segunda-feira, 18 de junho de 2018

Contas na Suíça: do nazismo ao futebol

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

O país representado pela primeira seleção a ser enfrentada pelo Brasil na Copa é conhecida por diversos produtos: chocolates, queijos, canivetes e relógios. A importância econômica de nenhum desses, entretanto, se equipara ao peso de seu sistema financeiro.

Os bancos representavam 10,5% do Produto Interno suíço em 2014, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). Para comparação, o percentual da vizinha alemã era 3,6%. As mais de 200 instituições financeiras que operam na Suíça concentram um quarto de todos os depósitos de estrangeiros no mundo.

Futebol e política: lições de otimismo

Editorial do site Vermelho:

O confronto entre Brasil e Itália, no distante 21 de junho de 1970, uniu os brasileiros – todos torciam pelo tricampeonato mundial de futebol. Era um domingo e mesmo em hospitais os internados se acotovelavam onde quer que houvesse um aparelho de TV, para torcer pela seleção canarinho.

Era com certeza um período político pior do que o atual. A ditadura militar triunfante estava no auge, sob o tacão do general Médici. O ambiente era tão opressivo que as principais correntes políticas democráticas pregavam o voto nulo na eleição de cartas marcadas que ocorreria naquele ano.

A farsa jurídica contra Gleisi Hoffmann

Do site de Dilma Rousseff:

Presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, a senadora Gleisi Hoffmann passou a ser o principal alvo da perseguição jurídica e política que levou o ex-presidente Lula à prisão. O processo contra Gleisi, o ex-ministro e ex-deputado federal Paulo Bernardo e o empresário Ernesto Kugler tem todas as características de uma farsa – repleta de mentiras evidentes e depoimentos contraditórios.

Os acusadores tornaram-se delatores premiados para obter vantagens jurídicas, como a própria liberdade, e o acesso aos recursos financeiros ilegalmente obtidos. Estão, portanto, dispensados de restituir o que roubaram. Esta situação absurda – criminosos confessos forjando acusações contra inocentes em troca da impunidade - é parte ponderável das investigações baseadas em delações premiadas sem quaisquer provas .

Brasil do golpe: 'mercado' não sonha mais

Por Marcelo Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Já há algum tempo crescem as críticas ao conservadorismo do Banco Central do Brasil comandado pelo ex-Itaú, Ilan Goldfajn. A sua vagarosa política de redução da taxa Selic frente a um quadro de grave desemprego e inflação abaixo do piso mostrou-se equivocada e minou a já escassa energia que seria necessária para impulsionar uma recuperação da nossa economia.

domingo, 17 de junho de 2018

Datena no DEM: candidatura ou negociata?

Por Altamiro Borges

De dois em dois anos, a cada eleição, o apresentador José Luiz Datena ameaça ser candidato a algum posto. Em 2016, já era dada como certa sua candidatura a prefeito da capital paulista. Na reta final, ele sumiu do noticiário e ninguém falou mais no assunto. Ficou aquela sensação de que alguma coisa sinistra rolou nos bastidores da política. Agora, ele garante que disputará uma vaga ao Senado por São Paulo. De diferente, o fato de que finalmente ele tirou a máscara das suas posições direitistas e filiou-se ao DEM. O novo demo tem forte exposição na mídia, com longas horas de retórica inflamada na Band, sempre se travestindo de paladino da ética. Será que agora a candidatura é para valer ou é mais uma negociata de bastidores?

Meirelles já virou bagaço no PMDB

Por Altamiro Borges

Logo após o golpe que derrubou Dilma Rousseff e alçou ao poder a quadrilha de Michel Temer, o rentista Henrique Meirelles foi tratado como o candidato ideal da direita nativa para dar continuidade ao projeto de desmonte do Estado, da nação e do trabalho nas eleições de 2018. A sua equipe econômica, formada por abutres financeiros, foi batizada de “drean team” e a mídia privatista era só elogios ao “ministro” da Fazenda e à sua política de austericídio fiscal. Henrique Meirelles virou o queridinho de Míriam Leitão, Carlos Alberto Sardenberg e de outros porta-vozes dos banqueiros. Mas apesar de toda a bajulação e blindagem midiáticas, a sua candidatura presidencial nunca decolou e hoje o oportunista mais se parece com um bagaço, prestes a ser descartado.

