo e a dos cúmplices

Malafaia é indiciado por lavagem de grana

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Silas Malafaia, o falso pastor metido a vestal da ética, bem que poderia passar alguns dias na cadeia para se penitenciar dos seus pecados. Segundo informa o site do jornal Estadão, o chefão da sinistra Associação Vitória em Cristo, ligada à Assembleia de Deus, "foi indiciado pela Polícia Federal na Operação Timóteo por lavagem de dinheiro. A informação foi dada nesta sexta-feira, 24, pela Polícia Federal. Em 16 de dezembro do ano passado, o pastor foi alvo de mandado de condução coercitiva – quando o investigado é levado a depor e liberado". Agora, com a nova ação da PF, a situação do "pastor" que faz apologia do ódio e é um fascistoide convicto fica ainda mais complicada.

"Mula" Yunes reforça delação contra Temer

Da revista CartaCapital:

"Fui mula involuntário do Padilha", disse o advogado à Veja, que confirmou sua versão à publicação e também ao jornal Folha de S.Paulo. "Não teria problema nenhum ele [Padilha] reconhecer que ligou para mim para entregar um documento, o que é verdade. Vamos ver o que ele vai falar. Estou louco para saber o que ele vai falar. Ele é uma boa figura. Mas, nesse caso, fiquei meio frustrado. Não sei. É tão simplório. É estranho, não é?", disse Yunes à revista.

Em seu depoimento, Yunes trouxe um elemento novo ao caso contra Temer e Padilha. Segundo o advogado, o mensageiro da Obebrecht era o doleiro Lucio Bolonha Funaro, que teria mencionado, em rápida conversa, financiamento a 140 deputados para "fazer o Eduardo presidente da Casa".

Entrou uma mula na suruba do golpe

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

Que a política brasileira sempre foi um antro de imoralidade, corrupção, permissividade, balbúrdia e sacanagem propriamente dita não é novidade pra ninguém, mas as indecências das relações promíscuas que adornam o governo ilegítimo de Michel Temer desceram a níveis tais que fariam corar de vergonha o próprio Marquês de Sade.

Verdade seja dita, desde que Romero Jucá – o porta-voz informal da baixaria Temeriana – classificou como “suruba” a pornografia institucionalizada do foro privilegiado, ficou cada vez mais clara a forma que devemos entender todo o movimento que se organizou para criar as condições necessárias para a deposição da ex-presidente Dilma Rousseff.

Quatro fatores na demissão de Serra

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

José Serra é um político à deriva. É detestado no PSDB, suportado no governo Temer e se tornou eleitoralmente irrelevante. Tão irrelevante que a última sondagem CNT sequer o incluiu nas fichas de presidenciáveis.

Seu pedido de demissão deve-se aos seguintes fatores:

Fator 1 – a irrelevância de sua atuação à frente do MRE

O insuspeito O Globo relacionou todos os fatos relevantes da gestão Serra no MRE. Sob o impactante título “As principais passagens de Serra no MRE”, relacionou os seguintes feitos:

Levy Fidelix é multado por homofobia

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

A Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo confirmou uma multa no valor de R$ 25.070,00 a Levy Fidelix por declarações homofóbicas durante a campanha para Presidência da República em 2014. Ele tem 15 dias para pagar após notificado.

Um dos pontos mais baixos da campanha presidencial de 2014 (e olha que o pessoal se esforçou para produzir vários) foi protagonizado por ele, na madrugada de 29 de setembro, durante um debate na TV Record.

Questionado por Luciana Genro (PSOL) sobre direitos homoafetivos, ele soltou um rosário de impropérios que fariam corar até os mais fundamentalistas dos parlamentares religiosos. Afirmou que “aparelho excretor não reproduz'', comparou homossexuais a quem pratica o crime de pedofilia e, ao final, conclamou: “Vamos ter coragem! Nós somos maioria! Vamos enfrentar essa minoria. Vamos enfrentá-los''. A fala de Levy provocou reações de indignação, da Procuradoria Geral da República aos movimentos sociais.

