quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Alckmin e a tragédia do crack

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nos últimos dias, o país assistiu a “aulas” do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Mas não foram as aulas de democracia que ele anunciou que gostaria de dar aos alunos da USP que resistiram à entrada de uma polícia militarizada na Cidade Universitária. Foram aulas de como não lidar com a Segurança Pública.

Na segunda-feira, o país assistiu ao “preparo” da Polícia que o governo paulista colocou na USP. Se aquele policial que saca a arma e esbofeteia por qualquer coisa representa o padrão dos policiais que estariam “policiando” a universidade, os alunos têm muita razão ao reclamar.

Os vendilhões dos templos eletrônicos

Por Luiz Cláudio Cunha, no sítio Sul21:

Incapaz de vender a alma ao diabo, a Rede Bandeirantes acaba de revender seu santo horário da noite para o pastor R.R. Soares, o líder da Igreja Internacional da Graça de Deus. O seu ‘Show da Fé’ de 20 minutos, que começava religiosamente às 21h, agora vai durar uma hora inteira, a partir das 20h30. Não se sabe ainda quanto custou esse novo e triplicado milagre, mas pelo contrato antigo o bom pastor já pagava R$ 5 milhões mensais à Band. O vil metal falou mais alto para a TV de Johnny Saad, que anunciava a devolução do horário nobre da noite a seriados consagrados, como o 24 Horas, para concorrer com as novelas da Globo e as séries do SBT, todas com melhor audiência.

A mídia e o complexo de Carolina

Por Washington Araújo, no blog Um cidadão do mundo:

Não faz tanto tempo assim, mas é fato que a grande imprensa celebrava do nascer ao pôr do sol e madrugada afora o fato de o Brasil ocupar a oitava posição dentre as maiores economias do mundo. Nas últimas semanas de 2011, ficamos sabendo, pela mídia internacional, que nossa posição avançou rumo ao topo: o Brasil já é a sexta maior economia do mundo.

As ditaduras, as palavras e as coisas

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

O flagrante dos otavinhos ao ter chamado a ditadura militar de "ditabranda" se repete no Chile. O governo neo-pinochetista de Sebastian Piñera aprovou no Congresso a substituição de ditadura militar por "governo militar" nos textos escolares e o de Pinochet de general e não de ditador. A trama fracassou lá também, mas deixa lições.

Lançamento do "Latifúndio Midiota"

Do sítio da CUT:

Os conglomerados de comunicação no Brasil (emissoras de rádio e televisão, jornais, revistas e portais de internet) continuam imprimindo no inconsciente coletivo uma visão deformada do que somos, na tentativa de renegar o que sonhamos, para nos conduzir aonde não devemos. Proporcionar o debate e a reflexão sobre os descaminhos desta manipulação, estimulando a pensar com a própria cabeça e a caminhar com as próprias pernas. Esta é a paixão do mais novo livro de Leonardo Wexell Severo: Latifúndio Midiota: crime$, crise$ e trapaça$ (Editora Papiro, 136 páginas, R$ 20,00), obra que inaugura o selo Barão de Itararé.

Demissão e truculência na RedeTV!

Do Portal Imprensa:

A demissão de Rita Lisauskas, âncora do "RedeTV! News", foi considerada "inaceitável" pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP). A jornalista, que trabalhava na emissora desde 2000, foi afastada após reclamar publicamente do atraso de salários na emissora. O desabafo foi feito no Facebook.

A vitória do conselho de comunicação

Por Renata Mielli, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Nesta terça-feira, 10 de janeiro, a Bahia comunicou para o resto do Brasil que é possível, sim, estabelecer um diálogo institucional entre governo, movimentos sociais e setor privado para debater a Comunicação. Dentre tantos, este é um dos sinais que o povo baiano dá para o País: a comunicação não é uma atividade que interessa só ao setor privado, pelo contrário, ela é um aspecto fundamental para a vida no mundo contemporâneo e diz respeito a toda a sociedade. É um direito humano e sua democratização está intrinsecamente ligada à consolidação de um país mais democrático.

