domingo, 30 de abril de 2017

O caso das APAEs e a esposa de Sérgio Moro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Circula na Internet um vídeo editado de palestra que proferi no mês passado em um evento em São Paulo. O vídeo é fiel ao que eu disse. Mas o título e o texto podem induzir a conclusões taxativas que não fiz ou passar a ideia de que o vídeo faz parte dessas guerrilhas que ocorrem periodicamente em redes sociais. As informações foram divulgadas em 2014 e 2015. Estão sendo agitadas agora.

O trecho em questão faz parte de um seminário no mês passado, do qual participei com a colega Helena Chagas.

Limitei-me a apontar indícios, indícios fortes, sem dúvida, que merecem ser investigados, mas não acusações frontais.

O bom jornalismo aderiu à greve

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Em uma postagem na sexta-feira, dia 28/04, anunciei “Temer perdeu! Com ele a Câmara e a mídia“. Mostrei que, independentemente do sucesso que a greve teve, só os preparativos davam outra dimensão à luta política que estamos vivenciando. Apontei ainda, junto com Temer, a Câmara dos Deputados, em especial os parlamentares que aprovaram a Reforma Trabalhista, assim como a chamada mídia tradicional, também perderam. Os primeiros por aprovarem um Projeto de Lei que vai contra os interesses dos brasileiros, o que certamente refletirá nas próximas eleições. Já jornais e televisão, por terem tentado esconder uma movimentação que deu certo e que, ao dar certo, desmoralizou ainda mais o papel deles na sociedade atual

Globo fez pior agora do que nas Diretas-Já

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Em 1983 eu era repórter da TV Bauru, afiliada da Globo no interior paulista. Porém, vivia “cedido” à emissora em São Paulo, cobrindo férias de colegas. Morava no Hotel Eldorado da rua Marquês de Itu, no Higienópolis, na capital paulista, como repórter do chão de fábrica.

Fui, como pessoa física, à primeira manifestação pelas Diretas Já em São Paulo, diante do estádio do Pacaembu, à qual compareceram cerca de 15 mil pessoas. Foi em 27 de novembro de 1983, poucos dias depois de meu aniversário.

Outros protestos já tinham acontecido antes, pedindo que a ditadura estabelecida em 1964 tivesse fim com eleições presidenciais diretas. Outras aconteceriam depois, com destaque para Curitiba, onde se reuniram cerca de 40 mil pessoas.

Greve geral e a centralidade do trabalho

Por Gilberto Maringoni, em seu blog:

1. A greve geral desta sexta (28) se constitui, em seu conjunto, em uma das mais expressivas manifestações populares da História do Brasil. A lembrança mais recorrente tem sido compará-la aos movimentos paredistas de 1983 e 1986.

2. É preciso ajustar a régua. Há uma grande diferença qualitativa. Em 1985, a economia brasileira vivia o ápice da participação da indústria na composição do PIB: 27,5%, porcentagem de país altamente industrializado. Hoje esse número está em torno de 10%.

3. Isso ensejou, ao longo dessas três décadas, o advento de inúmeras teorias dando conta da perda da centralidade do trabalho na sociedade e, logo, na organização social, em favor de outras pautas relevantes.

A greve e a senilidade de Temer e Serraglio

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na última sexta-feira, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, criticou as manifestações realizadas pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhistas e da previdência. Serraglio afirmou que as paralisações da greve geral “foram pífias” e que “não teve (sic) a expressão que se imaginava ter”.

E concluiu: “O povo brasileiro demonstrou que está conosco”.

Instado a se manifestar sobre a mobilização, o presidente Michel Temer fez uma declaração pública na qual reduziu a greve geral a “pequenos grupos que bloquearam rodovias e avenidas”.

Greve geral: Nada será como antes

São Paulo, Largo da Batata, 28/4/17; Foto: Ricardo Stuckert

Editorial do site Jornalistas Livres:

Cerca de 40 milhões de trabalhadores de braços cruzados; atos e manifestações em todos os estados do país e no Distrito Federal; transporte público, bancos e fábricas paradas; lojas fechadas; apoio das igrejas católica, evangélicas e de diversas entidades da sociedade civil. O Brasil viveu ontem a maior greve geral de sua história.