As eleições e a trágica normalidade

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

O Brasil é um país inabilitado à grandeza e os seus líderes, com raríssimas exceções, são inabilitados à conquista da glória - aquela condição de uma fervorosa admiração pelas gerações do presente e do futuro. Como regra geral, os nossos líderes querem apenas viver a fama nas benesses do presente, e não pensam em alcançar a glória imorredoura dos tempos vindouros. Em sendo assim, o Brasil vai se configurando cada vez mais como um país com uma história irrelevante para os destinos do mundo e da humanidade e sem um futuro promissor, por não ser capaz de se dar um destino brotado da ação interna e vulcânica de seu próprio povo.

A nova onda da "censura" no Brasil

Por Hildegard Angel, no Jornal do Brasil:

São tão edificantes os comentários dos âncoras dos telejornais, quando repercutem as falas de ministros do Supremo por uma imprensa livre, ou dos editorialistas importantes, quando condenam qualquer tipo de censura à imprensa.

No entanto, a verdade que reside por trás do “affair terço do Papa” é justamente a prática da Censura à imprensa, rotulando-se como falsa uma notícia, tendo como referência uma fonte única, o site Vatican News.

O capitalismo contra o capitalismo

Por Carlos Pompe, no site da CTB:

A paralisação de maio dos caminhoneiros durou 11 dias. Realizada por empresários e trabalhadores do setor, ganhou amplo apoio do movimento sindical e social. À revelia de seus organizadores, realizadores e grande parte de apoiadores, tinha um forte componente anticapitalista: submeter a objetiva lei econômica capitalista de mercado aos objetivos e interesses sociais do conjunto da comunidade (também conhecida como contradição entre relações de produção e forças produtivas).

'Fake news': A gente vê na Globo!

Por Caetano Manenti, no site Jornalistas Livres:

O jornalismo que usa como fonte única e exclusivamente as forças policiais do Rio de Janeiro cometeu mais um erro (?) gravíssimo nesta quarta-feira.

No RJTV2, às 19h22, a reportagem da jornalista Mônica Teixeira que abordava o assassinato do inspetor da Polícia Civil, Ellery Ramos de Lemos, na favela de Acari, trouxe a foto de um homem negro acompanhada da seguinte locução: “A Divisão de Homicídios da Polícia Civil identificou um suspeito, o criminoso que tem o apelido XXXX e seria cunhado de YYYY, chefe do tráfico do Amarelinho, que foi preso ontem”.

Temer implode o Brasil

Por Orlando Silva, no Blog do Renato:

Faltam apenas seis meses e meio para acabar 2018 e dar um fim ao governo ilegítimo de Michel Temer, que será enterrado pelas eleições de outubro. É muito pouco tempo, mas temos de ampliar nossa resistência para frear o presidente, que insiste em liquidar em uma canetada direitos, políticas, legislações e projetos idealizados e construídos coletivamente por décadas.

O governo virou vexame nacional e internacional. É inacreditável, mas o Brasil está na lista suja da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em razão da violação de direitos trabalhistas. A Oposição e a sociedade avisaram. Não foram ouvidas. O Executivo ‘vendia’ a matéria, como se fosse a modernização das leis trabalhistas. Na prática, o desemprego explodiu, chegando recentemente a 13,7 milhões de pessoas (aumento de 11,2% em relação ao trimestre anterior, conforme o IBGE). Houve também maior precarização das relações de trabalho. Agora, Temer tem de se explicar até novembro.

As duas armas da direita na América Latina

Por Patricio Montesinos, no blog Resistência:

A violência e as mentiras são hoje as duas armas principais utilizadas pela direita internacional e particularmente a deste hemisfério para pretender destronar os governos progressistas que em Nossa América resistem à atual investida neoliberal orquestrada desde os Estados Unidos.

Os mal chamados “golpes suaves” aplicados há poucos anos no Paraguai e no Brasil parecem já não estar muito na moda, a julgar pelos fatos mais recentes. Agora os preferidos de Washington e da oligarquia regional são evidentemente os “golpes de rua”, experimentados primeiro na Venezuela, com as denominadas guarimbas [barricadas a partir das quais grupos organizados praticam atos violentos], e nas últimas semanas em uma versão quase idêntica, na Nicarágua.

Jovens brasileiros e a fronteira da exclusão

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A foto aí de cima não é, evidentemente, de refugiados árabes ou africanos atulhados num destes barcos que a toda hora lemos naufragarem no Mediterrâneo, numa terrível ironia com os navios que levam multidões de refugiados para a Europa, que os repele.