A censura da velha mídia

Por Messias Pontes, no Blog da Dilma:


A consciência democrática e progressista brasileira exige a democratização da comunicação, pois já na segunda década do século XXI é inconcebível uma ditadura midiática como aqui existe, cujo serviço sujo a serviço do capital financeiro e do que há de mais retrógrado dentro e fora do País só prejuízos tem causado à tenra democracia nacional.

Por trás de Yoani Sánchez

Por Hélio Doyle, no sítio Brasil 247:

Com a aproximação da viagem da presidente Dilma Rousseff a Havana, volta à cena a blogueira Yoani Sánchez, hoje a mais conhecida opositora da revolução vitoriosa em 1959 e do sistema socialista que vigora em Cuba desde 1961. Yoani, ao contrário de outros opositores residentes em Cuba, não lidera um grupo político, mas dispõe de um blog que é traduzido em 18 línguas. Ela gravou um vídeo pedindo à presidente Dilma que interceda para que o governo cubano lhe dê autorização para vir ao Brasil. E o senador petista Eduardo Suplicy tem feito gestões públicas para a blogueira possa vir à Bahia para o lançamento de um documentário em que é personagem.

Churrascão de protesto na Luz

Do Coletivo Dar, no blog Viomundo:

Chega de dor e sofrimento na Luz!

Churrascão diferenciado versão Luz: porque na "cracolândia" todo mundo é gente como a gente.

Neste sábado, venha mostrar para o governo que sua polícia não é bem-vinda em nossas ruas.

Sem oferecer alternativas decentes aos dependentes e sem respeitar os direitos humanos deles e dos outros usuários, trabalhadores e freqüentadores da região da Luz, o governo paulista vem ocupando militarmente, desde o dia 3 de janeiro, a zona conhecida como "cracolândia".

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A nova falsidade ideológica de Serra

Do blog Cloaca News:

Depois de mentir no Senado apresentando-se como engenheiro - sem sê-lo - e de ludibriar a Justiça Eleitoral e o povo brasileiro dizendo ser economista, o tucano Zé Chirico acaba de reincidir na prática de contravenção penal, afirmando publicamente que é palhaço.

Ao participar de um evento nesta terça-feira, o perjuro fez pouco caso da CPI das Privatizações e qualificou o pedido de instalação de Comissão como "palhaçada". A informação está na reportagem de Raoni Scandiuzzi, publicada no portal da Rede Brasil Atual.

Boni confessa manipulação da Globo

Dilma, a ditadura militar e a mídia

Presa por racismo na Bahia



* Postado por Conceição Oliveira, no blog Maria Frô

A universidade não precisa de polícia

Por Túlio Vianna, na revista Fórum:

Sempre que ocorre um crime grave em uma comunidade, a consequência imediata é um pânico social. A reação instintiva é buscar hipóteses que, caso estivessem implementadas, poderiam ter evitado o crime. É assim na reunião de condomínio após o arrombamento no prédio e é assim também, com a devida ampliação exponencial, nas reportagens da mídia após atentados terroristas. Todos buscam soluções mágicas para evitar a todo custo que a situação se repita.

A CPI e a "palhaçada" de Serra

Por Altamiro Borges

José Serra, o derrotado presidenciável tucano, começou o ano furioso, irritadiço. Numa solenidade hoje (10) no Instituto do Câncer de São Paulo, ele foi ríspido com os jornalistas ao responder sobre o pedido protocolado na Câmara Federal de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os crimes cometidos no processo de privatizações das estatais no triste reinado de FHC.

Lei ameaça redes sociais nos EUA

Do sítio Vermelho:

A Associação de Notícias Online (ONA, na sigla em inglês) entrou para a crescente lista de opositores do Ato Contra a Pirataria Online (conhecido como SOPA, por sua sigla em inglês), argumentando que a proposta de lei, em discussão no Congresso americano, "tiraria sites do ar de maneira inapropriada, interromperia o livre fluxo de informação legítima e limitaria os norte-americanos de exercer os direitos garantidos pela Primeira Emenda Constitucional".

Dilma frustra os movimentos sociais

Por Najla Passos, no sítio Carta Maior:

O primeiro ano da presidenta Dilma Rousseff foi contraditório, para três dos principais movimentos sociais brasileiros. Embora problemas de relacionamento com Dilma, que tem um estilo bem diferente do "companheiro" Lula, tenham sido contornados pelo ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o tempo de resposta às reivindicações deixou muito a desejar. Compromissos assumidos não teriam saído do papel, enquanto o empresariado arrancava concessões. Se não houver pressão, 2012 corre os mesmos riscos.