As reformas de Temer e a ação sindical

Por Marcos Verlaine, no site do Diap:

Está claro que o governo do presidente Michel Temer “fincou o bambu do lado grosso”. As propostas de reformas da Previdência e trabalhista expressam demandas há muito desejadas pelo mercado. As matérias terão tramitação rápida no Congresso, em particular, a da Previdência (PEC 287/16), porque desta depende a efetividade da Emenda à Constituição 95/16, que congela, em termos reais, o gasto público por 20 anos. Mas apenas os primários: saúde, educação, segurança, salários, etc. As despesas financeiras do governo estão intocadas. Em particular, àquelas relacionadas aos juros e serviços da Dívida Pública.

Oposição quer criar a CPI da Previdência

Por Cristiane Sampaio, no jornal Brasil de Fato:

Parlamentares da oposição estão se mobilizando para que o Senado instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a real situação financeira da Previdência. Uma lista organizada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) já conta com 29 assinaturas. O número é maior que o mínimo exigido pelo regimento da Casa para instauração de colegiado dessa natureza, que é de 27 parlamentares, correspondente a um terço do número de senadores.

O suntuoso apartamento de Moraes

Por Renato Rovai, em seu blog:

Uma matéria de maio de 2013 no site UOL anuncia o edifício Mansão Tucumã, localizado no Jardim Europa e nas proximidades do Clube Pinheiros, como o quinto metro quadrado mais caro de São Paulo. De acordo com levantamento da empresa Lello, em 2014 havia 21 mil condomínios residenciais na cidade.

É ali que vive, no apartamento 71, Alexandre de Moraes, cujo nome foi aprovado para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal na manhã de ontem e que assumirá no dia 22 de março.

O imóvel tem 365 metros quadrados de área privativa real e 293,327 metros quadrados de área de uso comum real, incluindo o uso de 5 vagas de garagem, de acordo com a certidão de propriedade. Um total de 658,367 m² de área total construída.

O homem forte da reforma da Previdência

Marcelo Caetano, durante anúncio do envio do projeto
de reforma da Previdência ao Congresso Nacional
Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

A central sindical Pública, que representa servidores públicos da ativa e aposentados dos três poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário), denunciou hoje (23) o secretário da Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, por conflito de interesses. Segundo a entidade, Caetano, um dos principais articuladores da proposta de reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer, ocupa também cargo de conselheiro na Brasilprev, uma das maiores empresas de previdência privada do país.

A denúncia foi protocolada nesta manhã em Brasília, na Comissão de Ética Pública da Presidência da República. E será também encaminhada ao Ministério Público Federal do Distrito Federal (MPF-DF).

Impostos e luta de classes no Brasil

Por Juliano Giassi Goularti, no site Brasil Debate:

“Mudar o mundo meu amigo Sancho não é loucura, não é utopia, é justiça.” Dom Quixote de la Mancha em diálogo com Sancho Pança – Miguel de Cervantes.

No debate constitucional, em 1988, o legislador constituinte estabeleceu um conjunto de princípios tributários baseados na justiça fiscal e social. A começar, a Carta Magna definiu que a tributação deve ser, preferencialmente, direta, de caráter pessoal e progressiva. No entanto, a nova ordem neoliberal que estava em curso nos anos 1990 não somente minou os avanços definidos na Constituição, mas tratou de agravar as distorções sociais, sobretudo, aprofundando a regressividade do sistema tributário brasileiro.

Marcola tem muito a aprender com Cunha

Por Jeferson Miola

Eduardo Cunha tem razões de sobra para se sentir o presidiário mais poderoso do país. Os motivos para isso são mais que justificáveis:

1- sua turma na trama golpista, que o ministério público federal diz ser a organização criminosa identificada por alcunhas nas planilhas de propinas da Odebrecht, está no centro do poder: Michel Temer, o MT; Eliseu Padilha, o Primo; e Moreira Franco, o Angorá – Geddel Vieira Lima, outro parceirão do time e colecionador de desvios e crimes, já foi ejetado do Planalto, e em breve poderá fazer companhia a Cunha;

2- Gustavo do Vale Rocha, seu advogado e também advogado da Marcela Temer na censura das notícias do hacker, foi indicado por Cunha e nomeado pelo “Primo” como Subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, um dos cargos mais influentes do governo federal;

O problema da República: como soltar Cunha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A lógica da política já é complicada. A da política bandida, quase indecifrável. E quando o banditismo político infiltra-se em meio às togas, aí se passa a ter de raciocinar com o pressuposto do crime e da conspiração nas próprias instituições, já não apenas nos homens.

