terça-feira, 10 de novembro de 2015

Randolfe é vítima do ódio nas redes

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) vem recebendo, desde a última sexta-feira (6), mensagens de cunho ofensivo e ameaças à integridade física dele e também de sua família. De acordo com apuração da assessoria do parlamentar, as mensagens começaram a chegar depois que uma internauta que seria ligada a grupos fundamentalistas divulgou no Facebook o número do celular pessoal de Randolfe. Desde então, diversas ameaças foram enviadas por mensagens na rede social e via WhatsApp. “Quero prints”, ela escreveu ao passar o contato.

Os bastidores da tragédia em Mariana

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

A mineradora Samarco, joint venture da Vale com a australiana BHP Billiton, teve um lucro líquido de R$ 2,8 bilhões em 2014. Ou seja, limpinhos!

Como se sabe, o Brasil é uma “mãe” para as mineradoras. A Agência Pública fez uma reportagem interessante a respeito, quando Marina Amaral perguntou: Quem lucra com a Vale?

O “pai” das mineradoras é Fernando Henrique Cardoso. Em 1996, com a Lei Kandir, isentou de ICMS as exportações de minérios!

Impeachment na marra? Cardozo, isso pode?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Do Estadão, com meus grifos:

O caminhoneiro Fábio Luís Roque, uma das lideranças do Comando Nacional do Transporte (CNT), reforçou nesta segunda-feira, 9, que o grupo não pretende estabelecer nenhum tipo de diálogo com o governo federal para levar reivindicações dos transportadores autônomos a Brasília. “Não queremos contato”, disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

O Comando Nacional do Transporte está organizando a paralisação iniciada nesta segunda-feira em várias regiões do Brasil. Diferente de mobilizações anteriores da categoria, desta vez o objetivo principal do movimento é provocar a saída da presidente Dilma Rousseff.


A guinada armamentista da extrema direita

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:


Kim Kataguiri, que já tem em seu álbum de fotos a antológica imagem ao lado de Eduardo Cunha (líder máximo do movimento anti-corrupção, um guru para as crianças do MBL – Movimento Brasil Livre) e a belfie (selfie da bunda) enviada ao DCM, surge empunhando uma arma de ar comprimido. E ameaça:

“Enquanto não cai o Estatuto, o jeito é ficar no airsoft.”

Os paulistanos e as "selfies" com a PM

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Policiais da PM de São Paulo – e de todo Brasil, ainda que o post verse sobre São Paulo – estão acostumados a ser hostilizados pela população, mas, neste ano, em certa medida isso mudou. Foram tietados durante as manifestações contra a presidente Dilma Rousseff que ocorreram na avenida Paulista em março e abril.

“Fãs” dos policiais abraçavam, elogiavam e pediam para tirar “selfies” com os agentes. Várias crianças também pararam para admirar e tirar foto com os policiais.

Um conselho precioso do ministro Cardozo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Na Folha, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo concede sua enésima entrevista para contar o que não fez. Novidade seria contar algo que fez à frente do Ministério. O que não fez em relação à questão indígena, ao Plano Nacional de Segurança, ao vazamento de informações falsas sobre a delação de Alberto Yousseff, ao maior golpe já cometido contra os consumidores (da Telexfree), é conhecido de todos: nada.

Petroleiros enfrentam o capital mundial

Foto: Gilson Sá/Sindipetro-RN
Por Gilberto Cervinski, no site Carta Maior:

Os trabalhadores da Petrobrás estão em greve nacional contra a privatização da Petrobrás. Mais do que enfrentar o plano de desinvestimento, a greve significa um enfrentamento ao capital internacional.

A decisão de privatização adotada pela atual direção da Petrobrás é parte da estratégia e do jogo político que vem desde antes das eleições presidenciais que teve a difícil vitória da Presidenta Dilma.

O fato é que desde 2008 há uma crise mundial da economia, que vem afetando principalmente os países centrais do capitalismo, como Europa, Estados Unidos e Japão.