Num fato inédito, viram-se as principais centrais sindicais se unirem no chamamento à paralisação –unidade que foi uma das chaves a explicar o sucesso do movimento. Tão importante quanto isso foi a mobilização espontânea de coletivos formados em áreas onde o sindicalismo não alcança. Inúmeros relatos dão conta de atos e manifestações organizadas diretamente a partir da base, com destaque para regiões no Norte e Nordeste do país.

IBGE sob suspeita de favorecer PIB de Temer

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O IBGE, calculador oficial do PIB brasileiro, anunciou recentemente mudanças em algumas de suas pesquisas. Essas alterações são capazes de salvar o governo Michel Temer de uma recessão este ano, graças a um efeito estatístico. Uma história a alimentar suspeitas indesejáveis para um órgão que depende da credibilidade para sobreviver.

Na quinta-feira, 27, o Conselho Federal de Economia mandou uma carta ao presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, a cobrar explicações públicas sobre as mudanças metodológicas e a data da decisão a respeito delas. Até agora, só houve explicações a portas fechadas em um seminário de duas horas realizado no dia 18, na sede do instituto no Rio, com consultorias e bancos.

Datafolha: Lula não só sobrevive; cresce

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Devastadora.

Não há nenhuma outra qualificação adequada, do ponto de vista da direita, para a pesquisa Datafolha publicada hoje sobre as intenções de voto presidencial em 2018.

Tanto que seu mais sincero e grosseiro porta-voz, o site de Diogo Mainardi, diz com todas as letras: “É preciso impedir a candidatura de Lula em 2018.”

Porque, mesmo depois de todo o carnaval de delações, o que surge, cristalino, é o aumento das preferências pelo voto no ex-presidente.

Imprensa mundial humilha a mídia nativa

Montagem: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

A exemplo do que ocorreu no processo do impeachment de Dilma Rousseff, deflagrado em abril do ano passado por uma “assembleia de bandidos chefiada por um bandido” [Eduardo Cunha] – segundo a síntese de um jornal português –, a imprensa mundial voltou a dar um baile na mídia brasileira na cobertura da greve geral desta sexta-feira (28). Enquanto o noticiário local insistia em afirmar que a paralisação “foi um fracasso” e exibia apenas cenas de violência, visando criminalizar o movimento, os veículos estrangeiros não vacilaram em reconhecer que a greve geral foi um sucesso e poderá atrapalhar os planos regressivos do Judas Michel Temer. Como nos tempos da ditadura militar, para entender o que ocorre no Brasil hoje é melhor acompanhar a imprensa internacional.

sábado, 29 de abril de 2017

João Doria, a mortadela e o caviar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Esta aberração marqueteira que ocupa o cargo de prefeito de São Paulo anda precisando de quem lhe enfrente e certamente não merece que seja Lula, porque isso é tudo o que ele quer, já que sua ação política e administrativa, como tudo o que fez na vida, é marketing.

Agora está nos jornais dizendo que as pessoas que protestaram, ontem, contra a reforma da previdência, foram lá para ganhar R$ 100, um sanduíche e uma lata de refrigerante.

Lula no ato em defesa da indústria naval

Globo faz jornalismo ruim e culpa a greve

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Passei a tarde de 28 de abril hoje ouvindo – na TV – depoimentos de cidadãos comuns a repórteres da Globo que ficaram sem transporte em função da greve geral. O tom da cobertura era previsível: pobres cidadãos indefesos que tiveram seu dia arruinado pela paralisação de trabalhadores, a maior de nossa história.

Parece que a culpa pelos transtornos enfrentados pelas pessoas nas rodoviárias e nas estações de trem e do metrô deve ser atribuída ao movimento sindical. Bobagem.

Com um mês de antecedência, as centrais sindicais informaram ao país inteiro que os trabalhadores iriam cruzar os braços no 28 de março. Incluía-se aí, evidentemente, a paralisação dos transportes, ação tradicional em toda paralisação desse porte – na Grécia, na França, ou no Brasil.

A greve geral e o jabá no Ratinho

Temer no Ratinho
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Faz sentido o ministro da Justiça Osmar Serraglio, indicação de Eduardo Cunha, se fazer de desentendido diante da greve geral.