Há muita gente achando que a súbita sinceridade de José Yunes, dispondo-se a fazer o papel de velho “bobo”, é parte de uma estratégia que aceita degolar o entorno de Temer – Geddel já foi, Moreira Franco é um morto-vivo político (mesmo antes, prestava-se mais a negócios, para o que hoje está interditado) e Eliseu Padilha agora só vai ficar a salvo enquanto permanecer no hospital.

O novo diversionismo da Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Através de seu órgão oficial, o blog do Fausto Macedo, vinculado ao Estadão, a Lava Jato não esconde sua obsessão em controlar a narrativa.

Com os operadores da Lava Jato defendendo Alexandre de Moraes, ministro da Justiça de Temer, no STF, e o próprio Sergio Moro atuando como bombeiro no incêndio que Eduardo Cunha ameaça lançar sobre o Planalto, a operação perdeu o seu charme “subversivo” e tornou-se uma iniciativa governista.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Moro e os tucanos no carnaval



A marchinha de carnaval do 'Fora Temer'

"Entreguismo" poderá sepultar o golpe

Por Marcelo Zero

O golpe suscitou a criação de várias frentes de luta.

A primeira e mais óbvia é a luta pela restauração da democracia e do voto popular, a qual se expressa no combate contra o golpe continuado e o Estado de Exceção, que ameaça direitos civis e políticos e criminaliza estudantes, movimentos sociais e a oposição de um modo geral.

A segunda tange às lutas contra a desconstrução dos direitos sociais e o desmonte do Estado de Bem Estar inscrito na Constituição Cidadã de 1988. Para complementar a emenda Constitucional nº 95, de 2016, que congelou os investimentos em saúde, educação, assistência social, ciência e tecnologia, etc. por 20 longos anos, crueldade inédita no mundo, agora socam goela abaixo do brasileiro a reforma da previdência, complementada pela reforma trabalhista.

Falso moderno, Doria inspira atos fascistas

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Nenhum brasileiro que tenha conservado a memória da luta contra a ditadura militar tem o direito de ficar indiferente à lei que proíbe as pichações em São Paulo, patrocinada e sancionada por João Doria.

Por envolver uma forma de expressão associada à população pobre da periferia, onde pichações são vistas pelos jovens como uma chance de mostrar a cara para uma cidade que finge que não existem, não há dúvida de que a legislação em vigor se enquadra no perfil que novo prefeito tenta construir para si e seu futuro político.

Serra cai fora: saúde ou esperteza?

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O ministro das relações exteriores dos Estados Unidos do Brazil caiu fora do Governo.

Alega problemas de saúde?

É uma possibilidade, mas apenas uma possibilidade.

Primeiro, porque se for uma doença grave, deveria ser do conhecimento público há mais tempo.

E se for realmente grave, a Ilustre colonista da Fel-lha, que tem o monopólio do noticiário do Sírio Libanês, teria noticiado!

A opção antipovo de Temer

Editorial do site Vermelho:

A cena final do filme O Capital (2012), do cinesata grego Constantin Costa-Gavras, traz uma descrição perfeita do espírito que predomina no governo ilegítimo de Michel Temer: a opção contra o povo.

Naquela cena o protagonista Marc Tourneuil, indicado para o cargo de presidente de um banco ligado à especulação financeira, afirma-se, sob aplausos feéricos da assembleia de banqueiros, um Robin Hood moderno, que rouba dos pobres para tornar os ricos mais ricos.

Os brasileiros não gostam de Temer, desde a origem obscura e golpista de seu governo para o qual não teve sequer um voto popular. Por uma razão simples e direta: este governo fez, para usar uma metáfora oposta a outra já empregada por movimentos religiosos, uma opção contra os pobres.

Previdência: bombardeio e implosão

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O processo de desmonte do Estado brasileiro e de privatização de suas atividades comporta várias possibilidades de periodização e de tipificação. Na verdade a estratégia privatizante tem sua origem na consolidação da hegemonia neoliberal, alicerçada nos preceitos do Consenso de Washington. Assim, o discurso em defesa da desregulamentação generalizada da economia e a favor de um Estado mínimo é muito mais abrangente do que a simples venda de empresas de propriedade do governo.

Serra pede demissão do covil de Temer

Da revista CartaCapital:

O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), pediu demissão na noite desta quarta-feira 22 a Michel Temer, que aceitou o pedido. O tucano enfrenta um problema de saúde na coluna cervical. Chegou a ser submetido a uma cirurgia no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, no fim do ano passado, mas não se recuperou plenamente.

