sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Brasil, EUA e o gosto amargo da humilhação

Por Haroldo Lima, no site Vermelho:

O governo de Trump acaba de mostrar que governante que não se dá ao respeito não é respeitado. Tratou Bolsonaro com o maior desprezo, desconsiderando olimpicamente as promessas que publicamente lhe fizera há poucos meses, e que provocara saltinhos de contentamento do presidente brasileiro.

O Brasil, sob Bolsonaro, inaugurou a diplomacia da subalternidade explícita, da bajulação escancarada e das continências ridículas dos lambe-botas. Frente aos Estados Unidos, não faz qualquer esforço para demonstrar sentimento nacional, aspirações próprias, postura independente. Ao contrário, esforça-se por não deixar qualquer dúvida que é um capacho assumido.

Resistir à censura é preciso

Por Pedro Gorki, no site Carta Maior:

A censura às artes, à literatura e à cultura em geral, é uma das características mais marcantes dos regimes autoritários e fascistas. Não são poucos os momentos na história em que peças de teatro foram proibidas, livros foram queimados, ou “recolhidos”, filmes deixaram de ser exibidos. No Brasil, vivemos um desses momentos de obscurantismo. Precisamos ter consciência dele para que possamos somar forças e dizer não à censura. É preciso resistir às trevas neomedievais.

Equador: componentes da rebeldia andina

Foto: Henry Romero/Reuters
Por Almir Felitte, no site Outras Palavras:

O Equador entrou em chamas nas últimas semanas. Revoltado com as políticas liberais e imperialistas impostas ao país pelo FMI, o povo equatoriano saiu às ruas em uma movimentação massiva que pode culminar com a queda de seu Presidente, Lenin Moreno. Mas a agitação política do país não vem de hoje.

Lenin fora eleito como sucessor de Rafael Correa para continuar a chamada “Revolução Cidadã”, como é conhecido o momento político iniciado pelo ex-Presidente, mais um ligado à corrente bolivariana que ditou os ritmos de boa parte da política sul-americana desde os anos 2000. Porém, desde o início de seu mandato, Lenin Moreno mostrou sua verdadeira face, traindo Correa, seu partido e todos aqueles que acreditaram estar votando na continuidade da “Revolução”.

Bolsonaro é cabo eleitoral na Argentina

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Alvo de desprezo e repulsa no mundo inteiro, Bolsonaro é do tipo que permite que o fracasso lhe suba à cabeça. Com zero de noção do ridículo, protagoniza palhaçadas em série.

A última - pelo menos até o momento em que escrevia este texto – foi ter dito que não permitirá que a Argentina eleja o candidato kirchnerista Alberto Fernández para a presidência. Bolsonaro fez essa promessa durante palestra a pretensos investidores internacionais.

Antes de entrar no mérito do assunto, uma pergunta: merece ser levado a sério como investidor estrangeiro no Brasil alguém que comparece a uma palestra do capitão imbecil?

Bolsonaro está cada vez mais perdido

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

De nada adiantou rastejar diante de Donald Trump como um gandula diante do ídolo.

Até agora, Bolsonaro, ou melhor, o Brasil só perdeu com essa paixão pelos Estados Unidos.

Escanteado na prometida entrada do país na OCDE, o capitão-presidente só tem colecionado derrotas em seus nove meses de desgoverno alucinado.

Ao rifar seu próprio partido alugado para fazer a campanha, Bolsonaro corre o risco de ficar isolado no Congresso nas mãos do Centrão de Rodrigo Maia.

Na política exterior, o governo é um completo desastre, errou todas as fichas.

Preta Ferreira deixa prisão após 109 dias

Neoliberalismo fracassa na América Latina

Bolsonaro quer sair do laranjal do PSL

Trump "dá o cano" no "Mito"

Por Fernando Brito, em seu blog:



Samy Adghirni e Justin Sink, da Bloomberg, dizem que tiveram acesso a uma carta do secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, ao secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE, José Angel Gurria, na qual apoia o ingresso apenas da Argentina e da Romênia, sugerindo que a análise de outros pedidos de admissão seria deixada para o futuro.

Sonegação no país chega a R$ 600 bilhões


Números do governo sustentam que a Previdência Social no país terá este ano um rombo de R$ 290 bilhões. E, por isso, a “reforma” da Previdência seria urgente, sem o que a seguridade social corre riscos e pode perder o equilíbrio financeiro, deixando pessoas sem aposentadoria nos próximos anos. Essa é uma ladainha ouvida à exaustão nos grandes meios de comunicação no país, empenhados em promover a reforma. Enquanto esse discurso prolifera, o setor financeiro se apropria de recursos públicos por meio dos títulos da dívida e permanece incólume frente a uma dívida pública que tem sua legitimidade questionada. E dívidas bilionárias resultantes de sonegação de contribuições à Previdência seguem intocadas.