Para Serraglio, que chamou líder de esquema descoberto na operação Carne Fraca de “grande chefe”, as manifestações foram “pífias” e não tiram “a expressão que se imaginava ter”.

Diz ele que “forçou-se até a situação quando se percebeu que os resultados não eram os imaginados”.

“Vimos provocações em alguns lugares, interdições em outros locais, mas aqueles movimentos que nós fizemos de milhões não aconteceu. Logo, nós iremos prosseguir com as reformas que estamos introduzindo”, falou.

Greve e desemprego enterram o golpe!

A greve geral e o passo seguinte

Do site Carta Maior:

O passo seguinte da greve geral de 28 de abril aponta inevitavelmente para um fórum unificado, que aprofunde a discussão de uma plataforma de emergência capaz de superar a grave encruzilhada política e econômica na qual o golpe de 2016 aprisionou a nação brasileira.

A tarefa de repactuar a sociedade com uma democracia revigorada, um crescimento justo e uma soberania feita de autonomia nas decisões do interesse popular não será urdida em gabinetes.

Ela só reunirá força transformadora se for sedimentada nas ruas, na mudança de correlação de força que sucederá às seguidas mobilizações de massa, como a deste histórico 28 de abril de 2017.

"Vagabundo" não é quem faz greve...

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Direitos que você tem hoje, como aposentadoria, férias, 13º salário, limite de jornada de trabalho, descanso aos finais de semana, piso de remuneração, proibição do trabalho infantil, licença maternidade não foram concessões vindas do céu. Mas custaram o suor e o sangue de muita gente através de diálogos e debates, demandas e reivindicações, paralisações e greves, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

É função de empregadores e políticos fazerem parecer que foram eles que, generosamente, ofereceram direitos. E função da História contada pelos vencedores registrar isso como fato inquestionável, retirando do povo, a massa muitas vezes amorfa e sem rosto, o registro dessas vitórias.

'Veja' toma a maior chinelada na greve geral

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Coitada da Veja. Depois de só falar mal da greve geral, resolveu fazer enquete com a pergunta: você é a favor da greve geral? O resultado está na imagem acima.

Tomou a maior chinelada de sua vida.

Menos de 4% de um total de 700 mil pessoas que responderam à enquete disseram não, ou seja, se posicionaram contra a greve.

É mais ou menos o mesmo percentual de apoio a Michel Temer, hoje em 4%, segundo a pesquisa Ipsos, a última realizada.

Greve geral fortalece a luta democrática

Salvador, 28/4/17. Foto: Cadu Cando/Mídia NINJA
Editorial do site Vermelho:

Com a adesão de 35 milhões de trabalhadores, segundo alguns líderes sindicais, a greve geral que aconteceu hoje (28) já pode ser considerada a maior já vista no Brasil.

Sua importância não é apenas numérica. A extensão da greve (tanto geográfica, envolvendo todo o país, quanto social, mobilizando quase todos os setores da sociedade) é revelada por alguns indicadores que mostram que o povo sente seu futuro ameaçado ante a perda de direitos que o governo golpista tenta impor.

Alguns destes fatores precisam ser arrolados na avaliação da greve.

Greve geral aponta nova perspectiva de luta

Florianópolis, 28/4/17. Foto: Mídia Ninja
Por Renato Rovai, em seu blog:

A greve geral de hoje é uma demonstração clara e evidente de que não vai ser nada fácil para o golpismo enfiar goela baixo dos trabalhadores suas reformas.

Mas não é só isso. É muito mais.

O movimento social está dando um baile de inteligência e estratégia nos protestos, que estão sendo realizados numa lógica de guerrilha e de redes.

Greve geral afetará novas votações

Macapá, 28/4/17. Foto: Azyara
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer e seu governo não passam recibo mas sabem que a greve geral desta sexta-feira terá conseqüências. O recado foi claro: é ampla e geral a insatisfação dos brasileiros com as reformas que tiram direitos e com os rumos do governo. E sabendo ler um recado social tão claro, muitos deputados não votarão a favor da reforma previdenciária. Ainda mais se governo cumprir a ameaça de demitir os apadrinhados dos que votaram contra a reforma trabalhista ou dela se ausentaram, substituindo-os por indicados de governistas leais.