Globo: audiência cai, lucro aumenta

Por José Dirceu, em seu blog:

Os cofres da TV Globo vão bem, obrigado. Já o mesmo não se pode dizer da sua audiência. Ela vem caindo continuamente. Matéria deste início de ano da Folha de São Paulo indica que, em 2007, contava com 20,3 pontos de média nacional no Ibope; em novembro pp., havia perdido 2,5 pontos, batendo em 17,8 pontos.

Privataria e regulamentação da mídia

Por Guto Jimenez, no sítio Direto da Redação:

Não se fala noutra coisa desde o lançamento do livro "A Privataria Tucana", de Amauri Ribeiro Jr: o silêncio e o desprezo de grande parte da mídia em relação ao conteúdo da explosiva obra. Existem comentários dos mais diversos tipos em redes sociais, de considerações ponderadas a manifestações exaltadas, porém quase todos chegam à mesma conclusão, de que essa parcela da mídia está adotando a antiga "tática do avestruz" - enfiando a cabeça num buraco para fingir que não vê o perigo se aproximar. Fazem isso sem o menor pudor, como se ainda tivessem o poder de disseminação da informação de outros tempos, como se ainda estivéssemos no século 20 e como se não houvesse mais inúmeras outras mídias capazes de disseminar informação e opinião em tempo real.

A busca por audiência para TV Brasil

Do sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

De que adianta acreditar que sua mensagem é boa, se ela mal chega à massa? Essa é a premissa de trabalho do novo diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o jornalista Nelson Breve, para a TV Brasil, rede pública de televisão federal criada há quatro anos. O primeiro passo é admitir graves problemas com o sinal de transmissão, o que já motiva uma obra em Brasília para promover a troca do Rio pela capital federal como sede da emissão do sinal. Também quer saber quem são e quantos são seus espectadores em todo o País, termômetro que o Ibope ainda não lhe dá com precisão.

BBB e a degradação da realidade

Por Rafael Castilho, em seu blog:

Não adianta fugir.

A partir de hoje o Big Brother vai invadir sua casa e sua vida.

Ao contrário do que se poderia imaginar, não será a curiosidade que te fará manter a atenção para dentro daquela casa. É justamente o inverso.

A sua realidade será invadida por este reality show.

Globo atrasa, mas dá crédito à Band

Do sítio Brasil 247:

A Globo levou 24 horas para admitir que a reportagem sobre fraudes nas bombas de gasolina, apresentada no Fantástico como exclusiva, foi dada em primeira mão pela Band. Mas a "errata" não ia ser assim tão de graça. Tanto no Jornal Nacional quanto no Jornal da Globo, uma nova reportagem sobre o tema ressaltava que a irregularidade era "conhecida há muito tempo" e, claro, por um jornalista da TV Globo.

EUA ameaçam liberdade na internet

Por Fillipe Mauro, no sítio Opera Mundi:

A polêmica gerada pelo projeto de lei norte-americano conhecido como SOPA (Stop Online Piracy Act, ou Lei Contra a Pirataria Online, em português) já chegou ao Brasil provocando debates sobre a estrutura de poder e ordenamento das mídias online.

Desde outubro do ano passado, uma comissão de republicanos e democratas no congresso dos EUA tem causado acaloradas discussões nos meios digitais. Encabeçados pelo republicano Lamar Smith, os 12 parlamentares elaboraram um projeto de lei que reforça o poder de fiscalização do governo sobre o conteúdo veiculado pela rede.

Mídia nativa e perplexidade mongol

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital:

Vamos imaginar que um cientista político da Mongólia resolvesse fazer uma análise da situação política do Brasil em 2011, país que mal conhecia quando se propôs essa inusitada empreitada. Vamos imaginar que entende o português, pelo menos o suficiente para acompanhar o que a imprensa brasileira publicou sobre o assunto nos últimos meses.

Capas da Veja que você não vai ver




* Por André Lux, no blog Tudo em cima

Cracolândia e a falência do governo

Por Luis Nassif, em seu blog:

O que ocorreu na invasão da Cracolância é exemplo claro da falta de ferramentas mínimas de gestão no governo e da prefeitura de São Paulo.

