terça-feira, 20 de março de 2012

Classificação indicativa não é censura



TV Cultura: nova privataria em curso

Por Joaquim Ernesto Palhares, no sítio Carta Maior:

A ninguém mais é dado o direito de supor que o colapso da ordem neoliberal conduzirá, mecanicamente, à redenção da esfera pública na vida da sociedade. O que se verifica em muitos países, sobretudo na Europa, é que o pior pode acontecer. A imensa reconstrução a ser enfrentada ainda espera por seus protagonistas históricos. Em muitos casos, sequer existe o que recuperar. A crise realçou carências antigas; respostas nunca antes contempladas de fato, aguardam uma equação inovadora.

Um marco esquecido na história

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

No ainda inédito e valioso depoimento que escreveu sob o título Anos setenta: a UnB e a definição das políticas de comunicação no Brasil (a ser publicado pela Editora da UnB), o professor Marco Antonio Rodrigues Dias – ex-professor, chefe do antigo Departamento de Comunicação (COM), decano de Extensão e vice-reitor – lembra:

segunda-feira, 19 de março de 2012

Parabéns Serra, o eterno candidato!

Por Altamiro Borges

O eterno candidato José Serra completou 70 anos nesta segunda-feira (19). O tucano teve o que festejar. Depois da segunda derrota na disputa presidencial, ele quase foi dado como morto politicamente. A direção nacional do PSDB tratou de isolá-lo, dando-lhe um cargo decorativo. Já Geraldo Alckmin, traído por Serra em 2008, vingou-se do rival, reduzindo os seus espaços na política paulista.

Panorama da comunicação no Brasil


Os corvos da mídia e a Copa do Mundo

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

À medida que se aproxima a Copa de 2014, a histeria ansiosa que marca as expectativas quanto à suposta incapacidade do Brasil de preparar o evento vai atingindo índices superlativos. Por toda a parte lê-se que fracassaremos, que não temos capacidade de produzir um evento de tal porte, que os turistas ficarão presos no trânsito, sem conseguir chegar aos estádios - os quais, por sua vez, não ficarão prontos a tempo.

Prévias de mentira e o medo serrista

Por José Dirceu, em seu blog:

Neste domingo, pela primeira vez, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) declarou apoio ao pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o ex-governador José Serra nas prévias tucanas, remarcadas para o próximo domingo, dia 25. "Enquanto filiado ao PSDB, militante e liderança do partido, o meu voto vai ser para o José Serra”, afirmou neste final de semana.

Barão solicita espaço na TV Cultura

Do sítio do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé:

A entidade encaminhou nesta segunda-feira, 19 de março, ofício ao presidente-diretor da Fundação Padre Anchieta solicitando audiência para discutir a abertura de editais com o objetivo de selecionar programas para a emissora. O Centro de Estudos Barão de Itararé já manifestou interesse em participar do processo seletivo.

E se fosse a CartaCapital na TV Brasil?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na mesma semana em que a Folha de São Paulo repercutiu em suas páginas, em tom de denúncia, um contrato de publicidade por prazo determinado celebrado entre um banco controlado pelo governo federal e um dos blogs políticos mais conhecidos do Brasil, o jornal foi premiado pelo governo de São Paulo com um programa no horário mais nobre da TV brasileira, o das noites de domingo, e bem na emissora pública paulista, a TV Cultura.

Crise, alianças e compromissos

Editorial do sítio Vermelho:

Política se faz com programas, alianças e compromissos. A mídia conservadora costuma investir contra esta verdade e tenta estigmatizar as negociações feitas pelo governo para fortalecer sua base e garantir a governabilidade juntando, em torno de seu projeto, forças políticas e sociais diversas mas afinadas com o mesmo propósito de mudanças. E, em análises que revelam quase sempre má disposição em relação às ações conduzidas pelo governo, tentam enxovalhar as negociações, rotulando-as de “balcão de negócios”.

A festança dos golpistas de 1964

Por Altamiro Borges

O jornalista Ilimar Franco publicou em sua coluna “Panorama Político” do jornal O Globo de sábado (17):

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Insubordinação


Como a presidente Dilma proibiu as comemorações oficiais de 31 de março, o Clube Militar antecipou a festa para dia 29. Os militares da reserva farão um painel sobre "A Revolução de Março de 1964". O convite exige traje esporte fino.

Zara tenta “renovar imagem”

Por Altamiro Borges

As redes sociais continuam causando abalos. A denúncia de que a rede Zara utilizava trabalho escravo no Brasil para produzir suas roupas de grife percorreu o mundo e obrigou a multinacional espanhola a inaugurar um novo modelo de loja para “renovar sua imagem”. A repentina mudança foi anunciada pelo empresário Pablo Isla, presidente do grupo que controla a lucrativa empresa.

Conforme noticiou a Folha, a loja inaugurada na semana passada na famosa Quinta Avenida, em Nova Iorque, já apresentou um novo desenho, que deverá ser seguido pelas demais unidades pelo mundo. “Segundo Pablo Isla, a sua arquitetura foi concebida para ‘renovar a imagem’ da cadeia de lojas – envolvida em 2011 em caso de trabalho irregular no Brasil que repercutiu globalmente”.

