terça-feira, 28 de março de 2017

Greve geral é marcada para 28 de abril

Do site Vermelho:

O Brasil vai parar no dia 28 de abril. Nessa data, as centrais sindicais farão seu grande ato unitário contra as reformas da Previdência e trabalhista encaminhadas pela gestão de Michel Temer. O Fórum das Centrais se reuniu nesta segunda-feira (27), em São Paulo, na sede da UGT para traçar planos de resistência da classe trabalhadora às políticas que restringem direitos trabalhistas e sindicais e que tramitam no Congresso Nacional.

Ruiu o podre reino de 'Golpenhague'

Por Marcelo Zero

O pânico chegou ao governo e a seus apoiadores. Como na trama dinamarquesa de Hamlet, rui em enredos escabrosos o reino brasileiro de Golpenhague. Apesar do apoio da mídia, que tenta criar um clima artificial de otimismo, com o seu patético “parou de piorar”, não se pode mais esconder que o golpe fracassou em todas as frentes.

Com efeito, o golpe foi dado com os seguintes pressupostos:

1) A crise econômica se resolveria com relativa facilidade e presteza, assim que Dilma Rousseff fosse afastada.

2) A “sangria” seria estancada e os efeitos da Lava Jato ficariam circunscritos seletivamente ao PT, como era o desejo de seus apoiadores desde o início.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Por que a marcha fascista foi um fiasco?

Por Altamiro Borges

As marchas das seitas fascistoides neste domingo (26) foram um fiasco. Um baita fracasso! Até a mídia golpista, que deu total apoio a estes grupelhos na cruzada pelo impeachment de Dilma, foi obrigada a reconhecer o mico. O Estadão, por exemplo, registrou: “Manifestação em Brasília atrai apenas 630 pessoas, ante expectativa de 100 mil”. E ainda ironizou: “O volume de manifestantes foi praticamente o mesmo do efeito policial para fazer segurança durante o protesto”. No mesmo rumo, o site da Folha destacou: “Em protesto com baixa adesão, manifestantes defendem Lava Jato e criticam Congresso”. Quem melhor sintetizou o fiasco, talvez sinalizando que já decidiu abandonar os fascistas mirins, foi o site G1, da golpista famiglia Marinho:

Bispos excomungam reforma de Temer

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) – que se omitiu vergonhosamente diante da cruzada golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff – divulgou uma dura nota contra a reforma previdenciária proposta pela gangue que assaltou o Palácio do Planalto. O documento inclusive convoca “os cristãos e as pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados”. Na prática, os bispos finalmente decidiram excomungar o Judas Michel Temer.

Uma justa homenagem à Rádio Brasil Atual

Mistificação da Lava-Jato foi derrotada

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O espetáculo das mobilizações a favor da Lava Jato, neste domingo, é um caso clássico de Fracasso Memorável.

O vazio das ruas confirma, em primeiro lugar, o fiasco do discurso da moralidade como projeto político para um país – seja o Brasil da AP 470 e da Lava Jato, a Itália da Mãos Limpas, a Argentina de Cristina Kirchner, a Coreia do Sul de Park Geum-hie, o que mais você acrescentar à lista.

Se ninguém coloca em dúvida a necessidade de um país combater a corrupção, em particular no sistema político, a experiência universal ensina que nada pode substituir o debate livre e democrático, no qual uma sociedade define as opções e prioridades, numa escolha civilizada – em urna – sobre política econômicas, interesses sociais e projetos nacionais. Esta é a primeira lição de ontem. Não é a Lava Jato que se encontra em risco. Mas a mistificação política criada em torno dela.

Não vale mais a pena bater nos 'coxinhas'

Por Gilberto Maringoni, em seu página no Facebook:

Depois do fiasco das manifestações deste domingo (26), arrisco um palpite: a conjuntura parece estar mudando. Neste cenário, é importante parar de estigmatizar os chamados "coxinhas". Boa parte deles pode mudar de lado, na dinâmica da luta política.

Não é ingenuidade. Explico.

A possível virada dos ventos deve ser entendida pelo conjunto de uma obra que veio a público há menos de quinze dias. As manifestações nacionais contra a reforma da Previdência - essas sim, de êxito retumbante! - na semana anterior e o aluvião humano que cercou Lula em Monteiro (PB), no domingo (19), mostram que gente há anos ausente das ruas decidiu deixar a passividade de lado.