Em sua carta de renúncia, o então chanceler lamentou sair do governo, mas acenou manter apoio a Temer ao reassumir sua cadeira parlamentar. “No Congresso, honrarei o meu mandato de senador trabalhando pela aprovação de projetos que visem à recuperação da economia, ao desenvolvimento social e à consolidação democrática no Brasil”, disse.

Os ataques a Maria do Rosário e sua filha

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A deputada Maria do Rosário emitiu uma nota sobre a campanha difamatória contra ela e sua filha de 16 anos.

“Minha filha está sendo vítima de criminosos nas redes sociais. Como mãe não medirei esforços para protegê-la, como faço todos os dias da minha vida. Já tomei as medidas cabíveis e estou fazendo todas as denúncias possíveis para que os bandidos que atacam minha família sejam identificados e severamente responsabilizados. Nenhuma família merece passar por isto.

Eu e o meu esposo Eliezer Pacheco estamos indignados e repudiamos com veemência os atos criminosos de quem manipula imagens e informações, expondo uma menina de 16 anos.

Janot e os inquéritos contra Aécio

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não se pode acusar o Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot de imprevisível. Sua atuação tem ajudado a confirmar todos os cenários traçados pelo Xadrez sobre a maneira como trabalha os inquéritos contra seu conterrâneo, o senador Aécio Neves: empurrar com a barriga o máximo de tempo possível.

A delação do ex-senador Delcídio do Amaral criou uma dor de cabeça para Janot. Delcídio avançou uma série de acusações contra Lula, Dilma e o PT. Mas incluiu na delação denúncias contra Aécio. Como não poderia ignorar algumas denúncias e acatar outras, Janot foi obrigado a abrir dois inquéritos contra Aécio: um, sobre o sistema de propinas de Furnas; outro, sobre a falsificação de documentos para a CPMI dos Correios, visando ocultar o mensalão mineiro.

Patrimônio de Moraes e família cresceu 691%

Por Paulo Dantas, no blog Viomundo:

Em reportagem intitulada Alexandre de Moraes acumulou patrimônio milionário no serviço público, o site BuzzFeed revela que “entre 2006 e 2009, como membro do CNJ e secretário de Gilberto Kassab, o ministro comprou oito imóveis por R$ 4,5 milhões”.

Imediatamente, a matéria nos leva à questão: Qual seria a evolução patrimonial de Alexandre de Moraes e de sua família ao longo do tempo, já que trabalhou para a Prefeitura e o Estado de São Paulo?

A legislação obriga a publicação dos bens de agentes públicos, ocupantes de cargos do primeiro escalão, em Diário Oficial.

Você não foi convidado pra 'suruba' do Jucá

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Quem teve estômago para assistir à sabatina de Alexandre de Moraes, indicado a ocupar a vaga de Teori Zavascki como ministro do Supremo Tribunal Federal, saiu com mais uma prova de que uma parte considerável da classe política despirocou e desistiu de manter as aparências.

Mesmo com seu polêmico currículo – que inclui desde uma gestão violenta da segurança pública em São Paulo, passando pela inabilidade em gerenciar uma crise nacional do sistema penitenciário até chegar a denúncias de plágio acadêmico – destacado desde que seu nome foi confirmado por Michel Temer, em nenhum momento ele passou real sufoco. A oposição sumiu, literalmente. Para terem ideia do que foi a sabatina, as cervejas que temos com amigos, no final de semana, contam com mais momentos de treta do que a ovação, desta terça (21), em Brasília.

O urgente exorcismo dos vampiros do futebol

Por Bepe Damasco, em seu blog:                                                                                        

Se um marciano descesse no Brasil hoje, seria difícil fazê-lo entender porque clubes de futebol com camisa, tradição e objetos da paixão popular se submetem há décadas às imposições da CBF e das federações, abrigos de uma cartolagem, em geral, arcaica e corrupta que vive de sugar o sangue dos clubes.