Com exceção de Mário Covas, nenhum de seus sucessores têm noção mínima sobre gestão, sequer o be-a-bá, quanto mais outras formas mais aprimoradas, como a gestão interdisciplinar - entre várias secretarias - ou a gestão com participação da sociedade civil.

Enchentes e desinformação midiática

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Houve tempo em que a imprensa era uma instituição vinculada à cultura do esclarecimento. Hoje é o contrário. Quanto mais eu estudo os imbróglios midiáticos envolvendo o ministério da Integração Nacional, mais eu fico estupefato com o volume de desinformação disseminado.

Fidel: um robô para a Casa Branca

Do blog Tijolaço:

De volta a seus textos, a reflexão de Fidel Castro publicada hoje:

O melhor presidente para os Estados Unidos

A agência de notícias europeia divulgou ontem de Sydney, na Austrália, que “um grupo de pesquisadores australianos da Universidade de New South Wales anunciou a criação de um filamento 10 mil vezes mais fino que um fio de cabelo, capaz de condução eletricidade mais eficiência que fio de cobre tradicionais.“

O drama da Cracolândia e a mídia

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

As edições dos jornais paulistas de segunda-feira (9/1) descrevem a cena patética de policiais tangendo centenas de farrapos humanos pelas ruas do centro de São Paulo. Como gado, os grupos de homens e mulheres são empurrados de lá para cá, eventualmente com o uso de bombas de gás e tiros com balas de borracha, numa operação destinada a impedir que se concentrem em qualquer lugar.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A estranha doação milionária ao PSDB

Do sítio Carta Maior:

Na expectativa de ser alvo de uma CPI na volta das férias dos deputados, por causa do livro-denúncia A Privataria Tucana, o PSDB começa 2012 com outra notícia embaraçosa. Depois de 14 meses da derrota na eleição presidencial, soube-se que o partido contou naquela campanha com uma generosidade milionária de uma socialite brasiliense cujo marido foi flagrado em vídeo pagando propina num esquema que derrubaria um governador do Distrito Federal.

Cracolândia e especulação imobiliária

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Quem não vive na capital paulista e vê as notícias sobre a revoada de almas esquecidas que ainda resistem nos bairros de Campos Elíseos e Luz, onde a Caixa de Pandora da Cracolândia paulistana vem sendo aberta após décadas de descaso, talvez não entenda por que os governos do Estado e da cidade de São Paulo adotaram medida tão impressionantemente desastrada.

As manipulações de Kátia Abreu

Por Igor Felippe Santos, no sítio do MST:

O jornal O Globo publicou artigo intitulado “Orfandade da classe média”, assinado pela senadora Kátia Abreu, neste sábado (7/1), apresentando resultados de uma pesquisa coordenada por Antonio Lavareda sobre a chamada a Classe C.

A pesquisa aponta que os 100 milhões de trabalhadores desse segmento exigem mais empregos, redução de impostos (redução para quem?) e manutenção da estabilidade econômica (estabilidade para os trabalhadores ou para os bancos?), saúde, segurança e educação. 74% dos pesquisados são pelo aumento das oportunidades de emprego, em vez de ampliação dos programas sociais.

Os "magos" do sistema financeiro

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Terminado o ano de 2011, o Brasil alcançou quase 30 bilhões de dólares de superávit em seu comércio externo, o maior nos últimos quatro anos, com o crescimento de 47% sobre o resultado do ano anterior – com volume de negócios de quase 500 bilhões de dólares.

Se alguém voltar à previsão do Boletim Focus, em dezembro de 2010, para o comércio externo em 2011, irá verificar que os “magos” do sistema financeiro previam o saldo de pouco mais de 9 bilhões e quinhentos milhões de dólares. Erraram por pouco, apenas pela “pequena” margem de 20 bilhões de dólares - mais de 200% sobre seus cálculos.

PM agride estudante na USP

“PM me escolheu porque eu era negro”

Por Alceu Luís Castilho, no blog Outro Brasil:

Órfão de pai desde os 15 anos, Nicolas Menezes Barreto sabe bem o que é trabalhar. É músico e professor da rede municipal de ensino, na zona leste – em condição provisória, pois ainda não é formado. Ele prestou Música, mas entrou na segunda opção no vestibular da Fuvest. Cursa Ciências da Natureza na EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), na USP-Leste.

