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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Política externa de Milei é contrária ao Brasil

Charge: Miguel Paiva/247
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:

Durante a campanha eleitoral, Javier Milei prometeu uma política externa profundamente ideologizada, tal qual a política externa de Bolsonaro na gestão de Ernesto Araújo.

Milei, que segue confessadamente os ensinamentos de Conan, o mastim inglês, afirmou, entre outras coisas, que não manteria relações com países “comunistas”, como China, e que se afastaria do Brasil de Lula.

Também deixou claro que suas absolutas prioridades em política externa seriam os EUA e Israel.

Em nenhum momento, mencionou, como relevante, a integração regional, bem como o Mercosul, a Celac e a Unasul, principais instrumentos de cooperação e de articulação de interesses da América Latina.

Neoliberalismo na raiz da crise no Equador

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

O fascismo argentino e a tática do terror

Charge: David Pugliese
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O que Javier Milei chama de choque é na verdade a disseminação do terror, nos dois primeiros dias de governo. A Casa Rosada já alertou, pelo porta-voz Manuel Adorni e pelo ministro da Economia, Luis Caputo, que haverá hiperinflação.

E o primeiro pacote saiu nesta terça. O chamado dólar oficial foi corrigido de 366 para 800 pesos. O dólar paralelo já estava entre 950 e mil pesos.

Não haverá licitação de obras públicas por tempo indeterminado. São reduzidos (sem esclarecer em quanto) os subsídios do governo às tarifas do transporte público (metrô) e de energia. Os gastos com propaganda do governo nos meios de comunicação são suspensos por um ano.

O governo irá suspender, por tempo não fixado, as transferências de recursos federais às províncias.

Haverá aumento de imposto nas importações. Em compensação, será dobrada a ajuda do governo a famílias pobres (tipo Bolsa Família) e aumentado em 50% o valor de um cartão para compra de alimentos. Mas nenhuma medida teve detalhamento.

Milei restringe protestos na Argentina

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

O que rolou na posse de Milei na Argentina?

Milei legaliza nepotismo para contratar irmã

O discurso raso do fascista argentino

Charge: Ramón Díaz Yanes
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Um dos assessores do gabinete do ódio de Bolsonaro faria o discurso que Javier Milei fez na Casa Rosada. A opção de falar para o povo, e não para o Congresso, não explica a pobreza retórica do sujeito no dia da posse.

Se tivesse discursado no Congresso, o tom seria o mesmo, de falcatrua populista antissistema, na mesma linha do adotado por Bolsonaro e similares.

Mesmo que a fala tenha sido escrita por uma equipe de redatores de discursos, como é comum nesses casos, o que está ali é a precariedade do pensamento do homem que hipnotizou a Argentina.

São frases rasas, com uma sequência de clichês, que fazem parte do truque da extrema direita de se comunicar por resumos grosseiros da realidade.

Milei anunciou que está decretando o fim da noite do populismo. Mas nada é mais populista do que a retórica dessa gente.

domingo, 10 de dezembro de 2023

Referendo sobre Essequibo: erro diplomático

Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


É óbvio que Maduro realizou o referendo sobre Essequibo pensando, essencialmente, na política interna da Venezuela e de olho nas eleições de 2024.

É possível, embora incerto, que ele colha algum dividendo político com essa iniciativa.

Afinal, a questão de Essequibo é amplamente mobilizadora, independentemente de filiações político-ideológicas.

Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão das ilhas Malvinas é uma agenda do peronismo.

Na realidade, ambas são questões nacionais e suprapartidárias, que se arrastam há mais de 100 anos. São questões que perpassam quaisquer diferenças político-ideológicas internas.

A busca pela paz na América Latina

Tensão entre Venezuela e Guiana desafia Lula

O clima para a posse de Milei na Argentina

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Essequibo, Opep+ e a conjuntura mundial

Ilustração: Armando Arce/Aporrea
Por Marcelo Zero, no site Viomundo

Essequibo

i. Dizer que a questão de Essequibo é uma agenda de Maduro ou do chavismo seria a mesma coisa que afirmar que a questão das ilhas Malvinas é uma agenda do peronismo.

ii. Na realidade, ambas são questões nacionais e suprapartidárias, que se arrastam há mais de 100 anos. São questões que perpassam quaisquer diferenças político-ideológicas internas.

Nos livros escolares argentinos, as ilhas Malvinas são assinaladas como território argentino. Nos livros escolares da Venezuela, Essequibo é mostrado como um território venezuelano em disputa,

iii. A questão do Essequibo surgiu, em 1830, quando a Inglaterra ocupou aquela região que pertencia antigamente à Coroa espanhola e, já naquele então, à Venezuela, que se tornara independente em 1811.

iv. A Venezuela nunca reconheceu essa ocupação como legítima. Em 1899, o litígio foi submetido a um laudo arbitral. A Venezuela foi representada por juízes norte-americanos.

v. O laudo arbitral deu ganho de causa ao Reino Unido.