Começa o Fórum da Governança da Internet

Do site do FNDC:

Começa nesta terça (10/11), em João Pessoa-PB, o 10º Fórum de Governança da Internet (IGF 2015). De acordo com organizadores do evento, cerca de 2,5 mil pessoas de vários países, entre representantes da sociedade civil, governo, empresas, setor técnico e academia, participarão das atividades. Com o tema geral "Evolução da Governança da Internet: Capacitar o Desenvolvimento Sustentável", o fórum será apoiado por oito subtemas e deverá destacar questões como neutralidade da rede, políticas públicas de inclusão digital e segurança de dados pessoais, entre outros. As atividades serão encerradas na sexta (13/11).

Desajuste fiscal: os verdadeiros vilões

Por Fabrício Augusto de Oliveira, no site Brasil Debate:

Depois de muita hesitação, o governo anunciou, no dia 28 de outubro, um novo ajuste do desajuste fiscal: em vez de um superávit primário de R$ 8,7 bilhões, correspondente a 0,15% do PIB, como prometido em julho, distribuído entre o Governo Central (0,1%) e estados e municípios (0,05%), admitiu que a União deverá registrar um déficit de R$ 51,8 bilhões, ou de 0,9% do PIB, mantendo-se a projeção do superávit para os governos subnacionais, o que, para o setor público consolidado corresponderá a um déficit, no ano, de 0,85% do PIB.

A mídia brasileira é antissindical

Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Por Rosângela Ribeiro Gil, no site do Sindicato dos Engenheiros de São Paulo:

Finalizando a atividade do seminário "Desafios profissionais e protagonismo do jovem engenheiro", do dia 7 de novembro, o painel IV reuniu os jornalistas Altamiro Borges, o Miro, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, João Franzin, da Agência Sindical, e Rita Casaro, coordenadora do setor de comunicação do SEESP. O tema tratado foi a democratização da mídia no Brasil.

"E o seu nível de corrupção, como vai?"

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O título acima é de um texto do grande pensador brasileiro Millôr Fernandes, que morreu em 2012 - antes, portanto, da Lava-Jato. Está no livro "Todo homem é minha caça", da Editorial Nórdica, lançado em 1981, e foi reproduzido no Projeto Releituras, de Arnaldo Nogueira Jr. Encontrei-o fazendo uma pesquisa sobre o assunto no doutor Google.

Ninguém melhor do que Millôr tratou do festival de hipocrisia e cinismo dos brasileiros que se dedicam à moralidade seletiva. É dele a célebre constatação: "Estou cansado de sentar à mesa com corruptos para falar de corrupção".

Fraude fiscal da RBS/Globo vai ao STF

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Retomando seu foco original, a investigação do esquema bilionário de sonegação montado entre grandes empresas e membros do CARF, a Operação Zelotes apresentou denúncia contra o grupo de comunicação RBS, parceiro regional das Organizações Globo, ao Supremo Tribunal Federal. A denúncia subiu para o STF por conta do envolvimento do ministro do TCU Augusto Nardes, relator da rejeição das contas da presidente Dilma, e do hoje deputado Afonso Mota (PDT-RS), ex-executivo do grupo, que têm foro privilegiado. O inquérito sobre a RBS é o de número 4150 e a relatora já foi indicada. Será a ministra Carmem Lúcia. Outras sete empresas serão denunciadas à Justiça comum.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Parabéns, atingimos a burrice máxima

Por Eliane Brum, na edição brasileira do jornal El País:

A fogueira de Simone de Beauvoir a partir da questão do ENEM mostrou que a burrice se tornou um problema estrutural do Brasil. Se não for enfrentada, não há chance. Hordas e hordas de burros que ocupam espaços institucionais, burros que ocupam bancadas de TV, burros pagos por dinheiro público, burros pagos por dinheiro privado, burros em lugares privilegiados, atacaram a filósofa francesa porque o Exame Nacional de Ensino Médio colocou na prova um trecho de uma de suas obras, O Segundo Sexo, começando pela frase célebre: “Uma mulher não nasce mulher, torna-se mulher”. Bastou para os burros levantarem as orelhas e relincharem sua ignorância em volumes constrangedores. Debater com seriedade a burrice nacional é mais urgente do que discutir a crise econômica e o baixo crescimento do país. A burrice está na raiz da crise política mais ampla. A burrice corrompe a vida, a privada e a pública. Dia após dia.

Os R$ 975 mil da Odebrecht calarão FHC?