Doria radicaliza no refluxo da onda coxinha

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O prefeito João Doria Júnior, em sua estratégia “Collor 2” para ser candidato a presidência da República, segue no caminho da radicalização.

E, a meu ver, erra redondamente.

Hoje, fez divulgar um vídeo, pelo seu Facebook, onde vocifera “contra os populistas, que agora, depois de terem destruído o Brasil, têm a cara de pau de dizer que vão voltar para resgatar o Brasil”. E diz que dedica o cabo de vassoura que está segurando – nem é preciso dizer que em mais uma de suas performances – “a esse mentiroso, Luiz Inácio Lula da Silva, o maior cara de pau do Brasil”.

Propina de Aécio não dá manchetes

Do blog Viomundo:


O post de Aécio e a sede da Leyroz

Dilma Rousseff foi parar recentemente nas manchetes de jornais. Segundo o herdeiro da Odebrecht, Marcelo, ela sabia de doações feitas pela empresa à sua campanha eleitoral em 2014.

A defesa da presidenta no processo de cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nega veementemente: “Dilma Rousseff jamais teve qualquer relação de proximidade com Marcelo Odebrecht e nunca fez qualquer reunião em particular com ele, nem tratou de qualquer assunto que tivesse relação direta ou indireta com suas campanhas eleitorais”, disse o advogado Flávio Caetano.

No mesmo texto (íntegra aqui) a defesa de Dilma reage à ação movida pelo candidato derrotado Aécio Neves, presidente do PSDB:

A religião dos economistas de mercado

Por Leonardo Segura Moraes, no site Brasil Debate:

Os economistas de mercado são pessoas curiosas. Preocupam-se com soluções possíveis desde que essas perpetuem as estruturas sociais dominantes. Como qualquer humano, esses seres têm medos, anseios e desejos, os quais, geralmente, estão representados nas distintas formas de espiritualidade. Concretamente, a religião desses economistas coloca o Mercado como rei dos deuses, cuja ânsia devoradora exige sacrifícios de tempos em tempos. Infelizmente, os sacrificados pouco importam para deus Mercado.

A edição de novembro e dezembro de 2016 da revista Rumos reporta uma síntese do debate entre vários economistas (de mercado) promovido pelo BNDES no intuito de discutir saídas para a atual crise brasileira e caminhos para o desenvolvimento. É bem verdade que nem todos ali se mostram tão comprometidos a deus Mercado, porém mesmo os mais céticos mantêm alguma crença.

Daniel Blake encontra Antonio Gramsci

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Li, anotada num velho livro de leitura recorrente, uma frase que me parece ser de Benjamin, que faz todo o sentido recordá-la, no momento em que as forças do conservadorismo e da reação obtém duas vitórias estratégicas sobre o mundo do trabalho. De um lado dividindo-o, mais uma vez, com a exclusão da Reforma da Previdência, de um grande grupo de servidores públicos, apostando na suas divisões corporativas e assim enfraquecendo a resistência à referida reforma. De outro lado, aprovando uma “terceirização” selvagem, que não só fragmenta as comunidades de trabalho – que são a base material da unidade de classe no contrato socialdemocrata, fazendo-o, para estimular formas de prestação de serviços que vão reduzir, brutalmente, o valor da massa salarial dos trabalhadores mais pobres: uma cunha política que divide, e uma cunha de diferença de renda, que segrega, eis as vitórias estratégicas da contra-revolução neoliberal.

Terceirização desmonta sistema de proteção

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Ao impor limite de gastos primários e apresentar propostas de reformas trabalhista e previdenciária, o governo simplesmente busca atender a apelos da livre iniciativa e "remover" obstáculos representados por um Estado indutor de crescimento e articulador de políticas públicas. Essa é, em resumo, a filosofia das medidas da gestão Temer, na visão da desembargadora aposentadora Magda Barros Biavaschi, pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Universidade Estadual de Campinas (Cesit-Unicamp).

Como parte desse processo, ela vê a aprovação do Projeto de Lei 4.302, de terceirização irrestrita, "um bárbaro retrocesso, um salve-se quem puder". Um cenário de universidades sem professores, hospitais sem médicos e empresas aéreas sem pilotos. É um momento grave, observa, "em que a gente precisa discutir o modelo de sociedade que queremos".

Por que destruir Lula?

