quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Cuidado, os alquimistas estão voltando

Por Reginaldo Moraes, no site Brasil Debate:

O tempo é cruel. Não apenas quando olhamos nossa imagem no espelho ou nas fotos de juventude. Contudo, paradoxalmente, esse exercício faz bem para a saúde. Exemplo claro dessa regra é uma brochura publicada pelo departamento de “pesquisa” da consultoria Merrill Lynch em abril de 1999. The Book of Knowledge. Título bíblico, mas o conteúdo não faz questão de sê-lo. Faz questão de selo, o da ML, que na época valia alguma coisa. O subtítulo esclarecia a quais crentes se dirigia: Investing in the Growing Educationand Training Industry.

Os aleijões da política mundial

Por Flavio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

A política, em escala mundial, virou um caso ortopédico: amputar é o estilo de momento vencedor.

Vejam o nosso minipresidente, Michel Temer. Vai à China, não mais como um presidente, mas como um camelô. Leva 57 empresas estatais na mochila para oferece-las aos chineses. No discurso, é para impulsionar a economia. Na verdade, é para obter fundos para manter-se no poder, comprando votos de deputados e talvez, na sequência, de senadores. É uma amputação? É.

Os entreguistas perderam a vergonha

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:



Mídia e governo estão realmente determinados a tomar todas as medidas necessárias para prejudicar a população, e beneficiar alguns poucos privilegiados.

Duas notícias de hoje (clique nas imagens para ir à fonte):

Temer e o fim da rotulagem de transgênicos

Do blog Socialista Morena:

Tudo pelos ruralistas: enquanto edita uma medida provisória, com força de lei, para liberar ainda mais o uso de agrotóxicos no Brasil, o governo ilegítimo de Michel Temer prepara um decreto que altera a rotulagem de alimentos transgênicos. Um tuitaço com a hashtag #DeOlhoNoT, convocado por organizações da sociedade civil, aconteceu hoje como forma de denunciar e expor a proposta ruralista.

O objetivo do decreto é substituir o projeto de lei 34/2015, com o mesmo fim, mas que ainda não foi aprovado pelo Congresso. Além de deputados e senadores terem mostrado resistência, mais de 15 mil pessoas enviaram mensagens rejeitando o projeto aos membros das comissões que analisam o texto.

A esposa de Moro e o "amigo" Zucolotto

Por Cíntia Alves, no Jornal GGN:

Após a revelação de que pode ter existido tráfico de influência e possível pagamento de propina em uma negociação de acordo de delação na Lava Jato de Curitiba, o juiz Sergio Moro admitiu à imprensa que sua esposa, Rosangela, teve sim sociedade com o escritório de Carlos Zucolotto, seu "amigo pessoal". Mas reforçou que a parceria se deu "sem comunhão de trabalho ou de honorários", numa tentativa de preservar a mulher das denúncias que agora caem sobre os ombros de Zucolotto.

Temer apavorado com votação do rombo fiscal

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Como eu já disse, Temer viajou bem nervosinho para a China e por muitos motivos. Primeiro deles, a entrega da delação de Lúcio Funaro ao STF, primeiro passo para a apresentação da segunda denúncia contra ele. Outro, não menos grave, a completa desarticulação em sua base de apoio, que ficou exposta na noite desta terça-feira, na sessão do Congresso para remover os vetos da pauta, e promete outro desnudamento hoje, na votação destinada a legalizar o aumento do rombo fiscal para este ano e para 2018. O clima foi de barata-voa, com deputados governistas fazendo corpo mole, dificultando o quórum e impondo mais mudanças no Refis, o projeto que busca recursos aliviando multas e juros para devedores. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, quase apanhou fisicamente na sessão bicameral.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Essa reforma política é um retrocesso brutal

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Após a renúncia de Jânio de Quadros, os militares se recusaram a aceitar a posse do então vice-presidente João Goulart. Como solução intermediária foi implementado o parlamentarismo no Brasil, modelo vigente entre 1961 e 1963, quando foi revogado por plebiscito. Aldo Arantes, naquele momento, era presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Após o golpe de Estado em 1964, ele passou a atuar na clandestinidade e foi preso político. Na década de 1980, foi eleito deputado constituinte.

Tempo e Temer elegerão Lula em 2018

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:


O salário dos “memeiros” é “fixo e secreto”, afirma Kim Kataguiri, um dos coordenadores do MBL, segundo reportagem da Folha de São Paulo sobre a estratégia do “movimento” para manter acesa a chama da burrice em um setor bem específico da sociedade.

Rafael Rizzo, 25, e Arthur França, 24, os “memeiros” recém-contratados pelo “movimento” dizem trabalhar cerca de 12 horas diárias. Os dois também administram as redes do MBL como um todo.