O alienígena queimaria também suas antenas para enxergar alguma sensatez no fato de uma emissora de televisão monopolizar as transmissões dos jogos, impondo horários extravagantes que penalizam a torcida, pressionando por calendários que preveem um número de jogos excessivo que arrebentam os atletas e definindo a quem pagar mais e a quem pagar menos

Como fica o ensino médio com a 'reforma'

Por Monica Ribeiro, no site da UJS:

Publicada hoje no Diário Oficial da União a Lei 13.415 de 16 de fevereiro de 2017, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e outras leis da área. Com isso, chega ao fim a trajetória da reforma do ensino médio no campo da legislação. Agora é lutar em cada estado, pela manutenção e ampliação dos direitos que a reforma quer retirar. Como fica o Ensino Médio pela nova Lei:

O currículo fica dividido em duas partes: uma parte comum de 1.800 horas a todos/as estudantes e outra, dividida em cinco itinerários, em que o/a estudante terá que fazer aquilo que a escola/sistema ofertar (e não o que ele escolher, como diz a propaganda enganosa do governo).

Alckmin fechou 889 salas de aula em SP


Levantamento parcial do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) mostra que o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) fechou pelo menos 889 salas de aula em escolas de diversas cidades do estado. A operação é classificada pela entidade como “reorganização disfarçada”, em alusão ao projeto de fechamento de 94 escolas que foi barrado depois de estudantes ocuparem 213 instituições de ensino, em 2015.

O último fio de cabelo de Alexandre de Moraes

Por Renato Rovai, em seu blog:

O ex-ministro da Justiça de Temer, ex-secretário de Segurança Pública do governo Alckmin e ex-secretário de quase tudo na prefeitura de Kassab, o advogado Alexandre de Moraes, deu hoje uma demonstração de que não vai para o Supremo Tribunal Federal tomar o chá da tarde com seus colegas de toga.

Sua missão é clara, é defender os amigos e jogar no ataque contra os adversários. Perguntando pelo senador Lindbergh (PT-RJ) se aceitaria renunciar ser juiz dos processos da Lava Jato, pois já tinha atuado com muitos acusados na sua trajetória política, ele não tergiversou. E só faltou Moraes dizer pro senador. “Ei, tolinho, tá pensando que eu cheguei até aqui por quê?”

Reforma previdenciária racha base de Temer

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Com o início do funcionamento da comissão especial e do debate sobre a reforma previdenciária na Câmara, começa a ficar claro que nem a base parlamentar gelatinosa de Michel Temer está disposta a engolir o esbulho de direitos que ele e seu governo propõem. O relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA), declarou que vai alterar a regra de transição para o novo regime, em que homens e mulheres só podem se aposentar aos 65 anos de idade. Na base, dezenas de deputados governistas já apresentaram emendas alterando diferentes dispositivos da proposta, na mesma linha do que faz a oposição.

Moraes no STF: despudor e desfaçatez

Por Jeferson Miola

O plagiador tucano Alexandre de Moraes preenche somente dois dos quatro requisitos constitucionais para ser juiz do STF: [1] é cidadão brasileiro, e [2] está na faixa etária de “mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade” [CF, art. 101].

Moraes não possui, todavia, os dois predicados substantivos exigidos pela Constituição: [1] falta-lhe notável saber jurídico, com autoria genuína [não plagiada], bem além de simples cartilhas, fascículos e manuais para concursos considerada como “obra jurídica”; e, [2] como plagiador de obras alheias e uma carreira manchada por favorecimentos e direcionamentos políticos, ele não possui reputação ilibada.

Presidenta da UBES é agredida na Câmara

Foto: Bruno Bou/Cuca da UNE
Do site da UBES:

“É lamentável que esta Casa esteja debatendo uma suposta doutrinação de estudantes enquanto a escola pública enfrenta problemas reais, como falta de estrutura, de material didático e até de merenda”, afirmou nesta terça (21) a presidenta da União Brasileira dos Estudantes, Camila Lanes, em audiência pública sobre o PL 7180/14 e apensados, do Projeto Escola Sem Partido. Chamado pelos estudantes de “Lei da Mordaça”, o projeto limita a autonomia de educadores e educandos em nome de uma suposta neutralidade.

