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terça-feira, 2 de maio de 2023

Terra de Deus, terra para poucos

Foto: MST
Por Romi Bencke, no site Observatório Evangélico:

Nas últimas semanas jornais, blogs e sites de política têm noticiado o anúncio feito pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, da criação da CPI do MST. É objetivo da CPI “investigar a onda de invasões de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), grupos de indígenas, entre outros”. Em alguns estados CPIs similares estão sendo instaladas.

O pedido para a criação da CPI foi assinado por 172 parlamentares, cuja leitura permite identificar delegados, pastores, sargentos, capitães, coronéis, bem como um conjunto significativo de parlamentares que formam as Frentes Parlamentares Evangélica e Católica Apostólica Romana.

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Por que o MST assusta tanto?

20ª Festa da Colheita do Arroz Agroecológico
Foto: Renan Mattos/MST
Por Frei Betto, em seu site:


O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), que vi nascer e ao qual permaneço vinculado, é o mais popular, combativo e democrático movimento popular do Brasil. Congrega, hoje, cerca de 500 mil famílias assentadas e 100 mil acampadas. Luta por um direito elementar, jamais efetivado no Brasil, um país de dimensões continentais e onde há muita gente sem terra e muita terra sem gente – a reforma agrária.

É, no mínimo, uma vergonha constatar que no século XXI os únicos países que não fizeram reforma agrária na América Latina foram Brasil, Argentina e Uruguai. O modelo de propriedade da terra que ainda perdura em nosso país é o das capitanias hereditárias. E a relação de muitos proprietários de terras com seus empregados pouco difere dos tempos de escravidão.

sexta-feira, 14 de abril de 2023

O jaguncismo jurídico da bancada ruralista

Ilustração: Latuff/Brasil de Fato
Por Patrick Mariano


O relatório da Comissão Pastoral da Terra, apresentado no final do ano passado a respeito da violência no campo, constatou um aumento de 150% em relação a 2021 no número de assassinatos no campo, sendo o maior registro desde 2016. As mortes guardam relação direita com o avanço selvagem do capital sobre a natureza (terra e água) e sob áreas de pequenos agricultores, ribeirinhos, quilombolas, sem-terra, posseiros e indígenas. Dentre os causadores dessa violência estão empresários, fazendeiros, governo, grileiros, madeireiros, mineradoras, garimpeiros, muitas vezes por meio da contratação jagunços.

terça-feira, 28 de março de 2023

Ocupação não é invasão

Ilustração: Arquivo do MST
Por Carol Proner, no site do MST:


Para tratar de tema tão sensível, e em homenagem às crianças que vivem em acampamentos e assentamentos por todo o país e que lutam, junto de suas famílias, pela terra e por condições dignas de vida e de trabalho, em homenagem às mulheres do campo e o direito a semear, plantar, colher e produzir, em homenagem aos homens camponeses do Brasil e sua força de trabalho em prol de uma sociedade livre da miséria e da fome e em direção à agroecologia, façamos um trato contra a ignorância e a estupidez em matéria de direito à terra.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Globo inocenta Bolsonaro na tragédia Yanomami

Charge: Cau Gomez
Por Altamiro Borges


Em editorial publicado nesta segunda-feira (13), o jornal O Globo quase que inocentou o genocida Jair Bolsonaro pela matança dos povos Yanomami. Segundo o diário da famiglia Marinho, que sempre foi tão leviano ao satanizar os ex-presidentes Lula e Dilma e estigmatizar as forças de esquerda, é impossível culpar o fascista por mais este crime: “Será preciso provar a intenção de aniquilar os ianomâmis, condição essencial para tipificar o genocídio. Nada disso está claro”.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

Desmatamento na Amazônia cai 61% em janeiro

Charge: Sinfrônio
Por Altamiro Borges


O fim das trevas de Jair Bolsonaro e do seu ministro da devastação ambiental, Ricardo Salles, já traz alívio para a maior floresta tropical do planeta. A área desmatada na Amazônia caiu 61% em janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No total, o desmatamento foi de 167 quilômetros quadrados. Em janeiro de 2022, a área atingida foi de 430 km².

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Bancada ruralista tenta liberar agrotóxicos

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


A bancada ruralista tem pressa para “passar a boiada” – termo cunhado no covil de Jair Bolsonaro – antes da mudança de governo. Na reta final do ano, ela tentar aprovar no Senado um projeto de lei que libera a entrada de mais agrotóxicos no país. Os agrotrogloditas temem a resistência à liberação no governo Lula. Daí a urgência!

Segundo relato do Estadão, “há preocupação dos ruralistas de não conseguirem avançar com a pauta durante o governo do presidente eleito. O projeto entrou na pauta desta segunda-feira, 19, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, depois de ter sido aprovado com aval do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL)”.

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Lula e o ectoplasma do Alvorada

COP27. Foto: Ricardo Stuckert
Por Cristina Serra, em seu blog:


Lula entendeu a gravidade da urgência climática e tem indicado que dará ao Brasil uma inédita estrutura de proteção ambiental, em seu terceiro mandato. Nem tudo está fechado, mas o que está delineado vai muito além do Ministério do Meio Ambiente.

Uma das novidades é o Ministério dos Povos Originários, que, ao dar voz e poder de decisão aos indígenas, equivale ao começo de um processo de reparação histórica por 520 anos de massacre. São eles os principais guardiões dos nossos biomas.

A deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) propôs uma instância autônoma para coordenar a ação climática do governo e fiscalizar o cumprimento das metas do Brasil para redução da emissão de gases do efeito estufa. Seria a Autoridade Climática Nacional e agiria com total independência de ingerências políticas.