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Atendendo pedido de alguns leitores, procurarei aqui esclarecer melhor o sentido de artigo anterior - "A perseguição a Lula e a destruição do sentido ético" (GGN 16/01/17). A questão principal posta consiste em entender as razões mais profundas da sanha persecutória e declarada de destruir não só a figura política, mas a figura simbólica de Lula. É verdade que o golpe tem uma estratégia de dois momentos, sendo que o primeiro consistiu no afastamento de Dilma e, o segundo, na tentativa de inviabilizar a candidatura Lula em 2018. As elites brasileiras querem o controle absoluto do Estado e do orçamento para atender os seus interesses.

Seis fatos sobre a reforma da Previdência

Por Étore Medeiros, Maurício Moraes e Patrícia Figueiredo, no site da Agência Pública:

O projeto de reforma da Previdência enviado pelo governo Michel Temer (PMDB) ao Congresso tem provocado manifestações em todo o país, por endurecer as regras para a obtenção de aposentadorias e pensões. Em meio a toda a turbulência causada pela proposta, informações certas, exageradas, falsas e sem contexto têm circulado pela rede. Ao longo dos últimos meses, o Truco – projeto de checagem da Agência Pública – verificou frases relevantes de políticos sobre o tema. Leia, abaixo, o que é de fato verdade sobre o cenário atual e sobre as mudanças defendidas pelo governo federal.

Contra Temer, um novo ciclo de lutas

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

O último dia 15 pode ter inaugurado um novo momento na luta social brasileira. Centenas de milhares de cidadãos foram às ruas em defesa da Previdência pública e contra o desmonte proposto pelo governo Temer.

Ocorreram mobilizações expressivas não apenas nas capitais. Cidades pequenas e médias, no interior do País, registraram manifestações. Em São Paulo, a Avenida Paulista foi palco do maior ato do último período, sem convocação nem cobertura midiática.

O maior destaque do dia foram, porém, as paralisações de categorias importantes: condutores, metroviários, professores, bancários e outros tantos cruzaram os braços de Norte a Sul. Há alguns anos não se via uma greve nacional tão ampla. Esse foi o principal salto qualitativo. Os trabalhadores e trabalhadoras, enfim, entraram em campo.

domingo, 26 de março de 2017

Comunicação contra a reforma da Previdência

Do site da Agência Sindical:

A Agência Sindical e o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé realizaram sexta (24), em São Paulo, o Seminário “Reforma da Previdência e desafios da comunicação”. Sindicalistas, profissionais de mídia das entidades, imprensa alternativa, emissoras comunitárias, coletivos e blogueiros debateram meios e indicaram ações para massificar na base social as maldades contidas no projeto de Temer.

Fantástico dá destaque à marcha dos coxinhas

FHC mente despudoradamente

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O 341º volume - ele é mais fértil que o historialista dos múltiplos chapéus, que o admira calorosamente... - do exercício narcísico vestido de "Memórias" do FHC Brasif mereceu do PiG uma cobertura só comparável à do lançamento da Bíblia de Gutemberg:

À Folha, o ex-presidente disse que "não tem nada que eu tenha que esconder" (quá, quá, quá, diria um jovem morador de Barcelona - PHA) . "Não é fácil você governar oito anos –na verdade, dez anos, desde que fui ministro da Fazenda– e poder dizer 'fiz isso por isso'. 'Recebi tal pessoa, falei tal coisa'", afirmou.

Entrevista com um "coxinha" arrependido

Folha investe contra os sites progressistas

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A mídia continua sua louca cavalgada contra os sites progressistas.

Por trás dos ataques está uma saudade imensa dos dias em que apenas a opinião dos donos da mídia era veiculada — e imposta aos brasileiros.

Com escassos recursos, os sites progressistas romperam o monopólio dos barões.

Os precursores da essencial voz alternativa à gritaria conservadora de jornais e revistas foram Nassif e Paulo Henrique Amorim. (No meio impresso, o pioneirismo foi de Mino Carta).

Até Frota se decepcionou com ato do MBL

Da revista Fórum:

O Movimento Brasil Livre (MBL) esperava, em São Paulo, o maior público de todos os atos marcados para este domingo (26) em diversas capitais do país. A participação do público na capital paulista, no entanto, foi pífia. Menos de 500 pessoas compareceram, até o momento, ao protesto que tinha como pautas de reivindicação o fim do foro privilegiado, “o fim do privilégio para marajás”, o “fim do Estatuto do Desarmamento”, entre outros “fins”. Os grupos organizadores são os mesmos que convocaram as manifestações de direita pró-impeachment nos últimos dois anos.