Temer corre contra o tempo

Por Henrique Fontana, no site Sul-21:

“Às favas, neste momento, com os escrúpulos”, disse em 1968 o então ministro do Trabalho na ditadura, Jarbas Passarinho, em defesa da edição do Ato Institucional nº5 (AI-5), que permitiria a suspensão de todas as garantias constitucionais. Sem votos, sem aprovação popular e acuado por denúncias de corrupção, Temer segue o ensinamento. Em meio ao caos dos presídios e da segurança pública, deixando escrúpulos e até as aparências de lado, indicou seu ministro da Justiça, filiado ao PSDB, Alexandre de Moraes, como ministro ao STF e futuro revisor das ações da Lava-Jato; nomeou Moreira Franco, 34 vezes citado nas delações premiadas, como ministro de Estado com foro privilegiado; e, ainda, elegeu os investigados senador Eunício Oliveira (PMDB) e deputado Rodrigo Maia (DEM) para as presidências do Senado e da Câmara.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

CCJ aprova "Kinder Ovo" para o STF

Por Altamiro Borges

Por 21 votos a sete, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na noite desta terça-feira (21) a indicação do fascista Alexandre de Moraes para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O covil golpista de Michel Temer festejou a decisão, que deve ajudar a "estancar a sangria" das investigações de corrupção no país. No circo montado da "sabatina", os falsos moralistas cumpriram a contento o seu patético papel. Agora, a indicação do "guarda-costas" dos bandidos será submetida a aprovação do plenário do Senado, onde ele precisa do apoio de 41 dos 81 senadores. A votação secreta, assim como foi na CCJ, será realizada ainda nesta quarta-feira. 

Romero Jucá e as surubas do moralismo

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Romero Jucá pratica a grosseria verbal com rara franqueza e acaba, por isso, deixando as verdades peladas na praça.

Ou o “estancar essa porra” que a gravação de Sérgio Machado revelou ser seu desejo em relação à Lava Jato, bem como o seu projeto de que “com o Michel tem acordo”, inclusive com o STF, não acabaram se tornando realidade que todos estão vendo?

Hoje, na manchete do Estadão, o líder do Governo no Senado tem mais um arroubo de sinceridade.

As reclamações tardias da Fiesp

Por Armando Boito Jr., no jornal Brasil de Fato:

Depois de participarem do movimento golpista ou ficarem (favoravelmente) neutros diante desse movimento, lideranças empresariais importantes, como Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e candidato a político profissional, e Benjamin Steinbruch, do Grupo Vicunha, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), do Banco Fibra e 1º vice-presidente da Fiesp, vieram a público, por intermédio de artigos publicados seguidamente no jornal Folha de S. Paulo, fazer críticas à política econômica do governo Temer.

O resgate do mundo do trabalho

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

Por volta dos anos 1960/1970, a sociologia do trabalho era a coqueluche no plano das ciências sociais. Poucas décadas depois, os temas do mundo do trabalho parecem relegados a um assunto entre outros, como se a atividade de trabalhar tivesse deixado de ser aquela que ocupa a maioria esmagadora da humanidade, em grande parte das suas vidas.

Por um lado, houve transformações reais no capitalismo, que modificaram o lugar do trabalho e sua própria natureza, nos processos de reprodução do capital. Inquestionavelmente, as relações formais de trabalho diminuíram, embora a produção tenha aumentado exponencialmente.

O pesadelo capitalista videofinanceiro

Por Gilberto Felisberto Vasconcellos, na revista Caros Amigos:

Capitalismo videofinanceiro é a centralização e a concentração de capital. Capitalismo monopolista.O conceito de capitalismo videofinanceiro foi inspirado na teoria de Ruy Mauro Marini sobre a superexploração do trabalho e na mais-valia ideológica de Ludovico Silva. Esta aumenta quanto mais a massa trabalhadora é marginalizada socialmente. A televisão é propriedade de clãs parentais. Estes são os latifundiários das ondas eletrônicas.

A credencial de Moraes para o STF

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

Desonestidade intelectual, truculência no trato com a sociedade civil, incompetência na gestão de cargo público e, claro, ser golpista. Eis as credenciais salientadas sobre Alexandre de Moraes, na tribuna democrática do Largo São Francisco, na noite desta segunda-feira (20.02.2017).

Durante uma hora e meia, professores da Faculdade de Direito da USP, lideranças sociais, estudantis e populares participaram do ato de repúdio, organizado pelo Centro Acadêmico XI de Agosto (Direito-USP), às vésperas da sabatina do ministro na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Se aprovado, Moraes ocupará o cargo até, pelo menos, 2043, legislando e criando jurisprudência sobre questões fundamentais da vida nacional. Trata-se de “mais um passo do processo do golpe que estamos vivendo no país”, conforme alertou Jorge Souto Maior, professor de Direito do Trabalho da USP.