A derrota da diplomacia da bajulação

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com a experiência de quem passou oito anos entre o Fundo Monetário Internacional e o banco de desenvolvimento criado pelos BRICS, o bloco econômico-diplomático formado por Brasil, Russia, Índia, China e Africa do Sul, o economista Paulo Nogueira Batista Jr. deixou um registro sob medida para se prever o fiasco produzido pela diplomacia subserviente de Jair Bolsonaro e Ernesto Araújo , que nos últimos meses alimentou a ilusão de que o país estava com ingresso garantido na OCDE, a organização que desde a Guerra Fria reúne as economias dos país alinhados com Washington.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Temendo o laranjal, Bolsonaro detona o PSL

Quem tem medo da Vaza-Jato?

O que está em jogo na briga Bolsonaro X PSL

O fracasso da diplomacia da submissão

Por Sergio Lirio, na revista CartaCapital:

Não foi por falta de aviso. Diplomatas experientes alertaram que na geopolítica é um erro de principiante ceder à vontade de um parceiro comercial e político sem garantir contrapartidas. As maiores vitórias da política externa brasileira se deram quando o País foi altivo e praticou certa independência e não nos períodos em que se comportou como uma colônia. O exemplo mais notório são as conquistas de Getúlio Vargas, entre elas a Companhia Siderúrgica Nacional, negociadas com Franklin D. Roosevelt em troca do apoio do Brasil na Segunda Guerra.

Folha abandona Moro. Falta a Globo

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:

A Folha largou Sergio Moro na sarjeta. Deu em chamada de capa que Rodrigo Maia o considera um agressor do Congresso e das instituições, ao tentar manter deputados e senadores sob pressão para tentar fazer valer seu pacote anticrime e sua imagem de justiceiro.

Maia observa que, se as tais 10 medidas do primeiro pacote de Moro e de Dallagnol tivessem sido aceitas pelo Congresso, hoje os dois estariam enrascados.

“Nós rejeitamos (aquele pacote) a prova ilícita de boa fé. Hoje eles criticam a prova ilícita de boa fé no caso do Intercept [que revelou a troca de mensagens entre Moro e o procurador Deltan Dallagnol]. Você vê como são dois pesos e duas medidas que, se nós tivéssemos feito o que eles gostariam, hoje eles eram réus, não eram procuradores e ele não era ministro da Justiça”.

As perspectivas da democracia e do SUS

Por Sonia Fleury, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

Muito se discutiu sobre o caráter reformista da Reforma Sanitária Brasileira (RSB) e sobre os dilemas enfrentados a partir de sua institucionalização, em um contexto de uma democracia pactuada e restringida. No entanto, a pergunta que nos fazemos é, ao contrário, sobre qual teria sido o conteúdo revolucionário do projeto reformista na saúde.

A adoção da estratégia de luta pela democracia sob a bandeira de Saúde é Democracia foi aglutinadora de forças sociais diferenciadas, unidas em uma coalização em prol da democratização, que na saúde se traduzia pela compreensão da determinação social do processo saúde e doença, evidenciando a iniquidade estrutural que caracteriza a matriz brasileira de produção e distribuição dos bens privados e dos recursos públicos. Só a superação do autoritarismo e do centralismo permitiriam a organização social e a reforma do Estado, necessárias à construção de políticas públicas inclusivas e redistributivas.

A submissão a Trump deixou o Brasil isolado

Por Frederico Rochaferreira, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Poucos dias antes de viajar para participar da Assembleia Geral da ONU, Jair Bolsonaro disse que jantaria com o presidente Donald Trump, mas não houve jantar. Apesar de os dois estarem no mesmo hotel, também não houve reunião entre os dois. Trump, no entanto, manteve reunião reservada com os líderes de Cingapura, da Coreia do Sul, da Nova Zelândia, do Paquistão e da Polônia.

Já era esperado que o Brasil na ONU ficasse ausente de importantes encontros por conta das relações de Bolsonaro com os líderes europeus, China e Rússia, que são as piores possíveis. Porém, dada a admiração do presidente brasileiro por Trump e os afagos do americano a Bolsonaro, não estava na agenda do governo a possibilidade de não haver encontro entre os dois líderes. Porém, razões para esse inesperado não encontro existem.

PEC 3D retira pobres do orçamento público

Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:

Depois do fim da política de aumento real do salário mínimo e da aprovação da reforma da Previdência, o governo enviará ao Congresso a chamada “PEC 3D”: 1) Desvinculação de receita e despesas do orçamento público; 2) Desobrigação ou retirada do caráter obrigatório dos gastos públicos, inclusive e educação e saúde; e 3) Desindexação das despesas governamentais.

O Nobel de Paz para Lula

Por João Augusto de Lima Rocha, no site Vermelho:

No próximo dia 11 de outubro será anunciado o vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2019, ao qual concorre o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. O Prêmio Nobel da Paz é o único, dentre os prêmios associados ao nome do cientista sueco Alfred Bernhard Nobel (1833-1896), inventor da dinamite, que não é oferecido na Suécia, mas sim na Noruega.

São 301 os indicados à honraria, na categoria de Prêmio Nobel da Paz, em 2019, dentre personalidades e instituições que conseguiram se credenciar para concorrer junto ao Comitê Nobel Norueguês, um órgão independente, composto por cinco pessoas nomeadas pelo parlamento da Noruega, com mandato de seis anos, cuja missão é escolher o vencedor do prêmio em cada ano.