Por que o voto em lista fechada?

Por Aldo Arantes, no Blog do Renato:

A decisão do Supremo Tribunal Federal proibindo o financiamento empresarial de campanhas eleitorais significou importante conquista democrática. Impôs ao parlamento a necessidade da alteração do sistema eleitoral para permitir o financiamento público.

Determinadas personalidades que se colocaram, de forma frontal, contra o fim do financiamento empresarial hoje constatam que não há condições para alterar tal decisão. Isto porque a ampla maioria da sociedade percebeu que aí está uma das causas da corrução eleitoral e da constituição de um parlamento distante das aspirações da maioria da sociedade.

Agora é preparar a greve geral contra Temer!

As violações ao direito à comunicação

Do site Vermelho:

Foi lançado na noite desta quinta-feira, 23/03, o relatório “Direito à Comunicação no Brasil 2016”, publicação do Intervozes que traça um panorama dos principais acontecimentos do ano no campo das políticas públicas na área radiodifusão e internet no último ano.

Em seis capítulos, o relatório analisa o desmonte da comunicação pública com a intervenção de Temer na EBC, as violações à liberdade de expressão e manifestação e à comunicação comunitária no contexto das Olimpíadas, as ameaças à internet livre, com mudanças no Marco Civil da Internet, e o crescimento do controle de canais por grupos religiosos e por políticos.

O golpe como farsa e tragédia

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A euforia dos golpistas que tiraram do poder uma presidenta legitimamente eleita com a forçação de argumentos jurídicos, terminou em poucas semanas. Agora que se conhecem as tramoias, nota-se a farsa que se transformou em tragédia nacional. Ocupam a cena, um presidente ilegítimo, fraco e parco de luzes, grande número de ministros e parlamentares denunciados pela Lava-Jato, que tentam propor com a maior celeridade possível, projetos claramente anti-povo e anti-nação. Pretendem levar até o fim o seu projeto de adesão irrestrita e agora sob Trump envergonhada, à logica do Império que busca nos alinhar a seus interesses geopolíticos.

A desilusão mandou recado neste domingo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Há um sentido muito claro no fracasso das manifestações convocadas para este domingo, 25, por MBL, Vem Pra Rua e outros movimentos que fizeram grandes atos no ano passado a favor do impeachment: amplos setores da classe média desiludiram-se com o golpe que apoiaram e entenderam o sentido retrógrado do governo Temer. Também da elite econômica vieram mensagens de decepção. Algumas foram expressas ao próprio Temer num encontro com representantes do PIB na noite de sexta-feira.

Curitiba reúne 500 coxinhas em apoio a Moro

Por Esmael Morais, em seu blog:

Desmilinguiu o apoio à Lava Jato e ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba.

Apenas 500 coxinhas compareceram à manifestação convocada pelos grupos de extrema-direita Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL).

A Polícia Militar contabilizou oitocentas pessoas.

A concentração ocorreu na Praça Santos Andrade e, neste momento, segue rumo à Boca Maldita — centro político nervoso da capital paranaense.

O fracasso dos atos “moristas”

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É óbvio que o resultado pífio das manifestações de hoje da direita mostra que está se dissolvendo a onda de histeria que a mídia, servido-se destes grupos – espalhava pelo país.

É claro que seus “pais” midiáticos não assumem o retumbante fracasso.

A Globonews não fez entradas especiais e, nas matérias dos telejornais regulares, só imagens do chão da Paulista, até agora, acompanhadas de intervenção de um “repórter amigo”. Só mais tarde algumas imagens do alto, mostrando que , mesmo com a providencial presença de uma enorme faixa para ocupar espaço, só havia gente em frente ao Masp, 70 ou oitenta metros.

Neoliberalismo, ordem contestada

Por Perry Anderson, no site Outras Palavras:

O termo “movimentos anti-sistêmicos” era comumente usado, há 25 anos [1], para caracterizar forças de esquerda, em revolta contra o capitalismo. Hoje, ele não perdeu relevância no Ocidente, mas seu sentido mudou. Os movimentos de revolta que se multiplicaram na última década não se rebelam mais contra o capitalismo, mas contra o neoliberalismo – os fluxos financeiros desregulados, os serviços privatizados e a desigualdade social crescente, uma variante específica do domínio do capital adotada na Europa e América desde aos anos 1980. A ordem econômica e política resultante foi aceita indistintamente por governos de centro-direita e centro-esquerda, de acordo com o princípio central do pensamento único e do dito de Margareth Thatcher, segundo o qual “não há alternativa”. Dois tipos de movimento agora mobilizam-se contra este sistema; e a ordem estabelecida estigmatiza-os – sejam de direita ou de esquerda – como a “ameaça populista”.