O dinheiro que abunda para esses picaretas do MBL financiou o lado mais cruel do golpe: o de fazer pessoas que seriam afetadas pela ruptura institucional e o consequente fim da visão social do Estado brasileiro após a ascensão do PMDB e do PSDB ao poder.

As contradições do 'amigo pessoal' do Moro

Fac-símile de 03/3/2015, do site
Zucolotto Sociedade de Advogados
Por Jeferson Miola

Tanto mais o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Lava Jato se pronunciam sobre a denúncia feita por Rodrigo Tacla Duran, ex-funcionário da Odebrecht, mais densa fica a névoa que recobre o episódio.

O esclarecimento da denúncia de Rodrigo Tacla Duran é de vital importância, porque insinua fatos extremamente sérios:

[1] cita suposta atuação ilícita do advogado Carlos Zucolotto, o “amigo pessoal” de Sérgio Moro, ex-sócio de Rosângela Moro [a esposa do juiz] num escritório de advocacia e advogado do procurador da Lava Jato Carlos Fernando dos Santos Lima; e

[2] relata suposto tráfico de influência, por mesmo Carlos Zucolotto, na intermediação de acordo de delação premiada com a Lava Jato em troca do pagamento de US$ 5 milhões de propina.

A farsa da Lava-Jato chega ao cinema

Por Bepe Damasco, em seu blog:

O monopólio midiático está abrindo espaços generosos para promover o filme “Polícia Federal – a lei é para todos”, que será lançado em sete de setembro. Em um país no qual expressiva parcela da população é submetida à lavagem cerebral diária da mídia é até de se esperar que uma obra dedicada à mistificação e à mentira faça sucesso.

Enquanto Lula é ovacionado no Nordeste, na maior consagração popular protagonizada por um político brasileiro em toda a história, no submundo do golpe e do fascismo o que se vê é uma correria contra o tempo para lançar o filme no feriado da independência, em clara tentativa de apropriação desse simbolismo.

A privataria temerária dos golpistas

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

O governo Temer anuncia a venda de ativos do sistema Eletrobras, muitos já amortizados, no propósito de reduzir o déficit primário projetado para 2018. Em entrevista coletiva, o ministro de Minas e Energia anunciou tarifas mais baratas depois da privatização.

Os antecedentes não confirmam. Na segunda metade da década de 1990, posteridade da privatização das muitas distribuidoras e de algumas geradoras, as tarifas de energia brasileiras conquistaram o campeonato mundial da carestia energética.

Temer produz outro rombo recorde

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como já se sabia há alguns dias, o resultado do Tesouro Nacional bateu novo recorde negativo em julho: R$ 20,152 bilhões, o pior resultado para o mês na história. Na história.

Em 12 meses, mesmo descontando o pagamento antecipado de precatórios (que era feito em dezembro, normalmente), o rombo é de R$ 165,6 bilhões.

Isso, com os R$ 25 bilhões da repatriação de dinheiro que estava no exterior, feita em outubro passado.

Brasil: um barco desgovernado e à deriva

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A gravidade de nossa crise generalizada nos faz sentir como um barco à deriva, entregue à mercê dos ventos e das ondas. O timoneiro, o presidente, é acusado de crimes, cercado de marujos-piratas, em sua maioria (com nobres exceções) igualmente, corruptos ou acusados de outros crimes. É inacreditável que um presidente, detestado por 90% da população, sem nenhuma credibilidade e carisma, queira timonear um barco desgovernado.

Nem sei se é obstinação ou vaidade, elevada a um grau estratosférico. Mas, impávido, continua lá no palácio, comprando votos, dispensando benesses, corrompendo a já corruptos para evitar que responda junto ao STF a pesadas acusações que lhe são imputadas. Está pondo 57 empresas à privatização que inclui terras amazônicas e até a Casa da Moeda, símbolo da soberania de qualquer país.

A pior crise de toda a história republicana

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A questão crucial da crise brasileira não encontrará saída no remendo eleitoral que a imprensa chama de “reforma política”, na verdade um conjunto de casuísmos cujo objetivo é assegurar que nada mude, ou seja, que os de cima permaneçam mandando contra os interesses dos de baixo.

Antes de sugerir alternativa ao caos de hoje, a falsa “reforma” aprofundará a crise de representatividade, cavando ainda mais fundo o desalento nacional, refletido em pesquisa do instituto Ipsos, recentemente divulgada, indicadora de que 95% da população brasileira não se identificam com seus governantes. Enquanto os músicos tocam e os casais dançam, o Titanic caminha na direção de seu naufrágio.