Nicolas foi agredido por um sargento da PM, nesta segunda-feira, durante a desocupação da antiga sede do DCE Livre, o DCE ocupado – a alguns metros da sede da reitoria da USP. “Eu era o único negro lá, com dread”, disse ele ao blog Outro Brasil, por telefone, no fim da tarde.

Cracolândia e os muros invisíveis

Editorial do sítio Vermelho:

Na última terça-feira (3), os paulistanos foram surpreendidos nas primeiras horas do dia com imagens de ruas sendo lavadas e abordagens policiais violentas. Essa foi a “operação sufoco”, realizada pela Polícia Militar, no combate ao tráfico de drogas na região conhecida como Cracolândia, localizada no centro de São Paulo.

A política externa assassina de Obama

Por Glenn Greenwald, na revista Fórum:

O candidato apoiado pelos progressistas nestas eleições – o Presidente Obama – tem mantido pontos de vista desprezíveis numa série de questões críticas e tem também feito coisas desprezíveis com o poder que lhe foi conferido. Ele assassinou civis – crianças muçulmanas às dúzias – não uma ou duas vezes, mas continuamente, em numerosas nações, com aviões não tripulados, bombas de fragmentação e outras formas de ataque. Ele tem tentado eliminar a proibição global das bombas de fragmentação. Ele institucionalizou o poder presidencial – em segredo e sem qualquer controle – de alvejar cidadãos dos EUA com assassinatos pela CIA, longe de qualquer campo de batalha. Ele tem conduzido uma guerra inédita contra os autores de denúncias, cuja proteção costumava ser um ponto sagrado para os liberais.

A "dedetização" na Cracolândia

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Região da Luz, centro de São Paulo. A aglomeração de pessoas perdidas da própria vida, excluídas do mundo, é como uma infestação de baratas a ser combatida. Os olhares dos cidadãos paulistanos e do mundo sobre estes seres que vagam drogados nas ruas e prédios abandonados é de repulsa, nojo. Gente suja, fedendo, maus elementos, delinquentes, loucos. O que se pensa de verdade sobre eles não se diz em voz alta, é politicamente incorreto, se murmura nos ouvidos, se confidencia em conversas sussuradas.

As bravatas da oligarquia financeira

Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, saiu de férias (3/1), por quinze dias, segundo informou a repórter Luciana Otoni, no Valor. A motivação do jornal, cujo público inclui executivos financeiros, não é, claro, o merecido descanso do ministro. A viagem de Mantega – substituído interinamento pelo secretário-executivo do ministério, Nelson Barbosa – indica que deverá ficar para fevereiro a decisão do governo sobre um possível corte no Orçamento da União para 2012. Ao contrário do que fez o Estadão, no domingo, o Valor reconhece que a decisão não está tomada. Portanto, talvez haja tempo para promover o que a oligarquia financeira mais teme: um debate sem mistificações sobre o tema.

Globo: R$ 100 mi em paraíso fiscal?



Por Antônio Mello, em seu blog:

Em dezembro de 2006, a ainda governadora do Rio Rosinha Garotinho fez um pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado com graves acusações contra as Organizações Globo: desvio de mais de US$ 100 milhões de dólares para uma conta no Credit Suisse, no paraíso fiscal das Bahamas (a governadora cita inclusive o número da conta).

domingo, 8 de janeiro de 2012

O que move o partido impresso

Por Gilson Caroni Filho:

A leitura diária dos jornais pode ser um interessante exercício de sociologia política se tomarmos os conteúdos dos editoriais e das principais colunas pelo que de fato são: a tradução ideológica dos interesses do capital financeiro, a partitura das prioridades do mercado. O que lemos é a propagação, através dos principais órgãos de imprensa, das políticas neoliberais recomendadas pelas grandes organizações econômicas internacionais que usam e abusam do crédito, das estatísticas e da autoridade que ainda lhes resta: o Banco Mundial (BIrd), o Fundo Monetário Internacional (FMI), a Organização Mundial do Comércio (OMC). É a eles, além das simplificações elaboradas pelas agências de classificação de risco, que prestam vassalagem as editorias de política e economia da grande mídia corporativa.