FHC faz campanha na Venezuela

Por Altamiro Borges

No final da semana passada, o ex-presidente FHC participou de um seminário em Caracas promovido pela chamada Internacional Socialista – a mesma que traiu suas origens, abraçou o receituário neoliberal e é uma das responsáveis pela grave crise econômica que afunda a Europa. Ele estava acompanhado dos ex-presidentes "sociais-democratas" Ricardo Lagos, do Chile, e Felipe González, da Espanha.


A mídia golpista da Venezuela saudou a presença dos três políticos derrotados e desmoralizados em seus países, apresentando-os como representantes da “esquerda moderada e moderna”, distantes do “radicalismo” de Hugo Chávez. Já a mídia mais próxima ao governo criticou duramente os visitantes, acusando-os de fazer campanha disfarçada do empresário direitista Capriles Radonski.

domingo, 18 de março de 2012

Globo aciona “as meninas do Jô”



Por Altamiro Borges

Na quarta-feira passada (14), as “meninas do Jô” foram novamente acionadas pela TV Globo. Após um longo tempo de sumiço, Lucia Hippolito, Cristiana Lobo, Lilian Witte Fibe e Ana Maria Tahan voltaram ao programa comandado por Jô Soares. O retorno, em pleno ano de eleições municipais (coincidência?), deve causar preocupação. Afinal, o quarteto é conhecido por suas posições políticas direitistas.

O telefonema de Carlinhos Cachoeira

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Lembrei-me do episódio que narro em seguida depois de ver o nome de Carlinhos Cachoeira de volta ao noticiário, no caso envolvendo o senador Demóstenes Torres.

Partindo de onde partiu, resolvi por as "barbas de molho". Por quê? Explico.

Era 2004. Trabalhava na TV Globo, em São Paulo.

Bradesco lidera ranking de reclamações

Por Altamiro Borges

O Procon de São Paulo divulgou nesta semana o ranking das empresas que mais atazanam seus clientes em 2011. Após cinco anos seguidos na liderança, a multinacional espanhola Telefônica perdeu o vergonhoso posto para o Bradesco. O órgão de defesa do consumidor recebeu 1.723 queixas contra o banco “privado” – 49% a mais do que em 2010.


28.164 queixas dos serviços bancários

Chacina de moradores de rua; 165 mortos

Por Altamiro Borges

O Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores (CNDDH) divulgou nesta quinta-feira (15) números chocantes sobre a barbárie que impera no país, alimentada pelo preconceito e pelo ódio elitista. De abril de 2011 até a semana passada, 165 moradores de rua foram friamente assassinados – o que representa uma morte a cada dois dias.

Segundo a coordenadora do CNDDH, Karina Vieira Alves, em 113 destes casos as investigações policiais não avançaram e ninguém foi identificado ou punido pelos homicídios. O órgão também registrou outras 35 tentativas de assassinatos, além de vários casos de lesão corporal. Karina alerta que estes números não traduzem a real violência, já que muitos crimes sequer são notificados.

Debate sobre o "latifúndio midiota"


A tiragem turbinada de Veja

Por DiAfonso, no blog de Luis Nassif:

Como não tenho competência para falar sobre o tema, solicitei informações a alguns profissionais de São Paulo acerca da queda nas vendas da Revista Veja. Não demorou muito e algumas valiosas informações, quanto aos boletins divulgados pelo IVC e a relação com a perda de leitores pela Veja, foram-me repassadas. Segue-se conteúdo de e-mail enviado por um desses competentes profissionais, cujo anonimato será preservado por questões óbvias:

Caro amigo, Como vc não é do ramo, informo: esses boletins do IVC são "auditorias juradas", ou seja, não foi feita auditoria do IVC. Essas informações "juradas" podem ser auditadas e precisariam de confirmação, em até 6 meses depois, por parte do IVC, mas nem sempre acontece. De toda forma, o que quase nunca aparece nos boletins é o retorno do reparte, ou seja, o que os jornaleiros devolvem por não ter havido vendas. Repare nas bancas, fale com um jornaleiro de uma grande banca. Ele recebe, digamos, 100 ou 200 exemplares na semana, e vende só 20 ou 30. No sábado, quando adquire a edição seguinte, o jornaleiro devolve só a 1ª capa da edição anterior, amputada do exemplar, para não fazer peso, e destina a revista para reciclagem.

TV Cultura não é pública. É tucana

Por Mino Carta, na CartaCapital:

Uma tevê pública é uma tevê pública, é uma tevê pública e é uma tevê pública, diria a senhora Stein. Pública. Um bem de todos, sustentado pelo dinheiro dos contribuintes. Uma instituição permanente, acima das contingências políticas, dos interesses de grupos, facções, partidos. A Cultura de São Paulo já cumpriu honrosamente a tarefa. Nas atuais mãos tucanas descumpre-a com rara desfaçatez.

A perfeita afinação entre a mídia nativa e o tucanato está à vista, escancarada, a ponto de sugerir uma conexão ideológica entre nossos peculiares social-democratas e os barões midiáticos e seus sabujos. A sugestão justifica-se, mas, a seu modo, é generosa demais. Indicaria a existência de ideias e ideais curtidos em uníssono, ao sabor de escolhas de vida orientadas no sentido do bem-comum. De fato, estamos é assistindo ao natural conluio entre herdeiros da casa-grande. -Nada de muito elaborado, entenda-se. Trata-se apenas de agir com a soberana prepotência do dono da terra e da senzala.