Stedile pede apoio ao Barão de Itararé

Trabalhadores na luta contra o golpe

sábado, 25 de março de 2017

Doria promove desmonte na cultura

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Depois de congelar 43,5% do orçamento da Secretaria Municipal da Cultura, praticamente inviabilizando as ações da pasta para além da operação cotidiana dos equipamentos, a gestão do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), iniciou uma série de medidas que revoltaram trabalhadores e artistas da capital paulista. No início do mês, suspendeu um edital do Fomento à Dança, que já estava com todos os projetos prontos para análise da comissão julgadora. Nesta semana, comunicou os educadores do Programa de Iniciação Artística (PIÁ) e do Programa Vocacional que eles não poderiam dar sequência aos projetos bianuais, modelo criado na gestão de Fernando Haddad (PT).

A mídia no show da PF: quem paga a conta?

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Estamos comendo e exportando carne estragada.

Em poucas palavras, foi isso que a Polícia Federal denunciou após deflagrar a Operação Carne Fraca, na sexta-feira da semana passada, para logo ganhar as manchetes no mundo inteiro. Foi um escarcéu.

Uma semana depois, o que aconteceu?

Você conhece alguém que passou mal por comer carne brasileira?

Até agora, a PF não apresentou um único laudo técnico comprovando suas graves acusações, e os responsáveis maiores pela operação desapareceram do noticiário.

Sumiram de cena o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, citado no esquema de corrupção montado entre fiscais e empresas, e o diretor geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, que não se manifestou até agora.

Mídia alia-se a Temer contra a aposentadoria

Por Bia Barbosa, no jornal Brasil de Fato:

Nesta terça-feira (21), o governo federal admitiu que a Reforma da Previdência, da maneira que foi proposta pela equipe de Temer, não passará no Congresso. As mobilizações têm crescido contra o projeto, e no último dia 15 milhares de brasileiros foram às ruas dizer não a esta brutal retirada de direitos. O governo admitiu que, por conta da resistência popular, não terá forças para passar a proposta no Congresso, e já começou a fazer mudanças no texto. Anunciou que vai retirar da reforma da Previdência os servidores estaduais, deixando para cada governador cuidar deste assunto em seu estado.

Quem vota em Lula

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Tudo mundo anda falando no tamanho das intenções de voto em Lula nas próximas eleições e em quanto elas vêm crescendo. Uns ficam tristes, outros alegres, mas todos sabem que é isso que as pesquisas mostram.

Existem, no entanto, muitos equívocos a respeito do voto no ex-presidente. Vêm, de um lado, da informação distorcida que a mídia corporativa dissemina, por não conseguir, ela própria, entendê-lo ou não querer explicá-lo. De outro, derivam da recusa ideológica de parte da opinião pública em aceitá-lo, fruto de seus preconceitos e estereótipos.

A polarização política de mentira

Por Tiago Camarinha Lopes, no site Brasil Debate:

A crise pela qual o Brasil passa e a consequente polarização política do país é o resultado de dois fatores. O primeiro está vinculado com a diminuição da atividade econômica mundial. O segundo se refere ao aproveitamento das brechas criadas no processo de superação da crise por uma oposição torpe montada às pressas para depor a presidente Dilma.

O objetivo dessa trupe é resolver um grande problema que poderia atormentar os grupos minoritários do 1% no Brasil, caso o governo ambíguo e conciliatório do PT tivesse continuidade. Enquanto o primeiro fator deu o pontapé inicial para a polarização política, foi o segundo, associado ao circo midiático em torno da Lava Jato, que exacerbou a normalidade da luta de classes aos níveis dantescos de rixas e brigas que dificultavam a comunicação com nossos concidadãos.

A 'Carne Fraca' no Estado de Exceção

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – os policiais celebridades criados pela mídia

Este é o delegado Maurício Moscardi Grillo. É jovem, passou no concurso da Polícia Federal e é delegado há apenas cinco anos. E destoa dos colegas por dois pontos relevantes.

