segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Onyx Lorenzoni é perdoado pelo STF

Por Altamiro Borges

Após ter sido perdoado pelo juizeco Sergio Moro e até por Deus – segundo jurou em entrevista –, o capacho bolsonarista Onyx Lorenzoni agora é “absolvido” pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste fim de semana, o ministro Marco Aurélio Mello homologou o acordo que livra o falso moralista de investigação sobre uso de Caixa-2 em campanhas eleitorais.

Em agosto passado, o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência admitiu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que recorreu à “recursos não contabilizados” na sua eleição para deputado federal pelo DEM do Rio Grande Sul. Em troca de não ser alvo de uma ação penal, ele se comprometeu a pagar R$ 189.145,00 como multa.

Pastora Flordelis “perdoou” Daniel Silveira

Por Altamiro Borges


A deputada-pastora Flordelis dos Santos, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o também pastor Anderson do Carmo, não participou da votação sobre a prisão do miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), na sexta-feira passada (19). A ausência da neopentecostal-bolsonarista não salvou o miliciano-bolsonarista do inferno.

Segundo o jornal Extra, a parlamentar alegou problemas de saúde. “Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e do estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica", justificou a deputada, que atualmente não goza de muita credibilidade.

Os perigos da reforma cambial

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Houve algum debate, embora tardio e insuficiente, sobre o projeto de lei que concedeu autonomia formal ao Banco Central do Brasil (Projeto de Lei Complementar 19 de 2019). Ainda mais limitada tem sido a discussão de outro projeto de lei que diz respeito ao Banco Central, também aprovado pela Câmara no início de fevereiro – o que dispõe sobre o mercado cambial (Projeto de Lei 5.387, de 2019), apelidado por alguns críticos como o projeto da “farra cambial”. É deste segundo, que traz ampla reforma do marco legal do mercado cambial, que pretendo tratar neste artigo.

Bolsonarismo teve um momento tigre de papel

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Na Câmara de Deputados e no Supremo, a votação que confirmou a prisão de Daniel Silveira contém um sinal importante.

Mostra o repúdio de nossas instituições a uma provocação tipicamente fascista.

No STF, o saldo foi 11 a 0. Na Câmara, o placar de 364 a favor e 130 contra a prisão de Daniel Silveira mostra uma matemática eloquente. Para cada voto a favor, a extrema direita recebeu 2,8 votos contrários.

Parlamentares que exibem patente das Forças Armadas ou de Polícias Militares possuem 9 votos no plenário. São 2 generais, 3 coronéis, quatro capitães e um subtenente. Todos votaram com o provocador - um índice de fidelidade já esperado, mas significativo.

Na soma geral, o governo ficou com 26% dos votos e seus adversários somaram 74%.

Laja-Jato foi um videogame?

Bolsonaro, armas e o golpe dos milicianos

A estúpida e medíocre carta do Clube Militar

O impacto das privatizações na sociedade

A tecnologia política do fascismo

Prisão de Daniel Silveira não é ilegal

Da pandemia à utopia: o futuro começa agora

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Queda de investimentos e a “retomada em V”

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a Fundação Seade divulgou um estudo demonstrando que os anúncios de investimentos na indústria de São Paulo bateram novo recorde negativo no segundo semestre do ano passado. O total registrado, de R$ 1,2 bilhão, foi o menor para o período de um semestre em toda a série histórica, iniciada em 2012.

No conjunto da economia – não apenas da indústria –, os investimentos no mesmo período alcançaram R$ 25,1 bilhões no Estado. Foi a menor quantia desde a primeira metade de 2018, quando eles atingiram R$ 22 bilhões. A Fundação Seade atribuiu o péssimo resultado à queda no consumo interno e nas exportações.

A casta que sonega impostos no Brasil

Charge: Emanuel Wiemans
Por Altamiro Borges


A Folha informa que a "operação realizada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo encontrou mais de R$ 40 milhões em sonegação de impostos devidos em doações de cotas de empresas. Os casos se referem a 895 empresários, que beneficiaram cerca de 1.500 herdeiros (uma doação pode ter mais de um beneficiário)".

Segundo a investigação, a declaração do patrimônio foi feita com valores mais baixos que os reais para reduzir a cobrança do tributo e até obter isenção fiscal. Foram analisadas doações extrajudiciais em que o doador está vivo e transfere cotas societárias da empresa para herdeiros. As declarações auditadas só trataram das transmissões de bens feitas no Brasil.

Queda mundial da pandemia, menos no Brasil

Por Altamiro Borges


A edição brasileira do jornal espanhol El País dá uma boa e uma péssima notícia sobre a pandemia do novo coronavírus. "Mundo consolida a primeira queda global da Covid-19 desde o início da pandemia". No outro extremo, "o Brasil segue na contramão, com aumento de casos" de contágios e mortes.

Como aponta a reportagem, "até poucas semanas atrás, a curva do coronavírus no mundo não parava de subir... Mas a direção da curva mudou. Pela primeira vez desde o surgimento da Covid-19, ela caminha para seis semanas consecutivas de declínio de novos casos e três de mortes".

Esse declínio mundial "não pode mais ser considerado um artifício estatístico: trata-se de uma tendência clara". Já no Brasil do negacionista e genocida Jair Bolsonaro, "a oscilação tem sido para cima. Há um mês, o país registra uma média de mortes superior aos 1.000 casos diários".

Os exageros nos 100 anos da Folha de S.Paulo

Por Altamiro Borges


O jornal Folha de S.Paulo completou nesta sexta-feira (19) 100 anos de existência. Impedido de realizar eventos de maior pompa em função da pandemia e também da própria crise do seu modelo de negócios, o diário usou seus espaços – virtuais e de papel – para se jactar dos seus feitos. Haja exagero!

Em editorial, que deu a linha para o restante das matérias e comentários, a Folha se vangloriou do centenário: "Em qualquer atividade, são poucas as organizações, públicas ou privadas, que chegam à marca. Menos ainda as que têm como atividade o jornalismo profissional, em sua vertente crítica".

Deixando de mencionar os vínculos na origem com a oligarquia reacionária de São Paulo ou seu papel nefasto no golpe militar de 1964 e no apoio aos generais "linha dura", a Folha registra que só "ganhou relevo nacional" na campanha pelas diretas-já, em 1984. O jornal seria um baluarte da democracia. Risível!

Terrorista Sara Winter abandonou Bolsonaro?

O futuro do movimento sindical