Propaganda de remédios faz mal à saúde

Do site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Exposição a medicamentos sem eficácia comprovada, risco de submissão a tratamentos inadequados, suscetibilidade a efeitos colaterais e ao agravamento de quadros clínicos são possibilidades criadas pela preponderância do viés publicitário e mercadológico no cuidado com a saúde. Conforme aponta o médico e pesquisador da Ensp/Fiocruz, Jorge Bermudez, trata-se de um mercado em ascensão. “No contexto das restrições econômicas que grassam não apenas no Brasil, mas em âmbito mundial, o faturamento do mercado varejista continua crescendo, mostrando ser uma das indústrias mais poderosas do mundo, impondo seus interesses e seus produtos. Entretanto, precisa lançar mão de estratégias nada ortodoxas para assegurar a fidelidade a suas marcas e assim aumentar o faturamento e o domínio de fatias de mercado”, afirma Bermudez, no artigo Indústria farmacêutica: marketing desenfreado e mercado em ascensão, produzido para o blog do CEE-Fiocruz [Leia a íntegra].

Temer não pode vender o que não é seu!

Editorial do site Vermelho:

O plano de privatizações do governo ilegítimo de Michel Temer, anunciado na semana passada, quer fazer aquilo que o governo neoliberal de Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) não conseguiu: radicalizar e implantar o ultra-liberalismo, e subordinar o governo e o Estado à lógica mercantilista e entreguista numa escala jamais vista.

Temer anunciou a privatização de 57 propriedades estatais, das quais deveria ser apenas o guardião e administrador. Mas, depositário infiel, quer expropriar os brasileiros de bens públicos, que pertencem ao povo, argumenta o jurista Gilberto Bercovici, professor de direito econômico da Faculdade de Direito da USP.

A força da internet na administração pública

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Tema mandatório para debater a comunicação em governos, a força da Internet foi pauta de seminário realizado pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé sobre os desafios da comunicação nas administrações públicas. O debate, que ocorreu na manhã do sábado (26), em São Luís-MA, reuniu jornalistas e especialistas para esmiuçar o assunto.

A mesa contou com Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC); Renato Rovai, editor da Revista Fórum; Juan Pessoa, especialista em redes sociais; e Leandro Fortes, diretor da agência de comunicação CobraCriada.

Por trás do ataque de Temer à Amazônia

Por Alessandra Cardoso, no site Outras Palavras:

Muito tem sido dito nos últimos dias sobre a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). Primeiro o governo federal anunciou sua extinção e, devido à ampla e negativa repercussão nas mídias nacional e internacional e também nas redes sociais, recuou. Cancelou o decreto que previa a extinção da Renca e editou às pressas um novo (No – 9.147, de 28 de agosto de 2017), publicando-o na segunda edição do Diário Oficial de segunda-feira. No entanto, a mensagem essencial em nada foi alterada: o “governo” Temer não mede esforços e muito menos consequências para atrair novos investidores e aventureiros para explorar recursos naturais amazônicos.

Caravana de Lula: encontro com o país real

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernanda Estima, no site da Fundação Perseu Abramo:

Lula do Brasil, Lula pelo Brasil, entre várias outras maneiras de nominar a caminhada do ex-presidente Lula pelo nordeste brasileiro, independente do nome ou das avaliações que façam deste enorme evento que percorre estradas e lugarejos, concretamente significa o reencontro de Lula e do PT com o país como ele de fato é.

A viagem pelo Brasil nordestino é uma constante aula de Geografia: a paisagem muda, o modo como vivem nas várias cidadezinhas idem, a constatação das características regionais, a vegetação que muda, cabras e bodes no caminho que mostram o tempo todo que a vida é bem diversa daquela que se vive no Sul/Sudeste. Ainda bem!

Juros alimentam a concentração de renda

Por José Dirceu, no blog Nocaute:

O senado da República autorizou o TCU a auditar a dívida pública brasileira. Os resultados mostram que, de 2010 a 2015, pagamos R$ 1,287 trilhão de juros da dívida interna. Começamos a pagar R$ 125 bilhões de juros em 2010 e continuamos pagando cada vez mais – R$ 181 bilhões em 2011, R$ 147 bilhões em 2012, R$ 186 bilhões em 2013, R$ 251 bilhões em 2014 e R$ 397 bilhões em 2015.

Para se ter uma ideia da gravidade desse custo da dívida pública brasileira, em 2015 gastamos R$ 100 bilhões em educação, R$110 bilhões com a área da saúde e R$ 27 bilhões com o Bolsa Família. Outro dado significativo é o de que, entre 1995 e 2004, gastávamos R$ 725 bilhões, pelo orçamento realizado, de R$ 884 bilhões em educação, saúde, segurança e infraestrutura!