Primeiro, pelo exibicionismo. Ao contrário dos procuradores da Lava Jato, a PF sempre primou pela discrição. Grillo gosta dos holofotes, é boquirroto e cultiva frases de efeito, que possam repercutir na mídia.

Segundo, porque é um empreendedor de sucesso. Em 2015 inaugurou o San Marino Residence Hotel, em sua cidade, Bauru, mostrando uma desejável preocupação em garantir o futuro. É um prédio de quatro andares, de propriedade de uma empresa dele e da esposa, com capital social registrado de R$ 100 mil (https://goo.gl/ytIjUS).

Globo tirou Moro para dançar

Por Rodrigo Vianna, em seu blog:

Vamos recuperar os fatos.

Terça-feira (21 de março), o juiz Moro manda a PF bater à porta do blogueiro Eduardo Guimarães. Acontece a famigerada “condução coercitiva”: sem jamais ter sido intimado antes nesse processo, sem jamais ter se recusado a depor, Eduardo é arrastado de casa num camburão. Presta depoimento sem a presença de advogado. E é intimidado pela PF que, a mando do juiz Moro, quer saber:qual foi a fonte que passou a ele, Eduardo, a informação de que Lula seria vítima da etapa de número 24 da Lava-Jato? Eduardo avisou Lula ou assessores dele?

No mesmo dia 21 de março de 2017, milhares de pessoas se mobilizam e denunciam a ação autoritária do juiz de camisas negras. O sigilo da fonte é garantia constitucional! Mas Moro alega que Eduardo não é jornalista, e por isso não teria direito a tal proteção.

Morte da CLT e a volta dos abolicionistas

Por Wellington Calasans, no blog Cafezinho:

A ditadura militar não ousou acabar com a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho. A turma do “grande acordo nacional, com STF, com tudo” (O Surubeiro – Senador e Vidente) vai acabar com todo e qualquer direito que possa dar dignidade ao trabalhador.

Se foi golpe, se a constituição foi rasgada, se o plebiscito pelo presidencialismo foi jogado no lixo, se existe uma constituição para Moro, outra para Gilmar Mendes, outra para o povo, etc. temos que trabalhar com a realidade deles. Esta realidade exige que sejamos insubordinados. É uma questão de sobrevivência.

Doria, MBL e a república dos moleques

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Lula chamou Dallagnol de moleque, mas quem anda merecendo o epíteto é o prefeito de São Paulo, João Doria.

Em tempo recorde, Doria foi inventado como político, eleito, traiu seu criador, se lançou à presidência e agora bate no velho prócer de seu partido, FHC.

Alkcmin conseguiu criar um monstro e não sabe mais o que fazer com ele. Um menino mimado cujas vontades não podem ser contrariadas.

O heroísmo de Eduardo Guimarães

Por Eugênio Aragão

Tem gente que conduz procedimentos investigatórios criminais e ações penais como se fossem um espetáculo de luta livre. Dão um péssimo exemplo para o país e provam o desprezo pelo Estado de Direito. Um desses implacáveis lutadores livres togados mora em Curitiba e dispõe de vasta claque num auditório ensandecido que entra em êxtase ao ver sangue vermelho escorrer pela sarjeta da república. Desconhece limites. Tudo pode. Os tribunais guardiões da ordem jurídica ora coonestam-no, ora se acumpliciam, ora se acovardam. É verdade que hoje há magistrado de cúpula que troveja indignação com sua forma extravagante de jurisdicionar, mas o faz com cinismo seletivo: enquanto o brigão forense desferia suas voadoras nos políticos que não são de sua afinidade, silenciava ou chegava, até, a aplaudir e ovacionar; hoje, tendo o encrenqueiro resolvido dar caneladas nos de seu rebanho, deblatera midiaticamente.

Dilma rechaça acusações no TSE

Foto: Roberto Stuckert Filho
Do site de Dilma Rousseff:

Os advogados da presidenta eleita Dilma Rousseff, deposta pelo golpe parlamentar de 2016, apresentaram, na noite de sexta-feira, 25, suas alegações finais ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na peça de 212 páginas, a defesa refuta as acusações de que a vitória nas eleições presidenciais de 2014 só teria sido possível porque a campanha de Dilma foi movida a farto dinheiro de origem suspeita. A ação foi movida pelo, candidato derrotado, o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG).