São imigrantes italianos, como poderiam ser espanhóis, migrando para a Argentina, como poderia ser para o Brasil, aos milhões, como o fizeram especialmente no final do século XIX e início do XX, até a 2ª Grande Guerra.

O rosário do papa e as ousadias de Francisco

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

Há uma anedota fictícia sobre um papa, também fictício, que deve receber uma visita, digamos, não ortodoxa, e que deve permanecer secreta. Não vou contá-la aqui, apenas citar uma de suas passagens. A certa altura, diz o papa a seu secretário que deve fazer os arranjos para a visita: "Ela (a visita) deve vir com as orelhas tampadas". "Por quê?", pergunta o secretário. "Porque", responde o Papa, "todas as paredes do mundo têm ouvidos, mas as do Vaticano também têm boca, e sussurram segredos".

A caricatura neoliberal de Bolsonaro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Sucesso entre jovens homens brancos endinheirados e escolarizados do Centro-Sul, o perfil médio do brasileiro hoje disposto a votar nele para presidente, Jair Bolsonaro era só mais um deputado até 1999.

Aí começou o segundo governo FHC e ele perdeu a estribeira na Band. Defendeu fuzilar o presidente que “atende o FMI para poder honrar compromissos junto à agiotagem internacional”, o tucano responsável por uma “dívida impagável”, merecedora de “moratória urgentemente”.

A repentina notoriedade logo o levaria ao SBT, e a uma nova explosão: “Barbaridade é privatizar, por exemplo, a Vale do Rio Doce como ele (FHC) fez, é privatizar as telecomunicações, é entregar nossas reservas petrolíferas para o capital externo”.

Moro livrou da cadeia ex-assessor de Richa

Por Vinícius Segalla, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em menos de quatro meses, o juiz Sergio Moro tomou três decisões favoráveis ao réu Carlos Felisberto Nasser, ex-assessor da Casa Civil do governador Beto Richa (PSDB-PR) e acusado de ser um dos beneficiários de um esquema de desvio de dinheiro público arrecado junto a praças de pedágio do Estado do Paraná.

A primeira da série de decisões favoráveis ao réu, no âmbito do processo 5016176-39.2018.4.04.7000, foi negar o pedido de prisão de Carlos Nasser, feito em fevereiro deste ano pelos procuradores da Operação Lava Jato. No dia 22 daquele mês, foi cumprido mandato de busca e apreensão na mesa do ex-assessor de Richa, no Palácio Iguaçu.

sábado, 16 de junho de 2018

O terço do Papa e a missa das 'fakes news'

Moro conseguiu: Braskem desnacionalizada!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O PiG noticia que a Braskem - empresa de petroquímica bem sucedida, resultado da associação da Petrobras com a Odebrecht, será vendida a um grupo holandês, LyondellBasell.

Com isso, o Brasil deixa de ter uma das seis maiores empresas de petroquímica do mundo.

A Braskem ficava abaixo da chinesa Sinopec, da Exxon americana, da Lyondell, da Sabic saudita e da Dow americana.

Um colosso!

Gol do Brasil, no futebol, na educação...

Por Carina Vitral

Chegou a Copa do Mundo e é momento de torcer. O Brasil é conhecido e reconhecido no mundo todo pelo futebol, assim como por outras características da nossa cultura, como o samba, nossa rica comida típica, nossa arte, as belezas naturais e demais elementos que nos identificam enquanto povo.

Por isso, a Copa nos é tão importante. Quando se fala em Pelé, Garrincha, Sócrates, Marta, das seleções de 58, de 70, de 82...estamos falando de Brasil, de cultura brasileira. Estamos falando, principalmente, dos milhares de meninos e meninas que crescem jogando futebol nos seus bairros e que aprendem a amar esse país, por meio do esporte.


A crise brasileira à luz da teoria do caos

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Já há muitos anos, cientistas vindos das ciências da vida e do universo começaram a trabalhar com a categoria do caos. Inicialmente também Einstein participava-se da visão de que o universo era estático e regulado por leis determinísticas. Mas sempre escapavam alguns elementos que não se enquadravam neste esquema. Para harmonizar a teoria, Einstein criou o “princípio cosmológico” do qual mais tarde se arrependeria muito porque não explicava nada mas mantinha a teoria standard do universo linear inalterada. Com o advento da nova cosmologia mudou completamente de ideia e começou a entender o mundo em processo ininterrupto de mutação e autocriação.