EUA: estado totalitário e militar

Por Miguel Urbano Rodrigues, no sítio português O Diário:

O Presidente Barack Obama ofereceu ao povo norte-americano no dia 31 de Dezembro um presente envenenado para 2012: a promulgação da chamada Lei da Autorização da Defesa Nacional.

O discurso que pronunciou para justificar o seu gesto foi um modelo de hipocrisia. O presidente declarou discordar de alguns parágrafos da lei. Sendo assim, poderia tê-la vetado, ou devolvido o texto com sugestões suas. Mas não o fez.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Wal Mart: retrato do 1% nos EUA

Por Heloisa Villela, de Washington, no blog Viomundo:

Na última década, uma única empresa americana se tornou o grande símbolo do que é o capitalismo selvagem. Foram muitos os processos na Justiça por discriminação e maus tratos contra a rede de hipermercados Wal-Mart. Mas isso é café pequeno perto das relações trabalhistas que a empresa impõe aos funcionários. E o trabalho constante, e eficiente, para impedir a sindicalização dos funcionários.

Lula e sua etiqueta

Por Antonio Lassance, em seu blog:

Lula anunciou que sua primeira viagem, depois do tratamento contra o câncer, será ao Rio de Janeiro. Quer visitar a Rocinha e o Morro do Alemão.

A fonte da informação é o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, e foi divulgada pelo jornalista Ancelmo Gois (O Globo, 6/1/2012).

Se isso vier mesmo a ocorrer, irá simbolizar duas coisas: que o ex-presidente está de volta à ativa, firme e forte, e que começou a entrar de cabeça na campanha municipal de 2012.

Enchentes e a primeira crise de 2012

Por André Barrocal, no sítio Carta Maior:

Mais um ano começa com tragédias provocadas pelas chuvas que marcam esta época. O principal palco dos estragos até agora é Minas Gerais, onde pessoas morreram e uma centena de municípios já decretou situação de emergência. Os governos federal e estadual correm para socorrer vítimas, acolher desabrigados, liberar dinheiro, planejar a recuperação do destruído.

A urgência da CPI da Privataria

Editorial do jornal Brasil de Fato:

No dia 21 de dezembro, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB/SP) protocolou o pedido de abertura da CPI da Privataria. Logo depois, a Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmera conferiu as assinaturas dos parlamentares que faziam o pedido e atestou a validade de 185 delas, 14 além da quantia mínima necessária para validar o requerimento. O próximo passo será a análise jurídica do conteúdo do requerimento que poderá justificar a instalação da Comissão ou recomendar seu arquivamento.

Eduardo Campos enquadra mídia

Por Miguel de Rosário, no blog O Cafezinho:

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, protagonizou nesta sexta-feira, uma série de ações junto à mídia para pôr fim à recente “crise ministerial” envolvendo um ministro de seu partido. Ele deu entrevista à Folha e ligou para Merval Pereira, conseguindo enquadrar, ao menos por um dia, o principal colunista político do Globo.

Fidel Castro: A marcha rumo ao abismo

Por Fidel Castro, no sítio Vermelho:

Não se trata de otimismo ou pessimismo, de saber ou ignorar coisas elementares, ser responsável ou não pelos acontecimentos. Os que se pretendem políticos devem ser jogados à lixeira da história se, como é norma, nessa atividade ignoram tudo, ou quase tudo, o que se relaciona com ela.

EUA: Mas que império é este?

Por Mino Carta, na CartaCapital:

O império romano do Ocidente durou quase cinco séculos, sem contar o tempo que a República de Roma mandou no Mediterrâneo a partir das guerras púnicas. O Império Britânico não deixou por muito menos. Houve também influências culturais de porte imperial. A inteligência grega ao longo de vários séculos definiu as linhas mestras do pensamento humano. A Renascença italiana expandiu-se de Dante a Galileu por mais de 300 anos. Paris foi a capital cultural do planeta desde o Iluminismo até a Segunda Guerra Mundial. Nas últimas sete décadas falou-se no império americano, e mais ainda após o colapso do antagonista soviético. Mas, como no sonho bíblico, o gigante tem os pés de argila.