Por Altamiro Borges

Excitado com a onda antipetista que saiu às ruas pelo país, o ex-presidente FHC desembestou a falar nos últimos meses. Ele virou figura obrigatória nas capas bajuladoras da Veja, é presença quase diária nos telejornais da Globo e adora dar entrevistas aos jornalões. Diante dos holofotes da mídia, o grão-tucano atiça os golpistas mirins que rosnam pelo impeachment de Dilma e, principalmente, destila o seu ódio contra o ex-presidente Lula. Parece trauma de um invejoso amargurado, que deixou o Palácio do Planalto com recordes de rejeição! Nesta postura teatral, ele se traveste de paladino da ética. Na semana passada, porém, um vazamento da Operação Lava-Jato acabou com sua pose. Ele revela que o seu instituto, o iFHC, recebeu R$ 975 mil da Odebrecht. Será que agora o tagarela vai se calar? 

Condenado, ex-prefeito de Unaí é do PSDB

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada (5), o ruralista e ex-prefeito da cidade mineira de Unaí, Antério Mânica, foi condenado a cem anos - cem anos! - de prisão pela morte de três auditores fiscais e de um motorista do Ministério do Trabalho. O julgamento se deu na sede da Justiça Federal, em Belo Horizonte, e foi acompanhado com expectativa pelas entidades que lutam pelos direitos humanos. A mídia patronal, que defende os interesses dos barões do agronegócio e sempre acobertou os seus crimes, até noticiou a condenação. Curiosamente, porém, ela evitou destacar que o ex-prefeito foi filiado ao PSDB e fez campanha, no ano passado, para o cambaleante tucano Aécio Neves.


Palestras de Lula e FHC e a morte da Época

Por Fabrício Vasselai, no site Vermelho:

Faleceu novamente (sic), neste último fim de semana da graça de outubro de 2015, o bom e velho jornalismo. O cadáver, a um só tempo insepulto e moribundo, deve-se desta vez a parte da matéria de capa da revista Época, editada pelas Organizações Globo.

No Brasil, a escandalização e o manchetismo baratos para vender caro o pseudo-jornalismo pseudo-investigativo parece que venceram faz tempo o mínimo jornalismo jornalístico.

Globo não quer o direito de resposta!

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Se o amigo navegante for à TV Afiada acompanhar a retumbante vitória do Requião ao aprovar o “direito de resposta”, previsto na Carta de 1988, fará uma descoberta que o ansioso blogueiro se permite enfatizar.

O amigo navegante verá quem votou CONTRA.

Quem foram os solitários derrotados.

Ou melhor, aqueles que votaram COM a Globo, que não aceita o direito de resposta.

Antes que seja tarde

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Um dos efeitos mais nefastos que qualquer crise política proporciona é a diluição dos debates mais “de fundo”, a respeito das raízes da própria crise. Isso que é, ao mesmo tempo, uma das principais virtudes da democracia – nela todos podem discutir o que quiserem e como quiserem, nos limites da lei – é também um dos seus notórios defeitos.

As elites e o impeachment da democracia

Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:

Em 1992 os caras-pintadas acorreram às ruas para pedir o impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello.

Pouco antes, em longa conversa comigo na presença do jornalista Roberto Müller Filho, Ulysses Guimarães desfiou temores e preocupações diante do iminenteimpeachment do presidente eleito pelo voto popular.

Os receios do Senhor Diretas concentravam-se no “vício antidemocrático” dos donos do poder, habituados a manejar os cordéis do arbítrio a seu talante e ao sabor de seus interesses. A cavalgada do mandonismo pode ocorrer no lombo dos fardados ou nos ombros dos bacharéis habilitados a chicanas e firulas de variado sabor doutrinário.

Enem, educação e hipocrisia

Por Mariana Vilella, Renata Ferraz e Vanessa Pinheiro, no site Outras Palavras:

Em 25 de outubro, o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem teve como tema de redação: “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Em uma tarde, milhões de jovens brasileiros viram-se instados a refletir e dissertar sobre esse tema, caro à sociedade, dados os alarmantes números da violência doméstica, sexual, psicológica, obstetrícia, dentre outras, que atingem a mulher brasileira. A escolha gerou polêmica.