Brasil precisa da pluralidade partidária

Editorial do site Vermelho:

O intenso debate político que ocorre no Brasil tem o objetivo de definir as regras para o exercício do poder político no país.

Neste debate, a direita e os conservadores defendem uma reforma partidária e eleitoral excludente e restritiva para favorecer apenas aos interesses das classes dominantes. Defendem, por exemplo, a adoção de alguma forma de voto distrital, querem impor a cláusula de barreira e proibir coligações partidárias nas eleições para deputados.

Falam em “farra partidária” para justificar as restrições que pretendem impor e dificultar a organização política das diferentes correntes de opinião da sociedade, sobretudo aquelas ligadas ao povo e aos trabalhadores.

sexta-feira, 24 de março de 2017

A volta triunfal dos mercadores de escravos

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Aprovado pela Câmara por 231 votos a favor, 188 contra e 8 abstenções, o projeto que libera a terceirização em todos os setores da economia vai ressuscitar, na prática, a figura dos mercadores de escravos que existiam no Brasil até a abolição da escravatura. O que é uma empresa terceirizadora senão uma versão contemporânea dos comerciantes que viviam da venda de escravos? A diferença é que existe salário –se é que se pode chamar assim um pagamento até 30% menor do que recebem os trabalhadores contratados diretamente.

Como se deu minha prisão e interrogatório

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O juiz Sergio Moro, nesta quinta-feira 23, recuou de sua decisão para reconhecer que sou jornalista e, como consequência, mandar excluir as provas obtidas mediante violação do sigilo de fonte.

Todavia, em sua decisão, ele faz afirmações sobre como se deu meu depoimento as quais não correspondem aos fatos e devem ser esclarecidas.

Às 6 horas do dia 21 de março deste ano, eu e minha esposa dormíamos quando escutamos um barulho semelhante a arrombamento da porta da frente do nosso apartamento.

Achei que era algum vizinho começando alguma obra antes da hora e, como fora dormir poucas horas antes, virei-me para o lado e voltei a dormir. Segundos depois, ouço minha esposa dizer, desesperada, que tinham vindo me prender.

O desmonte da engenharia nacional

FHC bate em Doria e Doria devolve

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Primeiro, Dória recebeu o confete de seus partidários da elite paulistana, mesmo negando que vá trair Geraldo Alckmin.

Aí, Fernando Henrique tomou as dores do traído, espanou Aécio para o monturo e disse que gestor – como Dória se proclama - “não inspira nada, tem que ser líder” e disse que Geraldo, o traído, é quem está mais bem posicionado para ser o candidato tucano.

Então, Dória diz que não é a primeira vez que FHC se engana sobre ele, pois antes não acreditava que ele pudesse ser candidato à Prefeitura de São Paulo.

Os "intelectuais" homologados

Por Fran Alavina, no site Outras Palavras:

Não é de hoje que os intelectuais passaram a exercer uma função midiática para além das antigas aparições públicas, nas quais a fala do acadêmico se apresentava como um diferenciador no âmbito do debate público. Entre a tagarelice das opiniões de pouca solidez, porém repetidas como se certezas fossem, a figura do conhecedor, do estudioso, ou mesmo do especialista surgia como um tipo de freio às vulgarizações e distorções do cotidiano. Não que isso representasse uma alta consideração e respeito da mídia hegemônica em relação ao conhecimento acadêmico, uma vez que a fala do intelectual ao se inserir em um debate cujas regras lhes são alheias facilitava a distorção de suas falas, todavia mantinha-se a diferença explícita entre o conhecimento e a simples informação.

O que a Lava-Jato tem feito pelo Brasil

Protestos reabrem disputa contra golpismo

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

“Moderadamente otimista com as espetaculares manifestações contra a reforma da Previdência”, o jornalista Gilberto Maringoni, professor de Relações Internacionais da UFBC e quadro político do PSOL, debateu o futuro da esquerda, na última segunda-feira (20 de março), durante sua participação nas Jornadas de 2017 – É hora de voltar a pensar!

“A possibilidade de vitória é pequena mas existe”, avaliou Maringoni, ao comentar que pela primeira vez, desde as eleições de 2014, as manifestações populares reabriram a disputa contra o golpismo no país. “Reabriram porque a reforma da previdência é a única reforma concreta para ampla maioria das pessoas. É ficar sem aposentadoria, sem o seu direito, na miséria. ”